segunda-feira, junho 15, 2009

Um mundinho visto por cifras.

Recentemente acompanhei o vídeo da “filósofa” Ayn Rand, queridinha dos liberais e “libertários” de plantão de nosso país, quando ela deu uma entrevista a um jornalista de um programa muito popular nos Eua, Mike Wallace, por volta dos anos 50 do século passado. Não vou me ater aos seus livros, porque não os li. Atenho-me tão somente à sua entrevista e à visão de seus admiradores, criaturas doentiamente egocêntricas e paranóicas, na figura de sua mestra romancista.

O mote da questão é a pseudo-ética individualista, ou “objetivista” da romancista: ela afirma categoricamente que a realidade é um “objetivo absoluto”. O problema desta questão é que significa tão somente uma redundância, porque Ayn Rand considera “objetivo”, basicamente, a realidade material visível, e, portanto, faz de sua filosofia um culto materialista. Para ela, não existe uma realidade espiritual. Se não bastasse o primarismo dessa filosofia, que não passa de uma forma vulgar de materialismo, a escritora sacraliza a razão como a única forma de conhecimento possível. E através desta premissa, ela se presta a criar um novo código moral para a sociedade. É paradoxal que ela reitere isso com a rejeição completa da fé (e isso se subtende a fé em Deus ou na religião), do mesmo modo que alimente uma idolatria quase divinizadora pela razão. O problema é como essa “razão” se apresenta: é uma visão utilitarista da sociedade e do indivíduo, cujos laços não implicam afetividade e obrigações superiores, mas apenas interesses. O paradoxo é a dona Ayn Rand querer provar que os “interesses” podem ser explicados logicamente por si mesmos. Como o princípio motriz para ela é o indivíduos e os os caprichos, logo, é “racional” que ele seja egoísta e só ligue para os vizinhos quando são úteis. Ela diz desafiar a moral cristã do altruísmo, rejeitando qualquer princípio ético ou moral que obrigue um ser humano a ajudar o outro. Casou com a esposa e ela é um estorvo? Jogue fora a mulher! Os pais estão velhos e inúteis? Dispense-os e mande-os para um asilo! Os amigos estão com problemas? Abandone-os à própria sorte! Viu o mendigo passando fome na rua e pedindo esmola? Despeje-o na lata do lixo! Essa é a maravilhosa "filosofia" da senhora “objetivista”.

E ela insiste na “razão” como um “absoluto”. O problema deste discurso é o chavão iluminista que está por trás disso. Não é por acaso que um de seus mais famosos admiradores, o Sr. Rodrigo Constantino, cidadão pertencente ao Instituto Liberal, tenha escrito um livro de conteúdo duvidoso chamado “Egoísmo racional” e repita freneticamente um racionalismo que é incapaz de entender e provar. Não sei até que ponto o sentimento egoísta pode essencialmente ser racional. Porém, da feita que o Século das Luzes esvaziou de sentido da palavra "razão", ao mesmo tempo que democratizou o termo em palavras, a racionalidade, por assim dizer, acaba por se tornar um artifício retórico, sem conteúdo prático. Na verdade, bem que a filosofia randiana deveria ser o "egocentrismo irracional".

Curiosamente, Ayn Rand se tornou popular nos Eua, por conta dessa estranha filosofia. Gente como o economista e Presidente do Branco Central Americano Alan Greenspan é fã de carteirinha da romancista. Isso se explica, em parte, porque é uma visão simplória, vazia de conteúdo, típica de comerciantes que dão opiniões sobre coisas que não entendem. Daí acharem que o todo das relações humanas se resume ao seu estreito horizonte comercial. A filosofia dela é para sujeitos vulgares como o Rodrigo Constantino e alguns outros demais indivíduos do Instituto Liberal, que pensam que a realidade humana é mera extensão da bolsa de valores. O reducionismo economicista é óbvio demais na visão filosófica de Ayn Rand e seus defensores. A ideologia randiana é uma concepção histriônica de plutocratas.

Os comerciantes deveriam se preocupar mais em vender e comprar do que se meter a assuntos onde não são aptos. Na Idade Média, esses mercantes filosofastros seriam considerados usurpadores, palpiteiros profissionais, estúpidos. Como vivem no capitalismo e decidem muita coisa, já que estão em lugares de proeminência, agora querem criar filosofia e ditar costumes, ao arrepio de uma civilização cristã de mais de dois mil anos. Há gente que não se toca em sua real insignificância.

Neste ponto tenho nostalgias da Idade Média. Parecia que cada um sabia onde era seu lugar. Saudades de uma nobreza guerreira que liderava e do clero pensante. Quando o comerciante começa a achar que é monge ou cavaleiro, a coisa fica muito feia. Tanto melhor que os comerciantes só se preocupassem em vender ou produzir, do que opinar sobre filosofia. A filosofia da mentecapta, paranóica e egocêntrica Ayn Rand é tão somente um mundinho visto por cifras. . .

segunda-feira, junho 08, 2009

A engenharia social tucana e suas conseqüências esquizofrênicas.

Alguns esquerdistas raivosos só faltaram me chamar de louco, quando afirmei, categoricamente, que o PSDB é um antro de socialistas envergonhados. Todavia, os cacoetes políticos e mentais dos tucanos os denunciam. As diferenças ideológicas com o PT são apenas sutis. Duas últimas ações tucanas revelam essa conduta, que do ponto de vista intelectual, são esquizofrênicas, pra dizer o mínimo. Escutei de um grande amigo uma lógica que me parece cristalina: PSDB e PT são o mesmo que trocar seis por meia dúzia.

Alguém objetará que o PSDB foi o paladino das reformas privatizantes, daí a acusação histriônica de serem “neoliberais”. Entretanto, apesar da política de venda de estatais (muitas vezes falidas e infestadas de cabides de empregos para os favoritos), os tucanos, até hoje, têm vergonha de defender as privatizações. Geraldo Alckmin, o "católico" do IBGE, quando era candidato a Presidente da República, foi acusado pelos petistas de querer privatizar a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e a Petrobrás (ou seja, o Caixossauro, o Bancossauro e a Petrossauro). O que fez o político tucano? Admitiu a intenção? Que nada! Assinou uma carta garantindo o atraso estatizante de não privatizar e caiu na chantagem ideológica do PT. Os cristãos-novos do tal “neoliberalismo” fizeram sua confissão pública de heresia e abjuraram em favor do velhíssimo credo socialista.

Recentemente, os tucanos deram ares de continuidade em mais outro sintoma de esquizofrenia:apresentaram um projeto de emenda constitucional proibindo a venda da Petrobras. Como o PSDB propôs uma CPI contra a empresa estatal, em particular, pelo mau uso do dinheiro público pelo PT, a politicagem tucana quer parecer tão leal nos ideais estatizantes quanto os próprios áulicos petistas que estão no poder. O tucanato quer ser mais esquerdista do que o próprio governo Lula. Curiosa contradição! A Petrobrás se tornou um verdadeiro caixa dois do PT, uma verdadeira maravilha da farra do dinheiro público usado em favor da camarilha petista, e, mesmo assim, os tucanos querem criar privilégios constitucionais a uma empresa estatal, como se ela fosse uma espécie de totem governamental, uma instituição política intocável. As falcatruas e incompetências da Petrobrás vão se tornar cláusulas pétreas! É vergonhoso que uma Constituição, que visa tão somente preservar direitos e garantias individuais e institucionais, seja moldada aos caprichos corporativistas de uma empresa, só por ser estatal. Por que será que o PSDB tem vergonha de defender as privatizações? Deve ser a lealdade atávica e espiritual que os social-democratas têm pelo credo estatizante. Deve ter sido traumático privatizar. Foi como perder a virgindade por obra de um estupro ideológico!

Se não bastassem essas contradições, o governador José Serra encaminhou à Assembléia Legislativa uma lei que pune o racismo em até mais de cem mil reais de multa. O conceito de “discriminação racial” se tornou muito elástico, desde que os camaradas socialistas dos dois matizes tomaram o poder no país. Pode ser o ódio racial, praticamente inexistente, ou um mero palavrão, algo relativamente comum. Se uma ofensa racial torna-se crime inafiançável, agora será cara também ao bolso do cidadão. A lei que combate o racismo no Brasil já é logicamente perversa, pela desproporção da punição e dos atos: matar uma pessoa é passível de fiança; xingar o outro de “negão” não é. A nossa Constituição, que é uma colcha de retalhos de ideologias malucas, já estipula racismo como “crime inafiançável”. Ou seja, matar no Brasil é mais fácil e menos punível do que ofender como palavras racistas. Criminalizar as palavras soa menos grave do que criminalizar os atos.

Todavia, o PT e o PSDB não vêem nada demais quando criam uma das legislações mais racistas de toda a história do país. As cotas raciais em universidades e mesmo ambientes de trabalho não entram na agenda politicamente correta de multa preconizada pelo PSDB ou de crime inafiançável pela Magna Carta. Ademais, o governo federal até hoje sustenta um famigerado Ministério da "Igualdade Racial", cuja ex-ministra afirmava, categoricamente, que negro discriminar brancos não era crime. O Estado pode discriminar racialmente, inculcar idéias raciais na população; pode ter ministras racistas, que se dão a ao direito de discriminar porque se acham "vítimas" do racismo; inclusive, pode chamar burocracias voluntariosas para avaliar quem é negro ou não é. Agora, se o cidadão comum chamar um outro desafeto de “negão”, ele pode ser preso, inafiançável, e, ainda, pagar uma multa capaz de colocá-lo na indigência, tamanha criminalização nas palavras e tamanha licenciosidade nos atos.

É paradoxal que o PT, que aderiu alegremente a muitas das agendas econômicas pseudo-liberalizantes do PSDB, tente ser imitado na agenda cultural revolucionária por praticamente todos os grupos partidários. Isso não chega a ser um problema apenas tucano: quase todos os partidos políticos querem imitar o discurso petista, garantindo, involuntariamente, a hegemonia cultural socialista. A eficiência das esquerdas no plano da cultura é perfeita, avalassadora. E as oposições, para combater o PT, apenas legitimam o discurso que faz do petismo ser uma ideologia dominante, imbatível. Ou seja, querem ser mais comunistas e politicamente corretos do que os petistas. E quanto mais a oposição adere à ideologia do inimigo, mais e mais o PT se fortalece. A lógica dos partidos políticos, em particular, do PSDB, é a mesma de querer combater o nazismo sendo mais anti-semita e nacional-socialista do que os nazistas. Não dá pra superar os canalhas no mesmo crime! A conseqüência lógica da oposição tucana é de fortalecer cada vez mais o poder do petismo! A popularidade de Lula é mais que explicada: mostra a mais completa inépcia, senão o comprometimento da oposição com a situação reinante no país. O caminho para um terceiro mandato de Lula ou mesmo para uma ditadura petista, nos moldes da América Latina de Hugo Chavez ou Evo Morales, é um futuro perigoso e gravíssimo que aparece no horizonte. . .

domingo, junho 07, 2009

O PSDB, apenas um aliado espiritual do PT.


Atualmente, o Brasil só possui três partidos políticos realmente significativos e dignos de nota: os “jacobinos”, ou o PT, com seu radicalismo socialista truculento; a “planície”, ou o PMDB, com seu centrismo corrupto e ávido por cargos políticos, tal como a hiena comendo restos de caáveres; e o PSDB, que é a “gironda”, a outra face do poder revolucionário, só que mais à direita do PT. Na verdade, o tucanato não é necessariamente direitista. É só a direita da esquerda. Os mecanismos revolucionários de pensamento e adesão a revolução cultural esquerdista são praticamente os mesmos. O que difere, basicamente, um de outro, é o modo como essa “revolução passiva” se processa. E os partidos considerados de “direita” como o DEM e o PP? Esses aí já saíram da cena política há muito tempo. Aliás, de forma humilhante, o DEM substituiu o antigo nome, PFL, para se assemelhar ao esquerdista Partido Democrata norte-americano. Há coisa mais subserviente do que isso?

É curioso que o MST critique o Sr. Fernando Henrique Cardoso, pelo fato de que este, supostamente, não ter atendido aos anseios da chamada “reforma agrária”. Porém, o grupo que mais promoveu o MST e demais movimentos de esquerda no campo em lugares de excelência na vida política brasileira foi justamente o PSDB, na figura do ex-presidente. O próprio FHC batia no peito, afirmando categoricamente que distribuiu mais terras do que qualquer outro governo da história brasileira. E aí o resultado já está a olhos vistos: bilhões de reais jogados no ralo para sustentar um movimento revolucionário no campo, que atualmente detém cerca de 10% das terras do país e não produz absolutamente nada, apenas pilhagem de propriedades, conflitos de terra e favelões rurais.

O mesmo se pode dizer da cultura politicamente correta, em particular das cotas raciais e do movimento gay. Foi o governo tucano que inaugurou demagogicamente o regime das cotas raciais nas escolas e universidades. Em nome da suposta “democratização” do acesso à população negra e índia às faculdades, o que se viu foi a instituição do racismo legalizado nos critérios de avaliação das provas e vestibulares. Ou seja, os avaliadores não se contentam em analisar o conteúdo intelectual dos alunos. Os vestibulandos também precisam ser avaliados racial, e, agora, socialmente. Se não bastasse essa mesquinharia revolucionária, o governo FHC abriu às portas para o mundo gay: o Sr. Geraldo Alckmin, que até então se dizia um católico envergonhado, por supostamente pertencer à Opus Dei, foi um dos primeiros precursores de leis “anti-homofobia” no Estado de São Paulo. Na prática, o ex-governador, notório “católico” do IBGE, sancionou uma lei que faz da Parada gay uma passeata sacralizada, acima de todos os valores religiosos e morais, na turba de pederastas praticando as mais assustadoras orgias, com direito a drogas e sexo explícito nas ruas. Aliás, ainda na época do presidente Fernando Henrique, o governo federal fez uma propaganda em que aparecia uma mãe e pai consolando o filho por conta de uma decepção amorosa. Quando alguém bate na porta, os pais vão atender apreensivos. Alguém esperou alguma mulher? Que nada, era outro macho, atrás da mocinha rejeitada! Hoje em dia, o PT e o PSDB estão colaborando para instituir o “Dia do Orgulho Gay”.

A criminosa expulsão dos arrozeiros da região de Raposa Serra do Sol, em Roraima, incrementada pelo PT, junto com o Conselho Indigenista Missionário e a fraude dos laudos da FUNAI, teve respaldo jurídico quando o antigo governo tucano assinou a Declaração dos Povos Indígenas da ONU, que dentre tantas proposições, aceitava reconhecer as tribos índias como uma nação à parte, com direito a autodeterminação e mesmo de autogoverno, contrariando a soberania nacional. Se o leitor incauto ainda não atentou à questão, tanto a cartilha do PT como do PSDB é produto de burocracias politicamente corretas da ONU, que à revelia das vidas dos cidadãos comuns, legislam sem que o povo saiba que está sendo enganado e governado por forças externas. O país inteiro, sem perceber, está sendo governado por decretos de ativistas sociais militantes e entidades estrangeiras. Inclusive, com sólida ameaça à integridade territorial e política do país.

Se por um lado, o senso comum diz que o governo tucano foi “neoliberal”, raramente se pagou tantos impostos como na administração anterior. A esquerda raivosa costuma ser burra: acha que meia dúzia de privatizações para salvar o Estado do atoleiro financeiro é sintoma do “neoliberalismo”. Curiosamente, o PSDB assume com vergonha as privatizações. Inclusive, quando os tucanos são acusados de querer privatizar a Petrobrás (vulgarmente conhecida como a "petrossauro"), eles são os primeiros a defender o monopólio estatal do monstrengo.
No entanto, se o Estado terceirizou alguns serviços, por outro, ele se expandiu como nunca na vida privada do cidadão e mesmo em suas riquezas. O plano real estancou momentaneamente a inflação, mas o governo arrecadou verbas públicas através de impostos pesadíssimos. E o PT não é diferente. Se não bastassem esses meros detalhes, é perfeitamente explicável que o PT e o PSDB, com algumas diferenças irrelevantes, sejam a mesma coisa. Os dois partidos tiveram origens nos quadros de esquerda, em especifico, na USP, embora o PT tenha angariado também forças nos sindicatos do ABC paulista. Como dizia um grande amigo meu, a diferença básica entre o PT e o PSDB, é que o tucanato finge falar francês e usa talher. Quem são Fernando Henrique Cardoso, José Serra e muitos outros, senão indivíduos com sólida formação marxista, com um viés do comunista italiano Antonio Gramsci? Mesmo aqui no Pará, o ex-governador Almir Gabriel, antes de se tornar o tucano, era um famoso esquerdista, como o foram uma boa parte dos quadros políticos do Pará no PSDB no passado. O próprio ex-presidente da república sociólogo já admitiu suas origens intelectuais: ele diz, sem delongas, que a esquerda conquistou a “hegemonia” cultural, no sentido gramsciano do termo. Em outras palavras, ele está afirmando que, atualmente, a disputa política brasileira é tão somente um revezamento de esquerdas. Isso beira a uma fraude completa.

O PSDB está cumprindo o serviço da dominação petista com relativo prazer. A carência completa de uma oposição política só pode ser explicada mesmo por uma cooperação voluntária entre esses dois grupos. Não há explicação plausível para que o governo Lula careça completamente de críticas contundentes dos oposicionistas, a despeito do vendaval de vexames, mentiras e desinformação que sua administração repassa à opinião pública e à maior parte do povo. A resposta está mesmo no controle pleno, no trato de revezamento do poder que os dois grupos políticos têm para si. O jornalista Roberto Pompeu de Toledo, em um antigo artigo escrito na Revista Veja, afirmava que os tucanos e os petistas deveriam se unir contra as “oligarquias” conservadoras. Nada mais profético! Os líderes esquerdistas se uniram e conseguiram alijar os tais “oligarcas” do poder. Agora a esquerda mesma é uma nova oligarquia, só que dual. O problema é que a ala radical quer governar sozinha. E os tucanos se iludem, crendo que o PT vai dividir o poder com eles.

O colaboracionismo com a cartilha esquerdista não tem limites. Recentemente, um deputado estadual do PSDB, o Sr. Milton Flávio, propôs criar uma lei que impede que celebridades da história brasileira, supostamente partícipes de crimes de tortura pelo regime militar, tenham seus nomes em logradouros públicos. Os objetos de ataque são os presidentes militares Castelo Branco, Médici, Geisel e Figueiredo. Na prática, porém, tal projeto é um jogo de marketing e uma tentativa de falsificação histórica sutil, já que implica estigmatizar a reputação das forças armadas e mesmo induzir historicamente as opiniões sobre o regime militar e seus protagonistas. O PSDB adora esses controles mesquinhos. Os tucanos não se contentam com a proibição de cigarros nos restaurantes, a tentativa de "fiscalizar" os usuários da internet ou o veto de consumo de coxinhas de galinha nas escolas: eles querem nos ditar o que é história. Será que o Sr. Milton Flávio vai colocar no mesmo páreo de criminosos, gente como Carlos Marighella, Olga Benário e Carlos Lamarca, notórios terroristas? Entretanto, no Brasil atual, há uma completa distorção histórica: os terroristas, assaltantes de bancos, agentes da polícia política soviética (vide Olga Benário) e seqüestradores de embaixadores são idolatrados como heróis. A ministra da Casa Civil Dilma Roussef, que adora fazer apologia das virtudes políticas do câncer, bate no peito, afirmando que, como fanática comunista que era, combatia a ditadura militar. Entretanto, não nos desesperamos: o Sr. Milton Flávio, que adora reverberar com orgulho sua oposição à ditadura militar, tal como dona Dilma, também defendia uma ditadura. Só que era o marxismo-leninismo, com seus milhões de cadáveres jogados pelo ralo da história. Curiosa desproporção: tenta-se tirar da memória histórica os militares que salvaram o país da subversão revolucionária e mitificam-se justamente terroristas e assassinos, cujas vítimas maiores foram os próprios civis. Decerto incomoda ao deputado ver gente como Castelo Branco como nome de rodovia. O sonho dele mesmo era que nossos logradouros fossem batizados de “Rua Stálin”, “Travessa Lênin”, “Bairro Mao Tse Tung” ou “Avenida Trotsky”. Alguém terá dúvidas de que PT e PSDB são farinhas do mesmo saco, duas faces da mesma moeda?