quarta-feira, outubro 27, 2010

Frei Bofetada!


O catolicismo de esquerda é um protestantismo de merda!

domingo, outubro 17, 2010

O totalitarismo petista mostrando sua cara antes das eleições.


A baixaria e o desrespeito à democracia pelo PT chegaram a níveis sem precedentes na história brasileira. Vejam a cena em que vândalos do PT tentam cercear a liberdade de imprensa, quando a Igreja Católica redige panfletos orientando aos católicos a não votarem em candidatos pró-aborto. Essas cenas lembram as atividades da SA, SturmAibtelung, a tropa de assalto paramilitar do Partido Nazista, quando quebrava vidraça de judeus e hostilizava opositores do regime. O Brasil de Dilma Rousseff caminha para o mesmo destino: ditadura, tirania, morte e destruição.

Dilma: a ameaça totalitária.

sábado, outubro 16, 2010

Em defesa da vida: militantes petistas tentam calar Igreja e a imprensa pela força.

Neste sábado, 16 de outubro, por volta das 14:00, um grupo de militantes petistas enfurecidos tentou invadir, armado de paus, empresa de jornal responsável pela publicação de panfletos encomendados oficialmente pela Diocese de Guarulhos. Os panfletos continham o Apelo a todos os brasileiros e brasileiras, da Regional Sul I da CNBB, que traz provas cabais da política abortista do PT. Os referidos militantes, que não aceitam que a Igreja e a imprensa tenham liberdade, desconhecendo – ou fingindo desconhecer – as resoluções de seu próprio partido, acusavam de mentirosos e “boateiros” aqueles que tão somente reproduziam tais resoluções. Leia aqui.

quarta-feira, outubro 13, 2010

Traições clericais

Acabo de receber um email de um pastor evangélico, fazendo campanha contra a candidata do PT, Dilma Rousseff. No ano passado, mandei um recado para esse mesmíssimo senhor, sugestionando fazer, em sua igreja, discussões sobre temas defendidos pelo PT aos fiéis, inclusive, sobre a questão o Projeto de Lei da Câmara -122/06, que falava do chamado “crime de homofobia”. Até então, eu dispunha de grosso material para desenvolver alguma palestra, sem prejuízo de outros assuntos, como a história do movimento de esquerda no mundo e sua violenta campanha anticristã nas democracias atuais. Aliás, tinha a intenção de divulgar o trabalho do grande amigo Júlio Severo, que pertence ao meio evangélico e cujas denúncias às práticas desonestas do movimento gay são assustadoras. Porém, de forma educada, recebi um sonoro “não”. Essa experiência, comum também ao clero católico, percebi na trajetória de outros amigos. Eles se esforçavam por uma militância conservadora em suas paróquias e, a despeito das promessas dos padres, eram francamente boicotados em suas ações.

Quando algumas pessoas lúcidas denunciavam a omissão do clero católico com relação aos destinos do país, muitos carolas e sacripantas puxa-sacos, covardes, vendilhões, posavam-se de doutores da filosofia da Igreja e da suposta autoridade investida de padres e bispos, para que estes fossem inquestionáveis em seus atos de covardia. Da parte desse tipinho proxeneta e canalha, sofri várias críticas, dentre as quais, a de que não respeitava o clero e nem a fé católica. Em algumas listas de debates na internet, fui até injuriado e censurado como alguém rancoroso e inconveniente. Dá pra respeitar eclesiásticos que se omitem ou compactuam com os inimigos da Tradição e da própria Igreja? Como a covardia pode ser sinônima de elevação espiritual? Na cabeça de certos católicos, a pusilanimidade e a corrupção moral do clero estão acima do bem e do mal. É a licenciosidade mais abjeta, sob a aura de uma suposta autoridade moral. Como se o sacerdócio não exigisse aos ordenados, os compromissos da autoridade investida. Como se mesmo a fé católica não exigisse de seus fiéis, o compromisso de defender e lutar pela Igreja.

Antes de realizar a minha palestra sobre o vídeo “The Soviet Story” e os crimes do comunismo, no auditório de uma universidade aqui em Belém, cujo empreendimento realizei sem apoio algum, salvo com ajuda financeira de um grande amigo, pedi ajuda a um padre. Ele gostou da idéia. Porém, gostou e não fez nada. E ainda me perguntou se eu era contra o Concílio Vaticano II! Na história atual da Igreja Católica, o tradicionalista é mais estigmatizado do que o próprio marxista! Dentro das paróquias e seminários, padres, seminaristas e leigos podem apoiar candidatos comunistas, de tendência pró-aborto, livremente, com a santíssima paz de consciência. Podem apoiar limitações no direito de propriedade, ainda que isso implique, também, confisco das propriedades da Igreja. Inclusive, acreditam no mito do “socialismo cristão”, ainda que um grande papa como Pio XI já tenha afirmado, em uma de suas bulas papais, que tal conceito não somente é uma contradição, como, de fato, é a própria mentira comunista em propaganda. As pastorais da Igreja se transformaram em verdadeiros sovietes bolcheviques. E a CNBB é um antro de bispos vermelhos, não pela cor do martírio cristão, mas pela cor de sangue dos cem milhões de mortos causados por ditaduras esquerdistas. Durante oito anos, o clero católico sabia das intenções totalitárias e abortistas do PT. E por que se calara por tanto tempo? É pior: por que uma parte considerável do clero católico apoiou um partido, que na sua agenda, era a favor da legalização do aborto?

Agora é a moda do momento, denunciar o projeto da legalização da matança de nascituros na campanha petista, como se fosse alguma novidade para os religiosos. No entanto, por mais que haja dividendos políticos fortíssimos para destruir a candidatura de Dilma Rousseff, essa histeria soa bastante superficial. Por acaso o grosso do clero apoiou o corajoso arcebispo de Olinda, Dom José Sobrinho, quando este afirmou que os médicos responsáveis pelo aborto de gêmeos de uma menina de 9 anos poderiam ser excomungados pela Igreja? Esse mesmo clero não colaborou para o crescimento das esquerdas no país? Por que agora protestam contra a política abortista do PT, se no seu histórico, o partido nunca negou suas intenções neste sentido?

O pior de tudo é que a denúncia contra o aborto disfarça uma completa omissão em outros problemas tão graves, na mesma proporção. Para um determinado tipo de padre, frei, bispo e arcebispo, o PT pode ser forçado a aderir à política pró-vida e anti-aborto, contanto que patrocine a pilhagem do MST, censure a livre imprensa, destrua as liberdades civis, individuais, políticas e mesmo a liberdade religiosa. Na lógica energúmena desses eclesiásticos, pode-se preservar o direito à vida, destruindo-se todas as demais liberdades. O mero detalhe de uma sorte inumerável de padres, bispos e cardeais a se aliarem a um grupo marxista, de claras tendências totalitárias, já denuncia uma escandalosa corrupção moral, contra os princípios consagrados pela própria Igreja.

As posições isoladas e corajosas do Padre Paulo Ricardo, de Cuiabá, contra o PNDH-3 e a homília do padre José Augusto, denunciando o que está por trás da candidatura de Dilma Rousseff, contrastam com a covardia moral da CNBB e mesmo da TV Canção Nova que, pressionada pelo PT, aceitou um “direito de resposta”, como que invalidando todas as verdades bem ditas do sacerdote. Em outras palavras, a Igreja Católica brasileira teve medo dos petistas. Não quis comprar a briga, que certamente ganharia. Comungou com as mentiras do PT, que agora nega defender o aborto, apenas por questões eleitoreiras. Se não bastasse esse ato de perfeita prostração da Igreja perante o grupelho totalitário, o pseudo-educador e charlatão elevado a deputado federal pelo Partido Socialista Brasileiro, Gabriel Chalita, ainda levou a candidata atéia, guerrilheira e terrorista pró-aborto ao Santuário de Aparecida, para angariar votos entre os católicos para o PT. O grupo da Canção Nova tenta calar a boca de um padre seguidor dos mais fiéis preceitos católicos, mas permite que um vigarista de marca maior use a própria estrutura da Igreja para promover o poder dos inimigos dela. É a traição eclesiástica ao seu rebanho, a traição eclesiástica contra a sua Igreja. Quem poderá dar ouvidos às posições anti-aborto dos católicos, se uma parte considerável do seu clero apóia ou teme politicamente os abortistas?

Convém dizer o mesmo sobre as imposturas das muitas igrejas evangélicas. Muitos segmentos luteranos são históricos marxistas, dentro das fileiras protestantes. Uma parte considerável de pastores da Assembléia de Deus, por puro oportunismo, apoiou a candidatura de Lula. E a Igreja Universal, que é uma fábrica de gerar dinheiro e angariar votos aos patifes, não somente apóia Dilma Rousseff, como ainda defende o aborto. E aqueles que nem eram petistas ou marxistas, simplesmente se calaram ou se omitiram dos perigos vigentes atualmente contra a fé cristã. Ou seja, se o país chegou ao ponto de legitimar qualquer atrocidade contra a vida, contra as liberdades, contra a propriedade e contra o próprio sistema democrático, tanto os evangélicos, como os católicos têm pesada responsabilidade neste grande delito. Delito de ação e delito de omissão, delito de covardia, delito de não lutarem pela sua fé e pelas suas liberdades. Para que o mal ocorra, basta que os homens de bem se calem. Ó homens de pouca fé, diria Nosso Senhor!

segunda-feira, outubro 11, 2010

O primeiro exilado do PT


O irmão de Celso Daniel, prefeito de Santo André, assassinado pela camarilha do PT, dá um depoimento da França, a respeito do crime. Paradoxalmente, é estranho que um cidadão, cujo irmão fora vítima dos asseclas esquerdistas, ainda guarde ilusões do mesmo esquerdismo falacioso que promoveu politicamente os assassinos. Na verdade, se o Sr. Bruno Daniel ainda acredita que a tal "distribuição de renda", com a tributação maior do Estado sobre uma maior parcela rica da população, vá resolver os problemas, a sua lógica é bem suicida. Em outras palavras, ele reclama da concentração de poderes do PT, mas prega justamente essa concentração através de uma "distribuição de renda", que seria uma maior intervenção do Estado na economia e, por conseguinte, maior intervenção do PT em nossos bolsos. É uma estranha contradição de quem guarda muito da confusão mental ideológica das esquerdas, ainda que os fatos comprovem o contrário do que se acredita. Nem por isso, seu depoimento deixa de ser um alerta para um nascente regime totalitário que está surgindo em nosso país.

domingo, outubro 10, 2010

O PT e a cultura de morte do aborto e do totalitarismo

O eleitor de Lula não conhece história: e Lula também. . .

O Brasil, institucionalmente, é uma democracia de analfabetos e analfabetos funcionais. Tiririca, palhaço sem graça, ignorante e tosco, foi eleito deputado federal pelo estado mais rico e, pretensamente, mais sofisticado da federação. Junto, é claro, com Netinho de Paula, o pagodeiro pregador da racialidade politicamente correta negra, que virou comunista e evangélico ao mesmo tempo, ainda que dentro de sua ficha, por assim dizer, “policial”, seja famoso também por espancar a esposa. Embora, Netinho não tenha virado senador, o número de votos trai a seriedade dos paulistas. Uma conhecida minha, desiludida com a grande capital, sempre me alertava: “A cidade de São Paulo é um antro de tapados!”. E depois finalizava, com aquele sotaque peculiar típico: “E tudo será uma gigantesca Coréia do Norte. . .”

Se não bastasse um eleitorado analfabeto (e quando falo de analfabetismo, reitero também esse problema entre as classes ditas “letradas” e universitárias), o Presidente Lula subestima quem vota nele. De fato, lembremos que o mito Lula é uma criação da USP, de gente que se considera muito superior à média de inteligência nacional, ainda que tenha criado um sistema de educação e cultura dos mais indigentes do mundo. No entanto, Lula não pertence mais ao mito dos analfabetos diplomados. Agora ele também faz parte dos gostos e aptidões dos analfabetos sem diploma. E convém dizer, estudo, pra que? Essa é a mensagem que o Presidente megalomaníaco, deslumbrado com o poder, com a riqueza e os ternos Armani, representa moralmente para o povo brasileiro. O Príncipe Dom Bertrand de Orleáns e Bragança, com a lucidez que é regra em suas observações, diz que quando Lula fala que “nunca neste país” se criou tal coisa, é porque antes dele, o Brasil do passado sempre foi ruim e nada foi criado de bom. Na verdade, é o que a esquerda revolucionária pensa em qualquer lugar do mundo. Ela se propõe a criar um ano zero, como se a humanidade fosse uma tabula rasa a ser rabiscada e sua memória apagada da história. Esse apagão histórico, por assim dizer, é que faz das mentiras de Lula serem aceitas bovinamente como verdades da Revelação Divina. E quem criou esse apagão histórico? Os intelectuais, naturalmente. . .

No discurso à “companheirada” petista da Petrobrás, publicado nas páginas de Veja, de 07/10/2010, Lula repetiu várias vezes a frase da paranóia deslumbrada de um macaco de circo: “Nunca neste país”. . .e, ainda, foi mais longe: "Eu, um peão metalúrgico, tive o orgulho de participar da maior capitalização da história do capitalismo." Nesta frase, revelam-se questões muito graves. Primeiro, a idéia de que ser um peão metalúrgico iletrado implique algum status social, alguma predisposição superior a qualquer manifestação de inteligência. Traduzindo, em outras palavras, Lula está dizendo assim: “eu, um ignorante, sem cultura, sem educação, cuja formação intelectual ou social é mínima, consegui fazer a tal “revolução capitalista” que outros mais instruídos que eu não conseguiram fazer”. Em outras palavras, para ser Presidente da República, não seja estudioso, culto, letrado e bom conhecedor da história da nação. Seja peão e tudo será resolvido. Teremos o maior crescimento da história “deste país”. . .

Se não bastasse a bravata repetitiva, o que ele conta é uma mentira e das grossas. Se entendermos essa frase obscura como desenvolvimento nacional, o Brasil não experimenta o maior crescimento de sua história. Pelo contrário, comparado a outras fases da história do país, a nossa é de quase uma completa estagnação. Aliás, a fase mais explosiva de crescimento econômico que o Brasil já teve foi na época do regime militar. Em 1964, o país era majoritariamente agrário e tinha 69% de pessoas abaixo do nível da miséria. E, em 1984, quando os militares deixaram o poder, o país tinha apenas 34% de pessoas abaixo do nível da miséria e era a oitava maior economia do mundo, além de ser um país quase que totalmente urbano e industrializado. Enquanto Lula se locupleta com dígitos de crescimento econômico bem medíocres, o Brasil dos anos 70 do “milagre” chegava a dois dígitos. Mas é pecado falar do regime militar. Porque nesta década, alguns pretensos “intelectuais” da USP, elevados a terroristas de grupelhos comunistas fanáticos, estavam no pau de arara ou principalmente no exílio (não em Cuba ou União Soviética, claro), mas em Paris, Estocolmo, Berlim e até nos Estados Unidos, malvada nação imperialista. Quando essas criaturas vieram retomar as universidades brasileiras, também construídas e expandidas pelos militares, não eram mais bolcheviques de fábricas ou sindicatos: eram os “intelectuais orgânicos” de Gramsci ou os cheiradores de pó e os promíscuos sexuais da linha de Marcuse, Foucault et caterva. . .daí o lixo intelectual esquerdista ter contaminado toda uma estrutura educacional e imbecilizado toda uma geração.

Todavia, em seu discurso, Lula não falou da maior “capitalização” da história do Brasil, mas da maior “capitalização” da história do capitalismo (estranha redundância, não muita, para quem não usa apropriadamente a linguagem). Sabe-se lá o que é isso? Será o Lula o paladino da Revolução Industrial Inglesa? O precursor do capitalismo americano? O mentor do crescimento sul-coreano, taiwanês ou de Hong Kong? E as frases mentirosas, sem sentido real, continuavam: "Penso que nós estamos dizendo ao mundo que o Brasil não quer mais ser um país de terceira categoria. Nós queremos ser um país altamente desenvolvido e queremos participar do bloco dos países mais ricos do mundo e, se deus quiser, isso acontecerá, segundo o Banco Mundial, até 2016, se a gente continuar nesse ritmo." Eu me pergunto se a nação não enlouqueceu completamente ao dar tanta popularidade a uma pessoa que não está no seu perfeito juízo. Um país onde tem hospitais caindo aos pedaços e matando pacientes em filas de hospital, onde a escola e a universidade públicas mais aniquilam cérebros do que educam e onde os índices de violência nas ruas são gritantes, realmente o Brasil será um pouco mais desenvolvido, sim. Desenvolvido dentro das linhas africanas de miséria. Porém, o Brasil da fantasia petista é lindo e maravilhoso. A candidata do PT a presidência da república, Dilma Rousseff, quando vai se tratar de câncer, procura hospital privado de primeira em São Paulo, embora ela não use o SUS, que nas palavras da própria, é o melhor sistema de saúde público do mundo.

Quando sugestionado a respeito da demissão do presidente da Agência Nacional do Petróleo, e os efeitos que isto causaria no mercado, o Presidente da demência deslumbrada ironizou: "Eu me perguntei: Esse tal mercado tem título de eleitor? Esse tal mercado vota?". Lula usa e abusa da burrice do próprio eleitorado. Mercado não somente vota, como é responsável pela sua popularidade e pelo crescimento, ainda que parco, do país. Lembremos que um Estado gigantesco e uma sociedade atolada em impostos, na ordem de 40% do PIB, sem dúvida, não vai crescer mais do que pode. Entretanto, o embusteiro e mentiroso compulsivo de Guaranhuns vende a idéia de que o Estado é que gera prosperidade. Ou de que a sua patota corrupta, mitomaníaca e psicótica de Brasília é que foi responsável pelo nosso desenvolvimento. Não é Lula o maior causador da maior “capitalização da história do capitalismo”? O eleitor médio de Lula não conhece história. E lula também não. O Brasil já se tornou uma democracia de analfabetos funcionais, cultores de um verdadeiro peão intelectual!

sexta-feira, outubro 08, 2010

Entrevista de Dom Bertrand sobre a realidade política brasileira


O Príncipe Dom Bertrand de Orleáns e Bragança dá uma entrevista sobre a realidade política brasileira no governo Lula.

sexta-feira, outubro 01, 2010

A esquerda que se opõe à esquerda.

Jornalistas, juristas, intelectuais, artistas, professores, enfim, gente envolvida da USP e da nata da inteligentsia paulistana, criaram o alardeado “Manifesto pela Defesa da Democracia”, contra os desmandos e perigos do governo Lula para as liberdades civis e políticas e instituições democráticas, além da ameaça contra a liberdade de imprensa. Muitos blogs e sites de tendências não-esquerdistas estão apoiando o tal manifesto. No entanto, embora alguns liberais e conservadores estejam empolgados com essa declaração, na prática, porém, alguma coisa está errada com esse movimento. É que na verdade, quem encabeça a declaração de defesa do sistema democrático são as mesmíssimas criaturas ressentidas que promoveram o governo atual. Que moral tem esquerdistas históricos como o "jurista" Hélio Bicudo, o “jornalista” Arnaldo Jabor, o “filósofo” Arthur Giannotti, o cardeal bolchevista chique Dom Paulo Evaristo Arns em criticar o governo Lula, se foram, muitas vezes, seus fiéis promotores? Que moral eles têm em criticar um governo que julgam “antidemocrático”, se sempre se engajaram na ideologia totalitária do PT? Seria muita ingenuidade crer que essas sumidades intelectuais e políticas paulistanas desconhecessem os intentos ditatoriais do governo atual.

Os liberais e os conservadores, como sempre, prestam-se a fazer pose de bobos, de massa para outras esquerdas. Na pior das hipóteses, as pessoas realmente defensoras da democracia não têm voz própria que defina o caráter dos seus valores. Pelo contrário, para criticar as esquerdas, tem que ser de esquerda ou passar pelo seu crivo. Ou na pior das hipóteses, participarem de uma espécie de ecumenismo ideológico com ela. Há gente que acredita piamente que dialogar com a esquerda dita “democrática” ou se unir a ela é prova de tolerância, de bom senso, de espírito pluralista. Na verdade, o Manifesto dito “democrático” apenas reitera o elemento totalitário esquerdista no âmbito da cultura ou da política. Por mais que haja um credo liberal em alguns tópicos do texto, na prática, contudo, é a esquerda fazendo oposição contra a esquerda.

Alguém poderia objetar afirmando que a democracia deve ser um consenso entre os grupos políticos e sociais e que tal manifesto tem a vocação de unir tendências diferenciadas de ideologias na sociedade. No entanto, quando a esquerda controla até as manifestações oposicionistas da chamada sociedade civil, não se pode dizer que isso é pluralismo. Se os liberais e os conservadores, carentes de representatividade ou organização própria, precisam de seres toscos como o Sr. Hélio Bicudo ou Dom Paulo Evaristo Arns, históricos petistas, é porque realmente não existe pluralidade alguma.

O mesmo se pode dizer do PSDB. É muita ingenuidade acreditar que o tucanato seja, de fato, uma oposição séria ao PT. Na verdade, percebe-se que são duas faces da mesma moeda, dois partidos cujas origens históricas e intelectuais são comuns. Dilma Rousseff era terrorista e José Serra era amiguinho de grupelho pseudo-católico, a Ação Popular, que virou terrorista. Fernando Henrique Cardoso e Arthur Giannotti eram marxistas históricos que viraram tucanos de ocasião, ora rendendo loas à social-democracia, fazendo concessões ao mercado, ora apoiando a revolução cultural gramsciana. Se alguém foi responsável pela expansão das mazelas culturais esquerdistas atuais, o PSDB tem sólida contribuição, divulgando em massa a ideologia politicamente correta que assola a educação, o linguajar, o pensamento e o imaginário do país. O PSDB e o PT são solidários no crime de destruírem o país na alma.

Neste ínterim, mais uma vez, os liberais e os conservadores servem de coro para essa gente, na falta de opção. Vazios de estruturas próprias, acreditam em cada promessa dessa esquerda dita “democrática” e se atomizam, cada vez mais, na sua falta de identidade e organização política. Em outras palavras, as pessoas que fazem oposição ao governo Lula mal percebem o tipo de controle que há nestas manifestações. A briga é tão somente do petismo e do tucanato fora do poder contra o petismo que está no poder. Os liberais e os conservadores apenas dão força à máscara da hegemonia cultural e política das esquerdas.

Eu jamais me aliaria a Hélio Bicudo ou ao cardeal bolchevista Arns para a defesa da democracia. Aliás, eles, como católicos, são tristes, indignos e lutaram pelas causas mais inimigas da Igreja Católica. É uma das esquizofrenias estranhas da chamada “esquerda católica”: são aliados políticos dos abortistas, dos materialistas, dos comunistas, dos ateus militantes, dos apologistas do movimento gay, dizendo-se crentes em Deus, defensores da tradição matrimonial e da vida. Tal conduta política beira a mais completa burrice e estupidez. Ou mesmo a safadeza intelectual. Às vezes me pergunto como seres como estes, dentro de suas camas, não têm consciência do monstro que criaram? E agora, demagogicamente, o Sr. Bicudo e Arns vêm em defesa da democracia que tanto ajudaram a destruir?

Outro “filósofo” partícipe da “defesa” da democracia, o Sr. Roberto Romano, em entrevista à Revista Veja, na data do dia 29 de setembro de 2010, falou algo que se aproxima de uma inverdade filosófica. Perguntado a respeito das inspirações intelectuais de Lula, ele responde: “Lula nunca foi um estudioso das teorias da esquerda. . .Isso vem desde seus tempos de sindicalista, quando mobiliza massas. Não é um conhecimento ao modo da esquerda clássica, que passaria pelo estudo da obra do italiano Antonio Gramsci ou da prática do revolucionário russo Lênin. É um conhecimento intuitivo. Digo isso porque, quando ele encontra resistências na imprensa, considera aquilo um desserviço direto à sua personalidade”. Ué? Por acaso Lula fabrica sua imagem sozinho? O séquito de gramscianos e marxistas que o apóiam não conta para a formulação e consolidação de sua personalidade autoritária e de seu poder pessoal? E desde quando o desprezo pela livre imprensa é uma qualidade apenas de Lula? Não me conste que Gramsci e Lênin desse ouvidos à liberdade de imprensa. O último, inclusive, achava um capricho bem burguês, eliminando-a, de fato, quando se tornou ditador da Rússia.

O Conselho Federal de Jornalismo, que pretendia censurar a liberdade de imprensa, não foi idealizado por Lula, mas pelos leninistas e gramscianos que Roberto Romano tenta omitir dentro das estruturas ideológicas do petismo. Mesmo a Confecom, Conferência Nacional de Comunicações, reunião de jornalistas comunistas vendidos que exigem o “controle social” da imprensa pelo governo, provém justamente das cartilhas de Antonio Gramsci e Lênin. Apresentando assustadora desonestidade intelectual, típica de uma certa esquerda que finge ter desilusões com o totalitarismo, ele ainda acrescenta: “Nesse ponto, ele está mais próximo dos caudilhos sul-americanos.” Ou seja, ainda que Lula tenha o apoio das esquerdas latino-americanas e dos Partidos Comunistas, ainda que seu governo aplique, nas entranhas do Estado brasileiro, as teses gramscianas e leninistas de estrutura de poder, claro, a culpa da esquerda ser de esquerda nunca é da esquerda: é coisa de caudilhos de direita. Roberto Romano parte desse mesmo joguinho, numa certa “Carta à Esquerda”, em uma publicação de 04 de agosto de 2010, no Estado de São Paulo, onde critica a posição do governo Lula em relação ao Irã. Os seus exemplos de posturas consideradas “éticas” para a esquerda constituem um problema, por assim dizer, “ético”. Assim diz: “Caso os senhores ainda se imaginem na ala esquerda, deveriam atentar para a escolha de algo que define a sua dignidade: preferem a truculência palaciana ou a “avacalhação” da praça? Optando pela primeira, os senhores entram para o clube de Mussolini, Francisco Campos, Filinto Müller, Pinochet e similares. Se a escolha for pela segunda, aceitem os cumprimentos de Sobral Pinto, García Lorca, Pablo Neruda, Evaristo Arns, Vladimir Herzog”.

Para esse tipo considerado “intelectual”, ser de esquerda já implica um valor ético por si mesmo. No estreito mundinho do Sr. Romano, não existe o século XX do totalitarismo soviético e similares. Quando as esquerdas são totalitárias, não são esquerdistas, são “fascistas”. Malgrado essa forma de raciocínio dialético-stalinista do século passado (rotular todo mundo aleatoriamente de “fascista” é uma invenção da propaganda da antiga NKVD soviética), ainda me pergunto e me escandalizo como um doutor da UNICAMP escreva barbaridades para defender alguém como Pablo Neruda, um puxa-saco de Stálin e do Partido Comunista, que dentre outras pérolas, apoiou a invasão da Tchecoslováquia pela União Soviética? Esse é seu exemplo de resistência? A questão de Roberto Romano e de alguns indivíduos da inteligentsia esquerdista é a de negarem a responsabilidade pelos fatos concretos de suas ideologias e militância.

Os liberais e os conservadores que assinam este manifesto se enganam em achar que tal protesto contra o proto-totalitarismo petista esteja num universo de pluralismo político. Ainda que por falta de opção, o manifesto seja assinado por muita gente honesta e defensora dos valores democráticos, na prática, porém, é apenas briguinha de menchevique revoltadinho contra bolchevique. Kerenski, o menchevique socialista revolucionário da Duma, que armou os seus inimigos bolcheviques contra os conservadores, faria a mesma coisa. O Manifesto de Defesa da Democracia é a reclamação patética dos Kerenskis da vida que, ao darem de mãos beijadas o poder aos bolchevistas, choram a perda do próprio poder.