quarta-feira, abril 20, 2011

As asnices do “iluminado” Fiat Fux

O Ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux adora alardear suas origens hebréias como descendente de refugiados do holocausto nazista. “O primeiro judeu ministro do STF” é o que se vende por aí na imprensa, na mídia e até em setores da comunidade judaica, como sinal de avanço e modernidade no judiciário brasileiro. Se os ancestrais do magistrado podem ter sofrido violentas perseguições de um regime totalitário, no entanto, ao que parece, o Sr. Fux não aprendeu nada sobre as lições que seu povo guardou durante sua história. Se depender das opiniões do novo juiz, é possível que o país se torne uma verdadeira ditadura nacional-socialista, só que petista.

Em entrevista ao G1 Globo, na data do dia 15 de abril de 2011, Fux afirma que não é necessário fazer novo plebiscito para o desarmamento civil. O magistrado, que até então dizia elevar a vontade do povo como um bem supremo, acima de tudo e de todos, mudou de idéia, conforme suas conveniências ideológicas. Na reportagem, ele demagogicamente afirma: “É um exemplo de defesa do povo contra o povo. Eu acho que o povo votou errado. Para que serve você se armar? Quando você se arma, pressupõe que se vive num ambiente beligerante. Muito melhor é uma sociedade solidária, harmônica. Eu acho que os políticos têm que avaliar o clima de insegurança do país. E já há o Estatuto do Desarmamento. Tem que fazer valer a lei, implementar políticas públicas no afã de desarmar a população. Não tem que consultar mais nada. O Brasil é um país que tem uma violência manifesta. Tem que aplicar essa lei e ter política pública de recolhimento de armas. Não [se] entra na casa das pessoas para ver se tem dengue? Tem que ter uma maneira de entrar na casa das pessoas para desarmar a população”.

Na Folha de São Paulo, em 16 de abril de 2011, Fux reitera suas idiossincrasias nazi-petistas com argumentos visivelmente ridículos: “Acho que a questão do desarmamento tem que ser resultado de ato de império do Estado. O Estado tem que decidir através de uma legislação austera. Não tem plebiscito nenhum, não tem que perguntar se o povo quer se armar, tem que desarmar o povo com legalidade.” E ainda acrescenta: “Isso revelou que o povo se equivoca por falta de formação e informação. Então, isso tem que ser uma ação de Estado. O povo está lá no parlamento representado pelos seus deputados e senadores. Tem que deixar por eles, e tem que ter uma ação de Estado”.

Em outras palavras, o juiz está dizendo que o referendo sobre o desarmamento, realizado em 2005, não vale absolutamente nada. Era apenas uma farsa para enganar a população. Como o magistrado acha que o povo votou contra si mesmo, logo, o “iluminado” Fux já nos receita a farmacopéia: rasgar valores constitucionais como o direito de propriedade e a inviolabilidade do domicílio e mesmo a força de lei de uma consulta popular para retirar à força, as armas legalizadas que ainda estão em poder de cidadãos honestos. Tudo em nome de um simulacro de legalidade, seja bem dito. Ou do “império do Estado”. No "sapientíssimo" parecer jurídico do magistrado, usar a polícia arbitrariamente para invadir casas alheias é como "combater a dengue". Resta-nos saber se o Sr. Fux não estava com malária quando afirmou uma sandice dessas!

A opinião deste homem é de uma leviandade, de uma baixeza intelectual e de uma vulgaridade espantosa. Se o Sr. Fux se limitasse apenas a pregar as asneiras chorosas sobre desarmamento, vá lá. Ele adora aparecer na mídia. No entanto, um ministro do STF está nos brindando com uma solução totalitária para o desarmamento da população civil. Invadir casas, destruir a privacidade alheia e forçar a população honesta a entregar suas armas contra sua vontade, revogando os direitos básicos elementares de autodefesa é uma idéia que soaria familiar a Hitler e ao Partido Nazista. Algo que faz lembrar a selvageria da Kristallnacht!

Por falar em nazismo, na cabecinha vazia do ministro, a “harmonia” não é uma condição de equilíbrio, visando garantir a paz e a ordem armada contra os inimigos. É tão somente um pacifismo inócuo e vulgar, que na prática deixa os homens de bem à míngua em vista da sanha dos criminosos. Eu bem gostaria que tal lógica fosse aplicada, por exemplo, ao Estado de Israel. Como bem se sabe, os judeus, desde que se entendem por israelenses, andam armados até os dentes. Do homem à mulher, da criança ao velho, todos sabem usar uma arma e como atirar. E por quê? Por que vivem na sociedade-harmônica-de-faz-de-conta do sr. Fux? Não, porque viveram a quatro mil anos de perseguições e massacres, quase sempre desarmados. E atualmente estão cercados de inimigos por todos os lados, jurados que são de morte pelas ditaduras e terroristas islâmicos. Se Fux apregoasse desarmamento em Israel, seria internado num asilo de loucos. Ou no máximo viraria bobo da corte de alguma sinagoga.

O magistrado relata: “Para que serve você se armar? Quando você se arma, pressupõe que se vive num ambiente beligerante. Muito melhor é uma sociedade solidária, harmônica”. Será que o Estado de Israel representa essa “desarmonia”? Ou quem sabe a Suíça, país também muito bem armado, embora os índices de criminalidade sejam baixíssimos? O Rio de Janeiro, com a lei do desarmamento, é um poço de “harmonia”, em particular, dos traficantes, que controlam as favelas como verdadeiros feudos.

Hitler primeiramente confiscara os judeus alemães para depois deportá-los aos campos de extermínio. Bastou que o gueto de Varsóvia se armasse na Polônia ocupada, para que os judeus investissem numa luta inglória, mas extremamente traumática para a SS, impondo muitas baixas aos alemães. Se Fux fosse um magistrado alemão, provavelmente aprovaria o desarmamento, em nome da “legalidade” e do “império do Estado” nazista!

Não se está falando apenas de um ministro judeu, mas de um judeu que vive numa sociedade longe de ser “harmônica” como o Rio de Janeiro, terra dominada pelo banditismo mais infame e pelo crime organizado. Mas Fux não se contenta em desarmar a população civil. Acha que o Estado tem previsões mágicas de quem vai fazer o crime. Ele diz: “Nos Estados Unidos, tem o monitoramento de pessoas potencialmente perigosas. Hoje, com esse acesso à internet, a esses sites de redes terroristas, pessoas desequilibradas têm acesso a informações que exacerbam seu desequilíbrio. Olha essas fitas que antecederam a essa tragédia, onde esse sujeito gravou isso? É um sujeito que não podia estar solto nunca. Tinha que ter uma medida restritiva de liberdade. Será que ninguém viu isso? Porque não acharam antes isso? Esse homem não tinha um pendor para aquilo? Será que ninguém teve oportunidade de denunciar isso? É um problema que interessa à família e ao Estado também”. Ninguém, em sã consciência, pode prever o crime. Pode-se, no máximo, evitar o crime ou preveni-lo, através de cidadãos honestos armados e polícia preparada. E quem adivinharia que aquele rapaz problemático e solitário faria toda aquela mortandade em Realengo? Porém, a lógica de Fux nos leva às características de um Estado policial, algo digno de NKVD soviética ou Gestapo alemã, na idéia doentia de um governo que tudo vigia e tudo vê, como gigantesco Grande Irmão. Cada indivíduo será vigiado como “potencialmente criminoso”, contrariando o princípio básico da Constituição Federal e de qualquer democracia livre, da presunção de inocência. Essa barbaridade existe no sistema penal cubano, a chamada “conduta pré-delituosa”: qualquer cidadão pode ser preso, se o Estado presumir subjetivamente que o indivíduo fará um crime que não cometeu!

Todavia, Fux guarda uma idolatria nazista e comunista pelo Estado. Os políticos, a burocracia governamental (incluindo o magistrado), a polícia, substancialmente, sabem mais do que nós mesmos sobre os nossos direitos e nossos interesses. Mas ele mesmo se contradiz e se enrola, quando perguntado se possui porte de arma: “Eu sempre tive o porte de arma, mas nunca andei armado. Era importante ter o porte de arma, porque a gente ia sozinho para comarca do interior, não tinha cultura de segurança, mas eu não ia armado. Eu entendo que o povo tem que estar absolutamente desarmado. Se esse sujeito não tivesse acesso a arma e carregadores, quando muito ele entraria ali com uma faca, ia tentar matar um e todos iam correr para tentar evitar aquela tragédia”. Ou seja, o Sr. Fux se acha no direito de se armar quando se sente ameaçado. Ou melhor, quando não há “cultura de segurança” (sabe-se lá o que é isso?). Porém, ele recusa ao cidadão comum esse direito, já que a tal “cultura de segurança” já deixou de existir faz tempo neste país. Por que ele não propõe que os juízes percam o porte de armas, em nome da “sociedade harmônica, solidária”? Deve ser pelo fato de que juízes socialistas como ele se achem membros de uma casta diferenciada de toda uma população, com direitos distintos da massa. Na verdade, Fux deve se achar mais inteligente e esclarecido do que a maioria dos brasileiros que votara no referendo contra o desarmamento civil. O pior de tudo é que o direito natural de autodefesa estará sendo revogado por essa mesma classe de pessoas imbecis que diz nos oferecer justiça e segurança.

E quem disse que o assassino de Realengo comprou armas legais? Neste aspecto, o argumento do Sr. Fux é visivelmente estúpido e desonesto. O mero fato de o jovem homicida ter se armado ilegalmente apenas comprova que a legislação do desarmamento não afeta o direito de se armar dos criminosos e tampouco o crescimento da violência. De fato, a lei do desarmamento cria "cultura de segurança" sim, mas para o bandido, cônscio de que a sociedade estará inerme, sem meios para se defender. Na lógica capciosa do ministro do STF, é como se um criminoso, para arranjar um revólver ou um fuzil, necessitasse registrá-los na Polícia Federal. Dentro do mundinho estranho do Sr. Fux, os bandidos e traficantes vão usar facas, por conta das "políticas públicas" do governo. Que tal então proibir as facas?

Irresponsável, cretino, tosco, perverso. Na verdade, Luiz Fux representa a ascensão dos medíocres, dos homens-massa nos tribunais superiores, agora servis e apaniguados com o governo federal. Fux é o retrato cabal da imbecilidade monstruosa da magistratura deste país.




terça-feira, abril 12, 2011

Um assassino à solta? Culpa de quem? Do cidadão comum

A tragédia da escola do bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, onde um lunático invadiu um colégio e matou 12 estudantes, chocou o Brasil inteiro e, em particular, a sociedade carioca, já tão acostumada a um cotidiano de atrocidades e violência. Diria “acostumada”, porque a capital do Rio já é um campo aberto para o crime e o descaso das autoridades públicas. No entanto, parece que a maldade e a loucura humana conseguiram extrapolar o senso comum. Uma população honesta, aturdida, acuada, emocionalmente abalada e confusa sentiu o golpe da matança brutal e absurda das crianças inocentes do colégio.

No entanto, a mídia e os políticos já encontraram um culpado. O crime não foi causado por um lunático tresloucado, admirador do terrorismo islâmico, de Osama Bin Laden e de outras práticas e temas violentos. O criminoso é o cidadão comum e o seu direito de se armar. Sim, a classe política e os ativistas de esquerda, aproveitando-se da vulnerabilidade de uma sociedade abatida e explorando seus sentimentos de culpa, querem impor o controle sobre as armas. Querem tirar o direito do cidadão comum de se defender de bandidos ou de gente tresloucada matadora de alunos de colégio.

Demagogicamente, a presidente Dilma Rousseff fez o seu teatrinho e “chorou” quando comentou sobre a morte dos pequeninhos de Realengo. Ela quis com isso imitar a informalidade do ex-presidente Lula, dando o aval de “mulher sensível”. Para quem participou de assaltos a bancos e outras demais atividades terroristas, o papel dela soa estranho demais. Nos chamados “anos de chumbo” do regime militar, eu não me espantaria se a atual governante do país, obcecada por temas guerrilheiros e terroristas comunistas, invadisse um banco e matasse um bocado de gente. De fato, foi isso mesmo que ela fez ou tentou fazer em priscas eras. A aliança espiritual entre um estúpido fascinado por Osama Bin Laden e Al Qaeda e a militância de esquerda é bem mais próxima do que se imagina. A esquerda mundial, com algumas exceções, apóia o terrorismo islâmico e aplaudiu os atentados de 11 de setembro de 2001. Então por que a presidente chora? E por que a esquerda quer desarmar a população civil?

O atual Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo aproveitou-se da comoção popular para propor uma nova campanha de desarmamento. Ele diz: “Acho que temos uma cruzada pela frente. O Ministério da Justiça lançará uma campanha pelo desarmamento. Temos de lutar muito fortemente contra essa cultura do armamento, contra essa cultura que faz com que pessoas, muitas vezes fora de suas faculdades mentais, cometam esse tipo de atrocidade”. E hipocritamente reitera: "Não é mais necessário que crianças e pessoas morram desta forma tão triste para que nós possamos aprender. É um momento muito triste. Todos nós, brasileiros, temos de nos solidarizar com essas famílias, com o povo do Rio de Janeiro”.

A pergunta que não quer calar é: qual “cultura” de armamento? O país tem uma das legislações de armas mais severas do mundo e o governo tentou por todos os meios ludibriar a população, com o referendo sobre o desarmamento, realizado em 2005. Ao que parece, a opinião do povo não vale muita coisa. Por meio de um golpe sujo, o Estado usou do referendo para pregar uma armadilha sobre a população honesta e desarmá-la. Porém, o tiro saiu pela culatra. A população em peso percebeu a tramóia e votou contra a proibição das armas. Mas quem disse que esquerdista aceita os anseios do povo? Os esquerdistas só aceitam a vontade popular, quando está de acordo com os seus desmandos. Eles vão insistir por todos os meios possíveis e impossíveis, até conseguirem impor os seus propósitos contra a população. A intenção de desarmar a população civil não é o de protegê-la contra o crime. Na prática, tem o sentido inverso de expor mais e mais o cidadão aos caprichos dos bandidos.

O Ministro da Justiça ainda mente. Ele afirmou que a política do desarmamento diminui os índices de violência. Onde isso? Quando? Como? Até o dado momento, os movimentos a favor do desarmamento apresentam desonestamente estatísticas maquiadas para nos convencer do que é ilógico e irrisório. Na prática, a violência e a criminalidade no país têm crescido a olhos vistos. A Suíça e Israel, dois países fortemente armados, apresentam índices de violência bem mais baixos do que o Brasil, cuja legislação é rígida. No entanto, o Sr. Cardozo não está sozinho na empreitada: o senador vigarista José Sarney também está na cruzada do desarmamento civil. Ao menos, ele poderia acrescentar uma seguinte cláusula em qualquer projeto legal com este fim: vamos tirar o direito de se armar dos senadores. Senador que portar armas vai pra cadeia!

Os apregoadores das maldades intrínsecas das armas de fogo acham que basta um decreto para resolver o problema da violência. Como se a diminuição dos índices de assassinatos do país dependessem apenas da criação de leis bem intencionadas e fajutas. O que esse pessoal não prova em nada é a relação entre as armas legais e os índices de violência. Pelo contrário, o direito de se armar ilegalmente já está, e muito, garantido neste país. A nova tentativa de tirar as armas legais de circulação só vai expor o cidadão comum aos delinqüentes, criminosos e lunáticos armados ilegalmente.

Ou mais, na opinião do Ministro e de demais desarmamentistas, o cidadão comum que registra sua arma para defender sua casa e sua família é uma espécie de lunático em potencial. Ele precisa ser tutelado pelo Estado, porque as armas disparam sozinhas. As únicas duas classes sacrossantas, capazes de usar uma arma, são a dos agentes públicos e a dos bandidos. Não duvido que o Sr. Cardozo vá recusar-se ao direito de se armar. Ele, como muitos outros, pode alegar ser “autoridade pública” e logo, vai manter os privilégios de sua autodefesa que recusa a toda uma população.

A imprensa já corrobora para a farsa. Escuto no Jornal Nacional, as palavras de um jornalista, a respeito da solução para os crimes de Realengo: “a solução é o desarmamento”. Um “cronista” da Folha de São Paulo (coloco entre aspas, porque é uma boa besta), chamado Kennedy Alencar, em artigo publicado no dia 08 de abril de 2011, deu achaques de cultura politicamente correta sobre os assassinatos da escola de Realengo. Descreveu o assassino, pela leitura de sua carta, nestes termos: “Por ora, a carta que deixava clara a intenção de morrer é o dado mais esclarecedor. Há moralismo sexual, fanatismo religioso, uma defesa dos animais oprimidos pelo homem”. O que entende o Sr. Kennedy por “moralismo sexual” e “fanatismo religioso”? Tudo o que a carta revela é que o assassino era uma pessoa visivelmente desequilibrada e que deveria parar no hospício. Ou será que o jornalista acredita que nas Igrejas haja assassinos deste naipe, por conta de um moralismo sexual conservador? De fato, o que diria o Sr. Kennedy se o assassino fosse um tarado ou um pedófilo? O movimento gay é cheio deles e o governo federal já cogitou distribuir kit-gay nas escolas, induzindo a sexualidade precoce dos alunos, mas ninguém se importa com isso. Pedófilo só importa pra imprensa quando é padre.

O cronista ficou insatisfeito com a referência do assassino sobre a opressão dos animais pelo homem. Seria propício também colocar no manicômio judiciário muitos universitários e ativistas de ongs, além do “filósofo” Peter Singer, criatura badalada nas academias, defensor de aborto em seres humanos e apregoador da “libertação animal” contra os homens. O atirador de Realengo faria escola nas universidades públicas. Provavelmente tinha tendências vegans...

Se bem que a imprensa esteja omitindo o fato de que o assassino declarava estranhas simpatias pelo islamismo. Ainda que tenha escrito uma carta falando citando Jesus Cristo ou a bíblia, os seus amigos o chamavam de “Osama Bin Laden”, porque o indivíduo deixou crescer a barba e só falava de atentados terroristas. Mas é claro, religião do crime e do fanatismo é o cristianismo. O islamismo está fora de cogitação dessas maldades. . .

Depois da cantilena politicamente correta anti-armas, vem a bajulação pró-governo. Na lógica estúpida de certos jornalistas, o Estado é o “papai-sabe-tudo”. Ele sabe como nos educar e nos proteger, mais do que nós mesmos. Sabe, inclusive, usar melhor uma arma. Kennedy Alencar acrescenta mais asneiras: “É pouco, como já cogitava o governo federal, adotar medidas de restrição à compra de armas. O comércio legal para civis deve ser proibido. O ilegal, duramente combatido. Repetindo: não faz sentido permitir a comercialização de armas para civis. A legislação deveria ser muito dura. Não bastaria apenas proibir, mas penalizar com gravidade quem comprar e vender armas. O Congresso faria um bem danado ao Brasil se aprovasse leis nesse sentido”.

Não faz sentido? Na quase total carência de segurança pública, além de um completo abandono da população acossada por bandidos, como o direito de armar e comercializar armas pelos civis não faz sentido? Ao que parece, o Sr. Kennedy vive num mundinho da bolha que não representa o Brasil. E por que a discriminação contra os civis? Por acaso a polícia tem algum poder mágico de usar melhor as armas do que o cidadão comum que tenta proteger sua propriedade e sua família? Ou na pior das hipóteses, é a própria polícia quem fornece as armas aos bandidos, através da corrupção e da venda ilegal de armas?

Os crimes de Realengo não representam um problema para as armas legais. Representam justamente o contrário, o descaso do governo com a proteção da sociedade, inclusive, nas escolas públicas e na fiscalização de armas ilegais usadas por bandidos e lunáticos. Todavia, na incapacidade de desarmar e prender os bandidos, o governo escolhe outro foco, o de responsabilizar a sociedade honesta pelo crime. Quem matou aquelas mocinhas e mocinhos da escola de Realengo? Foi um paranoico armado? Não! Para o governo, foi você! Quem compra arma pra defender sua família vai pra cadeia!

domingo, abril 03, 2011

O nosso “Hindemburg” . . .


A morte do ex-senador e ex-vice-presidente José Alencar está servindo de mote propagandístico ao PT e ao governo de Dilma Roussef. Não desmereçamos o sofrimento ou a morte de um homem. Alencar passou vários anos lutando contra o câncer e teve profunda determinação em viver. Não se pode tirar dele esse mérito. No entanto, não há cadáver que o PT não goste. Seja para chamar a atenção do público ou comovê-lo. Não foi assim com o caso dos 19 sem-terras assassinados em Eldorado dos Carajás? Não foi assim com o caso Celso Daniel, que foi assassinado por gente ligada ao próprio PT? O mais grotesco de tudo é que os petistas transformam a morte num ensaio de apelação às emoções do público, em vista de publicidade ou popularidade. Isso não passa de uma farsa.


Do ponto de vista estritamente político, José Alencar foi uma completa nulidade, um político que não cheirou, nem fedeu no governo de Lula. Pelo contrário, ele me lembra, com algumas adaptações, a figura de Hindemburg, com o agravante de não ter o menor cabedal do marechal alemão na sua época. Como se sabe, Hindemburg foi aliado de Hitler no Reichstag, quando este se tornou chanceler da Alemanha. Como presidente da república de Weimar, o marechal foi uma figura insignificante em vida. Os nazistas alardeavam suas virtudes de “herói” da primeira guerra mundial, ao mesmo tempo em que por baixo dos panos, chantageavam sua família, em particular seu filho, homem envolvido em tramóias e acusado de corrupção. Mesmo como “patriota”, o marechal era um homem relapso. Ele acatou alegremente a idéia comum, disseminada pelas elites militares alemãs, do mito da “punhalada pelas costas”, a de que a Alemanha não tinha perdido a guerra. A culpa pela derrota alemã se devia aos sociais-democratas e também, conforme diziam os nazistas, aos judeus. Quando Hindemburg morreu, Hitler prestou-lhe a mais completa reverência, explorando o significado do seu cadáver para as massas alemãs. Depois disso, foi completamente esquecido.


José Alencar, com certeza, não participou de uma guerra, não era marechal e não encarnaria jamais os sentimentos patrióticos e militaristas do povo alemão da primeira guerra mundial. Contudo, tampouco encarna os sentimentos ou aspirações dos brasileiros, embora personifique um dado real de nossa época e da psicologia dominante: a mediocridade, o lugar comum, a vulgaridade, o nonsense, exaltados como valores supremos. O ex-senador era uma figura morta politicamente antes de morrer. Por vaidade, por mania de grandeza ou para colocar seu nome na história, tornou-se o vice de Lula. A sua semelhança com Hindemburg não está na sua falsa aspiração de grandeza, mas justamente pela incipiência, pela sua completa falta de importância no cenário político nacional. Se há algo que José Alencar será lembrado na história do país (isto, se os professores e historiadores não adulterarem a história) é do papel de um vice apagado, no governo do mensalão, do aparelhamento do Estado-partido, da violação de sigilo bancário e fiscal alheio, da propaganda sistemática de mentiras, das tentativas de censura da imprensa, da chantagem generalizada contra a oposição e das suas ligações ideológicas com o terrorismo, o narcotráfico e os nascentes regimes totalitários na América Latina e no mundo islâmico. Na verdade, a choradeira em torno das cinzas de José Alencar é pura lágrima de crocodilo. A comoção fabricada pela imprensa, sob o dedo do governo, é puro charlatanismo, pura desinformação. A morte do “Hindemburg” brasileiro não comove quase ninguém, nem mesmo o PT.

sábado, abril 02, 2011

Sobre um certo vitimismo na opinião pública. . .

O capitão do exército e deputado federal pelo Rio de Janeiro Jair Bolsonaro acabou dando espaço para que criassem um “factóide” contra ele. No programa humorístico chamado CQC, em que os apresentadores fazem sátiras sobre figuras públicas brasileiras, o político se prestou a responder às perguntas de alguns entrevistados nas ruas e no meio artístico. No meio deles, apareceu Preta Gil, filha do cantor e ex-ministro da cultura Gilberto Gil, que fez a seguinte pergunta: “Se seu filho se apaixonasse por uma negra, o que você faria?". E Bolsonaro, sem prestar muita atenção na questão, respondeu: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quer que seja. Eu não corro esse risco, e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o teu”.

Foi o pretexto que os movimentos negro e gay esperavam para achincalhar o polêmico deputado e acusá-lo de “racista”. Em particular, os grupos homossexuais estão fazendo uma campanha agressiva, apelando a uma vitimização histérica mesclada com ódio a qualquer tipo de dissidência. E os militantes do movimento negro aproveitaram a onda de indignação fabricada e fingida, para ganhar pontos na opinião pública. Bolsonaro tem incomodado demais estes rebanhos amestrados de esquerda, quando faz suas críticas à política educacional dos homossexuais na educação pública ou mesmo quando contesta a validade da chamada lei "anti-homofobia" .

Embora o deputado fale algumas verdades e seja louvado por muitos conservadores e direitistas, não consigo admirá-lo. Ele acaba encarnando o estereótipo que a esquerda adora rotular nas forças armadas: a pecha de militar tapado, sectário, apologético de um radicalismo primário sobre política e economia. Isso ficou bastante claro quando o militar foi entrevistado pelo pseudo-cult dublê de humorista Jô Soares. O entrevistador, visivelmente malicioso, conseguiu estigmatizar o deputado com o protótipo odioso de militar estúpido.

Durante uma boa parte da minha infância e adolescência, eu convivi com o oficialato. Neste meio, encontrei pessoas extremamente inteligentes, estudiosas e intelectualizadas. Da vila militar onde morei, conheci músicos, poetas, pintores, médicos, cientistas, especialistas em história, filosofia política, direito e demais outras atividades culturais. Aliás, meu pai era um destes homens apreciadores de bons livros, que iam da literatura à filosofia, passando por história e economia. Embora houvesse elementos tacanhos nesse meio, a caserna sempre foi contrabalançada por homens extremamente cultos e esclarecidos, movidos por um autêntico e intenso patriotismo e senso de dever.

As forças armadas, junto com a diplomacia do Itamaraty, foram, durante uma boa parte da história republicana, o elemento canalizador das melhores cabeças de nosso país. A grande maioria do corpo do exército é sincera em defender a legalidade e a democracia e durante a conturbada história da república brasileira, as forças armadas foram, para o bem ou para o mal, o poder moderador das instituições políticas. Na verdade, foram os militares que criaram a república brasileira. Como dizia Nelson Rodrigues, quem proclamou a república usava espadas, penachos e esporas. E os militares fizeram revoluções que a esquerda jamais soube fazer.

Porém, Bolsonaro encarna o que há de pior no pensamento de muitos núcleos militares, que é um dos problemas básicos da república: o autoritarismo, a mania estatal dirigista e a crença estúpida de que a sociedade civil deve ser uma mera extensão da caserna. Esse aspecto usurpador do “poder moderador” imperial encabeçado pelas forças armadas criou um sério impasse na história política brasileira. Se por um lado, o conservadorismo dos seus membros impediu que as dissidências políticas e variadas forças subversivas desagregassem ou mesmo destruíssem a sociedade civil e o país, por outro lado, a ideologia positivista acabou por anular os valores constitucionalistas e parlamentares herdados da monarquia brasileira.

Daí a confusão mental do deputado em defender uma situação de exceção, como foi o caso da ditadura militar, e apregoá-lo como se fosse um modelo político viável. Alguns militares sofrem de uma doença chamada o mal do “republicanismo”, a mesmíssima enfermidade dos países da América Espanhola. Há um elemento implicitamente revolucionário e também subversivo no ideal republicano brasileiro. Ele representa uma ruptura radical com os legados políticos passados da estabilidade parlamentar monárquica e uma fé perigosa no futuro. Uma fé em que sempre o porvir voluntarista está acima dos valores do passado e do presente, a ponto de sacrificá-los em nome de uma causa hipotética.

Não me espanta que o regime militar, nascido de uma revolta legitima contra a ascensão do socialismo no país, tenha praticamente estruturado um modelo político e econômico estatizante e cheio de ranços socialistas. Se alguém fizer uma análise real sobre as idéias de Bolsonaro, verá que do ponto de vista puramente econômico, ele pensa a mesma coisa que os petistas. Ou pior, muitos petistas não se cansam de elogiar o modelo econômico criado pelos militares, com suas estatais faraônicas, endividamento público maciço e burocracias em cada nível da sociedade civil. O deputado adora criticar as privatizações e exaltar o desenvolvimentismo paternalista dos governos militares. Ainda prega que a venda da Vale, do Sistema Telebrás e outros, fora um ato de "traição". A filosofia de Bolsonaro é uma confusão doida entre Estado e nação, entre empresa e governo.

Contudo, ele mal percebe que o PT está tão bem arraigado nas instituições públicas e estatais brasileiras, justamente pelo fato de que o modelo econômico do regime militar acabou sendo muito bem aproveitado pelos socialistas. Sob determinados aspectos, Bolsonaro se assemelha muito ao PT. É tão socialista quanto os militantes de esquerda, só que dentro de uma versão nacionalista e supostamente conservadora. A diferença, e nisto ele tem razão, é que os militares não roubaram. Mas o PT rouba. E muito!

Os militares foram responsáveis pela prosperidade econômica do Brasil republicano. Fizeram do Brasil uma das dez maiores economias do mundo. No entanto, criaram um monstrengo governamental que até hoje assola o país e ameaça afundá-lo de vez.

Voltemos ao caso da Preta Gil. Escolhida para ser rainha da chamada “Parada do Orgulho Gay” em São Paulo, fez uma choradeira descomunal pra canalizar as dores do movimento negro e homossexual. Disse que foi injustamente agredida pelo deputado, pelo fato de ser negra e gay. Ainda reiterou que a ofensa não foi apenas contra ela, porém contra todos os negros e homossexuais (como se alguém a autorizasse a responder por todo mundo). E começou a onda de bajulação quando afirmou: "É uma causa minha desde que nasci. E crio o meu filho com a mesma liberdade. Por isso fico muito feliz de ver aqui representantes da polícia, da política e outros setores da sociedade organizada, porque acredito que podemos mudar sim essa onda de violência contra os homossexuais." Bem que eu gostaria que Dona Preta Gil explicasse essa “onda”. É o insulto de Bolsonaro? São os assassinatos de gays, provocados pelo próprio submundo gay? Os homossexuais se matam entre si nos seus guetos e a sociedade é que deve pagar a conta?

Ela ainda se gabou: "Nada do que eu fiz são coisas inaceitáveis. Ele já foi acionado judicialmente pelos meus advogados. A questão é que agora só vai juntando novas provas contra ele. Já são três processos." O demagogo e histriônico deputado do PSOL, Jean Wyllys, aproveitou a bobagem de Bolsonaro para atacá-lo, protocolando uma representação na Câmara dos Deputados. O exibicionista “ex-Big Brother Brasil” adora aparecer nas câmeras. E o paladino do movimento gay assim afirmou: "Não adianta ele mentir dizendo que confundiu. Não há termo de confusão entre 'mulher negra' e 'filho gay'". Na lógica doentia de Wyllys, a homossexualidade tem valor sacrossanto. Discriminar a homossexualidade tem o mesmo peso de ser racista!

Obviamente dá pra perceber o equívoco quando a referência principal de Bolsonaro está relacionada à conduta sexual promíscua de Preta Gil. A resposta dele destoa completamente da pergunta. De fato, a filha do cantor Gilberto Gil é famosa em se locupletar publicamente de sua vida sexual regada a surubas e casos com outras mulheres. Se isso é “aceitável”, fica por conta dela. Por mais que o capitão do exército tenha sido agressivo, antipático, bobo, não há o menor sinal de racismo.

No entanto, o policiamento ostensivo da linguagem não têm fim. Atualmente, as expressões não têm sentido pelas intenções de quem fala, mas pelo lado de quem as interpreta. E como os movimentos negros e gays precisam distorcer e vigiar a linguagem alheia para controlar pensamentos, logo, escolheram Bolsonaro como bode expiatório de um evento sem a menor importância. É a neurose das minorias organizadas: posarem de eternas vítimas, ao mesmo tempo em que forçam a aprovação de uma legislação opressiva e totalitária, além de discriminatória e desigual.

A grosseria de Bolsonaro é fruto de mal assessoramento e tacanhez. Ao portar dessa forma, acaba sendo idiota útil das esquerdas. Por mais que ele seja cheio de boa fé e tenha um posicionamento correto em muitas coisas, sinceramente, eu não acho que ele represente algo necessariamente inteligente na direita brasileira. Entretanto, não dá pra cair nesse choramingo da Preta Gil. O vitimismo rançoso dos militantes gays e negros só atestam oportunismo, má fé e pura vigarice política. Que as criancinhas mimadas do movimento negro e gay vão chorar em outra freguesia!