1. Censura, economia venezuelana e bolivarianistas.
A revogação da licença de concessão da RCTV, a Radio Caracas de Televisão, na Venezuela, e o posterior confisco de seus aparelhos de transmissão, pelo governo de Hugo Chavez, demonstram aquilo que qualquer observador sensato já notava, desde a ascensão do sargentão venezuelano no poder: ele levará o país a uma ditadura. Se hoje a RCTV é a vítima maior da censura do governo venezuelano contra a liberdade de imprensa, a Rede Globovision está com seus dias contados. A ameaça de destruir qualquer voz de oposição paira no ar. Todas as esferas do Estado venezuelano estão controladas pelos chavistas: o executivo, o judiciário, o congresso nacional, o sistema eleitoral, etc. E Chavez criou mecanismos de controle da população civil, até no que diz respeito à economia. O sistema é tão perverso, tão desumano, que subjuga às necessidades da população ao controle total do governo. Como as multinacionais foram roubadas ou expulsas do país e as empresas privadas nacionais foram confiscadas, só restou ao Estado controlar todos os serviços essenciais do país. O povo venezuelano está próximo de depender de cartões distribuídos pelo governo, em que cada cidadão será chantageado politicamente, se não colaborar, sob pena de passar ou mesmo morrer de fome. É questão de tempo o povo venezuelano viver de racionamento de comida, tal como ocorre em Cuba. A aliança de Chavez com Fidel Castro não é mera coincidência: um imita e emula o outro.
Essa forma de controle pode ser demonstrada em uma palestra de Chavez, a respeito da economia: a distribuição compulsória de moedas perecíveis e não-conversíveis, para controlar a circulação de riquezas no país. O sistema é bastante simples: o cidadão venezuelano de uma respectiva cidade será obrigado a trabalhar ou vender seus pertences para a um estabelecimento específico do governo. O governo liberará uma espécie de ticket, em que o cidadão só poderá trocar no estabelecimento em que obrigatoriamente o recebeu, sem ter a liberdade de convertê-la em outra moeda ou comprar em outro lugar. Em outras palavras, o governo pagará os serviços da população com moeda podre, tal como um fazendeiro rural pagaria uma espécie de vale de crédito de sua mercearia da fazenda. Como a moeda oferecida pelo governo só vale na mercearia do próprio, ele pode decidir os preços e as mercadorias que impuser ao consumidor. Isto é só um detalhe: as moedas, com o tempo, perecem por oxidação. Ou seja, o povo, além de ter sua liberdade de comprar e vender castrada, terá o valor de seu trabalho diminuído e não poderá acumular poupança, já que uma parte do capital será apropriada pelo governo, com a imposição de uma moeda sem valor e que se desvaloriza ainda mais, com o tempo. O poder de consumo do cidadão venezuelano será virtualmente controlado pelo governo. Ou seja, Chavez controlará quando, como e onde o venezuelano médio vai consumir. O pior desse sistema é que vai reduzir a população venezuelana virtualmente a uma situação de subsistência, a uma condição próxima da fome. Como a liberdade de poupança e a acumulação de capital são destruídas, a tendência é cair a produção de qualquer coisa no país, já que o cidadão comum saberá que vai ser roubado pelo governo.
Porém, isso já ocorre: em oito anos de governo Chavez, a Venezuela decresceu do PIB. A miséria aumentou absurdamente, sem contar a violência da capital, Caracas, umas das mais altas do mundo. E como todo governo socialista que se preze, Chavez quer levar o povo à mendicância, para depender eternamente do governo. Já dizia um economista sueco: “os famintos não fazem revolução, apenas morrem de fome”.
A leve explanação da economia chavista foi exposta pelo próprio protoditador venezuelano, num vídeo do pomposo e inócuo do “ministério da economia popular”. Ditadores latino-americanos são espalhafatosos na vigarice. Impressionante é Chavez falar para um público simpático a seu discurso, assumindo que vai roubar todo mundo! Mas há de se entender que a grande maioria dos chavistas, no geral, ou é desonesta, ou é ignorante. Eles, em geral, são de um sectarismo estúpido e um palavrório vazio. O chamado “bolivarianismo” é de uma assustadora indigência intelectual. O termo, extraído de Simon Bolívar, o libertador da Venezuela e de uma boa parte dos países latino-americanos, é uma grotesca falsificação histórica. A grande maioria dos chavistas militantes desconhece as idéias de Simon Bolívar, um aristocrata liberal “criollo”, admirador confesso da democracia norte-americana, embora partidário de uma democracia elitista e censitária. Quando não desconhecem, são condescendentes com a fraude propagandística do chavismo.
2. Oposição venezuelana, sua força e suas fraquezas.
A oposição venezuelana, em sua maior parte, é feita por pessoas de bem. Ao contrário das mentiras chavistas, o grosso da população opositora não é feita de “elites oligárquicas”, e sim por pessoas muito conscientes e educadas. Muitos são da classe média empobrecida pelo governo: profissionais liberais, universitários, jornalistas, funcionários públicos perseguidos pelo regime. Os oposicionistas, ao perceberem o naufrágio iminente do país, vão corajosamente às ruas enfrentar os desmandos de Chavez e seus asseclas. O grande problema da oposição na Venezuela é sua desorganização, sua falta de unidade e força política. É uma fragmentação de tendências, todas num propósito comum de defender a democracia, e, no entanto, sem um contrabalanço organizacional que possa enfrentar um Estado onipotente e um exército bem armado. Ela sofreu um duro golpe em 2002, quando reagiu ao processo revolucionário, tentando derrubar Chavez do poder. Como teve escrúpulos demais contra Chavez, o monstrengo acabou voltando ao poder, para radicalizar o processo que já patrocinara, desde que se elegeu, em 1998. E como uma voz difusa de uma democracia agonizante, ela é abafada dentro e fora da Venezuela. A opinião pública mundial, omissa e mesmo cúmplice de Chavez, ignorou os apelos democráticos do país.
Para essas pessoas instruídas, empreendedoras, esclarecidas, a situação é de um completo pesadelo. Como me dizia uma venezuelana com quem me correspondia, “nós nos sentimos com uma arma na cabeça, pronta pra apertar o gatilho”. Elas sabem o caminho da servidão que esperam. Demonstram uma profunda depressão sobre os destinos do país. Percebem que o país é refém de um delinqüente.
3. Bolivarianismo como uma política imperialista: leia-se, Foro de São Paulo.
Se Bolívar era um liberal da velha guarda, “bolivarianismo” é o velho socialismo com outro nome, com sinais trocados. Ele mistura uma suruba doida de um tosco e inflamado discurso nacionalista e militarista, com chavões anticapitalistas e internacionalistas proletários. Porém, a estratégia do processo revolucionário é nunca ter um discurso concreto, coerente: porque a busca única e consciente do poder compreende vários discursos, para se adaptar melhor à conjuntura do que é conveniente. Se Chavez usa um discurso nacionalista para os venezuelanos, ele demonstra ter um projeto revolucionário e imperialista em escala continental. Hoje em dia, a Venezuela praticamente determina a geopolítica da América Latina, financiando variados governos latino-americanos, prontos para destruírem a democracia no continente. Bolívia, Colômbia, Peru, Nicarágua, México, Equador e mesmo o Brasil sofrem a influência do “bolivarianismo”. A promoção de governos legalmente eleitos se coaduna com o aparato ilegal de criminalidade. Isso implica guerrilha, narcotráfico, crime organizado e terrorismo. É velha tática leninista sendo readaptada nos trópicos. Chavez apóia diplomaticamente, tanto governos eleitos, que se transformam em ditaduras, como grupos de guerrilhas que tentam tomar o poder pela força. As Farcs colombianas, notório grupo de guerrilha narcotraficante e comunista, têm pleno apoio de Chavez. Isso porque, com a derrota de Huanta Humala no Peru, outro candidato fantoche no “bolivarianismo”, Chavez posteriormente incrementou o surgimento do Sendero Luminoso no país, grupo de guerrilha terrorista, que nos anos 80, matou de 50 a 70 mil peruanos. A derrota de outro candidato de esquerda, ditado por Chavez no México, fez explodir uma revolta em Oaxaca, causando sérios problemas institucionais na frágil democracia mexicana. O surgimento repentino do terrorismo nestes países tem não somente o dedo, como o dinheiro de Hugo Chavez.
Essa situação é tão grave, que a Venezuela quase entrou em guerra contra a Colômbia. O presidente colombiano mandou capturar membros das farcs nos círculos chavistas de Caracas e Chavez, com seu estilo histriônico e megalomaníaco, ameaçou atacar o país. Se Chavez blefou ou não, o caso é que ele está construindo o maior exército a América Latina. Comprou jatos soviéticos e permitiu a primeira fábrica de fuzis kalashinikovs no continente. Aliás, há uma proximidade conjunta da esquerda latino-americana com o terrorismo árabe. Chavez não se une ao Irã apenas por causa do petróleo: tamanho zelo pelo islamismo fundamentalista fez com que a Venezuela, outrora aliada de Israel, rompesse com o Estado judaico. Há de convir que Irã é um país que desenvolve um projeto nuclear, ameaçando a paz no Oriente Médio. E como não poderia deixar de ser num megalomaníaco, Chavez sonha com a bomba atômica.
Na prática, o que há é um conchavo de esquerdas latino-americanas. O nome da associação: Foro de São Paulo. O Foro de São Paulo já diz para que veio: é o novo Cominten do processo revolucionário comunista na América Latina. Encabeçado pelo próprio Chavez, tem a colaboração de seu chefe de honra e um de seus fundadores: o presidente do Brasil Luis Ignácio Lula da Silva. A linha partidária do Foro de São Paulo engloba desde partidos legais de esquerda, até grupos terroristas, como Farcs, Mir chileno e Frente zapatista do México. E claro, com as bênçãos de Fidel Castro, o eterno ditador de Cuba. E todos eles possuem um propósito comum, nas palavras deles: restaurar na América Latina aquilo que foi perdido no Leste Europeu, ou seja, restaurar ditaduras comunistas em escala continental. Chavez não teria essa força toda, se a esquerda latino-americana não colaborasse para isso. Em particular, o Partido dos Trabalhadores, maior patrocinador da causa comunista.
4.Um país cego na ignorância. . .
O Brasil está desarmado contra o processo revolucionário que pulveriza as democracias latino-americanas. O grupo que hoje governa Brasília é composto dessas mesmíssimas pessoas que querem fazer aqui no país, o que Chavez e o Foro de São Paulo fazem em todo o continente: destruir o Estado de Direito e impor ditaduras totalitárias. Na verdade, Chavez só teve esse poder todo, porque o Brasil assim o permitiu. O Brasil foi o maior promotor de Chavez e seus aliados na América Latina. E isso, com o preço do país perder influência, credibilidade e se tornar vulnerável a essa loucura coletiva.
O caso Evo Morales, em que o presidente da Bolívia confiscara os poços de gás explorados pela Petrobrás, enviando o seu exército, e, posteriormente, expulsou os fazendeiros brasileiros, confiscando suas produções de soja na fronteira do país, foi um ato de traição. Sim, o governo brasileiro traiu os interesses da nação. Foi uma das atitudes mais escandalosas, mais monstruosas e mais malignas da história republicana brasileira. Foi o governo Lula que promoveu Evo Morales e sua ascensão ao poder, a despeito do sólido envolvimento de Morales com o narcotráfico e o crime organizado em seu país. E foi o governo brasileiro que calou a boca, quando um bilhão de dólares em investimentos dos contribuintes e acionistas da Petrobrás, e mesmo a dignidade dos brasileiros roubados da fronteira, foram jogados pelo ralo. Todavia, a ação da Bolívia contra o Brasil não foi algo espontâneo e imprevisto. Foi algo deliberado. Chavez estava por trás disso. Mal a Petrobrás foi expulsa do país, a PDVSA tomava conta do lugar. E, atualmente, bases militares do exército venezuelano estão na fronteira do Brasil e do Chile com a Bolívia. Com a colaboração de Lula. E sob o aplauso das esquerdas nacionais e internacionais!
É também colaboração de Lula, o incremento do crime organizado no país. Os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) contra o estado de São Paulo em 2006, matando quase uma centena de pessoas nas ruas, e a quase guerra civil entre a polícia e o crime organizado do Rio de Janeiro, demonstram o quanto as alianças do governo brasileiro influenciam no cotidiano do povo. Há provas contundentes de que as Farcs da Colômbia dão treinamento paramilitar aos membros do PCC e de outras facções do crime organizado. Alguns militantes da guerrilha, inclusive, foram presos em algumas capitais brasileiras. E há de se lembrar que Fernandinho Beira-Mar, o chefe do Comando Vermelho, foi preso na Colômbia, na área de atuação das Farcs, trocando armas por cocaína. As farcs, atualmente, não só têm foro de ação nas fronteiras brasileiras, trocando tiros contra o exército brasileiro, como agem livremente em território nacional.
E que tipo de providências o governo brasileiro fez, para combater a influência do crime organizado? Nada, absolutamente nada! Pelo contrário, fez é promovê-lo em nosso país. Quem fez campanha para a libertação do guerrilheiro “padre” Olivério Medina, preso pela policia federal? Quem foi acusado pelos SNI, serviço de inteligência brasileiro, de receber 5 milhões de dólares pelas farcs, para a campanha presidencial? Quem se recusou, enquanto governo, a reconhecer as Farcs como grupo terrorista? O governo do presidente Luis Ignácio Lula da Silva. Ademais, por tamanhos serviços prestados, as próprias Farcs reconhecem, em cartas oficiais, os esforços do PT e do presidente Lula em promoverem um dos grupos mais criminosos do continente. Um grupo que fere e mata nossos cidadãos nas cidades brasileiras, além de destruir a juventude com as drogas.
Por outro lado, há indícios graves que acusam o envolvimento do MST com o crime organizado do PCC e das Farcs. Meses antes dos ataques do PCC no Estado de São Paulo, a polícia civil constatou escutas de membros do MST dando “dicas” de como fazer protestos contra o sistema carcerário, pressionando para o favorecimento dos líderes do crime organizado. Todavia, o MST também é um grupo criminoso, já que invade terras, saqueia propriedades e depreda prédios públicos. Tão grave quanto essas ligações e ações, é o fato de o governo brasileiro liberar milhões de reais para a reforma agrária, a uma associação que nem existe. O MST não é partido político, não é pessoa jurídica, não é nada. Simplesmente é nula como entidade jurídica. Milhões de reais são jogados no lixo para uma associação fantasma, cuja meta única é alimentar uma guerra civil no campo.
Se o MSLT invade impunemente o congresso nacional e faz quebradeiras e vandalismo contra o Congresso Nacional, com a liderança de um dos membros da cúpula do PT, recentemente, o MST invadiu o maquinário da usina de Tucuruí, ameaçando deixar o norte e nordeste do país sem luz. Pouca gente percebeu a gravidade deste tipo de ação, quando um grupo, usando de métodos violentos, ameaça causar um prejuízo assombroso a cidadãos, no suposto direito de reivindicar mais dinheiro público e extorqui-los.
A revogação da licença de concessão da RCTV, a Radio Caracas de Televisão, na Venezuela, e o posterior confisco de seus aparelhos de transmissão, pelo governo de Hugo Chavez, demonstram aquilo que qualquer observador sensato já notava, desde a ascensão do sargentão venezuelano no poder: ele levará o país a uma ditadura. Se hoje a RCTV é a vítima maior da censura do governo venezuelano contra a liberdade de imprensa, a Rede Globovision está com seus dias contados. A ameaça de destruir qualquer voz de oposição paira no ar. Todas as esferas do Estado venezuelano estão controladas pelos chavistas: o executivo, o judiciário, o congresso nacional, o sistema eleitoral, etc. E Chavez criou mecanismos de controle da população civil, até no que diz respeito à economia. O sistema é tão perverso, tão desumano, que subjuga às necessidades da população ao controle total do governo. Como as multinacionais foram roubadas ou expulsas do país e as empresas privadas nacionais foram confiscadas, só restou ao Estado controlar todos os serviços essenciais do país. O povo venezuelano está próximo de depender de cartões distribuídos pelo governo, em que cada cidadão será chantageado politicamente, se não colaborar, sob pena de passar ou mesmo morrer de fome. É questão de tempo o povo venezuelano viver de racionamento de comida, tal como ocorre em Cuba. A aliança de Chavez com Fidel Castro não é mera coincidência: um imita e emula o outro.
Essa forma de controle pode ser demonstrada em uma palestra de Chavez, a respeito da economia: a distribuição compulsória de moedas perecíveis e não-conversíveis, para controlar a circulação de riquezas no país. O sistema é bastante simples: o cidadão venezuelano de uma respectiva cidade será obrigado a trabalhar ou vender seus pertences para a um estabelecimento específico do governo. O governo liberará uma espécie de ticket, em que o cidadão só poderá trocar no estabelecimento em que obrigatoriamente o recebeu, sem ter a liberdade de convertê-la em outra moeda ou comprar em outro lugar. Em outras palavras, o governo pagará os serviços da população com moeda podre, tal como um fazendeiro rural pagaria uma espécie de vale de crédito de sua mercearia da fazenda. Como a moeda oferecida pelo governo só vale na mercearia do próprio, ele pode decidir os preços e as mercadorias que impuser ao consumidor. Isto é só um detalhe: as moedas, com o tempo, perecem por oxidação. Ou seja, o povo, além de ter sua liberdade de comprar e vender castrada, terá o valor de seu trabalho diminuído e não poderá acumular poupança, já que uma parte do capital será apropriada pelo governo, com a imposição de uma moeda sem valor e que se desvaloriza ainda mais, com o tempo. O poder de consumo do cidadão venezuelano será virtualmente controlado pelo governo. Ou seja, Chavez controlará quando, como e onde o venezuelano médio vai consumir. O pior desse sistema é que vai reduzir a população venezuelana virtualmente a uma situação de subsistência, a uma condição próxima da fome. Como a liberdade de poupança e a acumulação de capital são destruídas, a tendência é cair a produção de qualquer coisa no país, já que o cidadão comum saberá que vai ser roubado pelo governo.
Porém, isso já ocorre: em oito anos de governo Chavez, a Venezuela decresceu do PIB. A miséria aumentou absurdamente, sem contar a violência da capital, Caracas, umas das mais altas do mundo. E como todo governo socialista que se preze, Chavez quer levar o povo à mendicância, para depender eternamente do governo. Já dizia um economista sueco: “os famintos não fazem revolução, apenas morrem de fome”.
A leve explanação da economia chavista foi exposta pelo próprio protoditador venezuelano, num vídeo do pomposo e inócuo do “ministério da economia popular”. Ditadores latino-americanos são espalhafatosos na vigarice. Impressionante é Chavez falar para um público simpático a seu discurso, assumindo que vai roubar todo mundo! Mas há de se entender que a grande maioria dos chavistas, no geral, ou é desonesta, ou é ignorante. Eles, em geral, são de um sectarismo estúpido e um palavrório vazio. O chamado “bolivarianismo” é de uma assustadora indigência intelectual. O termo, extraído de Simon Bolívar, o libertador da Venezuela e de uma boa parte dos países latino-americanos, é uma grotesca falsificação histórica. A grande maioria dos chavistas militantes desconhece as idéias de Simon Bolívar, um aristocrata liberal “criollo”, admirador confesso da democracia norte-americana, embora partidário de uma democracia elitista e censitária. Quando não desconhecem, são condescendentes com a fraude propagandística do chavismo.
2. Oposição venezuelana, sua força e suas fraquezas.
A oposição venezuelana, em sua maior parte, é feita por pessoas de bem. Ao contrário das mentiras chavistas, o grosso da população opositora não é feita de “elites oligárquicas”, e sim por pessoas muito conscientes e educadas. Muitos são da classe média empobrecida pelo governo: profissionais liberais, universitários, jornalistas, funcionários públicos perseguidos pelo regime. Os oposicionistas, ao perceberem o naufrágio iminente do país, vão corajosamente às ruas enfrentar os desmandos de Chavez e seus asseclas. O grande problema da oposição na Venezuela é sua desorganização, sua falta de unidade e força política. É uma fragmentação de tendências, todas num propósito comum de defender a democracia, e, no entanto, sem um contrabalanço organizacional que possa enfrentar um Estado onipotente e um exército bem armado. Ela sofreu um duro golpe em 2002, quando reagiu ao processo revolucionário, tentando derrubar Chavez do poder. Como teve escrúpulos demais contra Chavez, o monstrengo acabou voltando ao poder, para radicalizar o processo que já patrocinara, desde que se elegeu, em 1998. E como uma voz difusa de uma democracia agonizante, ela é abafada dentro e fora da Venezuela. A opinião pública mundial, omissa e mesmo cúmplice de Chavez, ignorou os apelos democráticos do país.
Para essas pessoas instruídas, empreendedoras, esclarecidas, a situação é de um completo pesadelo. Como me dizia uma venezuelana com quem me correspondia, “nós nos sentimos com uma arma na cabeça, pronta pra apertar o gatilho”. Elas sabem o caminho da servidão que esperam. Demonstram uma profunda depressão sobre os destinos do país. Percebem que o país é refém de um delinqüente.
3. Bolivarianismo como uma política imperialista: leia-se, Foro de São Paulo.
Se Bolívar era um liberal da velha guarda, “bolivarianismo” é o velho socialismo com outro nome, com sinais trocados. Ele mistura uma suruba doida de um tosco e inflamado discurso nacionalista e militarista, com chavões anticapitalistas e internacionalistas proletários. Porém, a estratégia do processo revolucionário é nunca ter um discurso concreto, coerente: porque a busca única e consciente do poder compreende vários discursos, para se adaptar melhor à conjuntura do que é conveniente. Se Chavez usa um discurso nacionalista para os venezuelanos, ele demonstra ter um projeto revolucionário e imperialista em escala continental. Hoje em dia, a Venezuela praticamente determina a geopolítica da América Latina, financiando variados governos latino-americanos, prontos para destruírem a democracia no continente. Bolívia, Colômbia, Peru, Nicarágua, México, Equador e mesmo o Brasil sofrem a influência do “bolivarianismo”. A promoção de governos legalmente eleitos se coaduna com o aparato ilegal de criminalidade. Isso implica guerrilha, narcotráfico, crime organizado e terrorismo. É velha tática leninista sendo readaptada nos trópicos. Chavez apóia diplomaticamente, tanto governos eleitos, que se transformam em ditaduras, como grupos de guerrilhas que tentam tomar o poder pela força. As Farcs colombianas, notório grupo de guerrilha narcotraficante e comunista, têm pleno apoio de Chavez. Isso porque, com a derrota de Huanta Humala no Peru, outro candidato fantoche no “bolivarianismo”, Chavez posteriormente incrementou o surgimento do Sendero Luminoso no país, grupo de guerrilha terrorista, que nos anos 80, matou de 50 a 70 mil peruanos. A derrota de outro candidato de esquerda, ditado por Chavez no México, fez explodir uma revolta em Oaxaca, causando sérios problemas institucionais na frágil democracia mexicana. O surgimento repentino do terrorismo nestes países tem não somente o dedo, como o dinheiro de Hugo Chavez.
Essa situação é tão grave, que a Venezuela quase entrou em guerra contra a Colômbia. O presidente colombiano mandou capturar membros das farcs nos círculos chavistas de Caracas e Chavez, com seu estilo histriônico e megalomaníaco, ameaçou atacar o país. Se Chavez blefou ou não, o caso é que ele está construindo o maior exército a América Latina. Comprou jatos soviéticos e permitiu a primeira fábrica de fuzis kalashinikovs no continente. Aliás, há uma proximidade conjunta da esquerda latino-americana com o terrorismo árabe. Chavez não se une ao Irã apenas por causa do petróleo: tamanho zelo pelo islamismo fundamentalista fez com que a Venezuela, outrora aliada de Israel, rompesse com o Estado judaico. Há de convir que Irã é um país que desenvolve um projeto nuclear, ameaçando a paz no Oriente Médio. E como não poderia deixar de ser num megalomaníaco, Chavez sonha com a bomba atômica.
Na prática, o que há é um conchavo de esquerdas latino-americanas. O nome da associação: Foro de São Paulo. O Foro de São Paulo já diz para que veio: é o novo Cominten do processo revolucionário comunista na América Latina. Encabeçado pelo próprio Chavez, tem a colaboração de seu chefe de honra e um de seus fundadores: o presidente do Brasil Luis Ignácio Lula da Silva. A linha partidária do Foro de São Paulo engloba desde partidos legais de esquerda, até grupos terroristas, como Farcs, Mir chileno e Frente zapatista do México. E claro, com as bênçãos de Fidel Castro, o eterno ditador de Cuba. E todos eles possuem um propósito comum, nas palavras deles: restaurar na América Latina aquilo que foi perdido no Leste Europeu, ou seja, restaurar ditaduras comunistas em escala continental. Chavez não teria essa força toda, se a esquerda latino-americana não colaborasse para isso. Em particular, o Partido dos Trabalhadores, maior patrocinador da causa comunista.
4.Um país cego na ignorância. . .
O Brasil está desarmado contra o processo revolucionário que pulveriza as democracias latino-americanas. O grupo que hoje governa Brasília é composto dessas mesmíssimas pessoas que querem fazer aqui no país, o que Chavez e o Foro de São Paulo fazem em todo o continente: destruir o Estado de Direito e impor ditaduras totalitárias. Na verdade, Chavez só teve esse poder todo, porque o Brasil assim o permitiu. O Brasil foi o maior promotor de Chavez e seus aliados na América Latina. E isso, com o preço do país perder influência, credibilidade e se tornar vulnerável a essa loucura coletiva.
O caso Evo Morales, em que o presidente da Bolívia confiscara os poços de gás explorados pela Petrobrás, enviando o seu exército, e, posteriormente, expulsou os fazendeiros brasileiros, confiscando suas produções de soja na fronteira do país, foi um ato de traição. Sim, o governo brasileiro traiu os interesses da nação. Foi uma das atitudes mais escandalosas, mais monstruosas e mais malignas da história republicana brasileira. Foi o governo Lula que promoveu Evo Morales e sua ascensão ao poder, a despeito do sólido envolvimento de Morales com o narcotráfico e o crime organizado em seu país. E foi o governo brasileiro que calou a boca, quando um bilhão de dólares em investimentos dos contribuintes e acionistas da Petrobrás, e mesmo a dignidade dos brasileiros roubados da fronteira, foram jogados pelo ralo. Todavia, a ação da Bolívia contra o Brasil não foi algo espontâneo e imprevisto. Foi algo deliberado. Chavez estava por trás disso. Mal a Petrobrás foi expulsa do país, a PDVSA tomava conta do lugar. E, atualmente, bases militares do exército venezuelano estão na fronteira do Brasil e do Chile com a Bolívia. Com a colaboração de Lula. E sob o aplauso das esquerdas nacionais e internacionais!
É também colaboração de Lula, o incremento do crime organizado no país. Os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) contra o estado de São Paulo em 2006, matando quase uma centena de pessoas nas ruas, e a quase guerra civil entre a polícia e o crime organizado do Rio de Janeiro, demonstram o quanto as alianças do governo brasileiro influenciam no cotidiano do povo. Há provas contundentes de que as Farcs da Colômbia dão treinamento paramilitar aos membros do PCC e de outras facções do crime organizado. Alguns militantes da guerrilha, inclusive, foram presos em algumas capitais brasileiras. E há de se lembrar que Fernandinho Beira-Mar, o chefe do Comando Vermelho, foi preso na Colômbia, na área de atuação das Farcs, trocando armas por cocaína. As farcs, atualmente, não só têm foro de ação nas fronteiras brasileiras, trocando tiros contra o exército brasileiro, como agem livremente em território nacional.
E que tipo de providências o governo brasileiro fez, para combater a influência do crime organizado? Nada, absolutamente nada! Pelo contrário, fez é promovê-lo em nosso país. Quem fez campanha para a libertação do guerrilheiro “padre” Olivério Medina, preso pela policia federal? Quem foi acusado pelos SNI, serviço de inteligência brasileiro, de receber 5 milhões de dólares pelas farcs, para a campanha presidencial? Quem se recusou, enquanto governo, a reconhecer as Farcs como grupo terrorista? O governo do presidente Luis Ignácio Lula da Silva. Ademais, por tamanhos serviços prestados, as próprias Farcs reconhecem, em cartas oficiais, os esforços do PT e do presidente Lula em promoverem um dos grupos mais criminosos do continente. Um grupo que fere e mata nossos cidadãos nas cidades brasileiras, além de destruir a juventude com as drogas.
Por outro lado, há indícios graves que acusam o envolvimento do MST com o crime organizado do PCC e das Farcs. Meses antes dos ataques do PCC no Estado de São Paulo, a polícia civil constatou escutas de membros do MST dando “dicas” de como fazer protestos contra o sistema carcerário, pressionando para o favorecimento dos líderes do crime organizado. Todavia, o MST também é um grupo criminoso, já que invade terras, saqueia propriedades e depreda prédios públicos. Tão grave quanto essas ligações e ações, é o fato de o governo brasileiro liberar milhões de reais para a reforma agrária, a uma associação que nem existe. O MST não é partido político, não é pessoa jurídica, não é nada. Simplesmente é nula como entidade jurídica. Milhões de reais são jogados no lixo para uma associação fantasma, cuja meta única é alimentar uma guerra civil no campo.
Se o MSLT invade impunemente o congresso nacional e faz quebradeiras e vandalismo contra o Congresso Nacional, com a liderança de um dos membros da cúpula do PT, recentemente, o MST invadiu o maquinário da usina de Tucuruí, ameaçando deixar o norte e nordeste do país sem luz. Pouca gente percebeu a gravidade deste tipo de ação, quando um grupo, usando de métodos violentos, ameaça causar um prejuízo assombroso a cidadãos, no suposto direito de reivindicar mais dinheiro público e extorqui-los.
E será que a opinião pública brasileira esqueceu da grave acusação de envolvimento de um secretário da prefeita do PT, Marta Suplicy, com o crime organizado do PCC? Como algo tão grave ficou impune e sem explicação, depois do que ocorreu no Estado de São Paulo?
?
E para não perder a praxe da submissão e da covardia ao Foro de São Paulo que ajudou a criar, o Presidente Lula mentiu para o país: enquanto Chavez chama o Congresso Nacional de “papagaio do imperialismo americano”, Lula desconversa e se acovarda. Faz que não é com ele. Diz defender a liberdade de expressão. Entretanto, declara abertamente apoiar o fechamento da RCTV, como medida “democrática”. Se não bastasse a encenação e o circo, o PT de Lula e o PSOL de Heloisa Helena mandam um manifesto à embaixada venezuelana apoiando o fechamento da emissora de oposição a Chavez. Por que o espanto? Não foi o PT que tentou criar uma burocracia “fiscalizadora” do jornalismo, que no final, era uma censura descarada contra a imprensa brasileira? E que se pode esperar do PSOL, senão a reputação do seu maior ideólogo, Achille Lollo, um terrorista assassino foragido da Itália, que matou dois jovens em seu país? E como o PT não consegue esconder ao público o amor que não ousa dizer o nome, assinou um tratado de cooperação entre o Partido Baath socialista árabe da Síria, o mesmo partido que elevou Saddam Hussein ao poder!
A maior parte dos brasileiros parece que esqueceu a política. Estão cegos, estúpidos, eufóricos em uma ilusória estabilidade econômica. O povo está de olhos vendados. Não consegue ver a realidade diante de seu nariz. Enquanto lenta e gradualmente o Estado brasileiro está sendo aparelhado para uma ditadura, o brasileiro médio, ignorante da realidade escusa do país e do que ronda o continente, acredita que ainda vive numa normalidade democrática. Pensa que todo os ocorridos patrocinados pelo PT são meras coincidências, e não fatos premeditados de uma lógica partidária de um movimento revolucionário. Enquanto isso, o presidente do Brasil mente com naturalidade, o PT tergiversa, e todo mundo engole como a mais natural das práticas cotidianas.
E mesmo aquelas pessoas esclarecidas, que poderiam fazer algo, ou ver algo, racionalizam a negação da realidade. Por covardia ou omissão não querem vê-la. É bem fácil negar aquilo que não conhecemos ou mesmo não queremos visualizar. Porém, mais dia, menos dia, essa realidade vai bater à nossa porta. E quando o povo abrir os olhos, será tarde demais.
Ortega y Gasset, o grande filosofo espanhol, falava da sua Espanha invertebrada, que acabou se afundando numa feroz guerra civil. A frágil Venezuela de hoje tem consciência, coragem e olhos para combater o mal, contudo, falta-lhe os ossos. Sua espinha foi quebrada. E sua força e consciência definham, tal como um aleijado sem a força do corpo. O Brasil ainda não está aleijado das forças, mas já perdeu os olhos e a mente há muito tempo. Tão grave quanto a falta de uma vértebra, é a falta dos olhos, porque os cegos, guiados por outros cegos, acabam definhando para o abismo.
Notícias de um país real. . .
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E para não perder a praxe da submissão e da covardia ao Foro de São Paulo que ajudou a criar, o Presidente Lula mentiu para o país: enquanto Chavez chama o Congresso Nacional de “papagaio do imperialismo americano”, Lula desconversa e se acovarda. Faz que não é com ele. Diz defender a liberdade de expressão. Entretanto, declara abertamente apoiar o fechamento da RCTV, como medida “democrática”. Se não bastasse a encenação e o circo, o PT de Lula e o PSOL de Heloisa Helena mandam um manifesto à embaixada venezuelana apoiando o fechamento da emissora de oposição a Chavez. Por que o espanto? Não foi o PT que tentou criar uma burocracia “fiscalizadora” do jornalismo, que no final, era uma censura descarada contra a imprensa brasileira? E que se pode esperar do PSOL, senão a reputação do seu maior ideólogo, Achille Lollo, um terrorista assassino foragido da Itália, que matou dois jovens em seu país? E como o PT não consegue esconder ao público o amor que não ousa dizer o nome, assinou um tratado de cooperação entre o Partido Baath socialista árabe da Síria, o mesmo partido que elevou Saddam Hussein ao poder!
A maior parte dos brasileiros parece que esqueceu a política. Estão cegos, estúpidos, eufóricos em uma ilusória estabilidade econômica. O povo está de olhos vendados. Não consegue ver a realidade diante de seu nariz. Enquanto lenta e gradualmente o Estado brasileiro está sendo aparelhado para uma ditadura, o brasileiro médio, ignorante da realidade escusa do país e do que ronda o continente, acredita que ainda vive numa normalidade democrática. Pensa que todo os ocorridos patrocinados pelo PT são meras coincidências, e não fatos premeditados de uma lógica partidária de um movimento revolucionário. Enquanto isso, o presidente do Brasil mente com naturalidade, o PT tergiversa, e todo mundo engole como a mais natural das práticas cotidianas.
E mesmo aquelas pessoas esclarecidas, que poderiam fazer algo, ou ver algo, racionalizam a negação da realidade. Por covardia ou omissão não querem vê-la. É bem fácil negar aquilo que não conhecemos ou mesmo não queremos visualizar. Porém, mais dia, menos dia, essa realidade vai bater à nossa porta. E quando o povo abrir os olhos, será tarde demais.
Ortega y Gasset, o grande filosofo espanhol, falava da sua Espanha invertebrada, que acabou se afundando numa feroz guerra civil. A frágil Venezuela de hoje tem consciência, coragem e olhos para combater o mal, contudo, falta-lhe os ossos. Sua espinha foi quebrada. E sua força e consciência definham, tal como um aleijado sem a força do corpo. O Brasil ainda não está aleijado das forças, mas já perdeu os olhos e a mente há muito tempo. Tão grave quanto a falta de uma vértebra, é a falta dos olhos, porque os cegos, guiados por outros cegos, acabam definhando para o abismo.
Notícias de um país real. . .
Carta das Farcs ao Foro de São Paulo elogiando o PT.
PT apóia Partido de Saddam Hussein.
MST ensinou o PCC a fazer protesto.