terça-feira, outubro 30, 2007

Legalização das drogas: solução ou problema?


O cineasta e diretor do filme “Tropa de Elite”, José Padilha, no cúmulo da esquisitice, declarou em alto e bom som, que é a favor da legalização das drogas. Patrulhamento ideológico ou convicção pessoal? Ninguém sabe. O problema é entender o porquê de um cineasta produzir um filme que é francamente contrário às suas convicções. Eis a pérola do homem:

“Eu posso dizer qual é a minha posição sobre o assunto: do ponto de vista dos direitos civis, da liberdade civil, sou a favor descriminalização das drogas e da liberação do uso da maconha”.



Sua opinião foi compactuada pelo elenco do filme, já no senso comum deles, a legalização reduziria o poder do tráfico. A classe média chique e viciada adorou. Neste ínterim, curioso modismo domina tanto a libertários e esquerdistas, a respeito dos entorpecentes. Nas palavras de todo esse povo, o combate às drogas é um “fracasso”. Especulam a respeito de conceder às forças do tráfico, o livre mercado, como uma arma para combater a criminalidade. E como não poderia deixar de ser, ainda crêem que o consumo de drogas é um ato de liberdade civil. Há gente que acredita que as pessoas têm a plena liberdade de se destruírem. Como se a morte não sorrisse para todos. Legalmente falando, morrer ou mesmo matar-se não é proibido. Criminoso é quando outros indivíduos podem ganhar dinheiro com isso. Vai entender!

No entanto, há vários sofismas nesse discurso progressista. Alguns economistas adoram reverberar que a descriminalização do consumo de entorpecentes diminuiria o poder do tráfico. Isso não parece convincente. Primeiramente, a liberação das drogas é o desejo de todo traficante da favela. Dizer que o tráfico vai ser reduzido com sua liberação é algo tão idiota quanto afirmar que o bandido adore levar bala de policial do Bope. Pelo contrário, legalizado o tráfico, as barreiras que impedem as drogas de se alastrarem simplesmente vão deixar de existir. A cocaína e a maconha serão vistas à plena luz do dia pela população e elas provavelmente se disseminarão, aumentando o consumo. E o número de dependentes vai aumentar, ameaçando a integridade de gerações inteiras. Quem acha que o traficante tolera mais a repressão policial do que a concorrência do mercado devia fazer um tratamento no hospício. Não conhece nada de economia e não tem capacidade lógica para compreender o óbvio. Vive numa bolha, para dizer o mínimo. A concorrência e a falta de punição policial vão sim baratear mais ainda o acesso às drogas. Os riscos da competição de preços serão compensados com o aumento e as facilidades de consumo e venda. E todos os traficantes que estão presos, atualmente, serão libertados no dia seguinte, como honestos burgueses da junta comercial, envenenando a juventude do país. Abrirão verdadeiras empresas recreativas de viciados, enquanto a sociedade pagará a conta com o número de inválidos pelo tóxico e com os serviços exorbitantes de saúde pública.

Há o argumento da liberdade civil. Nas palavras do Sr. Padilha, um viciado em drogas tem o mesmo juízo de alguém mentalmente são. Proibir alguém de se drogar é um ato que atenta contra a liberdade individual, porque aí tudo é questão de gosto. O problema é que um viciado em drogas não é uma pessoa sã. Ela não é livre, no sentido jurídico e filosófico do termo, já que por definição, perdeu quase todo o sentido de consciência. Com que parâmetros há de se crer que a liberdade é uma ação sem juízo? Uma pessoa viciada já perdeu o domínio sobre si mesmo. E por que a família e a sociedade permitiriam que algumas pessoas fossem destruídas por outras, exploradas pela carência do sentido da consciência e do autodomínio, condições que negam o conceito da liberdade civil? Deixar o drogado nas mãos dos traficantes é negar ao incapaz a tutela de sua personalidade jurídica. É como se a sociedade ignorasse os incapazes, ao arrepio do código civil e ao bel prazer dos delinqüentes. Abandonar a sina de um drogado para o traficante está na mesma sina de abandonar um menor a um pedófilo ou um doente aos infortúnios do desamparo. Que liberdade civil é essa em que o drogado está totalmente a mercê de criminosos? Que direito civil é esse em que o cidadão é colocado à margem da lei, manipulado pelo vicio, aos caprichos da delinqüência?

Muitos poderiam atribuir que a auto-lesão, no código civil e penal, não é crime, e que qualquer pessoa tem o direito de se lesar, se quiser. O problema em si não é se auto-lesar, e sim dar o direito de alguém lesar outrem. O consumo de drogas, pela lei, nunca foi crime. Crime é portar e vender drogas ilegais. Um traficante que comercializa substâncias tóxicas a viciados, está prejudicando a terceiros. Se uma agência de saúde pública pode punir um serviço ao consumidor que tenha uma mercadoria apodrecida, ou mesmo fiscalizar remédios psicotrópicos, evitando o seu uso abusivo, por que os traficantes da favela teriam algum privilégio de vender livremente substâncias prejudiciais à comunidade? Se for possível liberar as drogas, é possível também liberar as demais mercadorias e substâncias para consumo e remédios prejudiciais à saúde da população. O negócio mesmo seria o direito libertário de a sociedade se destruir e ser destruída.

Há outro aspecto que os libertários adoram levantar como espantalho: a experiência da Lei Seca nos Eua, com a proibição de bebidas alcoólicas. O problema aí incorre numa falsa analogia. A bebida alcoólica tem efeitos menos danosos do que a cocaína e a maconha. E mesmo seu consumo é restritivo, uma vez que os jovens são proibidos de terem acesso e o seu potencial não é destrutivo como as drogas pesadas. É certo que há problemas sociais, entre os quais, os alcoólatras, embora contornáveis. Todavia, elas não podem ser inseridas na mesma qualificação dos tóxicos mais pesados. Um vinho tinto e uma champanhe não matam ninguém. Achar que o seu consumo é justificativa para a liberação de drogas mais pesadas é pura incoerência lógica. Se o argumento da pró-liberação tem força na suposta analogia da bebida alcoólica, não se pode dizer o mesmo do ópio. As populações da Indonésia e da China sofreram horrores com a disseminação de sua venda pelos ingleses e holandeses. A guerra do ópio, entre Inglaterra e o império chinês, por assim dizer, foi a primeira guerra do narcotráfico contra as leis de um país. Milhões de chineses e indonésios se tornaram verdadeiros zumbis por causa da disseminação do consumo de drogas. O ópio foi uma praga tão forte que gerou um verdadeiro caos nesses países, verdadeira perda de gerações. Até a primeira metade do século XX, Holanda e Inglaterra não conheciam o problema dessas drogas, restritas a alguns grupos minoritários e às suas colônias. As classes letradas, e posteriormente, os artistas, os hippies, entre outros, foram os principais disseminadores do seu consumo em seus respectivos países. Isso causou seriíssimos problemas sociais, com o aumento da criminalidade e mortalidade, conseqüências sentidas até hoje. Nem tudo é maravilha no discurso pró-cocaína.


Ademais, as experiências de liberação das drogas provaram fracassadas. A Holanda, que liberou a maconha, mediante a fiscalização do Estado, permitindo cafés para vendê-las, acabou se tornando um antro de tráfico e viciados de toda a Europa, junto com a Suíça. O consumo aumentou assombrosamente, mesmo entre os jovens, que até então tinham acesso restrito. E um mercado tão lucrativo não se limitou à venda de maconha. A cocaína e o ectasy dominam o mercado holandês. É mais assombroso: os traficantes holandeses já elaboraram drogas bem mais pesadas e inocularam substâncias fortíssimas na maconha, a ponto de gerar dependência. Isso obrigou o governo holandês a fazer uma campanha restritiva ao acesso de entorpecentes. Na Suíça, o parque de drogados de Letten virou simplesmente um lugar de banditismo, estupros e tiroteios entre traficantes que disputavam os pontos de venda de tóxicos. Foi necessário o Estado intervir para combater os criminosos.

Há outro perigoso sofisma a respeito da liberação das drogas pesadas: a idéia mesma ingênua de que o crime organizado será enfraquecido com a perda de receita. Teoricamente, é possível que o crime organizado perda uma fatia do mercado com a legalização. Na prática, contudo, isso não é totalmente garantido. O crime organizado nos Eua não perdeu poder por causa da legalização da bebida alcoólica. Pelo contrário, foi uma polícia estruturada, bem aparelhada e disposta a combater o crime, que arruinou as máfias de Nova York e de Chicago. O crime organizado pode, inclusive, ganhar poder com a legalização das drogas pesadas, já que o consumo será garantido livremente. Um viciado em drogas paga o preço que os traficantes quiserem. E eles já possuem as estruturas necessárias para serem procurados no mercado. As experiências holandesa e suíça, longe de serem parecidas com o caso da legalização das bebidas alcoólicas nos Eua, criaram mais problemas do que soluções. Aumentaram o consumo, a criminalidade, os problemas do campo da saúde pública e criaram uma legião de dopados espalhados em ruas, praças e cafés, prontos a se drogarem até morrer. Os traficantes das ruas do Rio de Janeiro não deixarão de praticar delitos por causa da legalização das drogas.

Sou completamente cético quanto às idéias dos economistas, dos esquerdistas e dos libertários quanto à liberação de entorpecentes. Tampouco creio que a política repressiva seja um “fracasso”. Isso é chantagem de uma classe letrada inepta, a mesma que disseminou as drogas para toda uma sociedade, disposta a corrompê-la. O problema das drogas não é somente um caso de polícia. É um problema ético e moral da sociedade, no âmago de enfrentar esse desafio frente a frente, e de não permitir que a pressão do crime organizado force a uma prática nociva para ela. O “fracasso”, por assim dizer, do combate ao tráfico de drogas no Rio não é fruto da força suprema do crime organizado e do tráfico, mas sim da fraqueza do Estado e da inoperância moral da sociedade carioca e brasileira. Não há nenhum milagre para que o tráfico seja todo poderoso, que possa vencer a força da repressão. Na verdade, é muito mais uma crise na ordem de valores. São os tolos Padilhas da vida, que confundem liberdade com licenciosidade, ação voluntária com vicio e destruição. Legalizar não parece ser a solução. Tudo nos leva a crer que é mais fácil a liberação das drogas reduzir a população carioca na condição de chineses dopados, do que a de norte-americanos bêbados.

sábado, outubro 27, 2007

Os burros n´água falam sobre Tropa de Elite! Catando idiotices na Internet!

A esquerda está em polvorosa a respeito do sucesso de “Tropa de Elite”. Toda vez é assim: quando falam mal de Lula, é a “elite golpista” que está conspirando, ainda que seja tão somente uns poucos cidadãos honestos sem ong´s, sem partidos políticos, sem exército, sem imprensa e sem dinheiro público para dar o golpe. Como o BOPE caiu no gosto do povo, já que não refresca com bandidos, os enragés festivos, filhotes de Fidel Castro e de Stálin, estão fazendo o maior “agitprop” contra o filme. Também pudera: no filme, eles se viram na pele dos ativistas sociais ongueiros puxadores da erva do capeta!

Catei algumas declarações de alguns articulistas, as mais idiotas possíveis, a respeito das bobagens publicadas sobre o filme Tropa de Elite. Aqui, fragmento os textos de uma tal Adriana Facina (não poderia ser “facínora”?), professora de antropologia da Universidade Federal Fluminense, junto com o “meliante” Mardônio Barros, militante do MST. O título do texto é “Matou na Favela e foi ao Cinema”. Às vezes quando eu vejo pessoas como esta cidadã escrevendo tolices, causa-me uma síndrome de Pol Pot. Devíamos fechar as universidades e mandar toda essa turma para campos de concentração de arrozais. É pra rir mesmo!



"Esse “canto de guerra” é um dos muitos entoados pelo BOPE (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) nos seus treinamentos. Muito significativo e direto, já que mostra claramente onde se localizam os inimigos a serem abatidos".

Conde- Quais os inimigos? Os bandidos, claro!


"Trata-se de uma guerra contra os pobres(...)".


Conde- Pergunte a alguém da favela se ele gosta de bandidos e traficantes? Quando o exército ocupou a favela para recuperar armas, 90% da população da favela aprovou a medida e praticamente a violência reduziu drasticamente. O problema é um bando de universitários e acadêmicos maconheiros falando que nem sapo nas nuvens, e idealizando os pobres como a classe oprimida, na visão luta de classes a la Marx. Na verdade, eles estão no mesmo nível daqueles maconheiros que lêem foucault drogados. E daí serem estúpidos o suficiente para crerem que os bandidos são vítimas da sociedade. Já não se matou tanta gente inocente para que idiotas como desse naipe acreditem nessa balela?



"(...)recrudescida em tempos neoliberais (...)".

Conde-Eu bem queria saber qual a relação entre a escola liberal austríaca de economia, que provavelmente, os articulistas jamais leram, com a violência do Rio, patrocinada pelo "socialismo moreno" de Brizola e Garotinho? Isso é coisa de comunista mentiroso e safado mesmo!


"(...)nos quais a contrapartida da criação de uma sociedade do desemprego é a necessidade das classes dominantes ampliarem não somente os meios para obtenção do consenso, mas também os instrumentos coercitivos que mantenham os oprimidos sob controle".

Conde-As "classes dominantes", por assim dizer, no filme, adoram usar um baseado e também não gostam da polícia quando os mandam para a cadeia. Aliás, são os oprimidos é que pedem mais polícia nas ruas: os favelados e os pobres, que são as maiores vítimas do narcotráfico. Que tipo de drogas vocês se utilizam pra falar tanta besteira?!



"Em meio às crescentes denúncias contra a atuação do BOPE nas favelas cariocas, que se pauta por uma política deliberada de extermínio ao arrepio do Estado de direito(...)".

Conde-Extermínio de bandidos, lembremos. Eu ainda choro de emoção quando os defensores de Fidel Castro, Chavez et caterva, falam do Estado de Direito. Como se eles defendessem o "Estado burguês" de direito.


" (...)surgem nas ruas da cidade cópias do filme Tropa de elite, antes mesmo de seu lançamento no cinema, previsto para o mês de outubro. Tropa de elite já é um sucesso de público, está “na boca do povo”, fascina adolescentes e mesmo crianças de classe média, e reúne no orkut uma comunidade com mais de 55 mil membros".

Conde-A questão é muito simples: capitão Nascimento é um herói, porque ele mata bandidos, porque ele aplica a lei do Talião para eles. Só os comunistas é que gostam de bandidos. Ninguém gosta de bandidos: o cidadão da favela que vive no toque de recolher; o cidadão honesto da classe média que vê sua casa e sua mulher sendo violadas; o homem rico honesto e trabalhador que vê sua loja assaltada ou sua filha seqüestrada, enfim.


"(...)vivemos num estado de guerra entre, de um lado, o Estado e os “cidadãos de bem” e, de outro, os bandidos/traficantes".

Conde-Mas isto é um fato. Os cidadãos de bem são cotidianamente vítimas do crime organizado, enquanto vagabundos safados da esquerda ainda teimam em dizer que os bandidos são pobres vítimas da sociedade burguesa. Vítimas o caralho! Quem mata, estupra, rouba, não é vítima de ninguém, é criminoso, e deve ir pra cadeia.


"E não se trata de qualquer guerra. Mas sim de uma guerra total que, nos moldes da “guerra ao terror” empreendida por Bush(...)".

Conde-Vamos ver se entendi os escritores jumentos: quer dizer que Bush derrota duas ditaduras islâmicas genocidas e Bush é o terrorista? ahhhhhhhh! Já entendi, vcs são comunistas! Vcs são como aquela ditadura do Big Brother de 1984. Criaram a novilingua!


"(...)justifica a suspensão dos direitos humanos e legitima práticas ilegais como torturas e execuções sumárias com base na idéia de que elas são necessárias para garantir a segurança pública".

Conde-Bush nunca justificou a tortura. Pelo contrário, quando surgiram casos de tortura em Abu Graib, ele simplesmente puniu os infratores. É diferente do mundo islâmico, que corta cabeças e mata civis a rodo.


"Nossos mariners tupiniquins são apresentados como soldados muito bem treinados, capazes de suportar um treinamento destinado a poucos, uma elite exemplar com um papel fundamental no estado de sítio em que vivemos: conter os pobres".

Conde-Outra mentira boba de quem não viu o filme. Matias e Netto são dois aspirantes de origem pobre. A única coisa em comum neles é que eles odeiam bandidos, seja de que classe for. Da mesma forma que Matias senta a porrada na bandidagem pobre, ele não poupa nem os delinquentes de classe média. A mensagem do filme é bastante clara: delinquente é delinquente em qualquer lugar, seja tendo conta bancária ou não. Até porque o crime existe em todas as classes sociais. Só na cabeça de gente desajustada é que os pobres são essencialmente criminosos. Mas a esquerda, involuntariamente, imputa a pobreza como sinônimo da violência. Quer dizer que agora todos os pobres são potencialmente criminosos? A maioria dos pobres é honesta e não há coisa que eles menos toleram do que ser roubados ou molestados por bandidos. Pois enquanto os vagabundos de esquerda ficam fumando maconha e discutindo foucault, (sustentando o tráfico), são eles, os pobres, as maiores vítimas dos bandidos.


"Tropa de elite recolhendo corpos supérfluos daqueles que, em outros tempos, eram exército de reserva de mão-de-obra e que hoje, em meio ao desemprego estrutural e à ditadura do capital financeiro, são o lixo da sociedade".

Conde-Que besteirol! A pobreza no Brasil não tem nada a ver com o capital, mas com a falta dele. Eu tenho plena certeza de que os jumentos que escreveram esse texto nuna leram nada de economia, a não ser o charlatão de Karl Marx, que nunca gerou renda nem pra si mesmo e escreveu sobre assuntos que jamais entendeu, que foi economia. Se tivessemos mais dinheiro circulando, teriamos mais empregos. Isso é uma coisa lógica. Mas esperar de maoistas do MST algum tipo de vida inteligente, é esperar que a ameba pense.



"A necessidade de conter (e mesmo eliminar) os pobres é o objetivo dessa guerra particular ou privada e, nesse contexto(...)".

Conde-O Capitão Nascimento, os aspirantes Matias e Netto são pobres. Eles vão eliminar a si mesmos? Aliás, qual seria o ganho de eliminar os pobres, já que nas cabecitas ocas, eles "são reservas de trabalho"?


"uma tropa de elite se configura como uma tropa DA elite, necessária para garantir a ordem e o respeito à propriedade privada. Isso explica porque 100% das operações do BOPE são realizadas em favelas".

Conde-Esse pessoal que escreveu o texto é simplesmente jumento. O Bope não defende a propriedade, combate o tráfico de armas e narcotráfico. Os articulistas idiotas deviam saber disso, no mínimo, a não ser que defendam a livre propriedade do bandido de ter armas e drogas. Eita casalzinho imbecil da porra que não sabe nem do que está escrevendo!




"Todos esses níveis se articulam em torno da naturalização da idéia de que vivemos num estado de exceção, uma situação atípica que demandaria regras também atípicas para sua solução. Essa naturalização permite um relativismo de valores e práticas, de direitos e garantias no que dizem respeito à dignidade da vida humana".

Conde-Vindo de esquerdistas que defendem ditadores como Fidel Castro e Mao Tse Tung, tais como os escrevinhadores deste texto bizarro, o relativismo moral não incomoda nem um pouco. O problema desse povo ralé é bastante simples: como a violência do capitão não é "revolucionária", fazem um chororô, porque acreditam que bandido é justiceiro vitima da sociedade capitalista. É bem simples, seus maconheiros vagabundos. Agora, gente que defende Mao Tse Tung, assassino em massa de 70 milhões de pessoas e Fidel Castro, matador de 20 mil, numa ilha de 11 milhões de pessoas, é hipocrisia, farsa burlesca. A grande maioria dos admiradores do capitão Nascimento não adere à tortura ou a falta de lei. A diferença, tão somente, é que ele dá o troco aos bandidos, da mesma forma que os bandidos dão a sociedade.


"Falar em direitos humanos não faz nenhum sentido num estado de coisas que institui valores desiguais para as vidas humanas de acordo com critérios como cor da pele, origem social e mesmo idade, já que os jovens pobres e negros são hoje as principais vítimas de homicídios, bem como formam a maioria da população carcerária do país".

Conde-Claro que faz e o filme denuncia isso. Denuncia a falta de leis no país, a impunidade quase completa da justiça e a vitimização do bandido, que o isenta dos crimes que pratica contra seus concidadãos. Aliás, se os negros são criminosos, devemos criar cotas pra brancos, por causa disso? Os negros estão lá não porque haja racismo, mas porque cometeram delitos.




No entanto, é preciso afirmar que o estado de exceção na verdade é a regra sob o capitalismo,

Conde-Ou seja, Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, Eua, Itália, Canadá, Japão, Coréia do Sul, Austrália, Taiwan, Áustria, Suíça, Suécia, Holanda, e demais outros paises do mundo são estados de exceção. Por mais que o Brasil tenha impunidade e nossa situação assemelhe e um caos completo, ainda estamos um pouco longe do Estado de Exceção, até porque ainda temos tribunais regulares constitucionalmente instituídos. O que temos é excesso de impunidade, o que dá margem a um caos social. Quem quer transformar o país num Estado de Exceção é o MST, com sua ideologia de violência e criminalidade e seus "tribunais populares" revolucionários de execuções sumárias.


"que não pode prescindir, sobretudo em sociedades dramaticamente desiguais como a brasileira, do trato brutal com os de baixo".

Conde-Desigualdade nada tem a ver com violência. A India é muito mais desigual do que o Brasil e a violência é baixissima.


"Não há como não lembrar aqui de um poema escrito por Bertolt Brecht num contexto de vitória do fascismo na Europa, no qual outros homens de preto, em defesa da ordem do capital, esvaziaram de significado a palavra humanidade (...)."


Conde-Os senhores levam a sério Brecht, um notório puxa-saco de Stalin? Um homem que era capaz de colaborar com os serviços de polícia política comunista da STASI, cheia de ex-membros da Gestapo?! Um cidadão que era capaz de delatar amigos e mentir em nome do comunismo? Brecht poderia ser até um teatrólogo talentoso, mas, no geral, era um canalha de primeira!

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Se não bastasse o texto horroroso, eis que vejo o comentário de uma leitora esquerdista:
"o filme fala diretamente do sistema e para o sistema. Sabe, ali está a principal lição que todos devem aprender porque é fundamental na manuntenção das coisas de acordo com a ordem capitalista: a violência,o medo e o terror".

Conde-Quando leio declarações como estas, dá-me vontade de ir para a Coréia do Norte experimentar o paraíso socialista.


"Para fazer um filme de sucesso é só colocar violência, ação, sangue, medo e pronto está feito um filme apto a concorrer ao oscar".

Conde-A grande maioria dos filmes que ganha o Oscar é “cult”, bem ao gosto da esquerda chata! Experimentem colocar um cidadão para ver Ingmar Bergman durante cinco dias seguidas na TV. Ele não agüenta nem um dia e aumenta as estatísticas de suicídio da Suécia!


"Isso me faz pensar no tipo de vida q andamos levando e que mundo estamos construindo..."

Conde-Vai pra Cuba, minha filha!

"qdo transformamos policiais em heróis é pque as coisas realmente não estão indo nada bem...".


Conde-Vamos transformar quem em heróis? Os bandidos?


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Um outro jornalista, um cidadão chamado Marco Aurélio Weissheimer, jornalista da Carta Capital (ihhhhhhhh, é petralha), escreveu a seguinte baboseira, no texto “Guerra é Guerra, diz o Capitão Torturador”:


"A “realidade” apresentada no filme atribui forte responsabilidade aos ongueiros de classe média, e aos jovens da classe média carioca em geral, pela violência do tráfico. “Nós temos que limpar a sujeira que vocês fazem”, diz um dos aspirantes a ser futuro comandante do batalhão".

Conde-O cidadão nem viu o filme. Quem diz isso é o Capitão Nascimento, e não o aspirante Matias, estúpido! Esse pessoal comenta uma coisa sem ter visto! Cacete!



"Há um outro elemento que conspira contra o suposto caráter “de elite” da tropa. Desde o início do filme, o capitão Nascimento nos conta que quer largar aquela vida e está em busca de um sucessor. O escolhido, no final, é o mais equivocado dos personagens. André Matias estuda Direito na “melhor faculdade do Rio de Janeiro”, é leitor de Foucault e convive com os “ongueiros” detratados no filme. Desde o início, o capitão Nascimento afirma que essa combinação era algo incompatível para um policial, principalmente para um integrante do BOPE. Matias se apaixona por uma ongueira, sobe o morro, convive com traficantes e oculta sua identidade de policial de seus colegas de faculdade. Resultado: acaba contribuindo para a morte de três pessoas. Sua foto durante uma ação policial é publicada nos jornais e sua identidade é revelada. Ele parece não dar bola para o fato, não avisa a ninguém, e acaba enviando um colega e amigo para a morte".




Conde-A lógica acima é bem vagabunda: a culpa do homicídio dos ongueiros não é do traficante que mata na favela, mas do policial que não revela sua identidade, justamente para não comprometer os amigos. Só falta dizer que Matias não devia ser policial, e sim ativista de uma ong, amiguinho de bandido e puxador de maconha. Aliás, o jornalista nem viu o filme direito: quem denunciou e comprometeu os amigos ongueiros não foi Matias, o aspirante, e sim um dos delinquentes da universidade, que repassou as pegadas do policial ao traficante, para que ele fosse morto. A lógica do articulista é bem problemática; caso de quem usa muita maconha e fala muita besteira! O raciocínio tem o mesmo sentido de dizer: não fui eu quem matei e sim minha arma disparou sozinha! A culpa é da vítima porque me fez disparar a arma! Porém, na verdade esse aí é outro esquerdista charlatão, mentiroso e falsificador da realidade, como o é todo santo esquerdista!



"O privilégio dado ao testemunho do capitão Nascimento e a pretensão de apresentá-lo como uma fiel expressão da realidade mal consegue esconder outras facetas dessa realidade que, ou aparecem muito lateralmente no filme ou simplesmente não aparecem. O tráfico de drogas é hoje uma das indústrias mais poderosas do mundo, com braços no sistema financeiro, político, jurídico e empresarial. Enfatizar a responsabilidade de ongs na cadeia da violência e silenciar, por exemplo, sobre o papel dos paraísos fiscais na lavagem de dinheiro advindo do tráfico denuncia essa pretensão de realismo".

Conde-Sua mula, quem é que cria o caixa desses paraísos fiscais do sistema financeiro? Os consumidores, estúpido! Sem consumidores, não haveria dinheiro das drogas e nem lavagem de dinheiro! Marco Aurélio Weissheimer deve estar com mal de alzheimer!
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Depois da velhinha com mal de alzheimer, eis que encontro outra pérola a respeito do filme. O Sr. Ivan Pinheiro, que é membro do Partido Comunista Brasileiro, escreveu um artigo que é o sintoma da esquizofrenia stalinista.

Não dá para cair no papo furado de que "Tropa de Elite" é "arte pura" ou "obra aberta". Um filme sobre questões sociais não podia ser neutro. Trata-se de uma obra de arte objetivamente ideológica, de caráter fascista, que serve à criminalização e ao extermínio da pobreza. É possível até que os diretores subjetivamente não quisessem este resultado, mas apenas ganhar dinheiro, prestígio e, quem sabe, um Oscar. Vão jurar o resto da vida que não são de direita. Aliás, você conhece alguém no Brasil, ainda mais na área cultural, que se diga de direita?”.


Conde-Os aspirantes Matias e Netto não são ricos. O capitão Nascimento tb não. Mais uma vez: eles vão eliminar a si mesmos? Quem, de fato, criminaliza a pobre é a esquerda. Não é ela quem diz que pobreza gera violência? Aliás, o canalhinha que escreveu esse texto é bastante sincero no final da história; ele mesmo assume que a direita foi totalmente banida dos meios culturais. Alguém precisa dizer aquilo que os socialistas fabianos ingleses já diziam: - TODOS SOMOS SOCIALISTAS!

"Como acredito mais em conspirações do que no acaso, não descarto a hipótese de o filme ter sido encomendado por setores conservadores".

Conde- Interpretando esse texto, devemos lê-lo da seguinte forma: como eu acredito nas minhas próprias mentiras conspiratórias, o filme foi encomendado por setores "conservadores", tais como o Ministério da Cultura e o governo federal do sr. Lula. Ahhh! Devemos entender que o Sr. Ivan é um stalinista, já que é do velho partidão. Teoria da conspiração é coisa típica de esquerda mesmo, vide os massacres em massa contra “sabotadores” e “inimigos do povo” na época de Stálin. Como o sr. Ivan diz que não podemos ser neutros (sic), logo, ou somos comunistas ou somos fascistas! Não adianta dizer que alguém possa ser um liberal ou social democrata! Na cantilena stalinista, você é um “fascista”! Só falta ele sugestionar um expurgo em massa no Partido, por causa desses sabotadores imaginários, que deixaram o filme passar pelo crivo do Ministério da Cultura do Comintern.


"Estou curioso para saber quais foram os mecenas desta caríssima produção, que certamente foi financiada por incentivos fiscais".

Conde- Lá vai: Ministério da Cultura. Eu diria para esse notório palerma: Veja lá, no inicio do filme, “Brasil, um país de todos!”. Bem conservador, não acha?! Aliás, o “politburro” do Ministério da Cultura não aprovou o filme para o Oscar, porque pensa quem nem esse escrevinhador idiota que não viu o filme. Não vi e não gostei?!


"Não existe mais um cinema nos subúrbios, a não ser em shopping, que não é lugar de pobre freqüentar, até porque se sente excluído e discriminado".

Conde- Essa é a racionalização da inveja. Qualquer pessoa sabe que os cinemas não existem na favela, precisamente porque devem pedir favores dos traficantes. Essa estória de se sentir excluído e discriminado só está na cabeça da esquerda: dos negros recalcados nazistóides do movimento racista que odeiam os brancos, dos homossexuais que odeiam a heterossexualidade, mas querem ter filhos (sabe-se lá por qual orifício!), dos fanáticos comunistas que odeiam os ricos, enfim. Como um negro nazistóide não é branco, um gay não é hetero e um comunista não é dono de um país, só resta mesmo pregar essa ideologia recalcada de ódio daquilo que se deseja.


"No filme, os "caveiras" são invencíveis e imortais. O único que morre é porque "deu mole".

Conde- Vocês entenderam essa frase? O Bope virou Cristo, porque morreu e venceu a morte.


Cometeu o erro de ir ao morro à paisana, para levar óculos para um menino pobre, em nome de um colega de tropa que estava identificado na área como policial. Resumo: foi fazer uma boa ação e acabou assassinado pelos bandidos.

Conde-Mas isso é fato. Esse jumento acima não crê que policial tem bons sentimentos, tem esposa, filhos, família e amigos na favela.

Para as classes médias e altas, o objetivo do filme é conquistar mais simpatia para o BOPE, na luta dos "de cima", que moram embaixo, contra os "de baixo", que moram em cima.


Conde-Esse sujeitinho aí é burro mesmo! Se até a classe média drogada é retratada como cúmplice do crime, como ela quer conquistar as classes médias? Só se for, claro, a classe média que não se droga, é honesta, trabalhadora e que merece nosso elogio. Os policiais do filme não fazem distinções de criminosos: tanto o favelado que fornece a droga, como o delinqüente da classe média que a distribui na universidade são farinha do mesmo saco.


Os "homens de preto" são glamourizados, como abnegados e incorruptíveis. Apesar de bem intencionados e preocupados socialmente, são obrigados a torturar e assassinar a sangue frio, em "nosso nome".


Conde-O filme tão somente revela a realidade de uma polícia que tortura. Por que escamotear isso? O problema do filme não é a polícia torturar, já que a esquerda produzi filmes de sobra mostrando polícia torturadora. É eles serem honestos, não serem caricaturais.

Para servir à "nossa sociedade", sacrificam a família, a saúde e os estudos. Nós lhes devemos tudo isso! Portanto, precisam ser impunes.


Conde-Não há nenhuma mensagem nesse sentido. Quem escolhe o Bope é porque gosta da vida militar. Vai porque acredita naquilo, ou seja, combater o crime, ainda que os métodos não sejam de todo louváveis.


Você já viu algum "caveira" ser processado e julgado por tortura ou assassinato? "Caveira" não tem nome, a não ser no filme. A "Caveira" é uma instituição, impessoal, quase secreta.

Conde-Se os “Caveiras” não foram processados, deve ser por duas coisas: um a justiça foi condescendente com eles, ou, simplesmente, eles são difíceis de corromper. Por incrível que pareça, a segunda opção é a mais verdadeira.


Há várias cenas para justificar a tortura como "um mal necessário". Em ambas, o resultado é positivo para os torturadores, ou seja, os torturados não resistem e "cagüetam" os procurados, que são pegos e mortos, com requintes de crueldade. Fica outra mensagem: sem aquelas torturas, o resultado era impossível.

Conde-Mais uma vez o idiota falando tolices! A tortura não existe? A polícia não usa desses meios para tirar informações? Essa esquerda burra nem viu o filme. Ou se viu, está projetando aquilo que quer ver, não aquilo que de fato foi apresentado no filme.

Tudo é feito para nos sentirmos numa verdadeira guerra, do bem contra o mal.


Conde-Mata-se tanta gente no Rio de Janeiro como no Iraque. Os bandidos se armam tanto quanto os terroristas iraquianos. Por que não dizer que estamos numa guerra sim?!


É impossível não nos remetermos ao Iraque ou à Palestina: na guerra, quase tudo é permitido.


Conde- Há mais escrúpulos no exército americano do que no terrorismo islâmico. Como há mais escrúpulos na polícia do que no crime organizado. Agora retratar a realidade se tornou uma apologia, um crime? Se a polícia fosse boazinha, os esquerdistas diriam que isso é uma mentira, uma apologia de uma falsa polícia; se mostram torturadores, ainda que honestos, isso é glamourizar a tortura? E o que tem a ver o caso palestino e isralense com a violência do Rio? Esse povo delira com muita droga na cabeça!

"Para quem mora no Rio, é ridículo levar a sério as cenas em que os "rangers" sobem os morros, saindo do nada, se esgueirando pelas encostas e ruelas, sem que sejam percebidos pelos olheiros e fogueteiros das gangues do varejo de drogas! ".


Conde- Pela declaração, o sr. Ivan Pinheiro deve estar muito familiarizado com a bandidagem.


Esta manipulação cumpre o papel de torná-los ainda mais invencíveis e, ao mesmo tempo, de esconder o estigmatizado "Caveirão", dentro do qual, na vida real, eles sobem o morro, blindados. O "Caveirão", a maior marca do BOPE, não aparece no filme: os heróis não podem parecer covardes!

Conde-E por que apareceriam? Só porque você quer, machão defensor de bandidos da favela? Já chega! É muita burrice pro meu gosto!



terça-feira, outubro 23, 2007

As duas faces do Capitão Nascimento.

O Capitão Nascimento é um dos personagens mais populares do país. O filme “Tropa de Elite” contagiou de tal maneira o público, que as frases, tiradas e máximas de seu protagonista são repetidas à exaustão pelo povo. Muitos, inclusive, exigiram que ele devesse ser Presidente do Brasil. Se os espectadores brindaram ao filme, a esquerda cultural caiu de pau contra a temática da história. “Fascista”, “autoritário”, “ intolerante”, apologista da tortura e da “violência policial”. Falou-se tanta besteira, mas tanta besteira sobre o filme, que seria necessário abrir um órgão do Ministério da Saúde para internar tipos intelectualóides com problemas mentais. A grande maioria dos artigos escritos sobre "Tropa de Elite" é imbecil, fora de contexto. A militância engajada não conseguiu esconder seu estupor. Entretanto, internar intelectuais é coisa de comunismo soviético. Seria mais gasto de dinheiro público.
Não menos tolas foram as declarações dos seus realizadores. De fato, o impacto foi inesperado para os próprios atores e o diretor do filme. Acuados, amedrontados, repetiram a cantilena tão adorada pelos esquerdistas: deploravam o Capitão Nascimento e defendiam a legalização das drogas, além do catecismo da “desigualdade social”, da “miséria” e da “pobreza”. Em particular, o ator Wagner Moura, protagonista do personagem, fez sua “mea culpa, mea máxima culpa”, e aderiu à “autocrítica” stalinista, escrevendo um artigo para os jornais. Fez o discursinho politicamente correto e repetiu a cartilha dos ativistas sociais maconheiros por excelência, os mesmos que são zombados no filme. É curioso pensar que os atores e o diretor sentissem tanto pavor das críticas, a despeito do sucesso estrondoso do filme. Parece que o único público deles é a esquerda que despreza o seu trabalho.

A esquizofrenia mental dos atores e do diretor reflete perfeitamente a mentalidade dos estudantes drogados que discutiam Foucault no filme: a incapacidade de ver a realidade mais óbvia, a de que a pobreza, a desigualdade e a “exclusão social” não são causas da violência. Por mais que o filme quisesse passar a idéia de uma polícia brutal, ainda que honesta, o tiro saiu pela culatra. O Capitão Nascimento está longe de ser um psicopata louco. Não há caricatura em seu personagem. É um homem comum atordoado pela profissão estressante e depreciada. A procura pelo seu substituto demonstra o esgotamento psicológico do policial: um cidadão que convive diariamente com uma guerra nas ruas e volta para sua família, tentando ignorar o que fez na noite anterior. Um homem que mata, tortura e elimina bandidos e não consegue voltar à vida normal. A crise emocional e moral do policial é mais que óbvia. O método do capitão é a completa ausência da lei, ainda que haja nisto, uma espécie arbitrária de justiça. Na verdade, é a ausência da lei ignorada pela policia e pelo bandido, já que este domina as ruas e dita as normas para os cidadãos comuns. O capitão Nascimento apenas faz a lei do bandido, destruindo o bandido. E o povo, que vive à margem da lei, aprova seus métodos, pois a lei não protege ninguém. Que dirá então da lei proteger o policial honesto, se a própria polícia é corrupta? Capitão Nascimento acabou por se tornar uma espécie de herói trágico!


Por que o Capitão Nascimento é popular? O povo aprova a tortura? Aprova a arbitrariedade policial? É contrário ao Estado de Direito? A resposta é não. O povo se identifica com o policial, simplesmente porque ele faz aquilo que a justiça já deixou de fazer há muito tempo: supliciar e punir bandidos. A esquerda festiva, os atores e o diretor de cinema ainda não entenderam que na favela, na baixada, nas famílias de classe média e rica honestas em geral, ninguém gosta de vagabundos e ladrões. Curiosamente, o Capitão Nascimento é chamado de formas das mais depreciativas pela intelectualidade esquerdista: torturador, psicopata, fascista, etc. No entanto, quem mais encarna essa má fama é o traficante “Baiano”, que para comicidade do filme, ainda usa a camisa de Che Guevara. Ninguém se deu ao trabalho de criticá-lo. A esquerda tagarela aceita muito calmamente o bandido como ele é, mas é implacável com a polícia. Uns poderiam dizer que a polícia não tem o direito de violar a lei. Contudo, o bandido tem esse direito? Por que o bandido mereceria um benefício maior do que a polícia para delinqüir? Se alguém personifica a encarnação do psicopata e assassino é o próprio traficante Baiano. Ele não pensa duas vezes quando elimina, com requintes de barbaridade, um casal de ativistas da Ong da favela. Um grupo de pessoas que até então, creditava-o como “vítima” da sociedade capitalista.

Outro sujeito realmente psicopata é um estudante que vende as drogas na universidade. Mancomunado com Baiano, delata Matias, policial do Bope e seu colega de turma, para que seja pego em emboscada. No entanto, quem vai no lugar do policial é outro amigo policial, Neto, e este acaba sendo assassinado. Mesmo depois de todos esses ocorridos e do homicídio do casal de ativistas sociais da mesma faculdade, o estudante marginal ainda chega a participar de protestos contra a violência. Como se nada tivesse acontecido. Como se ele não tivesse culpa de nada.

Se existem os psicopatas, há os idiotizados. Maria, a ativista social, é um retrato da estupidez universitária. O retrato da usuária de drogas que não vê relação entre a violência e seu consumo. É a inocente útil, a tola mulher que se embebeda de Foucault para racionalizar e neutralizar seus sentimentos de culpa e responsabilizar o sistema e a polícia por todas as mazelas sociais. Se não é Foucault, é Marx, regado a muito tóxico. Quando ela inicia um romance com o negro Matias, mais parece compaixão dos "oprimidos" do que por afeição. E quando ela descobre que ele é policial, agente do "sistema opressor", não perdoa o segredo e abandona-o. Não é por acaso que ela aceita ser militante de uma ong, ainda que se sujeite a um criminoso ralé como Baiano. O caso é que ela representa a esquerda viciada em drogas, emburrecida e delinqüente, que encontra no bandido uma espécie de justiceiro social. Baiano, na cabeça dela e de muitos esquerdistas, “tem consciência social”. Não seria ela uma perturbada mental, tal como outros personagens do crime? O capitão Nascimento, ao menos, tem humanidade e caráter. Ele tem consciência moral. Chega em sua casa e carrega todos os males daquilo que fez, até contra bandidos ou pelo menos, alguns. Uma cena é reveladora dessa psicologia; uma mãe de um fogueteiro da favela, assassinado pelos traficantes, visita o policial e pede pra que encontre o corpo do filho morto. Afetado pela história, ele sai e procura pelo paradeiro do corpo. O capitão não dispensa a brutalidade para extrair informações de bandidos. Dentro das proporções, ele considera aquilo ali um mal menor. Por mais que isso o atinja, ele faz porque acredita que merecem. . .e o público agradece.



Talvez o fato que mais incomode para certos grupos é a severa crítica aos argumentos da maldade intrínseca da sociedade e da polícia e da suposta justiça que estaria por trás da ação de um criminoso. É curioso perceber que o diretor e os atores da produção ficaram inventando justificativas para tirar o estigma de “conservadores” ou "fascistas". A pergunta que fica é: o filme é ou não é esquerdista? Se eles tinham outras intenções, o fato é que a película demonstrou algo totalmente contrário do que eles pensavam. Na melhor das hipóteses, o filme foi um ato falho do imaginário deles. As esquerdas não perdoaram, porque se viram ali como marginais. Na prática, elas fazem apologia da delinqüência, do caos e da criminalidade e se ressentem quando são acusadas disto. E o roteiro demonstra que uma classe de pessoas supostamente bem instruídas é capaz de aderir a esse mantra, mitificando o traficante, exaltando-o como uma desforrra contra a sociedade burguesa. Está a se ver o preço: bairros inteiros dominados por bandidos frios e monstruosos e a completa isenção moral e ideológica do crime, gerando uma fábrica de sociopatas nas ruas.

Que moral há nos grupos de esquerda para combater o crime, se na lógica dos movimentos revolucionários, a apologia da violência e o terror é regra? Qual é a moral dos estudantes universitários que contestam a violência da policia, ao mesmo tempo em que defendem Lênin, Stálin, Fidel Castro, Che Guevara, e agora, Hugo Chavez? Que decência tem essa juventude universitária de esquerda que se droga, faz a defesa do terrorismo, do banditismo, morre de amores pelas Farcs e ainda critica a brutalidade da polícia?

Wagner Moura foi muito feliz na interpretação do personagem “Capitão Nascimento”. Não foi feliz nas suas declarações, a respeito da liberação das drogas. A dualidade do filme se confunde com a dualidade dos seus autores. Porém, entre o Wagner e o capitão Nascimento há uma contradição absurda, somando-se às demais declarações de outros atores e do diretor. O público já escolheu. Prefere o capitão Nascimento! Capitão Nascimento para Presidente do Brasil! E faca na caveira!

quarta-feira, outubro 17, 2007

Os Segredos de Tropa de Elite.


Um filme brasileiro que está fazendo grande sucesso em relação ao público é “Tropa de Elite”, uma história a respeito da violência do Rio de Janeiro, contada por um policial do Batalhão de Operações Especiais da Policia Militar, o BOPE. A intelectualidade de esquerda, chorosa pelos bandidos, detestou o filme. Achou-o “fascista”. Vejam a palhaçada: os filhotes de Stálin e Fidel Castro acham o BOPE fascista. É piada? Raro é o cinema brasileiro chamar a atenção do público. Porém, qual o segredo da popularidade de Tropa de Elite? É simples: os bandidos são vistos como bandidos, os universitários maconheiros que pedem paz nas ruas são cúmplices da violência e a lógica dos Direitos Humanos de apologia do bandido vítima da sociedade é ridicularizada. E o mais interessante: a visão de um policial honesto, embora truculento, do BOPE, consegue ser a mais autêntica expressão da realidade, se comparada à legião de sociólogos, filósofos e acadêmicos que produzem toneladas de papel inútil para falar do que não entendem e nunca conviveram.

O filme não dá uma opinião formada sobre o assunto, não cria estereótipos sobre a polícia. Apenas mostra os fatos e os coloca uma dinâmica em que os personagens decentes se encontram encurralados no caos, na violência e na corrupção. A figura do capitão Nascimento é o que apresenta a própria contradição da polícia, ou seja, a de um homem honesto numa situação de guerra de todos contra todos. Por mais odiosa que seja a tortura, o abuso de poder ou mesmo a violência ilegal contra bandidos, a polícia, naquele caso, segue a lógica do crime que combate: os bandidos também são violentos, arbitrários, tirânicos, frios e torturadores. Por mais errada que nos pareça a ação do capitão, a população aprova seus atos arbitrários, precisamente porque os bandidos também são assim, porque as leis e as instituições brasileiras estão falidas e não alcançam a finalidade de punir o crime. E quando se vê uma sociedade desamparada, o único jeito que cabe a ela é usar do exercício arbitrário das próprias razões, da autotutela. É a vingança privada contra a impotência. Na verdade, o próprio policial é desamparado: o capitão Nascimento é um cidadão à beira de um ataque de nervos. Daí a entender o porquê da população do Rio de Janeiro ter gostado do filme: os bandidos são satirizados, mostrados como eles são. A polícia não refresca com eles; mata-os, espanca-os, tortura-os, tal como os próprios bandidos fazem contra a população civil honesta. É a lei do talião na ausência de leis formais.

Há um outro aspecto do filme que é a sátira dos movimentos sociais e ong´s que divinizam o bandido. A aula de Michel Foucault, em que uma classe universitária delinqüente e maconheira encontra razões para criminalizar a ação correta da policia de combater o crime, é uma paródia da cumplicidade que tal setor possui para com a bandidagem. Que as universidades sejam umas fábricas de delinqüência, isso está provado historicamente. As ideologias mais assassinas do século XX surgiram desses redutos. A criminalidade romantizada não é diferente. Se o Rio de Janeiro e muitas outras cidades brasileiras estão dominadas pela bandidagem, em parte, é devido aos movimentos sociais e organizações de Direitos humanos que transformaram no criminoso em uma vítima da sociedade. Essa é a lógica que predomina nos meios acadêmicos: o policial é um opressor de classe, um lacaio de um sistema perverso e o bandido é um justiceiro social, um indivíduo que clama contra as mazelas da desigualdade e a indiferença das elites. Na prática, contudo, a pior indiferença das elites acadêmicas é crer piamente que o pobre e honesto homem da favela seja um admirador de bandidos. É uma alienação total da realidade, uma negação completa do cotidiano, racionalizada numa espécie de ódio às pessoas de bem. Há de concluir que o próprio acadêmico defensor dessas idéias também é um marginal, um delinqüente. Ora é um drogado, ora é alguém que se sente rejeitado pelo próprio grupo social ao qual pertence.

Uma cena do filme mostra o quão ridículo e caricato são os movimentos sociais e similares, como as organizações de Direitos Humanos. Maria, uma militante de uma ong da favela e namorada do policial honesto, Matias, fala mal da polícia, porque esta não refresca contra os marginais da classe média. A própria mulher fica furiosa quando descobre que seu namorado é policial e do BOPE. Ela mesma participa da criminalidade, porque é usuária de drogas. No entanto, o traficante da favela, Baiano, divinizado pelos voluntários da Ong, seqüestra um casal amigo da moça e, desesperada, ela vai pedir ajuda ao namorado. A cena é cômica: antes, o traficante Baiano tinha “consciência social”, era o justiceiro da sociedade; agora que o próprio algoz se revoltou contra seus “opressores”, a moça se vê numa encruzilhada. Pede ajuda ao “sistema opressor perverso” na figura do policial Matias. Já era tarde demais. O casal amigo da jovem é barbaramente executado.

Outra cena elucida este alto grau de alienação de uma parte da sociedade dita “letrada”. Depois da morte do casal de ativistas, os alunos da universidade fazem uma passeata pedindo a “paz”. O paradoxo desta ação é bem clara: os mesmos que pedem paz financiam a violência, usando drogas. E o honesto e severo policia Matias, sinônimo do preto no branco, do certo e errado, algo que carece a seus amigos universitários, espanca um dos manifestantes, que é traficante de drogas. Surra-o, pois foi o mesmo quem denunciou o seu amigo policial ao traficante que matou o casal de ativistas. E chama todo mundo de “maconheiros filhos da puta”, “burgueses safados”. Alguns conservadores radicais viriam nisso uma espécie de condenação da classe média. Todavia, a maior parte da classe média honesta se identificou com o policial indignado. Classe média honesta não gosta de bandido, mesmo que ele seja, por assim dizer, “burguês”. E o personagem Matias está longe de crer na ideologia da luta de classes, já que as únicas classes que ele conhece, e que são antagônicas, é o do homem honesto e do bandido.

Muitos ainda repetem a cantilena de que são as desigualdades sociais e a miséria quem causam a violência. Os próprios atores, pressionados pela esquerda, entre os quais, o protagonista da história que interpretou o capitão Nascimento, repetiram esse mantra politicamente correto. Tamanho policiamento ideológico, por assim dizer, boicotou o filme para concorrer a vários prêmios. Pouparei o ator Wagner Moura das críticas, porque ele estava impecável no filme. Falarei dessa ladainha comum dos críticos. Se há alguém que mais sofre a desigualdade social e de direitos neste país é o cidadão honesto. É o cidadão honesto que está sendo extorquido nas ruas, violentado, assassinado. É este cidadão que não tem ongs, Direitos Humanos, subsídios estatais e segurança pública. E quando alguém honesto se manifesta nas ruas em protestos contra a violência, a esquerda quer calar a boca desse povo. Quer que eles sofram e morram quietos, porque eles reproduzem a ideologia do sistema, dentro do imaginário da luta de classes. Não foi isso que ocorreu com o casal de namorados Liana Friendenbach e Felipe Caffé? Não foi isso que ocorreu com o garoto João Hélio, de apenas 06 anos de idade? Não é isso que ocorre com tantos outros inocentes covardemente assassinados por bandidos? E o que fizeram os Direitos Humanos e os movimentos de esquerda? Quiseram silenciar suas famílias, através da chantagem emocional e da intimidação. Marilene Felinto, dublê de escritora e jornalista da caricata revista Caros Amigos, dizia que a vitima da sociedade era o estuprador e matador de Liana Friedenbach. Tudo porque o pecado da menina era ser judia, rica e bonita. A polícia não está longe de ser a vitima, quando ela é honesta. Não há nenhum apoio ao policial decente que é morto e deixa viúvas e filhos. Lembremos, policiais são agentes do “sistema opressor”. Libertários mesmo, na consciência da esquerda, são os estupradores, ladrões e matadores.



Quem conhece o pensamento do pobre honesto, sabe que ele aprova essa forma de violência contra bandidos; que ele odeia os criminosos e deseja, ainda que de forma silenciosa, que a polícia tome providencias e pacifique os subúrbios e favelas, através da força. É um lugar-comum da empregada doméstica ao balconista de uma loja, do operário a um faxineiro, e das demais classes pobres, a seguinte sentença, quase unânime: ladrões, bandidos, estupradores e assassinos devem morrer. As opiniões de muitas dessas pessoas do povo fariam o próprio Cesare Beccaria se revirar do túmulo. As propostas são as mais sanguinárias possíveis: execuções em praça pública, decapitações, espancamentos, linchamentos, fogueiras, enfim. A grande maioria do público bradou quando o capitão Nascimento mandou o policial Matias explodir a cabeça de Baiano com uma escopeta. Era para estragar o velório, desfigurando o rosto do marginal. O interessante é que este sentimento do homem honesto existe em todas as classes sociais. Até eu fiquei feliz com a morte do vagabundo do Baiano.

Alguém me perguntará se sou a favor da tortura e dos métodos policiais arbitrários. A resposta é não. Eu mesmo não consigo gostar da polícia brasileira, apesar de defender suas ações, quando elas são certas. Já presenciei coisas tão absurdas da parte dela, que guardo um profundo ceticismo dessa instituição. Tampouco aprovo os métodos de violência ilegal. Na verdade, eu gosto da ordem e da legalidade. Por mais que me cause indiferença ou mesmo agrade a morte de um bandido, a tortura e a violência ilimitadas da polícia possuem um vicio fatal: o abuso de poder que não se deve permitir ao Estado e nem a seus agentes. Se um policial se acha no direito de torturar e matar bandidos, ele pode fazer isso com qualquer pessoa. O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente. É tudo uma questão de autoridade e de usar a farda. É claro que seria ingênuo e estúpido afirmar que o policial não deve usar da violência: não só deve como pode, dentro da lei.

As limitações legais que existem no poder da polícia e mesmo de punição do Estado servem para defender o cidadão comum do arbítrio. Jamais pensamos que o mesmo poder de violência que é usado contra bandidos, pode ser usado contra nós, cidadãos comuns indefesos. Daí minhas reservas quanto a essa mentalidade vingativa e apaixonada de muitos, a respeito de execuções sumárias e torturas contra bandidos. Até porque esses métodos, além de irracionais, são ineficazes, pois criam novas mazelas ao invés de combatê-las.

Tampouco isso me aproxima dos movimentos de Direitos Humanos. O que essa turma dos Direitos Humanos ignora é que não é somente a polícia que viola direitos: os bandidos nas ruas são muito piores. Como a maioria está imbuída na idéia romântica, estúpida e mesquinha de que o criminoso é vítima da sociedade, esqueceu-se dos direitos das vítimas e mesmo de policiais mortos no cumprimento do dever. O caso de um bandido torturado, por mais que mereça garantias jurídicas, é um mal menor, perto de uma mulher violada ou um policial decente assassinado. Porque enquanto os dois últimos são pessoas inocentes, o primeiro assume os riscos pela violência que provoca. Uma distinção óbvia que os pretensos defensores da dignidade humana não sabem avaliar.

Defender os direitos da sociedade não é defender o bandido: é saber puni-lo dentro da lei. É saber exigir leis e penas rigorosas para eles, quando violam os direitos humanos da população. O problema é que os movimentos sociais são que nem a personagem Maria, a ativista maconheira do filme: a polícia é uma força perversa de repressão social. No entanto, quando precisam dela, só faltam implorar por sua segurança. E aí pedem paz nas ruas, com muita droga e merda na cabeça! Os segredos da popularidade do filme? Preciso falar mais?

O Realismo Socialista descrito pelo seu autor.

Senti-me muito feliz pelo interesse do público a respeito do trabalho do “Realismo Socialista”. Impressionou-me a atenção dada, inclusive, com a divulgação voluntária do meu blog por várias pessoas, ocasião em que houve um recorde de visitas, tornando cada vez mais popular essa fonte de informação. Em particular, agradeço ao jornalista Olavo de Carvalho e sua esposa Roxane, pela promoção e publicidade com que deram ao meu site.


Custou-me um esforço enorme e uma boa parte do tempo: dias cheios pesquisando, procurando dados, fotografias, páginas e mais páginas de livros e sites de pesquisa, sobre as atrocidades e crimes do comunismo. Pensei que não encontraria tais fontes em cenas fotográficas. Antes, havia uma espécie de ausência de memória histórica a respeito dos sistemas marxistas. Quando não existia essa ausência, eram os próprios comunistas quem relatavam os assuntos. E como não seria diferente, a história era sacrificada no rol das mentiras ideológicas. Alain Besançon, em seu livro, “A Infelicidade do Século”, conta esse tratamento diferenciado sobre os crimes comunistas, camuflados sob uma fraude gigantesca e mesmo a supressão descarada dos fatos. A intelectualidade progressista mentiu, adulterou e ocultou acontecimentos que poderiam destruir os mitos dos regimes socialistas. Foi cúmplice desse silêncio, enquanto milhões de pessoas pereciam nas mãos do Estado totalitário. Essa amnésia histórica atingiu até os povos dominados pelo bolchevismo, já que a história era deliberadamente falsificada pelo Partido Comunista. Felizmente, a documentação e os registros são cada vez mais públicos e hoje os mistérios e as mentiras que rondam a história comunista estão sendo revelados. Todavia, apesar de existir essa divulgação história, há em nosso país há uma espécie de Muro de Berlim cultural, um boicote a tudo aquilo que suje a reputação da esquerda. É pior, os intelectuais de esquerda querem repetir aqui o que foi feito em boa parte dos países comunistas. Daí as novas adesões histéricas a novos ditadores, novas tiranias, sob o jugo de velhas ideologias, recicladas, reformuladas, para destruir as nossas liberdades democráticas.


Valeu pela paciência e pelo resultado esperado. Como estamos em 2007, época em que alguns energúmenos comemoram dois monstrengos históricos, os 90 anos da Revolução Russa e os 40 anos da morte do assassino Che, eu precisava falar da realidade desses mitos tão alardeados para nossa juventude, cuja espiritualidade é estragada pela mentira propagandística. Presumi que um texto não causaria um impacto maior do que as cenas de crueldade que ocorreram no século XX e que ameaçam nossa pátria e o nosso continente. Quando se sabe que existe um processo revolucionário na Venezuela, Bolívia, Colômbia e mesmo no Brasil, há de se preocupar com que a história não se repita neste continente. Por mais que a história essencialmente não se repita, no entanto, há situações muito parecidas que podem ocorrer novamente. O culto socialista da intelectualidade universitária é irresponsável, leviano e criminoso. A classe política esquerdista que atualmente está no poder tem notórias estimas por esse modelo falido e tirânico. E quando há ligações suspeitas de envolvimento dos movimentos de esquerda latino-americanos com o narcotráfico, o crime organizado e mesmo um novo projeto de poder totalitário, ameaçando a paz no continente, é preciso alertar para os perigos que nos esperam. A ideologia do revolucionarismo promete derramar mais sangue. O “socialismo do século XXI” do tirano Hugo Chavez da Venezuela ameaça ser tão violento quanto os socialismos do século XX.


Então resolvi fazer aquilo que os comunistas gostam de fazer: inverter as palavras. Só que a diferença é que inverti as palavras para o bem. O famigerado "realismo socialista" era uma fraude ideológica que se passava por arte e por realidade. Então, por que não falar do "realismo socialista" de fato, através de fotos? As cenas são devastadoras. A humilhação é notória, inescapável. Enfim, penso que consegui aquilo que talvez tentasse transmitir: ou seja, chocar o leitor, incomodá-lo, a ponto de ele perceber o quanto corre perigo quando elege esses notórios sociopatas no poder. As palavras não seriam suficientes. . .

terça-feira, outubro 16, 2007

Realismo Socialista Parte X - Há o que comemorar?

Em 2007 comemora-se o aniversário de 90 anos da Revolução Russa de 1917 e 40 anos da morte de Che Guevara na Bolívia. Os mitos e o idealismo dessas datas camuflam a mais assustadora criminalidade do século XX. Poder-se-ia dizer que o comunismo foi a pior e mais destruidora tragédia da história humana. Em números de mortos, supera o nazismo e demais guerras mundiais somadas. O golpe de Estado bolchevique de 1917 foi o prenúncio da devastação de um país: a Rússia no começo do século XX era um das nações mais ricas do mundo. Ao contrário da mitologia esquerdista, possuía um dos mais audaciosos sistemas de educação pública da época e ainda uma das maiores frotas comerciais do mundo. Um pouco antes da revolução, 50% da população russa já era alfabetizada, graças às reformas de Alexandre II, o mesmo que libertou os servos em 1861. Embora no país predominasse a população agrária, essa característica não era em si comum à Rússia, mas a vários países da Europa; a industrialização, financiada pelo capital francês, inglês, alemão e nacional, fazia germinar um país moderno e empresarial. Por outro lado, a Rússia era uma das maiores produtoras de cereais e alimentos do mundo, tendo seu recorde de safra em 1913, cálculo jamais superado pelo regime comunista. Há de conjecturar que, embora houvesse a cultura autocrática e repressiva do czarismo, a sociedade russa conheceu um esplendor intelectual inimaginável, nas figuras de escritores como Dostoievski e Tolstoi e músicos como Tchaikovski e Rachmaninov, entre outros. Sem contar uma verdadeira elite de cientistas, educadores, matemáticos e biólogos, gerados por esse esplendor.

No entanto, em 1917, toda essa realidade mudou. O que poderia ser o destino de uma nação potencialmente próspera acabou caindo no pesadelo mais profundo do totalitarismo. O bolchevismo conseguiu destruir completamente uma sociedade constituída. Massacrou os quadros intelectuais, econômicos, políticos e militares mais significativos da sociedade russa. Impôs terror, violência e destruição em todas as esferas da vida social. E conseguiu arruinar completamente um país. Comerciantes, intelectuais, administradores, aristocratas, matemáticos, empresários, profissionais liberais, proprietários de terras, clerigos, quase todos foram aniquilados pelo terror vermelho. Quando esses grupos sociais deixaram de existir, o terror se generalizou entre os operários e camponeses, ora assassinados, ora reduzidos a mais completa tirania. A matança indiscriminada da população se associou a mais completa criminalização da vida social. Milhões de pessoas foram presas e deportadas para os campos de concentração na Sibéria e em outros locais da União Soviética. Na verdade, milhões de pessoas foram usadas como mão de obra escrava, para sustentar a inépcia econômica do regime. A indústria nascente russa foi destruída, e a coletivização, junto com o massacre de milhões de camponeses pela fome, escasseou e esgotou a produção de alimentos. A Rússia, que no inicio do século XX exportava alimentos, hoje é uma importadora de comida. Graças a Lênin, que matou cinco milhões de camponeses de fome. Graças a Stalin, que matou outros seis milhões e desestruturou a agricultura russa, tornando-a completamente inócua.

Mas o bolchevismo não foi apenas um sistema de criminalidade, terror e destruição inaudita do povo russo. Ele devastou o Leste Europeu e massacrou os melhores quadros intelectuais, econômicos e políticos dos países ocupados. Espalhou seu veneno pela Ásia, África e América Latina, com o preço de miséria, opressão e homicídios em escala demencial. Imbecilizou o povo, tornando-o servil ao Partido e à sua ideologia estéril e sufocante. Exterminou a liberdade civil e política dos povos. Insuflou guerras, caos e revolta por onde passou. E como um sistema imperialista, expandiu a dominação e impôs despotismos em qualquer lugar por onde se estabeleceu. Foi, em suma, uma ameaça à civilização e as suas liberdades, uma ameaça de levar o mundo no século XX ao reino das trevas.

Impressionante é presumir que uma ideologia tão destrutiva e tão inspiradora de genocídios seja algo a inspirar os intelectuais. De fato, o bolchevismo é uma ideologia de intelectuais radicais, uma idealização que sacrifica a realidade ao plano da loucura. O simulacro de sofisticação em Marx, Lênin, Engels, Rosa e seus congêneres mais vulgares, como Mao Tse Tung e adjacências, não sobrevive ao peso da realidade. Porém, a intelectualidade se corrompeu: o século XX foi o século da mentira, o século da mentira e cumplicidade dos intelectuais. Raramente se mentiu tanto pela ideologia. E o socialismo foi capaz de falsificar a história e a realidade pela ideologia. O mito em torno da Revolução Russa é um emaranhado de falsificações. Mentiras e mais mentiras repetidas a exaustão, até que se tornem verdades sacralizadas. Daí a entender a tamanha popularidade de mito, ainda que a realidade denuncie os piores crimes.

E Che? Che Guevara é produto dessa mentira histórica, dessa cumplicidade criminosa dos intelectuais do século XX. O mito Che não sobrevive à realidade; ele é o contrário daquilo que representa. Em nome da liberdade, foi um defensor das piores e mais criminosas ditaduras, criador de campos de concentração e trabalhos forçados em Cuba. Prócer do idealismo e da vida faustosa, não passava de um fanático e um assassino em massa, executor sumário de centenas de inocentes. E para aqueles que idealizam a paz mundial, era um homem que acreditava na violência como resposta para todos os problemas do mundo. Se o movimento terrorista, com sua crença fanática na destruição como resposta para tudo, surgiu no niilismo russo e instaurou sua ação política de Estado na Revolução Russa, Che Guevara é a personificação do Netchiaev, do espírito do terrorista russo no militante latino-americano. Já havia precedentes para isso: a revolução francesa já tinha inaugurado o terror do Estado revolucionário, na ação dos jacobinos e suas guilhotinas, esses bolcheviques de perucas. Todavia, o moderno “terrorismo de Estado”, em sua escala monumental de violência, por assim dizer, é uma inovação comunista, já que o movimento comunista é, por definição, um movimento terrorista dentro e fora do poder.



Países economicamente arruinados, miserabilizados, indigentes; povos bestializados na servidão, na mentira, na estupidez e na ignorância, vítimas de uma ideologia nauseante em todas as esferas intelectuais, políticas e culturais da sociedade; regimes tirânicos, policialescos, traiçoeiros, destruidores dos laços morais e espirituais de solidariedade humana, na delação, no medo e no terror; assassinatos, expurgos, deportações em massa e milhões de cadáveres. Como diria um historiador, é o sacrifício do homem comum, verdadeiro, imperfeito, autêntico, pelo plastificado “homem novo” socialista, artificial, desumanizado, despersonalizado. Ou nas palavras de Nelson Rodrigues, uma “antipessoa”. No total, cem milhões de mortos em todo o mundo. Esse é o preço do comunismo em toda a história do século XX. Há o que comemorar?

quinta-feira, outubro 11, 2007

Realismo socialista parte IX

11. Comunismo e terrorismo na América Latina: o espírito de Netchiaev tropical.


O Catecismo Revolucionário, escrito por Netchiaev, pode ser considerado o protótipo do terrorismo moderno. Para um revolucionário, nas idéias do anarquista fanático, não existe família, não existe Deus, não existe pátria, não existe amor, não existe amizade; tudo deve ser sacrificado pela causa revolucionária. Ele acabou fundando um grupelho de fanáticos, chamado “Narodnaye Volia”, “A Vontade do Povo”, cuja temática era a lealdade grupal sectária, no sentido de controlar os passos de cada militante. Curioso é pensar que um grupo de fanáticos se auto-afirmem a vontade popular, ainda que o povo não fosse consultado para isso. Cada discípulo, em nome do grupo, era obrigado a obedecer e delatar qualquer desvio contrário às idéias desse movimento. E a causa primeira de tudo era a revolução. Pela revolução era permitido trair, matar, aterrorizar, roubar e fazer qualquer coisa pela causa. Enfim, a mesma coesão obrigava o militante a se desumanizar e despersonalizar completamente, através de uma obediência cega e irrefletida ao grupo, tal como uma seita iniciática. Essa despersonalização era a destruição da consciência moral. E como o conceito “moral”, por assim dizer, era fazer tudo pela “revolução”, logo, matar, roubar, destruir era válido, contanto que favorecesse a causa. Essa era a “moralidade” da causa. Netchiaev ficou famoso quando um dissidente de seu grupo quis sair do movimento e, como prova de lealdade, obrigou um de seus discípulos para que matasse o recalcitrante. Estrangulado, o rapaz ainda levou um tiro na cabeça do próprio Netchiaev. Entre seus correligionários, havia a adesão cega e o terror. Quem não obedecesse seria morto.

O crime chocou a sociedade russa do século XIX e serviu de inspiração a um dos maiores romances de todos os tempos: “Os Demônios”, de Dostoievski. Décadas mais tarde, a Rússia foi dominada pelos discípulos de Netchiaev: a revolução russa de 1917, quando os bolcheviques tomam o poder e iniciam o terror em massa contra a população civil. Lênin era o mais notório discípulo de Netchiaev, já que sua militância já provinha, de longa data, das atividades terroristas do populismo russo. Um exemplo claro de sua psicologia já se revela exposta em 1891: quando houve a grande crise de fome na Rússia, a grande maioria da população, incluindo os nobres e a família do czar, mediu esforços para salvar os camponeses da fome. Toneladas de alimentos e recursos foram doados para combater a miséria. Lênin foi um dos poucos russos que condenaram as doações de alimentos. Nas palavras dele, as doações de alimentos evitariam o processo revolucionário e, em suas conclusões, os camponeses deviam ser deixados morrer de fome, para explodir a revolução. Na prática, isso custou caro à Rússia: em 1921, Lênin, como ditador, causou a segunda maior fome da história russa, matando cinco milhões de seus concidadãos de fome. A dimensão da tragédia da fome na época de Lênin só foi superada pelo seu substituto Stalin, com a fome ucraniana de 1929 a 1932.

De fato, se o terrorismo moderno ganhou várias vertentes, o comunismo foi um dos movimentos que mais contribuíram para a disseminação do terror. Em particular, na América Latina, esse convite ao crime teve várias manifestações em grupos terroristas violentos, de inspiração comunista, financiados pela própria União Soviética e, posteriormente, por Cuba: a expansão de focos de guerrilha, no intento de destruir as democracias e implantar regimes totalitários no continente. As cenas que veremos agora demonstram claramente como o espírito de Netchiaev e de Lênin dominaram os trópicos no século XX e ainda ameaçam a América Latina, com a ascensão das esquerdas na Venezuela, Bolívia, Argentina e Brasil. O comunismo revolucionário na América Latina é parte do mesmo processo que assolou o século XX: violência e terror de forma indiscriminada.


11.1.Mitos da revolução cubana: o invólucro das mentiras.


A revolução cubana inventou vários mitos a respeito de seu próprio país. A propaganda comunista apregoa que Cuba era uma nação agrária, pobre, com uma população majoritariamente analfabeta e um governo corrupto e que a revolução modificou totalmente esse quadro de miséria do país. A mentira sobre Cuba lembra muito bem a caricatura soviética do czarismo: a de um país “semi-feudal” que foi industrializado por Stalin. Ao contrário do que se apregoa, Cuba era um país altamente desenvolvido e com uma qualidade de vida equiparado a vários países europeus, em 1959. Tinha a segunda melhor qualidade de vida na América Latina e sua população era majoritariamente alfabetizada, (80% da população). Sua renda per capita era semelhante a da Itália e proporcionalmente tinha mais médicos do que a Finlândia. A maior parte de sua população vivia nas cidades e, embora o açúcar fosse o principal produto de exportação, no entanto, ele correspondia a apenas um terço da economia do país. Dois terços da economia cubana dependiam de outras atividades comerciais e prestação de serviços urbanos.

Outro mito apregoado pela fábrica de desinformação castrista é a de que a economia cubana era dominada pelos empresários americanos. Pelo contrário, a influência americana tinha vertiginosamente diminuído na economia do país. Para se ter uma idéia dessa “nacionalização” privada da economia cubana, em 1935, das 161 centrais açucareiras cubanas, apenas 50 eram cubanas. Em 1959, 121 propriedades açucareiras já estavam em mãos nacionais. Em 1939, os bancos cubanos manejavam 23% dos negócios privados. Em 1958, essa estatística já chegava a mais de 60% dos bancos privados em mãos de nacionais. Isso porque o capital norte-americano preconizava, em 1958, apenas 14% do capital investido em Cuba, com tendência a decrescer mais ainda. Outra bobagem repetida a exaustão pela propaganda comunista é a estória de que Havana era um gigantesco prostíbulo urbano. A prostituição em Cuba era tão parecida como qualquer cidade de grande porte e zona portuária. Isso porque a maior parte dos clientes era feito de cubanos natos. A maior parte dos turistas do país provinha de famílias norte-americanas e, por mais que houvesse o crime organizado e a máfia dos cassinos, nada que a lei e a ordem num país democrático não combatessem o crime comum.

O único grande problema no país era político, em particular, a corrupta ditadura de Fulgêncio Batista, que desagradava, quase que por unanimidade, os grupos sociais do país. Quando Fidel Castro chegou à Havana, em 1º de janeiro de 1959, teve um sólido apoio popular, precisamente porque a guerrilha de Serra Maestra prometia acabar com a ditadura e instaurar a democracia. A maioria da população não queria um regime comunista. As classes médias cubanas foram bastante entusiastas da queda de Batista e sonhavam com a restauração da Constituição de 1940 e eleições livres, prometidas por Castro. Bispos católicos, indignados com a corrupção e a violência de Batista, participaram da oposição ao regime. Até os Eua apoiaram Fidel Castro. A recusa dos americanos de armarem o exército de Batista foi muito mais devastadora à ditadura do que a guerrilha. Comenta-se que a própria CIA deu apoio logístico a Fidel Castro. Todavia, a promessa de ser a restauração da democracia, começou a ser um novo pesadelo: os cubanos caíram na armadilha de trocar uma ditadura autoritária, por outra pior, totalitária. Lenta e gradualmente, Castro mostrou suas verdadeiras intenções políticas: primeiro, começou a perseguir e fuzilar opositores políticos. Essas perseguições não pouparam nem mesmo os antigos companheiros de guerrilha, sinceros democratas, quase todos eles presos, exilados ou mortos. Fechou os jornais de oposição, confiscou as propriedades do país, coletivizou a agricultura e instaurou uma ditadura socialista de partido único. Concomitante a isso, criou um Estado policial e uma polícia política, o Mint, junto com os chamados Comitês de Defesa da Revolução, cujo artifício era o de espionar cada bairro do país. A classe média, que outrora apoiou o novo regime, foi embora do país. E o padrão de vida da nação caiu vertiginosamente.



11.2.Che Guevara: uma máquina fria de matar.


Mesquinho, rancoroso, arrogante, tirânico, vingativo, ardiloso, maquiavélico, violento, fanático, sanguinário. Estas são as lembranças de alguns dos companheiros mais próximos de guerrilha atribuídos a Che Guevara e que foram traídos por ele. Che é outro mito criado pela revolução cubana e que é propaganda de grife dos comunistas latino-americanos e do mundo em geral. É uma espécie de culto religioso. O retrato de Korda, quase o idolatrando como uma espécie de Cristo revolucionário não combina com a realidade do que foi Che Guevara: um paladino da violência ilimitada, do radicalismo primário, do terror em massa da população. Nas palavras de Régis Debray, “partidário de um autoritarismo implacável”, era notório admirador de Lênin, Stálin e, posteriormente, Mao Tse Tung. Em uma carta de 1957 a um amigo, dizia: “Pertenço, pela minha formação ideológica, àqueles que acreditam que a solução dos problemas desse mundo se encontra por detrás da cortina de ferro”(...). Ou seja, Che Guevara era apologético do regime soviético, que esmagava os ventos de liberdade política com os tanques soviéticos na Hungria e em outros lugares do Leste Europeu.



A fama de assassino de Che não começa em La Cabana: inicia-se na Sierra Maestra, onde ele fuzilou dezenas de cidadãos, considerados desafetos dele. Um caso em particular até hoje é controverso: um camponês chamado Eumidio Guerra, que lutava com os guerrilheiros em Sierra Maestra, tornou-se suspeito de ser espião de Batista. Todavia, uma boa parte dos companheiros de guerrilha não tinha certeza do caso e achavam que o indivíduo era inocente. Discordando de todo o resto, Che executou sumariamente o camponês. E ainda disse: “em caso de dúvida, matem”. Outros crimes também são atribuídos a Che: o de que ele também teria matado pessoalmente um de seus comandados que havia roubado um prato de comida. A maneira como Che tratava tanto seus subordinados, como seus inimigos era mal vista por muitos guerrilheiros da campanha, entre os quais, Jesus Carreras e Huber Matos. Quando ele tomou a cidade de Santa Clara, abriu novos pelotões de fuzilamentos sumários de soldados e oficiais capturados na cidade.

Em janeiro de 1959, Che Guevara foi escolhido como promotor geral da “comissão depuradora” de crimes do regime de Batista, na fortaleza de La Cabaña. Na prática, porém, o que se viu foi um verdadeiro expurgo do exército e da guarda de Cuba, prendendo e fuzilando aleatoriamente por vingança supostos desafetos. Entre a maioria dos indivíduos fuzilados em La Cabana não havia nenhuma prova de que fossem torturadores ou assassinos do exército de Batista. Na verdade, o critério de julgamento sumário de Che e mesmo a avaliação dos réus tinham como única culpa o simples fato de alguém ter pertencido ao exército cubano antes de 1959 ou, no mínimo, mostrar qualquer sinal de dissidência ao processo revolucionário em pauta. Essa sina de assassino não poupou posteriormente, nem mesmo os antigos amigos de farda que discordavam da revolução comunista que grassava em Cuba. Dois casos são escandalosos, dentre muitos: o primeiro, foi a execução do tenente Castaño, membro do serviço de inteligência do exército cubano. Preso, o oficial foi executado sem ter cometido crime algum. Outro caso foi de um jovem adolescente que pichou um muro com críticas a Fidel Castro. Uma mulher procurou Guevara pedindo que libertasse o rapaz, porque em alguns dias, ele seria executado. O guerrilheiro simplesmente abreviou a situação: mandou executar sumariamente o rapaz e ainda disse que queria poupar a mulher da espera de tanto sofrimento. Essa sina de assassino não poupou posteriormente, nem mesmo os antigos amigos de farda que discordavam da revolução comunista que grassava em Cuba. Os expurgos contra o exército e a sociedade civil, atingiram até os velhos camaradas de Sierra Maestra, a maioria presa, exilada ou fuzilada. Atribui-se a Che a criação de campos de concentração de prisioneiros políticos, imitação típica dos campos de reeducação ideológicos chineses e vietnamitas. Milhares de pessoas foram presas e torturadas nestes campos. Como ministro da economia de Cuba, mostrou-se inepto: subjugando a economia às suas utopias desastrosas, conseguiu arruinar as finanças do país e quebrar o Banco Nacional de Cuba. Para buscar eficiência, impôs à população um regime de trabalhos compulsórios, inclusive, abolindo o domingo para descanso. Qualquer negativa a esse tipo de ação arbitrária poderia causar a infeliz a pecha de contra-revolucionário e ser preso ou morto. Sedento de violência, vai para a África e apóia Laurent Kabila, um homem que anos depois, causou verdadeiros massacres no Zaire e rebatizou o pobre país como República Democrática do Congo, sem antes impor uma sanguinária ditadura. Ao arriscar um foco de guerrilha na Bolívia, é capturado pelo exército boliviano e assassinado, em 1967.
La Cabaña, local onde Che Guevara mandou executar sumariamente centenas de cubanos.


Cenas internas da prisão de La Cabaña.


O paredão onde Che Guevara executou suas vítimas.




11.3. A desconhecida ilha-prisão do Caribe.



Coronel Cornélio Rojas, chefe de polícia de Santa Clara, fuzilado a mando de Che Guevara, em 8 de janeiro de 1959.



"Fusilamientos, sí. Hemos fusilado. Fusilamos y seguiremos fusilando mientras sea necesario." Discurso de Che guevara na Organização das Nações Unidas.


"O ódio eficaz que faz do homem uma eficaz, violenta, seletiva e fria máquina de matar".

(Che Guevara).

Huber Matos, um dos homens que apoiara a guerrilha e se tornou governador de Camangüey, criticou duramente a “comunização” do país e renunciou ao cargo, em protesto contra os métodos ditatoriais do novo regime. Fidel Castro mandou prendê-lo, acusando-o falsamente de “conspiração” e Mattos pegou 20 anos de cadeia. Até seus familiares foram presos junto com ele.



A imprensa não é poupada. Antigos opositores de Batista no jornalismo são perseguidos pelo novo regime e jornais, mesmo os que foram solidários a Fidel, na guerrilha, são fechados. A revista Bohemia, de Miguel Angel Quevedo, que reproduziu o discurso de Castro, é uma dessas vítimas. Deprimido, o dono do jornal acabou se matando, no exílio.


Expurgos no movimento revolucionário: Willian Morgan, guerrilheiro norte-americano e companheiro de Fidel Castro em Sierra Maestra. Rebelando-se contra as diretrizes ditatoriais e comunistas de Castro, foi preso, acusado de traição e fuzilado, em 1961.

Jesús Carreras, comandante de uma das tropas de Fidel Castro e desafeto de Che Guevara. Rejeitando a proposta castrista de uma ditadura, ele foi outro guerrilheiro de Serra Maestra preso, acusado de traição e executado, junto com Willian Morgan, em 1961.


A Igreja Católica recompensada: o arcebispo de Santiago de Cuba, Monsenhor Perez Serantes, salvou Castro de uma execução sumária do exército, quando este foi preso ao atacar o Quartel de la Moncada, em 1953. Em agradecimento, Fidel Castro expulsou os padres e confiscou as escolas católicas do país, além de criminalizar a fé religiosa do povo. " Que os padres falangistas se preparem pra fazer as malas!", disse o ditador.




"Gracias Fidel, por todo que los das". . .




Vivendo em abundância: libreta de racionamento de comida.



Cuba tem igualdade social: quase todo mundo é igualmente miserável, salvo Fidel, é claro!




Carros de última geração. . .

Transporte coletivo de primeiro mundo. . .


Cuba: um gigantesco favelão. Mais um sucesso da esquerda!




"Considero Cuba um avanço, comparada com o resto da América Latina, pelos simples fato de os índices sociais serem muito melhores"(Frei Betto).

Prisões cubanas: 1% da população na cadeia e denúncias graves de torturas, maus tratos e promiscuidade entre prisioneiros políticos e criminosos comuns. As duas últimas fotos são as chamadas "gavetas", solitárias cujo tamanho é menor do que o corpo do prisioneiro.



A doutrinação ideológica da juventude: o regime possui dôssies das atividades de suas crianças e são fiscalizadas deste o ínicio de suas vidas. Assim, se elas cooperarem com a ideologia do governo, o Partido Comunista define se elas podem ou não entrar em uma universidade.



Espancamento e prisão de dissidentes políticos pela polícia cubana.






Abril de 1980: um grupo de cidadãos cubanos rouba um ônibus e invade a Embaixada do Peru, em Havana. 10 mil cubanos aproveitam a falta de vigilância e pedem asilo político do país.








"Cuba libre sim". . .em Miami, perto do Bush "fascista".


Atualmente, estima-se que em Cuba, 20 mil pessoas foram fuziladas, 80 mil morreram afogadas ou metralhadas pela polícia de Fidel Castro no Golfo da Flórida e cerca de 1% da população, ou seja, mais de 100 mil presos, em um país de 11 milhões. Isso corresponde a quase metade da população carcerária brasileira, com quase 300 mil presos e, proporcionalmente menor do que o número de presos nos Eua, que corresponde a 0,5% da população americana. Contam-se quase 20% da população fora do país, ou seja, 2 milhões de cubanos.

12. Mao Tse Tung no Peru: o Sendero Luminoso abre uma ladrilha de cadáveres.

Interessante perceber que uma boa parte dos movimentos revolucionários mais criminosos do século XX surgiu nas universidades, em particular, na cabeça de intelectuais fanáticos. Tal como na Rússia do século XIX, os movimentos revolucionários, adotando a linhagem das utopias e engenharias sociais, idealizavam uma sociedade hipotética, ao preço de sacrifício da realidade e mesmo das vidas humana. Outra questão a ser notada é a auto-nomeação de legitimidade desses movimentos. Eles são iniciáticos, crêem-se partidários de algum tipo de iluminação, dizem-se representar o “povo”, ainda que o povo os trate com indiferença, salvo quando agem com violência contra esse mesmo povo que dizem representar. Desde o “Narodnaye Volia” de Netchiaev, grande parte dos movimentos terroristas elevam o culto do povo para declararem algum tipo de plausibilidade a sua selvageria e violência. E o comunismo, com suas premissas escatalógicas de destruição da velha sociedade pela nova, não foge a regra. Na verdade, são grupos que aspiram a um regime totalitário, na intenção de destruir a liberdade e impor o terror generalizado sobre a sociedade civil. E a universidade, antes um centro de saber, tornou-se uma fábrica de psicopatas, prontos para matar, destruir e desumanizar a sociedade, em favor de suas crenças.

O Sendero Luminoso nasceu da cabeça de um professor de filosofia de idéias radicais, Abimael Guzmán, a partir dos anos 60. Deslumbrado com a linha maoísta, Abimael Guzmán conseguiu adeptos estudantes e conquistou espaços, primeiramente, na Universidade Nacional de San Cristobal de Huamanga, orientando na disputa de cargos estudantis. No entanto, como não possuíam popularidade, a partir dos anos 80, descambaram para a violência. O sinal do Sendero Luminoso, um cachorro morto pendurado numa corda, era o inicio do terror. O Peru sentiu mais de dez anos de criminalidade ilimitada com o movimento terrorista. O grupo lembrava o Catecismo Revolucionário de Netchiaev, em sua versão moderna, uma espécie de seita iniciática fanatizada e rigidamente militarizada, cujos intentos ideológicos estavam acima dos próprios discípulos e mesmo de suas vítimas. O Sendero Luminoso (ou “caminho luminoso”) de Abimael Guzmán, ou “Presidente Gonzalez”, deixou um saldo cruel de mais de 50 mil mortes no país e outras dezenas de milhares de feridos. No auge do seu fanatismo, o líder afirmava que se fosse necessário matar milhões de peruanos, ele o faria em nome do socialismo. Em 1985, o terrorismo senderista ataca a capital Lima, e causa centenas de vítimas. Muitos camponeses que se recusavam a aderir ao movimento foram massacrados. Há histórias de crianças que foram raptadas, para servir como soldados para o grupo terrorista e, mesmo, filhos que mataram irmãos e pais, a mando do movimento. Outros povoados eram chantageados a dar abrigo ou logística ao grupo, sob pena de serem mortos. O Sendero Luminoso só foi esmagado quando o presidente Alberto Fujimori prendeu o líder Abimael Guzmán, em 1992. No entanto, recentemente, o Sendero acabou voltando no Peru, fazendo novos atos terroristas. Comenta-se que o narcotráfico seja um dos financiamentos do futuro Sendero Luminoso. Suspeita-se, inclusive, que o presidente Hugo Chavez, da Venezuela, no intento de espalhar movimentos revolucionários no continente, esteja também financiando seu ressurgimento.



Vídeo em alusão aos crimes do Sendero Luminoso.

O símbolo do terror: cães enforcados pelos terroristas do Sendero Luminoso. Os fanáticos diziam que era assim que os "inimigos do povo" deviam ser tratados.

O caráter paramilitar e sectário do movimento terrorista: millitantes do Sendero Luminoso na prisão prestam culto à personalidade a Abimael Guzmán.


Civis assassinados pelo Sendero Luminoso.

Um cidadão chora a morte de um policial, vítima do Sendero Luminoso.


Cadáveres abandonados. . .


Camponeses indígenas resgatados pelo exército peruano: eles tinham sido seqüestrados pelo Sendero Luminoso.


13. Farcs: assassinatos, terrorismo, narcotráfico e seqüestros.


A Farc (Fuerzas Armadas Revolucionárias de Colômbia) é outro movimento comunista terrorista que tem as credenciais do espírito de Netchiaev: uma organização com idéias sectárias e obedientes ao espírito grupal e a criminalidade ilimitada como meta política e o uso do terror para conquistar o poder. O movimento terrorista surgiu em 1964, com o famoso líder Tijofiro, e veio das entranhas do Partido Comunista Colombiano e aterroriza com uma guerra civil, que até hoje dura mais de 40 anos no país. Ele compreende um exército de quase 20 mil soldados, e vive da prática de seqüestros, tráfico de armas e drogas. Inclusive, financia e orienta o crime organizado no Brasil, vide o PCC, que em 2006 atacou a cidade de São Paulo, matando dezenas de pessoas. Autoridades policiais creditam às Farcs aos métodos de treinamento de ataque às cidades, tal como o movimento fazia em muitas cidades da Colômbia. O grupo chegou a dominar 40% do território colombiano, espalhando o medo e terror sobre a população, cobrando taxas e confiscando propriedades, sob pena de execuções sumárias. As esquerdas latino-americanas, entre os quais, o PT (Partido dos Trabalhadores) no Brasil, apóiam francamente às Farcs, como “movimento revolucionário”, escamoteando os crimes e arbitrariedades dessa facção, que já matou 40 mil pessoas na Colômbia. Cerca de quase mil pessoas estão seqüestradas sob o jugo das Farcs. Na data da sua fundação, tinha o apoio de Fidel Castro e, recentemente, tem sólida adesão da Venezuela, em particular, Hugo Chavez, já que o movimento narcotraficante e terrorista se declara “boliviariano”.

Uma igreja destruída pelas Farcs.





Terrorismo: os civis são as maiores vítimas.

Assassinatos.


Ingrid Betancourt, senadora e candidata a presidência da Colômbia, seqüestrada pelas Farcs, em 23 de fevereiro de 2002.


Quase mil pessoas estão seqüestradas e estão em cativeiro na Colômbia, pelas Farcs.