terça-feira, outubro 20, 2009

Os nobéis ignóbeis.


Ainda me pergunto o porquê dos suecos terem dado o Prêmio Nobel da Paz ao Sr. Barack Obama. Nas palavras deles, os critérios de avaliação foram "a importância especial da visão e do trabalho de Obama para um mundo sem armas nucleares" e o "novo ambiente na política internacional". Eu não nego meu estupor em ouvir essas justificativas, se bem que os resultados da Academia Sueca, pelo seu histórico nebuloso, não são totalmente supreeendentes. A paz, para os suecos, não é uma circunstância, um estado de equilíbrio em acordos diplomáticos e militares concretos; é um emaranhado de palavras vazias cheias de boas intenções. Será o frio da Suécia que causa isso? Os filmes chatíssimos de Ingmar Bergman? Ou será o esquerdismo gélido e insosso da social-democracia sueca, que na carência de revoluções internas violentas, quer fazer revolução totalitária na casa dos outros? O social-democrata é o comunista chique, o comunista light. Sua ligação com os movimentos revolucionários chega a ser algo masoquista: o social-democrata está para o comunista, assim como a mulher sexualmente reprimida está para a prostituta. Uma inveja a outra.

O Sr. Obama, decerto, não quer ver o mundo sem armas nucleares; quer que os Eua se desarmem unilateralmente, para ser alvo fácil de seus inimigos comunistas e islâmicos. O presidente americano criou um “novo ambiente”: um ambiente em que os totalitários de todos os matizes podem atacar o ocidente à vontade, já que sabem que os Eua estão sendo governados por um líder fraco e pusilânime. Se não bastasse a farsa política que se tornou o Nobel, até o nome da fiel defensora das Farc, Piedad Córdoba, foi cogitado para o prêmio. Ou seja, os suecos estão premiando como “pacifistas” até narcotraficantes e terroristas. Dentro dessa lista privilegiada de facínoras, Fidel Castro sugestionou o Prêmio Nobel da Paz ao cocaleiro narcotraficante da Bolívia, Evo Morales.
Não é a primeira vez que o Prêmio Nobel dá esses vexames e mostra de que lado ideológico está. Isso é bem mais antigo. Dag Hamarskjöld, o embaixador sueco e secretário da ONU nos anos 50 do século XX, cujo serviço pela “paz” foi dar toda a África aos movimentos comunistas, chamados erroneamente de “movimentos de libertação nacional”, acabou sendo um dos premiados pelo comitê sueco. Como a moda da época era bajular os ressentidos do Terceiro Mundo, aos caprichos da famigerada Conferência de Bandung, e odiar o “colonialismo europeu”, o sr. Dag fazia histeria para as potências européias, quando na prática, apoiava qualquer tirania africana ou asiática em nome de combater o “imperialismo”. Foi Hamaskjöld quem defendeu o Egito na guerra de Suez, em 1955, mandando exércitos da ONU para proteger o ditador Nasser contra o Estado de Israel. E ele deu carta branca para que os Obotes, os Patrice Lumumbas e Idi Amins Dadas da vida dominassem o continente africano, com suas tiranias brutais. Se a Africa está toda fragmentada pela guerra civil e pelo genocídio, deva-se a um queridinho da paz sueca! Mas não há o que se preocupar: muita gente acredita que a ruína atual da Africa é toda culpa do capitalismo!

Gente de caráter duvidoso como Yasser Arafat está na lista dos premiados pela paz. Quais as contribuições do corrupto e assassino Sr. Arafat por ela? Ter assinado um acordo com Itzhak Rabin? Por acaso a paz é só manifestos de bons mocismos? O primeiro-ministro inglês Chamberlain agitava um pedaço de papel assinado por Hitler aos seus eleitores, antes da invasão da Polônia. Deu no que deu: a paz vergonhosa e a guerra! A guerra pela destruição de Israel está a pleno vapor, em parte, por responsabilidade do criador da OLP. E as seqüelas do terrorismo islâmico estão batendo nas portas de nossas democracias, por conta desse arauto da paz do mundo árabe.

A “indigenista” da Guatemala Rigoberta Manchú também foi alegremente acolhida pelo prêmio. Ela fez história em defesa das terras dos índios quiché, usurpados por grileiros latifundiários brancos, que roubaram suas propriedades e os ameaçavam de morte. Pelo menos é o que ela contava. A militante inventou uma história paralela à sua vida real, através de um livro “Eu, Rigoberta Manchù”. Em sua biografia, ela é retratada como uma coitadinha semi-analfabeta, sem instrução e que comia farelos. Viu um irmão morrer de fome e seu outro irmão queimado vivo pelo exército guatemalteco. E ainda acrescentou que os pais foram assassinados pelo mesmo grupo. Depois que a gatuna recebeu 1,2 milhões de dólares dos suecos, uma investigação mais apurada descobriu que praticamente tudo não passava de uma farsa. Rigoberta nunca perdeu irmão algum queimado vivo; seus pais não eram vítimas despossuidas dos brancos usurpadores de terras. Pelo contrário, a própria família Menchú era grande proprietária de terras e brigava entre sí por elas. E ela estava longe de ser uma mulher semi-analfabeta: estudou numa escola de elite, o Colégio Belgo-Guatemalteco e nunca passou fome na vida. Nem mesmo viu a morte dos irmãos para contar a sua história fantasiosa. Na verdade, a invencionice teve a colaboração da esposa do radical de esquerda francês Régis Debray, que escreveu a estória da indigenista, a partir de entrevistas. No entanto, os defensores do Prêmio Nobel destacaram que a fantasia mentirosa de Rigoberta era um brado de denúncia das atrocidades do governo guatemalteco contra os índios. Em outras palavras, os suecos premiaram uma mitomaníaca que denunciava uma realidade que não viveu e que provavelmente não existe!

Porém, a sacralidade do Nobel não se limita a patifes covardes elevados a pacifistas e charlatães ativistas. O escritor português José Saramago é outro fenômeno ideológico da academia sueca: comunista, solta seus brados de ódio contra a religião em geral e em particular a fé católica. Falar mal dos religiosos se tornou o esporte predileto dos pseudo-intelectuais estúpidos ávidos de popularidade. As universidades e meios de comunicação estão infestados desses tipos como pragas do Egito!
Em reportagem sobre seu último livro, “Caim”, chama o papa Bento XVI de “cínico” reiterando essas palavras: "Que Ratzinger tenha a coragem de invocar Deus para reforçar seu neomedievalismo universal, um Deus que ele jamais viu, com o qual nunca se sentou para tomar um café, mostra apenas o absoluto cinismo intelectual desta pessoa." Saramago precisa ver Deus. Ou melhor, precisa tocar em Deus e tomar café com ele. De fato, ele toma sim: quando bajula os ditadores mais criminosos da terra, que considera como messias encarnados da profecia histórica marxista. Chega a ser patética a devoção religiosa do velhinho gagá, que sustenta sua idolatria chucra na igrejinha stalinista do Partido Comunista Português. Quando Fidel Castro fuzilou três dissidentes que fugiam desesperados pra Miami, o megatério idiota quase chorou por ter perdido a fé no caudilho sanguinário do Caribe. Saramago é mesmo sincero. O papa e um bilhão de católicos crentes em Deus é que são cínicos!

Outro contra-senso de Saramago: ele se aproveita dos preconceitos vulgares do público a respeito da Idade Média, para rotular a Igreja de “reacionária” (no tal “neomedievalismo universal”, uma doutrina que então eu não conhecia até ler as asneiras do português). Ele vai longe nas palavras de ódio contra os católicos: - “Insolência reaccionária”! O stalinista fanático, pra variar, se acha a “insolência da inteligência viva”! E Saramago afirma, no alto de sua megalomanía: "Ao longo da história, todas as religiões, sem excepção, fizeram à humanidade mais mal que bem. Todos o sabemos, mas não extraímos daí a conclusão óbvia: acabar com elas".
Claro, a Igreja medieval é “malvada”, "burra", "retrógrada". Santo Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Santo Agostinho, Santo Anselmo da Cantuária, as catedrais, as universidades, os hospitais, as pinturas, as artes e demais engenhos criados pelo espírito medieval são tudo uma “insolência reaccionária”, um grande mal. Ou melhor, "é mais mal que bem"! O legado magistral da Igreja deve ser ofensivo demais para um velhaco com cabecinha de estudante profissional como Saramago. Para ele, “Insolência da inteligência viva” é a ditadura de Lênin, de Stálin, de Fidel Castro, com seus arquipélagos gulags e seus milhões de cadáveres! O português pensa que humilhou alguém com essas palavras. Na prática, acabou dando aval aos católicos e se expondo com viés tipicamente imbecil. Ao chamar o papa de “neomedievalista”, fez um notável elogio a Bento XVI! Com críticas assim, os católicos devem se orgulhar porque são verdadeiramente inteligentes! Presumo que Saramago sofra do mesmo problema do arquiteto Oscar Niemeyer. Estão ambos com mal de Alzheimer. A senilidade faz os velhos defecarem nas calças ou nas fraldas geriátricas!

Todavia, Saramago não está só nesta onda de estupidez. O mesmo raciocínio se aplica ao poeta e patife notável Pablo Neruda, outro ganhador do Prêmio Nobel de Literatura. Quando perguntado a respeito da invasão da Tchecoslováquia, em 1968, pelos soviéticos, o Sr. Neruda, numa clara manifestação de pura subserviência, não se fez de bobo: apoiou tacitamente a ação dos tanques soviéticos, ainda que inventasse sutilezas para justificar os comunistas. E o que dirá de outro nobel, o sr. Sartre, que dentre várias de suas pérolas, defendeu a invasão da Coréia do Sul pela Coréia do Norte?

A lista de “pacifistas” do Prêmio Nobel está cheia, como o inferno está cheio de boas intenções. A premiação sueca virou, acima de tudo, uma palhaçada, uma farsa, a fim de promover as piores vigarices políticas e culturais. Enquanto o Sr. Obama fala em desarmamento nuclear, a Coréia do Norte joga um míssil sobre o mar do Japão, ameaça usar seu arsenal atômico e o Irã tenta desenvolver sua primeira bomba atômica para evaporar Israel do mapa. É o pacifismo cretino e covarde que favorece a vitória militar que os inimigos querem. Ou como diria Churchil, é a paz vergonhosa que levará a guerra. Os suecos não premiam a paz, mas a caricatura dela. O Nobel é o "Prémio Stálin da paz" de nossos tempos!

quinta-feira, outubro 08, 2009

Crônica de uma geografia rasteira. . .

É impressionante notar o estado completo de alienação de muitos professores de geografia, com relação a geopolítica e mesmo a realidade mundial. Tudo o que é debatido a respeito da expansão do islamismo na Europa e a sua aliança com as esquerdas mundiais é virtualmente desconhecido por eles. É pior: a própria realidade latino-americana, com a expansão do socialismo “boliviariano” de Hugo Chavez, é também ignorada. Percebi isso quando assisti a uma aula de geografia na minha faculdade de história. O assunto a ser comentado foi sobre a Bolívia, em particular, a ascensão ditatorial de Evo Morales e o confisco da Petrobrás. Escutei a seguinte idéia estranha: a de que o roubo da empresa estatal brasileira era questão de soberania daquele país e que o Brasil não deveria se meter no assunto. Ou seja, o Brasil não tem interesses a defender; não tem soberania. Ou pior, na idéia de quem o disse, a soberania é apenas questão territorial. O Estado brasileiro não tem a obrigação de defender a integridade dos seus nacionais no estrangeiro. É como se o Estado só existisse para defender um pedaço de terra e não suas pessoas ou suas instituições. Os interesses do Brasil só se limitariam ao seu território.

Foi até mais grave. Relatei que os brasileiros da fronteira da Bolívia foram ameaçados de serem expulsos, sem indenização, já que o governo de lá queria roubar suas terras e seus investimentos. E mais uma vez, ouvi a pérola de que isso não fazia parte dos interesses do Brasil, já que não está na “soberania” brasileira. Quando retruquei sobre a incoerência dessas idéias e disse que o autor de tudo isso era Hugo Chavez, vi da parte de quem ouviu um ceticismo tremendo, quase que como uma perplexidade. As pessoas ao meu redor literalmente desconheciam das alianças entre Chavez e Evo Morales. Aquilo me deixou perplexo. Como é possível que numa sala de aula, professores e alunos desconheçam o evento mais grave da América Latina, da expansão do totalitarismo chavista? As pessoas me perguntavam de onde tinha tirado essas idéias. E respondi: - Basta ler os jornais da América Latina e pesquisar na internet!

Entretanto, professores e alunos comungam na completa falta de conhecimento sobre o que ocorre nos países hispânicos. Alguém poderia afirmar que haveria uma cumplicidade no crime, uma omissão proposital. Como os professores, em geral, são esquerdistas, tanto melhor que camuflem o que ocorre na América Latina e no mundo. Por incrível que pareça, uma grande parte dos professores simplesmente não sabe dos acontecimentos. Questões como as ligações de Hugo Chavez e Lula com o narcotráfico das Farcs, o poder do Foro de São Paulo (a maior entidade de extrema-esquerda na América Latina) e a aliança do esquerdismo internacional com o terrorismo islâmico são virtualmente inexistentes na consciência deles. Não são os únicos. A sociedade brasileira quase inteira ignora isso.

Malgrado essa irrealidade, o professor tinha passado um livro do geógrafo Milton Santos e um vídeo louvando sua obra. O filme é a visão da globalização pela ótica do Fórum Social Mundial, um festival de mendacidades, de tolices, de esquizofrenias das mais tolas. As pessoas reclamavam da “exclusão” do "capitalismo", do “consumismo”, do “neoliberalismo”, com suas câmeras e celulares de última geração nas baixadas, com seus PCs e suas internets. Não faltavam apelos aos sentimentos: as pessoas ricas, de um lado, criminalizadas por possuírem algo; e as pessoas pobres, de outro, retratadas como um contraste de um hipotético sistema “perverso”. Como não devia deixar de ser, o geógrafo baiano ainda nos prometia o “outro mundo é possível”. Chegava a ser irritante. Ele nos propunha meia dúzia de idéias genéricas, vazias, cheias de adjetivos inócuos, para não assumir o amor que não ousava dizer o nome, o amor socialista de cada militante marxista.

Milton Santos falava do tal “globalitarismo”, usurpando a concepção semântica do totalitarismo e atribuindo esse sistema à globalização econômica capitalista. Percebe-se a falsidade desse argumento. Na verdade, desde que o fenômeno totalitário foi estudado e descrito na sua vertente soviética, os socialistas e comunistas tentam desvirtuar a idéia central desse modelo político, criando paralelismos falsos entre o capitalismo e os sistemas totalitários. Na linguagem da esquerda, só existe o totalitarismo nazi-fascista ou capitalista. Como a União Soviética fracassou, a militância de esquerda precisou criar uma contraposição ao forjar espantalhos capitalistas em nossas democracias. Mas o tiro saiu pela culatra.

Alguns colegas acharam tal paralelismo um absurdo. Como o capitalismo pode ser tão ruim, se o nível de confortos e facilidades é tão visível? Qual a coerência de alguém reclamar do sistema de livre empresa, quando os pobres praticamente conseguem ter bens de consumo similares aos das classes ricas? É o caso desse povo “antiglobalização”: com suas facilidades de viajar para quaisquer cantos do mundo, critica o sistema que o beneficia. E defende um modelo que faria de suas nações verdadeiros campos de concentração, verdadeiras Coréias do Norte.

A pergunta que fica no ar é: será que estas pessoas têm perfeita idéia de como esses confortos chegam a elas? O meu professor de geografia achava que a tecnologia moderna era um dom natural dos céus, da história, não uma potencialidade que só o sistema capitalista foi capaz de realizar e expandir em grande escala. É a maldita influência da idéia progressiva da história, como se as etapas históricas levassem necessariamente a uma evolução da humanidade. É também a ideologia do homem-massa, descrita com maestria pelo filosofo espanhol Ortega y Gasset: a crença de que a civilização é natural, espontânea, não um produto do esforço humano, que pode ser perdido em uma época. Nada mais sábio do que as palavras de Edmund Burke: para que o mal prevaleça, basta que os bons não façam nada! É, basicamente, o que ocorreu no século XX e o que ameaça ocorrer no século XXI. Ninguém percebe que todo o complexo de valores, instituições e confortos que a civilização produziu pode um dia desaparecer. Basta que o mal vença!

Milagrosamente, vi alunos defendendo o capitalismo numa sala de história. Num ambiente onde só existe marxismo e as diferenças de idéias são tão somente uma diferença de marxismos, aquilo foi uma proeza e tanto. Talvez porque exista algo como senso das proporções. As pessoas bem ajuizadas notam, com razão, que há certa incompatibilidade entre o discurso pregado e a realidade vivida. Vi gente falando das facilidades econômicas e políticas da globalização, das proximidades entre regiões e países, do barateamento dos custos tecnológicos e de vida, enfim.

Houve alguns alunos leais ao discurso politicamente correto, crentes na autoridade cega dos professores e mesmo de Milton Santos. Há um culto ridículo à autoridade acadêmica nas universidades: dos professores aos alunos, o mero fato de alguém possuir algumas credenciais bacharelescas já é prova irrefutável de autoridade sobre determinado assunto. Uma pessoa só é filósofa ou historiadora se tiver diploma ou ser reconhecida pela comunidade acadêmica. Como parece não existir inteligência fora do que apregoa os modismos da universidade, daí a entender a soberba ignorância de muitos que vivem lá. Dentro dessa perspectiva, Aristóteles, Leibniz e Suetônio não seriam filósofos ou historiadores, porque não possuíriam o diploma da USP ou da UFPA. Se alguém chegar com credenciais bacharelescas do estrangeiro, o salamaleque é mais patético, ainda que seja complicado revalidar o diploma.

O professor, que queria conduzir os debates falando sobre Milton Santos, acabou ficando confuso. Queria direcionar dentro do foco do geógrafo e não conseguiu. Ele era excelente pessoa. Porém, como uma boa parte dos de sua classe, possuía idéias muito equivocadas sobre muita coisa. A própria influência de Milton Santos já era ruim, porque a perspectiva era completamente falsa. Quando as aulas acabaram, cheguei à conclusão de que o ilustre geógrafo baiano, tão conclamado pelas esquerdas, era uma nulidade intelectual, um militante de DCE acadêmico imaturo e estúpido, uma paródia caricatural do Fórum Social Mundial. Se Paulo Freire, com suas asneiras cantaroladas de forma messiânica, era o queridinho da pedagogia libertária, Milton Santos era o Paulo Freire da geografia, com sua fraseologia pomposa, prolixa, seus chavões transformados em sentenças e sua visão tosca da realidade.

Estou perfeitamente convencido de que a universidade atual, sob muitos aspectos, não é feita para nos informar, mas para deformar consciências. A disparidade entre realidade e discurso se tornou completamente esquizofrênica e foi bastante percebida nos debates em sala de aula por alguns alunos. Isso porque essas loucuras já são reproduzidas nas escolas de ensino médio. Não é por outra razão que a educação brasileira é uma das piores do mundo. O ensino está tão corrompido por ideologias espúrias e projeções estapafúrdias, que os alunos simplesmente não entendem o que vivem. Talvez nem mesmo os professores. É o mal da geografia rasteira, como da educação rasteira.