
A família que me hospedou era famosa pela brancura avermelhada. A senhora do lugar, uma loira dos olhos verdes, filha de um ruivo, casou-se sem alarde com um humilde alfaiate de cor parda. Esse alfaiate aprendeu um ofício com um judeu, comerciante, cuja filha acabou se casando com o irmão cristão da senhora loira. A filha católica da senhora loira tem primos judeus ribeirinhos. E em toda essa população, desde a pele morena dos homens, até as mulheres brancas com características germânicas, a mestiçagem é regra. Ali há um hibridismo racial e origens que se fundem, como se fossem umas famílias. Aliás, as pessoas se conhecem pelos laços de família. Os loiros são parentes diretos dos morenos e os católicos são parentes próximos dos judeus.
O velho judeu era uma criatura muito simpática, um interiorano típico. Seu nome era Moisés, o nome do mesmo líder hebreu que levou o povo de Israel a Terra Prometida. Tive uma pequena e agradável conversa com ele, falando sobre os judeus do lugar. Vivia com uma mulher católica e cabocla. Ele mesmo, sendo um judeu sefardita, trazia os traços físicos naturais do homem amazônico, só que com um ar oriental. Já era um “cristão-novo”. A cristandade de lá é muito mediterrânea, latina e grega: na mercearia do judeu, a sua neta atendia os clientes, enquanto jazia na parede uma imagem da Virgem Santíssima, em forma de ícone bizantino de Teothokós! Aliás, o lugar é dominado pelo catolicismo romano e pelo judaísmo: Vila do Carmo! Nossa Senhora subindo o Monte Carmelo! Devotos, sinceros, pacíficos, tratam muitos como se fossem conhecidos. Até os estranhos são conhecidos! Neste ponto, a solidariedade naquele interior lembrava o que havia de melhor na Idade Média: as lealdades familiares, as solidariedades aldeãs, num ambiente cristão. Em muitos aspectos, até melhor; os judeus e os pardos são bem vistos! Todos ali são mestiços por vocação!
As procissões lembram a fé do homem medieval europeu no homem ribeirinho. A presença genuína da fé cristã lusitana está entrelaçada no coração de muitos daquela região. O legado português, uma herança romana de unidade lingüística e religiosa, foi um dos grandes atributos culturais que o Brasil deveu a sua existência. Talvez por essa razão não conhecemos a fragmentação política da América Espanhola e tampouco o racismo odioso das sociedades anglo-saxônicas. E Vila do Carmo retrata um microcosmo desse universo cultural e histórico comum a todo país. Pois é o cotidiano de qualquer parte do Brasil, seja ele do interior ou das cidades. O mestiço, esse produto da civilização da tolerância e do amor, é um dos maiores legados que o Brasil dá exemplo ao mundo!
Todavia, parece que este mundo culturalmente misto, cordial e mestiço, é odiado pela intelectualidade presunçosa e semiletrada das universidades brasileiras. O movimento negro e a militância esquerdista querem nos ensinar a ser menos racistas, postulando leis, idéias francamente racistas. Eles importam a cantilena neurótica de um país assombrosamente segregacionista como os Eua, para destruir nossos laços raciais mestiços. Eles não têm nada a nos ensinar quanto à tolerância. Tudo que eles querem nos ensinar é o rancor. Convém dizer: uma boa parte da classe acadêmica e docente que domina o país é simplesmente indigna de ensinar algo que preste. O lugar de quase todos eles é, no mínimo, o de limpar as nossas latrinas com as línguas!
Eles idealizam algo que somente alguém como Hitler, a Klu Klux Klan ou o Apartheid racial sul-africano fizeram com gosto: estatizar critérios de raça para distribuir ônus e privilégios a cidadãos brasileiros. Ou seja, dentro da lei, há cidadãos que são privilegiados pela cor da pele e outros que devem ser discriminados por isso. Criaram até burocracias voluntariosas para tal intento: Ministério da Igualdade Racial! E estão modificando os critérios de avaliação nas escolas e universidades, impondo ideologias raciais na educação. As cotas raciais nada mais são do que uma sujeição completa de avaliação dos alunos, dentro de dogmas racistas. A inversão semântica é pública e notória: são racistas, em nome da igualdade!
E em nome da igualdade racial, os brasileiros já não serão mais cidadãos iguais perante a lei. O Estado quer criar "identidades raciais" divisórias numa população mestiça; brancos não se misturam com negros e vice-versa, tudo para preservar a tal "identidade racial". As nomenclaturas são risíveis: afro-brasileiros! E, no entanto, ignoram que os brancos brasileiros são também africanos no sangue. A loucura chegou a ponto de se criar comissões para se definir quem é racialmente negro ou branco, já que as mulheres loiras e lusitanas são geradas de pais ou mães negras. E a esquerda lunática, caindo nas raias do coletivismo mais doentio da raça, quer igualar proporcionalmente as raças na sociedade, desigualando os direitos dos indivíduos. Ou seja, eles crêem piamente que uma sociedade é um tabuleiro em que se pode mover as pessoas como se fossem peões, para agradar as engenharias raciais totalitárias de suas premissas! Como se as pessoas fossem adaptáveis por uma abstração chamada "raça", e não como portadores de direitos e deveres atribuídos a cada um, através de méritos e responsabilidades.
O patético, senão trágico, é que as inteligentsias depreciam tanto os negros quanto os brancos. Eles presumem que os negros não tenham as capacidades devidas de vencerem as dificuldades inerentes à busca da ascensão social. E por outro lado, depreciam os brancos, como se eles fossem partidários de algum ônus ou punição ancestral, no sentido de se negar seus direitos elementares, iguais aos negros. Na verdade, a militância de esquerda presume que todos sejam idiotas teleguaidos por condições históricas objetivas que não dominam. E como intérprete da história, ela se julga no direito de manipular essas pessoas, em nome de abstrações ideológicas que só dizem respeito a ela. É uma coisa digna do manicômio! Sacrifica-se o direito de alguns e se dá direitos indevidos a outros, em nome ideologia e de um insaciável gosto pelo poder!
Imaginemos esses pensamentos histriônicos e malucos, adaptados em Vila do Carmo? A filha de uma branca lusitana e um pardo ribeirinho, agora vai ter que escolher uma "identidade racial". O judeu Moisés, concunhado da senhora loira católica, deve se distinguir judeu, separado da comunidade cristã hospitaleira. Primos católicos e judeus devem se ver com desconfiança. Claro, vão neurotizar os pardos a crerem que as mulheres brancas, suas esposas, são a "raça dominadora e inimiga", e os judeus serão vistos como malvados matadores de árabes em Israel: DEVEMOS QUEIMÁ-LOS! A ideologia racista da esquerda apregoada nas universidades é a de que os brancos são opressores e os negros e índios são os oprimidos. Os pardos, que convivem pacificamente com os brancos, serão obrigados a se segregar seus pares por identidade raciais fictícias. Farão o coro das invencionices de professores e acadêmicos tagarelas e psicopatas. Os cidadãos não serão indivíduos, irmãos, pais, esposos mistos: serão "identidades raciais", "brancos", "negros", todos inimigos de raça.
A tara ideológica da luta de raças é uma sublimação rasteira da luta de classes. Isso não é tudo. Todos os laços de solidariedade, seja no aspecto da mestiçagem, como no aspecto da religião e de cultura, a corja totalitária quer destruir, para nos sacrificar pelo mito da raça! A raça se torna um padrão pra avaliar a cultura do povo. Não existe mais a cultura brasileira: agora é a “cultura negra”, a “cultura branca”, a “cultura índia”, claro, com o agravante de que os brancos são os eternos malvados. As pessoas não escapam dessas nomenclaturas. E pior, o Estado quer nos dividir, segregar, enfraquecer como pessoas livres, usando da coerção mais descarada, que é o atentado mais grosseiro de racismo que se há noticia neste país. Quer, em suma, não somente dividir, como nos jogar uns contra outros!
Imaginemos esses pensamentos histriônicos e malucos, adaptados em Vila do Carmo? A filha de uma branca lusitana e um pardo ribeirinho, agora vai ter que escolher uma "identidade racial". O judeu Moisés, concunhado da senhora loira católica, deve se distinguir judeu, separado da comunidade cristã hospitaleira. Primos católicos e judeus devem se ver com desconfiança. Claro, vão neurotizar os pardos a crerem que as mulheres brancas, suas esposas, são a "raça dominadora e inimiga", e os judeus serão vistos como malvados matadores de árabes em Israel: DEVEMOS QUEIMÁ-LOS! A ideologia racista da esquerda apregoada nas universidades é a de que os brancos são opressores e os negros e índios são os oprimidos. Os pardos, que convivem pacificamente com os brancos, serão obrigados a se segregar seus pares por identidade raciais fictícias. Farão o coro das invencionices de professores e acadêmicos tagarelas e psicopatas. Os cidadãos não serão indivíduos, irmãos, pais, esposos mistos: serão "identidades raciais", "brancos", "negros", todos inimigos de raça.
A tara ideológica da luta de raças é uma sublimação rasteira da luta de classes. Isso não é tudo. Todos os laços de solidariedade, seja no aspecto da mestiçagem, como no aspecto da religião e de cultura, a corja totalitária quer destruir, para nos sacrificar pelo mito da raça! A raça se torna um padrão pra avaliar a cultura do povo. Não existe mais a cultura brasileira: agora é a “cultura negra”, a “cultura branca”, a “cultura índia”, claro, com o agravante de que os brancos são os eternos malvados. As pessoas não escapam dessas nomenclaturas. E pior, o Estado quer nos dividir, segregar, enfraquecer como pessoas livres, usando da coerção mais descarada, que é o atentado mais grosseiro de racismo que se há noticia neste país. Quer, em suma, não somente dividir, como nos jogar uns contra outros!
O Brasil progressista odeia o Brasil mestiço. O Brasil mestiço é, para eles, conservador, atrasado, católico, demasiado português. Mestiçagem, na patologia deles, camufla um ódio racial do povo. E logo, pra se assumir um ódio racial que só eles possuem e se alimentam, precisam fabricar um ódio que não existe no povo . Precisam fanatizar a população com pensamentos mentirosos e espúrios. Tentam, por todos os meios, destruir a fé cristã que torna o povo cordial e os laços culturais mestiços que os tornam familiares. E imitam, como macacos, todas as ideologias do fracasso possíveis, porque, no fundo, são pessoas frustradas, dementes, que odeiam aquilo que dá certo! Porém, tal como Stalin ou Hitler, eles se acham donos do progresso, condutores do futuro humano. Que tipo de futuro assim nos espera? É o "progresso" das ideologias que mataram milhões nos gulags e nos campos de extermínio. É o progresso pelo retrovisor, o progresso do regresso total!
Leonardo Bruno
Belém Pará 18 de novembro de 2006
9 comentários:
Concordo em gênero, número e grau
Praticamente tudo q vem da esquerda é ruim, mas essa história de cotas simplesmente extrapola.
Ficou muito bom o texto! :)
Animais energumenos, são tão idiotas e religiosos que não conseguem distinguir de onde vem o ferro que entra no rabo de vocês todos os dias.
Algum de vcs é rico seus bostas?
Esse advogadozinho de merda vive nas custas da mãe, igualzinho as mulas que defendem essas idéias neo-estúpidas. Se o pai tirar a chupeta acaba o computadorzinho que o filhinho reacionário usa para chupar os que adoram fodê-lo,
Vocês são muito divertidos, continuem assim!
Animais energumenos, são tão idiotas e religiosos que não conseguem distinguir de onde vem o ferro que entra no rabo de vocês todos os dias.
Leonardo-De ferro vc é entendido, já que o pessoal te pega no jeito lá na festa do orgulho gay!
Algum de vcs é rico seus bostas?
Leonardo-O que tem a ver a conta bancária com o texto, pigmeu intelectual?
Esse advogadozinho de merda vive nas custas da mãe, igualzinho as mulas que defendem essas idéias neo-estúpidas.
Leonardo-Por acaso o sr. nasceu do ovo da galinha? Ou foi mesmo do ânus de alguém que deu o rabo pra toda galera do casamento gay? Argumentos ad homines de um frustrado que nem consegue contra-argumentar uma idéia séria. Só choramingo. Deve doer muito a bunda!
Se o pai tirar a chupeta acaba o computadorzinho que o filhinho reacionário usa para chupar os que adoram fodê-lo,
Vocês são muito divertidos, continuem assim!
Leonardo-Felizmente meu pai fez grandes investimentos em estudo para mim. Ele nem pode tirar o que já é meu. Do resto, basta o pobrezinho ser demitido e ele se mata. Felizmente eu tenho estirpe pra isso. Isso, nem ele, já que vai cair debaixo da ponte! Continue assim! É divertido perceber que vc aborrece com sua própria incapacidade de entender um texto.
Bom, idiota vá lá, mas tenho certeza que religioso eu não sou, mas esse racismo invertido que são as cotas...só mesmo uma besta complexada que sabe da sua incapacidade p/ achar que isso vai dar em algo bom...e olha que eu sou preto.
...como de costume, um esquerdista escondido no anonimato...
E o que cargas d'água o cidadão faz aqui??? Isso é o que dá vcs ficarem respondendo...
Rachel- Ele nem pode tirar o que já é meu.
Lógico que pode: você vive de mesada!
Rachel-0 Do resto, basta o pobrezinho ser demitido e ele se mata. Felizmente eu tenho estirpe pra isso.
Quando não toma o Haldol, o "Leonardo" tem esses delírios sobre sangue azul.
Lógico que pode: você vive de mesada!
Leonardo-Que seja! Isso é problema meu! Já vc, rouba o povo com péssima educação!
Quando não toma o Haldol, o "Leonardo" tem esses delírios sobre sangue azul.
Leonardo-Não é delírio não, eu sou aristocrata perto de vc mesmo, suburbano!
Ótimo texto!!
Toca diretamente no ponto que ninguém da "esquerda" e das "minorias" quer ouvir.
O ódio que “eles possuem e se alimentam”. Ninguém alimentou o português da Rachel!
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Mesadeiro crônico- Tentam, por todos os meios, destruir a fé cristã que torna o povo cordial e os laços culturais mestiços que os tornam familiares.
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Quem ou o que “os tornam”. Como alguém já disse, se a língua fosse uma cidade, o Cunde seria um terremoto.
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