quarta-feira, setembro 29, 2010

Uma voz que reflete o problema deste país.

sábado, setembro 25, 2010

Quem tem medo de popularidade?


Hans Christian Andersen, o grande contista de fábulas dinamarquês, tem uma história que retrata muito bem a realidade política brasileira, na figura do presidente Lula. É o famoso conto da roupa nova do rei. Dois bandidos fraudulentos, que se passavam por alfaiates, deram a idéia ao monarca de vestir uma roupa que só os mais astutos e inteligentes veriam. Aí dissimulavam costurar uma roupa invisível, e afirmavam que aqueles que não conseguiam ver as suas vestes, careciam de inteligência. Os seus pares nobres fingiam ver a nova roupa do rei, temendo o rótulo de burros. E todo mundo elogiava a vestimenta real que ninguém via. Num belo dia, quando o rei passeava com os trajes invisíveis, eis que uma criança sincera começou a gritar: - O rei está nu!

Se alguém se perguntasse o porquê dos nobres e demais pessoas fazerem vista grossa aos caprichos reais, há várias explicações: covardia, vaidade e, tão grave quanto, o medo de parecer impopular. A grande maioria parece ter medo da popularidade do Lula. Nenhum político ousa contestar seus desmandos autoritários, e, tampouco, sua vigarice compulsiva. É pior, a chamada “oposição” (e coloco entre aspas, porque ela não existe, de fato) também elogia a roupa do rei, já que teme perder simpatias por isso. Vai por conta da mesma mentira. Como o rei nu, todo mundo admira uma roupagem que não existe, para não fazerem papel de burros. No entanto, o grotesco é que quase todo mundo faz esse papel. Vendo uma roupagem inexistente, estão alimentando as sanhas paranóicas do rei. Ou pior, estão sendo literalmente burros, vendo coisas que não existem e promovendo uma pessoa indigna de confiança.

Na minha vida pessoal, na escola, na universidade, enfim, em qualquer lugar, sempre desconfiei dos populares. É claro que há gente popular honesta. No entanto, popularidade nunca foi sinônima de honestidade, honradez, inteligência, independência. Muito pelo contrário, a popularidade parece ter um preço para certas pessoas e muitas delas pagam pela falta de autenticidade, pela tendência a agradar todo mundo. Pelo contrário, eu já consigo ter uma admiração por pessoas impopulares. Nem todas elas são boas. Mas o fato de ir contra a maré do lugar-comum e da massa já implica certa dose de determinação e autonomia. Muitos impopulares que conheci eram pessoas honestas, decentes, inteligentes e visivelmente independentes nas opiniões. Eles não queriam ganhar a simpatia do público ou serem paparicados pela massa. Eles queriam justamente buscar a verdade, ouvir a própria consciência, contra os desmandos e as ilusões pacificadoras da coletividade. Claro que nem isto é regra. Os impopulares também podem ser cretinos. No entanto, sob alguns aspectos, impopularidade pode ser sinal de dissidência, de que algumas pessoas pensam diferente.

Neste aspecto, quase sempre fui “impopular” em praticamente tudo, nos gostos, nas aptidões, nas idéias. Isso me cobrou certo preço. Ser impopular faz com que percamos muitas coisas. No entanto, ser “impopular”, quando se está do lado da verdade, preserva uma grande paz de consciência. Sócrates foi impopular quando o obrigaram a tomar a cicuta. E a história de Jesus Cristo é a crítica maior contra todas as popularidades: a ralé preferiu o bandido Barrabás ao Mestre, Rei dos Reis, Deus encarnado. Se até Barrabás foi popular em sua época, o mesmo se pode dizer de Hitler, Stálin, Mussolini e outros tipinhos calhordas.

E não será diferente com o presidente Lula, que faz da popularidade uma espécie de isenção moral de sua consciência. Aliás, popularidade no Brasil se tornou condição essencial de impunidade ou sinal de valor moral. Ninguém toca na reputação tosca do presidente. Os políticos têm medo, sabe-se lá por quê. Chega a ser uma espécie estranha de masoquismo ou suicídio político. Pode-se criticar o aparelhamento petista do Estado, o projeto totalitário consubstanciado no partido e na ideologia de Lula, porém, o presidente “popular” é intocado, tal como aqueles moleques vigaristas de colégio que pegam as melhores meninas, fraudam as provas dos professores e manipulam ou agridem os alunos menores.

A santificação lulista pode parecer um dos maiores enigmas do universo. Bem, tem explicação: a idiotização completa da população brasileira, a cumplicidade criminosa da inteligentsia com o poder e a corrupção moral e ética da classe política e dos empresários, levam a essa “popularidade” de mais de 80%, capaz de dar ao presidente uma espécie de poder de senhorio sobre o país, ditando, inclusive, um poste para ser seu substituto presidencial. Como muitos “populares” proxenetas, Lula dá sinais de megalomania, perde a noção da realidade. Só que essa perda do real é aprovada pelos seus bajuladores, que endossam cada mentira que conta e difundem para a massa, com sinais claros de messianismo redentor. E o povo, que muitas vezes segue o lugar comum, não vai pensar diferente. Até mesmo a “oposição” política endossa as falácias públicas do presidente. Na verdade, alguém tem razão em afirmar que o PSDB é a face da mesma moeda do PT: é a disputa entre o menchevique e o bolchevique, um é a oposição que pertence à mesma situação. O candidato tucano a presidente da república José Serra admira o sujeito que está por trás da violação do sigilo fiscal de sua filha. E os tucanos imbecis ainda divulgam um vídeo, afirmando que Lula controla os radicais do PT e coloca em dúvidas se Dilma vai controlá-los. É como se alguém, em plena Alemanha Nazista, afirmasse se Hitler controlaria o radicalismo do Partido Nacional-Socialista. De fato, Lula controla os radicais do PT. Ele é o próprio radical. Usa-os em causa própria. Se não controlasse os radicais, não teria o poder que tem. Uma obviedade que os tucanos, de tão estúpidos, não compreendem. . .

A parábola de Andersen é atualíssima em nossos tempos: o rei está nu. Falta apenas uma criança honesta detectar a mentira das roupas invisíveis do rei.

quinta-feira, setembro 23, 2010

Uma falácia textual do oposicionismo chapa vermelha.



Vejam esse vídeo. Ele é o retrato cabal da covardia da oposição brasileira. A história descrita acima coloca uma falsa dicotomia: a de que o PT é uma coisa e Lula é outra. Ao invés de colocar a verdade no ar, ou seja, a de que o PT é apenas a estrutura e a blindagem de um projeto totalitário que envolve o presidente, o comentário do vídeo coloca Lula como o "defensor" da democracia e da liberdade de imprensa. Como uma espécie de capataz de fazenda, Lula, coitado, "não deixou" que a livre imprensa fosse amordaçada pelo PT. A argumentação é particularmente curiosa: é como se a favela tivesse segurança, porque o traficante impôs o toque de recolher. Ou então o galinheiro se sente seguro, porque a raposa não comeu as galinhas. Na prática, o vídeo absolve o verdadeiro chefão da camarilha petista: o próprio Lula!

Ou seja, a culpa é sempre dos áulicos do reizinho populista, nunca do presidente, essa relíquia intocável que não sabia de nada. E agora, a "santidade" lulista é repassada para Dona Dilma Rousseff. Não se discute se ela tem um projeto comum de tirania, mas se ela "segura" o projeto dos "radicais." Ora, os que eram considerados "radicais" do PT, os histriônicos, já foram expulsos há um bom tempo. Viraram PSOL. Porém, o vídeo induz o telespectador ao erro. Não é Dilma Rousseff, junto com Lula, que é seu criador, que tem um projeto ditatorial, em fortes ligações com o ultra-esquerdismo latino-americano e narcotraficante. É só o PT, como se o fato de os dois serem os seus maiores líderes não influenciasse nas diretrizes programáticas do partido. Na verdade, o PT só existe por causa de Lula.

O pessoal tem uma idéia estereotipada de radicalismo de esquerda. Acha que ser radical é ser histérico, briguento. Stálin estava longe de ser assim. Era um homem calmo e tomava cafezinho quando assinada suas sentenças de morte, as cotas de matanças exigidas pela polícia política, a NKVD. E ainda dizia que a maior paz de consciência dele era destruir os inimigos e dormir tranqüilo. O mais grotesco de tudo é que ele também não sabia de nada. A grande maioria do povo russo achava que as perseguições políticas não tinham em Stálin o seu maior algoz. Como o "guia genial dos povos" , aquele ser divino e maravilhoso, estaria por trás de práticas tão abjetas? A frase corriqueira era: - Ah se Stálin soubesse? E a frase do vídeo é: - Ah se Lula paz e e amor soubesse? Claro, o presidente da república assinou o PNDH-3, porque não leu o documento, coitadinho.

Quando a República de Weimar sucumbiu à ditadura nazista, em 1933, havia esse mesmo dilema: a SA, os famosos camisas-pardas, que eram o grupo paramilitar do Partido Nazista, foi rotulada de "radical", na figura de seu chefe Ernst Röhm, enquanto Hitler era considerado o "moderado" da história. Ah, mas o dilema dos alemães era, incluso alguns oposicionistas: será que Hitler segura as SA? Será que Hitler segura o NSDAP? Sim, Hitler esmagou a SA para colocar a Gestapo e a SS. Grande mudança!

O vídeo é de um tucanismo extremo. É aquela covardia moral abestalhada da oposição que não é oposição, mas a oposição que é da situação. Enquanto esse pessoal idiota ainda proteger a santidade de Lula, o PT será blindado pela sua popularidade, como Dilma, a terrorista, poderá ser nossa presidente.

O caráter do homem público.


Dou uma passeada pelas ruas de Belém e eis que me deparo com a placa do retrato de um cidadão, candidato a deputado estadual aqui em nosso estado. A história desse homem público, médico, é bem nebulosa: foi acusado de abusar sexualmente de uma menina de nove anos de idade. No entanto, a despeito deste indivíduo ter sido condenado a 21 anos de prisão pelo crime, e ser foragido da polícia, o Tribunal Regional Eleitoral deu parecer favorável à sua candidatura. O molestador de crianças agora pode ser eleito de novo, para ter imunidade, com o beneplácito do povo ignóbil. Que a opinião pública não se espante em ver tão disparate, demonstra a corrupção moral do eleitorado e, mesmo, das instâncias do judiciário. No Brasil, criou-se uma estranha forma de ver a justiça: o voto redime os criminosos, dá-lhes imunidade e impunidade.

O mesmo princípio se dá ao ex-ministro da fazenda Antonio Palocci, cujo crime foi o de violar as contas de um pobre caseiro, para destruir-lhe a reputação. Os petistas investem em Palocci, porque o empresariado confia no sujeito. Há quem diga que a “burguesia” mande neste país. Que nada! Os burgueses, na velha máxima de Lênin, vendem a corda que vão enforcá-los. O que passa pela cabeça deste empresariado quando repassa crédito a um homem que invade contas alheias, senão uma espécie imbecilizadora de síndrome de Estocolmo? Os empresários idiotas preferem acreditar na numerologia maquiada dos mercados do que nos eventos da realidade. É como se no juízo desses imbecis cabeças de vento, a economia fosse dissociada da política e de uma realidade em volta. Para essas bestas, a economia pode ir bem, enquanto tudo pode caminhar mal. O deslumbramento econômico em detrimento da realidade é uma estranha forma de alienação, de materialismo histórico sublimado na cabeça do povo. A idéia falaz de que o bem estar econômico é um referencial absoluto de todo o bem estar é uma dessas idiossincrasias típicas, não somente da democracia, mas do mundo moderno, materialista, cujo horizonte psicológico e moral parece se estreitar no mero hedonismo e imediatismo. Paradoxalmente, os mesmos materialistas reverberam invectivas contra a “sociedade de consumo”, o consumismo ou a efemeridade de conceitos e valores em nossa sociedade, como se não possuíssem culpa no cartório. Não são eles os arautos do relativismo moral e das seduções materiais, como elementos? Não são eles que destruíram, ao menos, no espírito dos políticos, da cultura e de uma boa parte do povo, os valores da transcendência? A democracia moderna, neste aspecto, possui o mesmo espírito das ditaduras totalitárias.

Não é de se espantar que o homem comum das democracias, apegado mesquinhamente ao seu dinheiro, aos seus bens materiais e aos seus confortos momentâneos da prosperidade, possa aceitar a mentira sistemática, o cerceamento das liberdades individuais, a censura, a bestialização cultural e intelectual e o rebaixamento moral da sociedade, tudo em nome dessa falsa ilusão de segurança econômica. A massa, por assim dizer, sente-se satisfeita por saciar as necessidades mais primitivas, contentando-se com uma situação próxima da animalidade. Quando o governo Lula, demagogicamente, fala de prosperidade econômica, do feijão com arroz, dos bens de consumo, da maneira bem vulgar que é característica deles, enquanto a violência explode nas ruas, a educação chega a níveis das cavernas, no antro de analfabetos funcionais ou quando o SUS é declarado o melhor serviço de saúde pública do mundo, mesmo muita gente morrendo em fila de hospital, sabe que está lidando com gente idiotizada e estúpida. Ou melhor, contribui culturalmente para esse fim. O vazio ético, moral e intelectual é visível na realidade política brasileira. É pior, visível, inclusive, entre seus eleitores.

O homem público da democracia brasileira (e não só brasileira) é o reflexo dessa doença espiritual disseminada em toda uma sociedade. Se os gatunos e vigaristas de sempre estão cada vez mais fortalecidos, as candidaturas de figuras exóticas ou mesmo criadas pela TV e pela mídia como Netinho e Tiririca são seriamente cotadas por uma boa parte dos eleitores. A tendência, ao que parece, é decair mais e mais o nível das figuras públicas, até chegarmos ao grotesco (isto, se não chegamos!). As virtudes exigidas do homem público, como honestidade, transparência, cultura, honradez, seriedade e respeito, estão seriamente abaladas. Nem mesmo o povo mais as reconhece. Pelo contrário, os critérios estão distorcidos. Política virou balcão de negócios ou um circo. Um espetáculo de propaganda, desinformação e falsificação em massa.

O futuro da democracia brasileira parece incerto. A desmoralização clara da classe de homens públicos ameaça, como um câncer, afetar a credibilidade das instituições. Na verdade, existe um grupo político que está preparado para desacreditá-las. Inclusive, promove a corrupção sistemática, a degradação e aparelhamento da administração pública e o ataque frontal aos valores democráticos, em particular, às liberdades civis e individuais. Na prática, o governo atual ataca os aspectos libertários da democracia e corrompe os seus elementos legitimadores, como o voto, tornando-o arma opressiva contra a própria democracia. Quando o voto se torna simulacro da falta de consciência de um povo, que participa compulsoriamente da política, que parece alheia aos seus próprios fins; quando na sociedade política há uma distância maior entre governantes e governados, uma vez que o próprio eleitor desconhece ou ignora quem elege; ou quando mal existe o reconhecimento público de parâmetros éticos e morais para se eleger os potentados, quando estes são conhecidos, esta democracia estará com os dias contados.

segunda-feira, setembro 13, 2010

Diga não aos verdadeiros golpistas!


As esquerdas, na mídia, nas universidades, na política, em escolas, enfim, em centros de divulgação da cultura, alardeiam o “golpismo” da imprensa toda vez que ela denuncia mais uma coleção de crimes do petismo. Elas remoem as lembranças da investida dos militares em 1964, como se as divulgações ao público sobre os crimes do governo fossem uma espécie de conspiração e luta pelo poder, no sentido de derrubar o PT. Ou seja, as palavras viraram armas, tanques de guerra, metralhadoras, uso da força. Embora as palavras jamais devam ser subestimadas, posto que tenham poder, no entanto, a fiscalização e a denúncia da livre imprensa contra os desmandos do governo é um expediente natural de qualquer democracia. Claro, não é o que passa pela psicologia do PT. O sonho do presidente Lula e de seus sequazes é a cubanização do Brasil. A imprensa sonhada pelo petismo é calada, amordaçada, ou então, chapa branca, oficialesca, bem aos caprichos dos regimes totalitários. De fato, eles já conseguiram isso. Os sindicatos de jornalistas, os editoriais, as universidades de jornalismo são praticamente quase todos controlados por socialistas e comunistas. Os únicos “golpistas”, por assim dizer, são alguns jornalistas corajosos e independentes, que não se vendem ao governo, como também a internet e seus milhares de blogs. Os blogs, por assim dizer, estão salvando a honra do vergonhoso e vendido jornalismo brasileiro. Direi mais: estão salvando a política brasileira de uma falta de oposição, já que o PSDB, espiritualmente, colabora com o petismo, de alguma forma.

Os milhares de cidadãos comuns, honestos, que escrevem em sites independentes e blogs e comentam no twitter ou mesmo revistas e jornais que publicam matérias de grande interesse ao público, agora são acusados de “golpistas”. As forças armadas estarão de prontidão, esperando nossa ordem. Nós, os blogueiros, somos sustentados pelo capitalismo internacional e pela burguesia malvada, que financia nossas opiniões. Os “movimentos sociais” como o MST; revistas esquerdistas camaradas do tipo Carta Capital ou Caros Amigos; e sites que ninguém lê, como Carta Maior, dos Emires Saderes da vida, coitadinhos, são pobrezinhos, não vêem um centavo do dinheiro do contribuinte.

É mania das esquerdas inverterem o sentido da realidade. Quando eles roubam, dizem: e quem não rouba? E aí, pelo fato de supostamente todo mundo roubar, eles se dão ao trabalho de se absolverem e criminalizarem a sociedade inteira, roubando como nunca. E quando eles são pegos violando o sigilo bancário e fiscal de alguém, eles dizem: e quem não faz isso? Assim, eles começam a fazer conjecturas, justificando a violação da privacidade alheia, pelo fato de que é eficiente para combater o crime. Ou seja, a sociedade é previamente criminalizada e policiada, enquanto eles mesmos se inocentam no crime de violar privacidade alheia e usar informações confidenciais para chantagear e extorquir todo mundo. O mesmo se aplica ao golpismo. Os esquerdistas medem a humanidade pela régua deles. Se eles são assassinos e vigaristas, é claro que os seus opositores também o são. E aí a fábrica generalizada de dossiês é para inviabilizar qualquer questionamento contra eles. Ou seja, catar os podres de todo mundo, para que o PT continue sempre corrupto e impune. E quando não conseguem encontrar podre nenhum de alguém, apelam à calúnia, difamação e destruição de reputações, para que ninguém os denuncie. Ver conspiração onde não existe, acusar de golpe em meia dúzia de cidadãos inocentes de opiniões divergentes, quando na verdade os conspiradores são os próprios acusadores, é a maneira incrivelmente repetitiva do PT se redimir. Assim, eles podem dar o golpe à vontade no sistema democrático e rasgar a Constituição, pelo fato de transferir para os outros, os seus próprios intentos delinqüentes. O mito da “mídia golpista” cola muito bem, quando ela praticamente não existe. Aterrorizam-se as manifestações inexistentes ou muito tímidas de dissidência para preveni-la, chantageá-la ou intimidá-la. Para petista, lembremos, "mídia golpista" é toda aquela que não segue a cartilha ideológica do governo (se bem que até as mídias privadas que colaboram com o PT são também chamadas assim).

É de uma perplexidade extrema que ninguém perceba nas afirmações petistas uma declaração de guerra contra a livre opinião e a livre imprensa. Ou seja, opor-se ao governo Lula não se torna prática defendida pela Constituição Brasileira; é um “golpe”, a ponto de subverter as próprias instituições democráticas. Dentro desta premissa desonesta, sórdida, canalha, os petistas se colocam como paladinos da democracia, ou mais, a própria democracia encarnada como instituição, perpétua, ainda que acima e contra as próprias leis do país. Do outro lado, qualquer tipo de oposição é considerada “antidemocrática” previamente por se opor ao regime "democrático popular" encarnado nestes facínoras mentirosos. A farsa é mais que abjeta. O PT pode roubar, aparelhar o Estado, ameaçar as liberdades civis e políticas, chantagear ou mesmo calar a boca da imprensa, que sempre será “democrática”, já que qualquer crítica ao seu governo é conspiratória. O inverso para eles não é o verdadeiro, basicamente.

Entretanto, na prática é. Os golpistas, os inimigos da democracia, os corruptos e larápios que querem calar a boca da dissidência são os próprios petistas. Eles é que conspiram na calada da noite, criando projetos de censura e cerceamento da liberdade de imprensa e demais outras liberdades. São eles que sonham, na calada da noite, em transformar o Brasil numa Cuba continental, numa versão verde e amarela de bolivarianismo venezuelano, ou, na pior das hipóteses, numa gigantesca Coréia do Norte. O presidente Lula, cercado de áulicos, inebriado por uma popularidade enganosa e criada através de uma gigantesca campanha de desinformação e manipulação da opinião pública, está demonstrando sinais claros de megalomania. Na prática, ele sempre foi assim. Apenas, aos poucos, revela o cinismo e o desprezo pelo sistema democrático que tanto combateu em sua história. Sim, o mito do Lula sindicalista que combateu o regime militar é tão farsesco quanto o de sua candidata substituta, Dilma Rousseff. Ambos, no passado, lutaram contra a ditadura autoritária pela implantação da ditadura totalitária no país. E, lenta e gradualmente, estão conseguindo isso, através do estupor da sociedade civil, imbecilizada, anestesiada, fora da realidade.

A perspectiva de que o mero fato de opor-se ao governo seja catalogado como “golpe” já implica uma anomalia psicológica de um governo desprezível. É o pensamento típico das tiranias totalitárias, que sonham com a homogeneidade estéril da sociedade civil compacta, sem opiniões próprias e massificada e idiotizada na figura do Partido-Estado. Ver na mera oposição democrática o sinônimo cabal de golpe é pensamento comum dos regimes que vigoram em Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador, Coréia do Norte, China, Irã, como também vigoraram na União Soviética, na Alemanha Nazista e outras demais tiranias do século XX. O presidente Lula, junto com seu partido, revela o completo desdém pelo jogo democrático, pela dissidência, pelo pluralismo, que são os sinais claros de um Estado de Direito em plena funcionalidade.

Em uma coisa eles estão certos: sim, nós, opositores, queremos derrubar o governo. Mas, por meios legais e democráticos, enquanto eles querem manter o poder através de métodos antidemocráticos e criminosos. Essa é a nossa diferença. Os verdadeiros golpistas estão no governo. São no amplo sentido que essa palavra significa: conspiradores, maliciosos, embusteiros, charlatães, proxenetas, escroques, estelionatários, assassinos e liberticidas. Quem acredita que a democracia caminha bem, perdeu o senso da realidade. Esperemos apenas, que neste país, as pessoas de bem não sejam internadas como “golpistas”, como nos hospícios soviéticos. . .

Diga não aos verdadeiros golpistas! Eles andam aplicando muito golpes na praça!


Democracia em decomposição.


Um aspecto assustador de nossa época é a completa ignorância do entendimento da palavra “democracia”. No imaginário cultural, democracia se tornou sinônimo de ditadura da maioria, da vontade onipresente da massa, de expansão ilimitada do Estado e na promoção de demagogos oportunistas, por conta de uma suposta legitimidade do voto. Anos de bombardeio ideológico das esquerdas nas escolas, universidades, centros culturais e na mídia, além da conivência da classe política, alimentaram a idéia infantil da soberania popular como um elemento absoluto no sistema democrático, capaz mesmo de destruir as liberdades individuais. A idolatria do povo é um dos maiores mitos do sistema democrático atual. Nas palavras de seus propagadores charlatães, está acima dos valores elementares da moral, da ética e, na cabeça de certos mentecaptos, da própria religião. Neste caso, a democracia brasileira está próxima de um circo. Os antigos chamariam isso de demagogia e oclocracia, ou seja, o governo dos vigaristas falantes e a subversão das massas palpiteiras, que, incapazes de governarem a si próprias, repassam o poder aos tiranos.

Resta saber se, dentro das ideologias de expansão do Estado e da massificação do voto, as liberdades individuais vão sobreviver. O posicionamento do PT com relação ao Estado de Direito é bem claro: através da compra de consciências, do paternalismo assistencialista, do aparelhamento do Estado-Partido, da fábrica de dossiês, da invasão da privacidade alheia e da corrupção moral do povo, lenta e gradualmente, cria um aparato de poder ditatorial. Em nome dos critérios de popularidade e da exploração maciça da propaganda e do voto, os arautos do Estado-Partido querem estar acima das leis e da Constituição, para implantar seus propósitos despóticos. É o poder ilimitado dos governantes em nome do povo. Popularidade, para certos estúpidos, dá respaldo para que a classe política faça tudo. É o caminho óbvio para a tirania.

Mas um partido revolucionário e socialista como o PT nunca negou seus intentos totalitários. Pobre, estúpido e ignorante de quem acreditou na conversão do petismo aos conceitos da democracia liberal. Na verdade, dominados por uma estreiteza mental assustadora, o eleitorado, as classes políticas corruptas e mesmo a opinião pública nunca se deram ao trabalho de analisar que o PT, na prática, apenas mudou de estratégia. Não mudou substancialmente de essência. Os petistas continuam amigos ao que há de pior em matéria de política. São aliados dos narcotraficantes das Farcs e da ditadura de Fidel Castro; através da diplomacia, tentam destruir as democracias na Bolívia, Equador, Argentina e Honduras. E apóiam de forma irrestrita o movimento “bolivariano” da Venezuela de Hugo Chavez, que ameaça arruinar todas as liberdades civis e políticas no continente.

Porém, a grande maioria das pessoas ainda acredita nos estereótipos comunistas da tomada violenta do poder e da declaração aberta de um regime totalitário, em figuras histriônicas e sectárias encontradas nas universidades públicas. Medrosas, acovardadas, preferem racionalizar o medo, inventar pretextos de que tudo estará bem a enfrentarem o problema de frente. Na maioria dos casos, negam que haja uma tentativa de subversão do sistema democrático, reduzindo tudo à teoria da conspiração. O movimento comunista, derrotado no campo militar, já que o Estado é difícil de tomar e destruir por fora, mudou sua forma de conquista do poder, sendo mais fácil tomá-lo por dentro, aproveitando-se dos seus aparatos constituídos e invertendo-os a seu favor, através de medidas aparentemente democráticas. Ou mais, esse aparelhamento do Estado implica a conquista de espaços do Partido sobre a vida civil, já que os chamados “movimentos sociais” esquerdistas já controlam, há tempos, as manifestações da opinião pública, falando em seu nome, ainda que essa opinião pública jamais tenha sido consultada. Essa fusão totalitária é lenta, gradual e indolor, e o aparato legal está sendo adaptado, justamente para se enquadrar neste novo sistema de poder. As propostas do Plano Nacional de Direitos Humanos do governo são o retrato cabal dessa tentativa de criar um simulacro de democracia, oficializando uma ditadura por métodos democráticos formais.

A violação do sigilo na Receita Federal da filha do candidato a presidente José Serra é apenas o lugar-comum de um grupo partidário que sempre tentou usar o Estado contra a oposição e mesmo contra a sociedade civil, criando métodos cada vez mais claros de policiamento, censura e controle. Ao que parece, a memória curta das pessoas se apagou sobre o caso do caseiro Francenildo, que teve sua conta bancária violada a mando do ministro da fazenda Antonio Palocci, já que era testemunha dos podres do mesmo. A prática também se aplica à criação do famoso “dossiê dos aloprados” contra políticos do PSDB, nas eleições presidenciais de 2006, cujo envolvimento do presidente da república era notório, já que eram seus comparsas que estavam envolvidos. Sem contar as tentativas de mordaça na imprensa, vide o projeto da criação de um conselho de jornalismo com poderes de censura a jornalistas oposicionistas, revistas e jornais; e a ANCINAV, cuja idéia era controlar as atividades artísticas. Pode-se acrescentar o patrocínio indigno que o PT deu ao Confecom, Conferência Nacional de Comunicações, cujo projeto maior era o “controle social” da imprensa, que em outras palavras, pedia simplesmente a destruição da liberdade de imprensa.

O mais assustador é a naturalidade com que a sociedade civil está aceitando a violação de sigilos privados de alguém, dando passe livre para que o PT crie um aparato totalitário de controle da privacidade dos cidadãos comuns. A justificativa absurda que o governo dá para tais delitos é bastante curiosa: o PT violou o sigilo alheio, mas quem, na sua situação, não violaria? A lógica aí é perversa: parte-se do pressuposto de que a sociedade seria presumivelmente delinqüente, pelo fato de os petistas também o serem. E em nome disso, eles acabam se absolvendo de suas canalhices, invertendo a lógica da responsabilidade e envolvendo a própria sociedade nas suas sujeiras. A fábrica de espionagem e dossiês contra políticos de oposição e desafetos é apenas uma forma de chantagear previamente a sociedade, para que o PT tenha plena liberdade a praticar seus crimes.

O Brasil passa por uma fase da democracia degenerada, em franca decomposição institucional. É o governo dos demagogos levando o país à oclocracia, ao regime das massas difusas, estúpidas e sem brilho próprio, prontas como rebanhos para seguirem um megalomaníaco qualquer. O presidente Lula encarna perfeitamente este papel. E o povo, provavelmente, vai eleger a búlgara terrorista e sociopata.


terça-feira, setembro 07, 2010

O idiota nos tempos democráticos.


Antigamente, o idiota sabia perfeitamente o real estado de sua insignificância mental. Não incomodava ninguém, ria à toa, falava besteira e ninguém dava bola pra ele. Em épocas gloriosas da Cristandade, era o bobo da corte, o anão da pintura de Velazquez ou o palhaço do circo. Inclusive, amarrava-se o idiota num pé de mesa, para ficar de quatro e comer em prato de cachorro ou se jogava torta na cara dele. E quando o idiota demonstrava sinais claros de patologia, havia os remédios institucionais e legais para sua demência: hospício, curatela-interdição e outros. Como dizia Nelson Rodrigues, no passado, o mundo era governado por dez pessoas notáveis, inteligentes e o resto era feito de idiotas. E os idiotas, que faziam? Reproduziam a espécie, o que não era pouco. . .O idiota jamais governava, pensava ou agia por conta própria, porque sabia que não era capaz disso. Não se prestava a escrever ou criar coisas. Sabia da sua incapacidade e a aceitava como um estado natural da espécie. Permitia que os inteligentes e os sábios mandassem.

Porém, com o advento da democracia moderna, o idiota descobriu-se em maior número. O sufrágio universal deu um poder avalassador à massa, à turba, e criou-se um fenômeno surpreendente, senão assustador: o idiota politizado, organizado, mobilizado, ocupando lugares que antes eram para os sábios, doutos, preparados e excelentes. A união dos “maria-vai-com-as-outras” faz a força, eis o lema do idiota. Quanto mais coesa é a união, mais o idiota é idiota, já que o lugar-comum é a sua sina. A função do idiota é ser massa, ser padrão, e nada foge à regra, porque o idiota é incapaz de ser indivíduo pensante por conta própria. A democracia moderna, mais do que qualquer outro sistema, é a promoção do idiota por mérito. O político demagogo fala: - Vote em alguém como você! E o idiota se identifica com àquele que seja tão tosco quanto. Os idiotas, dizem os democratas, precisam ser representados. A moda é bajular o povo. E existe coisa mais idiota do que o populacho?

No horário eleitoral, junto com os oportunistas sabichões, há os candidatos idiotas, que são os mais exóticos e visados. Por vezes, um idiota dá sorte e vira vereador, deputado ou até senador. A democracia se torna um circo: musiquinhas de campanha eleitoral se misturam às promessas oportunistas dos políticos que querem aliciar o retardado eleitor. O eleitor médio é o idiota nato, aquele que não sabe por que vota num senador ou deputado e vai decidir só na hora da boca de urna. Por vezes, o idiota não sabe nem mesmo por que vota pra governador ou presidente! O Brasil tem dessas pérolas: até analfabeto vota. Com cesta básica ou bolsa-esmola, elege qualquer ogro filantrópico. Através dessa arma de compra de estômagos, o Brasil elegeu um analfabeto funcional, com nome de molusco, para presidente da república! Lula é a personificação do idiota no poder. Quer dizer, não se pode dizer que ele é totalmente idiota. É um espertalhão vigarista que explora a baixa patuléia imbecil. Todavia, há algo idiota nele. É um sujeito que se orgulha de falar errado, de fazer gafes, de ignorar a instrução elementar, personificando o orgulho intrínseco do idiota médio nos países democráticos. O idiota se vê em Lula. 80% dos eleitores brasileiros já afirmaram: é rebanho amestrado do presidente. Basta que ele indique um macaco do zoológico ou um jumento do agreste como candidato a qualquer cargo, que o povo vota. E agora, o mesmo presidente apedeuta quer eleger um poste falante para ser sua substituta! E não é que o povo votará na Dilma Rousseff, o boneco assassino Chucky?

E, assim, o idiota, organizado, por maioria de votos, se rebelou contra os virtuosos e inteligentes. E tomou conta de tudo aquilo que era, até então, lugar dos melhores: as universidades, a cultura, as artes, a literatura, as carreiras políticas, as práticas econômicas e demais atividades intelectuais de excelência. É pior, se rebelou contra a inteligência. Como nunca conseguiu chegar aos patamares de meritocracia e eficiência, já não basta alcançar o nível de excelência: deve-se rebaixar ao estatuto moral, ético e intelectual ao nível do idiota. Por que a educação no Brasil é considera uma das mais péssimas do mundo? Porque o idiota médio, mais comumente chamado “pedagogo”, não vê necessidade de avaliar os alunos pelo mérito. Os professores deverão ser, nas palavras dos pseudo-educadores, “agentes de transformação social”. Nada mais feliz tal definição: transformaram socialmente os alunos em verdadeiros zumbis, verdadeiros retardados mentais. O deseducador Paulo Freire é o pai espiritual do pedagogo oligofrênico e do professor idiota. Na verdade, o velhinho embusteiro e charlatão conseguiu idiotizar uma geração inteira de alunos e professores com a tal “pedagogia do oprimido”. Na prática, é a pedagogia do professor comunista opressor e totalitário, que ideologiza e transforma alunos em seres lobotomizados, meros propagadores de ideologias políticas espúrias, quando na realidade, não sabem ler um livro de dez páginas, escrever uma carta ou decorar a tabuada. Tal é a destruição da inteligência que este vigarista, corruptor de papel e de mentes, fez na educação brasileira.

Quanto mais estúpido o aluno, maiores as chances de ele passar. Se não bastasse a idiotice de aprovar os analfabetos, os incultos, os preguiçosos e demais criaturas relapsas, o governo, para promover a burrice, criou as cotas raciais nas universidades: ou seja, o idiota agora é racial. E preto! O Estado distingue e privilegia racialmente os idiotas. Não será inverossímil, um dia, que os pedagogos, insatisfeitos com as cotas raciais, cotas de escola pública, cotas pra gays, cotas pra mulher, cotas pra isso e aquilo, criem uma cota específica para quem nunca passa no vestibular: a cota para burro! Ou melhor, a cota para o idiota. Assim, o critério discriminatório se torna menos visível. Claro, o único discriminado pela cota seria o inteligente. . .e no final das contas, o Brasil seria um país sui generis em matéria de inclusão social: criaria uma legião de bacharéis analfabetos, porque o idiota médio terá o direito de ser “dotô”. . .

Mas o idiota não se contenta em destruir a educação. Agora o débil mental virou palpiteiro da política, da religião, da economia, da filosofia e ainda vota pra Presidente. . .sim, aquela criatura que vê novelas da Rede Globo, Big Brother Brasil, lê meia orelha de livro por ano ou revistinhas de fofoca, e, ainda no domingo, dá ibope ao programa do Faustão, é também “cidadão”, “teólogo”, “economista”, “filosofo” e “eleitor”, ainda que não saiba patavina dos assuntos abordados. Ele viu o Jornal Nacional ou o Fantástico e acha que tem opiniões. E ainda as considera importantes, como se fosse um fetiche de sua falta de personalidade.

Muitas vezes o idiota adere às ideologias socialistas por ser algo inerente à sua natureza. É função do idiota revoltado e presunçoso nivelar tudo por baixo, como se ele fosse um padrão superior a ser seguido. Ou seja, antes, as pessoas seguiam os modelos excelsos de inteligência e sabedoria. E o idiota, fortalecido em suas opiniões estúpidas e inúteis, quer reverter esse padrão: deve emburrecer a sociedade inteira, para se sentir importante e feliz. O igualitarismo é a ideologia-mor do idiota. Igualitarismo padroniza, transforma todo mundo em robozinho teleguiado. Isso é comum, particularmente, nas universidades. Os professores falam asneiras monumentais, protegidos pela autoridade falaciosa de seus diplomas, que mal serviriam para o uso de papel higiênico. Os alunos, outrora inteligentes, saem mais estúpidos do que entram. Já se dizia que a universidade brasileira não forma, deforma. Os idiotas estudantis organizados se agremiam em “movimentos sociais” ou em “coletivos”. O termo não seria mais revelador: eles são “coletivos” porque não têm idéias próprias. É a manada da ideologia do rebaixamento, da burrice organizada.

O idiota médio do regime democrático é um ser hermético, auto-suficiente na estupidez. Como de fato as ideologias reinantes o bajulam de qualquer forma, ele não consegue ver além dos padrões inferiores a que está acostumado a vivenciar. Na verdade, ele se revolta contra os padrões superiores de cultura, moral e inteligência. A vulgaridade, para o idiota, é um valor. A inteligência genuína o enfastia, enoja. Por vezes, acaba inferiorizando o sujeito. E daí ele se rebela. A ânsia de ser massa o consola numa afetação de segurança soberba. Ou melhor, a massa consola o espírito de porco do idiota e cria uma paz espantosa na consciência dele. Os números o isentam da real idéia de sua idiotice, já que ele acha que é até normal. Está no meio de seus pares. Não é bom ser aceito e bem visto por todo mundo? Quem disse que o idiota nutre a angústia de divergir? Ou de pensar? Deu no que deu: decadência e retardamento mental de toda uma sociedade.

A revolução dos idiotas segue seu curso, devastando corações e mentes. Do jeito que está, é possível que o país volte à Idade da Pedra. . .