sábado, novembro 14, 2009

Para o público Paraense- Palestra - Dia 28 de novembro de 2009 - UVA.

CINE HISTÓRIA – LIBERTATUM
APRESENTA A SESSÃO DE CINEMA “A LIBERDADE E SEUS INIMIGOS”

THE SOVIET STORY

Um filme documentário realizado pelo cineasta e cientista político da Letônia, Edwin Snore, que mostra como a União Soviética ajudou a Alemanha Nazista a causar a Segunda Guerra Mundial e a provocar o holocausto contra os judeus da Europa. Acrescenta ainda os crimes soviéticos contra a humanidade e contra seu próprio povo numa escala industrial, através da arma da fome e das deportações em massa para os campos de concentração. Sublinha as semelhantes entre a Alemanha nazista e Rússia soviética e a como procedeu a ajuda mútua entre os dos sistemas totalitários. Termina com uma conclusão de como a Europa atual carece de vontade para condenar os crimes comunistas contra a humanidade, em parte, ainda pela pressão política da atual Rússia.
O diretor e produtor do filme Edwin Snore passou 10 anos coletando informações e dois anos filmando em vários países. Entre os entrevistados no filme estão historiadores ocidentais, como Norman Davies, Nicolas Werth (um dos autores do consagrado Livro Negro do Comunismo) e autores russos, como Boris Solokov, o escritor Viktor Suvorov, o dissidente soviético Vladmir Burovski, além de membros do Parlamento Europeu e vítimas do terror soviético.

Local: Auditório da UVA- Universidade do Acaraú – IDEPA, Tavessa do Chaco, nº 1909 , entre a Av. 25 de setembro e Duque de Caxias.

Data: Sábado, 28 de novembro de 2009, às 16:00.

Depois do filme, haverá palestras sobre o tema.

“União Soviética: crimes, terror, repressão”.

Palestrante- Leonardo Bruno Oliveira, advogado, aluno de licenciatura em história pela UVA. Publica artigos no blog do Conde Loppeux de La Villanueva e é cronista do site Mídia sem Máscara.

Bolivarianismo e Foro de São Paulo: a expansão comunista na América Latina ”

Palestrante: Klauber Kristofen Pires – Estudante de direito e funcionário público da Receita Federal- Membro do Instituto “Farol da Democracia Representativa” e também publica artigos no blog Libertatum e no Mídia sem Máscara.

Entrada Franca!





quarta-feira, novembro 11, 2009

Minhas lembranças do Muro de Vergonha: presságios da liberdade na Europa. Freiheit Berlin!

Eu tinha apenas doze anos em 1989. Era o dilema da Guerra Fria, da ameaça nuclear, dos destinos do mundo dividido entre dois sistemas radicalmente contrastantes, numa época de extremos políticos. O país engatinhava em sua primeira eleição presidencial, depois de vinte anos de ressaca ditatorial do regime militar, isto, numa realidade de destinos políticos incertos. A frágil democracia, renascida tal como fênix das cinzas, era uma muralha de incertezas como o próprio mundo, quando uma inflação devastava uma economia nacional em frangalhos. Lembro-me das opiniões de alguns dos meus professores de história ou geografia. Uma boa parte, formada pelos cânones marxistas das universidades públicas, repassava as maravilhas das “democracias populares” de Cuba e da União Soviética, em elogios rasgados da ditadura do proletariado no poder. Em contrapartida, eles adoravam criticar a democracia constitucional e capitalista do Ocidente, tachada de “ditadura burguesa”. Se para os professores, vivíamos numa ditadura, a explicação de todo mal da exploração estava na mais-valia, na suposta escravidão dos trabalhadores pelo empresariado, enquanto as liberdades civis e individuais eram o “fetiche” e a ilusão da sociedade capitalista.


Quando se criticava a ditadura do Partido Comunista e as perseguições políticas em massa do regime, os professores se limitavam a dizer que era “preconceito burguês” ou “mentirosa propaganda capitalista”. Em suma, muitos professores não eram educadores, mas doutrinadores, militantes, objetivando “fazer a cabeça” dos alunos, numa espécie sutil de lavagem cerebral (como muitos, aliás, o fazem hoje). Dentre todo esse agitprop, uma professora escapava desse lugar-comum, uma distinta conservadora evangélica que contava a história do Brasil sem as chatices tecnocratas dos pseudo-dialéticos marxistas. Ela contava história como se contava realmente uma história de pessoas vivas, de carne e osso, e não de sistemas impessoais e extravagâncias de forças abstratas.


Contudo, no meio de elogios comunistas, aquela ladainha não me convenceu. Não que eu entendesse de marxismo-leninismo ou de capitalismo. Não que eu entendesse de mais-valia ou de baixa tendencial do lucro. Porém, achava estranho um regime de partido único ser democrático. Ou, no mais, um sistema em que não existia liberdade política, religiosa ou oposição livre. Todavia, estranhos eram os comunistas me explicarem o porquê de um regime tão maravilhoso possuir um muro que proibisse seus cidadãos de se locomoverem em seu próprio país ou sair dele. Era pior, eles não tinham liberdade nem mesmo de se locomoverem em sua própria cidade. Este muro, como se sabe, era o famoso “Muro de Berlim”, onde a pobre cidade foi praticamente dividida ao meio, onde os bairros de uma mesma cidade e nação eram dois países diferentes, onde famílias inteiras de alemães foram separadas por décadas. Inexplicável é a permissão que os soldados tinham para atirar em seus próprios cidadãos se estes pulassem o muro. É espantoso como um regime tão lindo, tão democrático e tão maravilhoso ameaçava ficar só, já que se a população tivesse um mínimo de liberdade, fugiria em massa do paraíso para o inferno capitalista. O ditador comunista de plantão ainda declarava que o muro duraria “mais cem anos”.


Contudo, os professores diziam que eram “movimentos reacionários de sabotadores”, as manifestações isoladas de pobres civis vítimas do regime totalitário. Ou a explicação curiosa, eivada de estupro contra o raciocínio lógico, repassada pelos professores, de que nos países comunistas, a imprensa e os sindicatos não eram livres, porque nenhum povo pode ser contra o seu próprio governo. Ou que o proletariado não poderia ser contra a sua própria representação estatal de classe. Em outras palavras, o “povo estava no poder”. Se atualmente todo marxista diz que o stalinismo corrompeu a memória socialista, alguns fanáticos de 1989 diziam que as atrocidades stalinistas foram invencionices causadas pelos membros “revisionistas” do Partido e que Mikhail Gorbatchev estava traindo as idéias leninistas. Glasnost e Perestroika eram sinônimas de “revisionismo burguês”, nas fileiras de alguns setores do Partido Comunista. Malgrado isso, contrastando com a União soviética, alguns professores achavam que o modelo político mais próximo da realidade brasileira seria a implantação do socialismo “científico” albanês ou cubano.


Quando se tocava no assunto sobre a Primavera de Praga, os professores comunistas endossavam com uma candura estranha, as investidas dos tanques soviéticos sobre civis tchecos desarmados, que apenas pediam liberdade política e de pensamento. Esses mesmíssimos cães de guarda da tirania totalitária esbravejaram hipocritamente contra os “porões” da ditadura militar brasileira. Na boca de muitos deles, Stálin era o guia genial dos povos, o sanguinário Mao Tse Tung era retratado como “filósofo” e “poeta” e o demagogo facínora Fidel Castro, o libertador da América Latina. Pode-se dizer que naqueles tempos o patrulhamento ideológico era mais direto, declarado, dogmático, sectário. Qualquer oposição aos dogmas deles era caso de fuzilamento sumário. O pobre aluno seria estigmatizado dentro dos piores chavões possíveis: “reacionário”, “fascista”, “pequeno burguês”, “inimigo do povo”, etc. E naquela redoma de ideologias e idéias histriônicas, eu era talvez um desses alunos opositores, às vezes tachado de “conservador” e “burguês”. Se isso era todo o ideal da esquerda universitária, representada pelos professores, o seu candidato à Presidência da República era um sapo barbudo que esbravejava contra a “desigualdade social”, o FMI, o “imperialismo norte-americano”, ao mesmo tempo em que reafirmava a utopia socialista. Não nos moldes soviéticos, mas nos moldes cubanos, o que dava no mesmo. Hoje, o sapo barbudo, depois de muita insistência, é presidente da república. Continua a beijar a mão do seu ídolo Fidel Castro e agora, do novo tiranete do momento, Hugo Chavez.


Um evento inédito, porém, acabou por surpreender os falsos sonhadores e os incautos ilusionistas. O povo da Alemanha Oriental espontaneamente subiu ao muro e enfrentou pacificamente a polícia fronteiriça. O regime mandou atirar nos manifestantes, mas os próprios policiais nada fizeram, e alguns aderiram à rebelião pacífica. Os que eram alguns, tornaram-se muitos, e o muro que dividia o despotismo da liberdade, o “muro da vergonha”, foi tomado pela multidão, que chorava pela crença na liberdade. Aos poucos, flâmulas alemãs jorravam nas mãos dos manifestantes e o símbolo comunista era rasgado da bandeira.

Cidadãos aos montes atacavam a golpes de marreta a muralha, como que desforrando seu desprezo ao regime, e os pedaços do muro eram catados como souvenir de um passado oneroso ou de um fetiche glorioso de desafio a tirania. Era a queda do muro de Berlim. Era a queda do comunismo. Quando vi aquelas cenas, eu, que infelizmente não acreditava em Papai Noel, e felizmente tampouco cria nos meus professores, sorria maliciosamente, sadicamente. Toda aquela ladainha que meus professores pregavam caiu por terra, tal como cartas ao vento, tal como o próprio muro. Sorria maliciosamente da desmoralização de personalidades arrogantes, de muitos choros de desolação e ranger de dentes de raiva de pretensos intelectuais fundamentalistas e donos da verdade, ao revelar que eram, na prática, servos da mentira. A máscara havia caído.


De fato, a “propaganda capitalista” de denúncia ao regime falava a verdade, enquanto os professores mentiam para os outros e para si próprios; as “democracias populares” revelaram-se cruentas ditaduras; o “povo no poder” era, na realidade, uma burocracia autocrática no poder; os sábios ditadores e guias geniais eram criminosos de guerra em tempos de paz; e se a “liberdade burguesa” era “fetichista”, a liberdade comunista era vigiada e sufocada. Eram ventanias que jogavam as cartas de baralho das mentiras mal intencionadas, ocultadas por trás do muro. Eram ventanias da liberdade, que derrubavam os muros da opressão, que mobilizavam os povos contra a tirania. Ventanias que chegavam à Tchecoslováquia, Polônia, Romênia, Bulgária, Hungria e todo o Leste Europeu. E sobre o cadáver do muro da vergonha e do Partido Comunista, defronte do Portão de Brandenburgo, a música de Beethoven soava a palavra daqueles tempos imemoriais, em uma Alemanha unida pela liberdade e pela democracia: Freiheit, freiheit Berlin!

P.s: Quem quiser ver mais a respeito do Muro de Berlim, clique aqui, no site Realismo Socialista.



quarta-feira, novembro 04, 2009

Um Projeto cultural liberal-conservador em pauta.


Caríssimo leitor do blog do Conde Loppeux de La Villanueva e do Mídia sem Máscara.

Estou desenvolvendo um projeto cultural aqui na minha cidade de Belém do Pará, junto com meu amigo Klauber Cristofens Pires, escritor do blog Libertatum e do Mídia sem Máscara, a respeito de lançar uma programação de cinemateca de temática anti-totalitária para o curso de licenciatura em história, onde faço faculdade. O nome deste trabalho será “A LIBERDADE E SEUS INIMIGOS” e a programação é a apresentação de filmes e, posteriormente, um círculo de palestras sobre os temas, em particular, os perigos das ideologias e sistemas totalitários e as atrocidades que estes causaram no século XX. A intenção principal é esclarecer os alunos de história e outras demais faculdades a respeito de questões controversas do século XX e que são muitas vezes omitidas pela inteligentsia esquerdista nas universidades e escolas. Quero abordar temas que são muitas vezes eivadas de mitos e falácias ideológicas, como o nazismo, o comunismo, o socialismo, o marxismo e desfazer as mentiras históricas que são contadas e repetidas, muitas vezes por professores e acadêmicos. Eu e o Klauber Pires seremos os palestrantes.


Pretendo com isso, apresentar um material de filmes e documentários para um público de maior envergadura, em particular, aos universitários que necessitam de idéias e notícias novas, para busca de quadros para um movimento cultural liberal-conservador aqui no Pará. E também a disseminação do ideal liberal-conservador, no que diz respeito à defesa do livre mercado, da cultura judeu-cristã, do Estado Democrático de Direito e das liberdades individuais, civis, econômicas e políticas.



O primeiro filme que quero lançar é o documentário letão The Soviet Story, que fala das atrocidades do regime soviético e de suas ligações com o regime da Alemanha Nazista. Desejo que esse filme seja lançado entre final de novembro ou início de dezembro de 2009, aqui em Belém, de preferência, no auditório da minha própria universidade.



Tenho tido um relativo gasto na compra e seleção de filmes, além de material bibliográfico para ser divulgado ao público assistente, sem contar que há o custo do auditório e de cartazes para a divulgação do projeto. Todavia, tudo se esbarra no orçamento, uma vez que os custos não são nada baratos. Por outro lado, tentei buscar patrocínio da minha própria universidade, sem muito resultado. Enfrentei uma burocracia temerosa de um projeto de alto risco. E algumas sugestões, como o convite de outros professores que nada tinham a ver com o projeto, não me agradaram. A grande maioria falaria apenas os lugares-comuns que o público está acostumado a ouvir. Chega de doutrinação comunista. Vamos falar a verdade!



Desse modo, gostaria de solicitar aos caros leitores desse blog se pudessem fazer doações para que este projeto seja realizado. Qualquer valor a ser doado será bem vindo. Inclusive, se qualquer empresa quiser financiar o projeto, anunciaremos, a título de marketing, os patrocinadores ao público. Quem quiser participar também na questão cultural ou dar sugestões, também serão aceitos.



O nº da conta para doações é Agência Bradesco São Brás 1396 -0, conta 1002301- 7, Belém Pará. Por favor, antes de qualquer depósito, contate-nos, para saber quem são os doadores, deixando seu email no blog do Conde Loppeux de La Villanueva, para que possamos esclarecer em mais detalhes esse projeto, de forma transparente, uma vez que este trabalho é sério. Eu responderei a todos os emails. Sua ajuda será muito proveitosa para nós.



Também gostaria, desde já, que o público paraense ou de fora simpático a nossas idéias compareça a nossos filmes e palestras, quando este projeto sair do papel.

Mui respeitosamente
Leonardo Bruno, Conde Loppeux de La Villanueva.