terça-feira, novembro 21, 2006

Brasil: o país mais politizado do mundo!

"Os iletrados têm sempre razão, porque são muitos e ocupam um lugar de elite, esse 'proletariado intelectual'... Lêem os livros e decidem sobre os sucessos de livraria, criticam os quadros e as exposições, aplaudem e vaiam no teatro e nos concertos, dirigem as correntes das idéias políticas, e tudo isto com a autoridade que o grau acadêmico lhes confere. Em suma, desempenham o papel de elite. São os nouveaux maitres, os señoritos arrogantes, graduados e violentos; e nós sofremos as consequências, amargamente, cruelmente."

Otto Maria Carpeaux


Uma coisa que demonstra o mais virulento atentado ao bom senso, são os nossos professores de história e de geografia, que ensinam aos pobres alunos de primeiro e segundo grau, as baboseiras retóricas que são obrigados a decorar no vestibular: as idéias pretensamente econômicas sobre a geopolítica e pretensamente críticas sobre história. Nossas escolas são bombardeadas por clichês castrenses de raciocínio e lugares-comuns imbuídos, oriundos de uma formação famosa por ser bitolada de raciocínio par excellence: nossas universidades públicas, influenciadas por estúpidas e estéreis idéias marxistas. O bombardeio mental dos Vesentinis, dos Magnolis, dos Arbex Jr. da vida, nos dão o grau de pobreza psicológica e de estreiteza econômica na qual o pobre aluno de ensino fundamental é obrigado a engolir, numa completa lavagem cerebral da idiotice implícita e vaselinada. Ou a “nova história critica” de um tal Schmidt, que não passa de uma bajulação nojenta aos regimes comunistas.

Não nos espantemos. Os alunos pretensamente críticos de nossas escolas, pretensamente reformadores e politizados com a militância engajada (ou mão de obra barata para as UBES da vida), mostram o grau de ignorância induzida, no repertório de tolices que são obrigados a ouvir e repetir como a mais tenra verdade absoluta e inquestionável. Produzem, assim, um imaginário neurótico de incontrolável paranóia cultural. O FMI, a burguesia, os banqueiros, os empresários, o capital, o mercado, o capitalismo internacional, a ditadura militar, a divida externa, o neoliberalismo, são os inimigos imaginários, os fantasmas econômicos de nossos pobres alunos, tal como o medo da cuca e do boi da cara preta. Sentem a síndrome da infância prolongada, pela necessidade do culto dialético da estatolatria socializante e salvadora. Estado é pai, Estado é Deus, Estado é literalmente “babá”, com referencias ao insólito deputado estadual do PT do Pará, que antes de ser objeto de culto dos enragés do curso de história da universidade, devia era ser objeto de estudo da arqueologia. Seria curioso pesquisar a síndrome do dinossauro econômico-político latino-americano e como era a sociedade na época da Idade da Pedra. "Idade da Pedra", refiro-me, claro, às ditaduras socialistas, o jurassic park russo, chinês, norte-coreano, cubano, etc, que os idiotas da esquerda chamam "socialismo real"! E o dinossauro político-econômico, o perfeito idiota latino-americano!

Não nos assustemos, se o deputado Babá declara ser o Estado babá de tudo. Ele deve crer piamente que o Estado se auto-gera, tem geração espontânea, uma biogênese. No final das contas, todo mundo quer do Estado, quer mamar no Estado, mas quem é que paga a conta? No final das contas, quem é que gosta de credor? O latino detesta pagar conta, o PT idem! Com certeza não são os deputados da esquerda que pagarão com o seu salário. Porém, o deputado do Estado babá, como todo socialista que se preze, adora fazer caridade, mas com o dinheiro dos outros. Ou melhor, no confisco dos bens dos outros.

Porém, o monopólio da moral não é fruto somente de historiadores e geógrafos. Temos também os professores de cursinhos. Estes que ganham rios de dinheiro no desespero alheio e andam com carros importados do ano, enquanto apregoam com uma ingenuidade, com uma candura tão incrível de compreender, a não ser pela patologia clínica, o regime mais lindo da face da Terra, as peripécias de titio Fidel Castro e de seu santo padroeiro Che Guevara. Os dois facínoras são santos: eles redimiram a história de maldade dialeticamente congênita dos burgueses e dos americanos e restauraram a “dignidade” do povo cubano na ilha transformada em Éden, na horda de dois milhões de refugiados e uns vinte mil mortos só na época áurea da “revolução”.

Todavia, não há nada estranho nisso, porque a verborragia inocentemente mentirosa, repetida mil vezes, se torna uma verdade, uma convenção. Não há de se estranhar quando um capitalista se diz socialista, porque é padrão-chique da boa educação pública estatal dizer-se da esquerda. Não há de se estranhar se um professor trabalha como um capitalista, lucra como um capitalista, enriquece como um capitalista, acumula como um capitalista, e com tamanha lógica econômica tão liberal, ele diga na maior cara de pau ser um socialista. Se ele disser que trabalha como capitalista e virar explícito liberal, ele será banido da face da Terra. Do contrário, tendo um carro importado, uma escola-fábrica de vestibulares e um discurso socialista, para delírio da platéia, este cidadão será “avançado” e “progressista”. Um empresário no Brasil só vai ter sucesso se cumprir o seguinte refrão: ganhe como capitalista e diga ser socialista. Ou em outras palavras, diga ser contra a “elite” no qual você pertence, no FMI no qual você é devedor, no capitalismo no qual você se enriquece, porque o “inferno” e os “ricos” sempre são os outros. E ganhe com isso, todos os favores monopolísticos do Estado no mercado e vire, para maldição dos malvados banqueiros privados, um banqueiro estatal, financiador de campanha, de preferência, de um partido de esquerda. PC Farias estará se remoendo do túmulo de tanta inveja. Só Marcos Valério mesmo!


Não nos desesperemos. Se malgrado o pobre aluno é bombardeado e doutrinado com tamanhos besteiróis econômicos e políticos, vem a fase áurea da universidade, no bacharelismo de certos professores e sociólogos mais encharcados em transformar o mundo, ou melhor, em domesticar o mundo. Que lindos são estes sociólogos, que falam das peripécias do materialismo dialético como uma ciência exata, redentora e melhor, redutora de toda a explicação do homem. Em economia, a mais valia, o horror hipócrita do lucro, é divulgado como a virtude revolucionaria da pobreza induzida. Como se esses professores trabalhassem de graça, por caridade. E, quando fazem greve, não pensem também neste horrendo pecado de ganhar mais, ainda que às custas do contribuinte.

Em História e geografia, a pobreza do raciocínio dialético retardou tanto a mente deles, que em plena queda do socialismo, ainda caminham para trás, ignorando a mais sábia história e a mais sábia geografia (e quem sabe a “dialética”, uma vez que o capitalismo prevaleceu sobre o socialismo, pregando uma peça neles). E o Direito, que é o clube da verborragia par excellence, os histéricos e lindos clichês como “justiça social”, “movimento popular” e a nova pérola, “direito alternativo”, são os linguajares poéticos e vazios, cujas expressões repetitivas e inócuas das palavras, na prática não dizem absolutamente nada.

Depois de tanto conhecimento inútil, de tanto lugar comum, tanto besteira bem dita (tanto quanto há muito idiota bonito), o aluno receberá o canudo com a seguinte formação intelectual e bacharelística: militante profissional. Aliás, existem três modalidades de doutorado e mestrado: imbecil, inocente útil e oportunista safado. O imbecil é aquele que pega porrada da policia, a massa de manobra que faz a revolução pelos outros e para os outros (de preferência, o poder dos outros). O inocente útil é o simpatizante, o otário que faz apologia do assalto ao poder, quando não, repetindo as mesmas frases de ordem e clichês, como futuro lacaio do novo poder. Em suma, é um verdadeiro servo de gleba intelectual. Há o terceiro e ultimo caso, que é o grau máximo da militância, o mais alto mérito deste grupo profissional: o poder pelo poder, o poder de mando da sociedade, de sua riqueza, como também de sua consciência.

O oportunista safado é o mais alto grau da militância, é o cérebro de tudo e de toda a engenharia social. Ele esbraveja em favor dos pobres porque sabe que os pobres são massa de manobra e comem promessas. Ele combate os ricos porque tem inveja dos ricos e ambiciona seu poder econômico. Ele critica o Estado e contraditoriamente faz apologia do Estado, porque no Estado, na vingança pública do Estado e no poder legal do Estado, é o seu mais completo meio para o fim único do poder. Ele vive da militância (e somente disso) porque do resto, tem real significado de sua insignificância, não aprendeu nada que preste, a não ser a sua convicção niilista de que a sociedade não presta, de que para criar uma linda sociedade solidária, deve fazer algo que menos preste ainda. Ele crê no futuro e justifica seus atos arbitrários pela razão do futuro, não porque ele o creia como tal, mas porque, no fundo, ele se aliena do presente e desdenha o passado, e justifica sua alienação acreditando ter o domínio e a justificativa do futuro. E no ódio que ele tem do presente e do passado, acaba justificando sua tirania, destruindo o presente junto com o passado e na prática, destruindo também o futuro.

Não nos desesperemos, porque o aluno, depois de tudo isso, acabará de concluir o seu mestrado de inteligentzia: ou seja, o da burritzia. E se não houver mercado para tanto (uma vez que existe um número gigantesco de sociólogos, filósofos, economistas por metro quadrado), pelo menos o mercado estatal da China e de Cuba agradecem pela preferência, absorvendo povaréu tão iluminado. Ou quem sabe o governo do Pará ou a presidência do Brasil. Aliás, eles terão muita concorrência, já que há os politizados sem diploma. Vender filosofia, economia e historietas de vulgata marxista a granel é moda em escolas e universidades! Quase todos têm pensamentos pra qualquer coisa, ainda que não tenham lido nada. O arraia miúda e o estudante médio não conhecem a frase "não sei". O povo opina sobre filosofia, história, economia, artes, ignorando praticamente tudo, fazendo coro aos idiotas diplomados, que não aprenderam nada! E ainda se orgulham de tão soberba e douta burrice, já que o importante é o palavrório vazio! A militância engajada terá longa vida pela frente. Que país politizado!!!

7 comentários:

Anônimo disse...

Ótimo texto! Sintetiza muito da nossa cultura. O diagnóstico do nosso idiota está dado. Agora precisamos descobrir os remédios para curar essa sociopatia!

Anônimo disse...

O exato quadro do "sistema de doutrinação" do ensino brasileiro (ou melhor, da América Latina). Professores marxistas hipócritas que vivem como capitalistas, manipulando mentes fracas, acríticas e completamente alienáveis. No final, fatalmente ocorre o que você disse: o aluno com canudo de graduação em "militância profissonal". Ô país mediocremente politizado esse... E os tais professores, de fato, tanto apedrejam o "vil capitalismo", mas se acham em pleno direito de fazerem greves intermináveis, reinvidicando melhores salários e prejudicando alunos. A Universidade Estadual aqui do Ceará, maior reduto dessa raça de professores e alunos comunalhas (que nenhum exemplar deste espécime leia isto, senão serei taxada de racista! rsrs) recentemente saiu de uma greve de 5 meses realizada pelo corpo docente, alterando gravemente a grade curricular de todos os cursos, atrasando formaturas, prejudicando mestrados, atrapalhando a vida dos alunos. Pregam o "lindo" socialismo, mas na prática, só pensam na própria pele e que se exploda o resto. Cômico, se não fosse trágico. Saudades de conversar mais com você, Conde. Beijos!

Anônimo disse...

Vai estudar sua burra, e para de lamber o saco desse estúpido.
Falam de socialismo, marxismo etc, mas nunca leram nada de consistencia, ah sim, irão dizer, não existe nada com consistencia em se tratanto de marxismo, vcs são muito idiotas, vão estudar por favor!

Anônimo disse...

Mas esse Anonimo é um legitimo idiota...


Estudar Marx deixa as pessoas um pouco mais burras

Anônimo disse...

ahahahah, legitimo idiota é quem fala do que nao sabe como voce seu jumento! cobrar uma leitura de Marx é bem pouco, mas nem isso vcs leem seus escrotos, mas Maurice Dobb, EP Thompsom, Antonio Gramsci, E.Hobsbawm, Luckacs, Christopher Hill, P. Anderson, Rodney Hilton, Stuart Hall, Mezaros, Dona Torr....
Certamente vc e esse bosta dono dessa bosta de blog nunca leram nada disso, mas é muito mais provável que vcs nem tenham ouvido falar da maioria deles....
A cada vez que vcs teclam só deixam mais claro o quanto sao limitados

Conde Loppeux de la Villanueva disse...

ahahahah, legitimo idiota é quem fala do que nao sabe como voce seu jumento! cobrar uma leitura de Marx é bem pouco, mas nem isso vcs leem seus escrotos, mas Maurice Dobb, EP Thompsom, Antonio Gramsci, E.Hobsbawm, Luckacs, Christopher Hill, P. Anderson, Rodney Hilton, Stuart Hall, Mezaros, Dona Torr....

Leonardo-Vc acha que vamos perder tempo lendo stalinistas chorões e arrependidos, só pq a Moscou de Krushev assim o quis?


Certamente vc e esse bosta dono dessa bosta de blog nunca leram nada disso, mas é muito mais provável que vcs nem tenham ouvido falar da maioria deles....

Leonardo-Eu sei quem é Thompson, Merdaros, Hill, Hobsbawn, Gramsci e todo esse lixo. O caso é que temos leituras melhores do que essas. Daí vc não entender patavina do que escrevemos.


A cada vez que vcs teclam só deixam mais claro o quanto sao limitados

Leonardo-Que dirá vc, que não sai da vulgata marxista! E a propósito, vc sabe que o muro de Berlim caiu há pelo menos 17 anos?

Anônimo disse...

Antonio Gramsci!!!!

E o Filho da Puta ainda se mostra orgulhoso do "nível" de leitura, só mesmo o caráter torto de um idiota doutrinado por sei lá o que p/ admitir com orgulho a leitura de um dos maiores canalhas do Século XX...o resto...

Tenho cá minhas dúvidas se leu mesmo, éstá com cara de mais um leitor de resenhas...