sexta-feira, julho 27, 2007

Piange Pagliatti (chora palhaço).


Este texto foi publicado em um antigo site, no dia 10 de maio de 2005. A história de um professor universitário, acusado injustamente de "racista" pelos grupos da ku klux klan negra da Universidade de Brasília, e a tentativa de censura do blog evangélico de Júlio Severo por militantes homossexuais, fez-me recordar desse artigo. Eu escrevi na época em que o PT queria criar uma "cartilha politicamente correta" para o público, policiando linguagens e pensamentos alheios. Na época, todo mundo achou graça e ninguém levou a sério. Agora que o totalitarismo petista é hegemônico nas universidades, (como aliás, sempre teve influência, porém, está soltando suas garrinhas), nada melhor do que republicar este texto, que é a mostra da atualidade da miséria espiritual, intelectual e política brasileira.
Se houvesse uma ditadura petista tal, que controlasse até nossa gramática, não falaríamos mais palavrões, não teríamos mais ironias, não teríamos mais piadas ou deboches, enfim, não riríamos mais. É pior, não teríamos mais palhaços pra rir, já que estamos proibidos de fazer qualquer menção a eles, pois poderiamos ofendê-los. É pior, além de sermos proibidos de pensar com nossa linguagem, ainda seriamos proibidos de identificar nossos censores: OS COMUNISTAS! ISSO MESMO, OS COMUNISTAS! Seriamos, acima de tudo, um povo idiotizado, um povo sem nexo lógico das palavras, repetindo cartilhas de gramática digna do romance de 1984, de George Orwell. Domesticados por uma linguagem incompreensível e cada vez mais pobre, seriamos proibidos até de pensar. Seria não somente a ditadura do mudismo gramatical, como da língua presa petista.

É isso que explica a publicação pífia da “cartilha politicamente correta” do governo federal, sancionada pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (não seriam direitos bovinos ou asnáticos?), sugestionando tirar algumas palavras do vocabulário cotidiano, por serem consideradas “ofensivas”. O que é grosseiro nas mistura de estupidez e burrice governamental, é a prepotência com que este pessoal ignorante se autoriza a controlar nosso modo de falar, a naturalidade das expressões do povo e da língua. Quando se reprime palavras do vocabulário, por mais chulas que sejam, se está apenas podando os sentimentos e expressões com que a população conceitua as situações ou fatos que vê. O politicamente correto não é somente uma expressão de imbecilidade: é uma forma de engenharia social, para controlar nosso pensamento e moldar nossa visão de realidade, alienando a nossa compreensão do mundo, esvaziando o sentido da linguagem. Reprimindo as expressões e podando-as, está se podando a nossa própria forma de pensamento, a nossa própria capacidade de gerar valores dentro da linguagem e a percepção mesma da realidade.

Vejamos a maluquice. Diz o besteirol politicamente correto: não devemos comparar as pessoas com falta de seriedade aos palhaços, porque estes precisam ser levados a sério. Se um dia o palhaço for levado a sério, a profissão do riso estará extinta. Coitado dos palhaços, eles agora serão levados a sério! O governo quer monopolizar a palhaçada! Isto sem contar que, na gramática totalitária petista, devemos evitar palavras jocosas as prostitutas, tais como “mulher de vida fácil” ou “mulher da vida”, porque elas são trabalhadoras e mulheres tão sérias quanto à mulher recatada que se escolhe como esposa. São “profissionais do sexo”, e como tais, fazem imensos sacrifícios, como agradar turistas e trazer divisas para o país. Que muitas mulheres militantes esquerdistas tenham má fama sexual, vá lá, elas não se interessam pela dignidade pequeno-burguesa das verdadeiras mulheres honestas, mães primorosas e esposas fiéis. Como as prostitutas são colocadas no mesmo nível de respeito à mulher honesta, não iremos muito longe quando alguém for xingado de “filho da puta”, achando uma honra bastante elevada tamanha lisonja à própria mãe.

Vou me lembrar disto quando xingarem a mãe do Presidente Lula. Será uma honra para ele, já que sua mãe, supostamente, na cartilha politicamente correta, deva ser uma profissional do sexo, digamos, “liberal”. Se ela vivesse, quem sabe não deveria ter pedido uma carteira assinada e uma aposentadoria?! E haja aposentadoria! Eu não conheço nenhum petista guerrilheiro que tenha aposentadoria que não seja polpuda!

Eu ainda me lembro, há tempos atrás, de uma deputada petista exigindo que o vocabulário mudasse o sentido comum de “mulher pública” de prostituta, para o sinônimo de mulher que participa da política. “Mulher pública” teria o mesmo sinônimo de “homem público”, tal como deputado, senador ou governador. Da próxima vez, quem sabe chamaremos todas as petistas de prostitutas, porque seriam “mulheres públicas”, logo estadistas! E os homens públicos seriam prostitutos (e olha que alguns são mesmo!).

Não vamos longe. Para os petistas, tudo que lembre algo com a denominação de “negro” ou “preto”, é sinônimo de racismo. O militante socialista brasileiro médio é histérico quanto a isso. Quando faz parte de um movimento negro então, é um esquizofrênico crônico. Ele crê piamente que o racismo nos Eua é melhor do que no Brasil, precisamente porque lá o racismo é declarado, ao contrário daqui, que é “escondido”. Ou seja, é mais sincero e menos odioso um racismo em que grupos racistas brancos penduram um negro numa árvore do que os meros xingamentos bobos que muitos pardos fazem a negros. Percebe-se a macaquice de imitar neuroticamente a cultura norte-americana, naquilo que ela tem de pior. Isso porque, crendo que todo mundo é racista escondido, o militante negro médio quer procurar o racista oculto que há em qualquer coração brasileiro. Só falta a ditadura politicamente correta se tornar uma inquisição e colocar sob tortura o malvado racista, a fim de ouvir uma confissão de sua heresia.

Atualmente, negro não é negro e nem preto. Então como vamos chamar os negros? Queimados? Carvões? Grafites? morenos? Urubus? Azulões? Não, a moda agora é chamar os negros de afro-brasileiros. Quando um politicamente correto da vida nos ouvir afirmar que a “coisa está preta”, ele vai nos dizer, censurando: - isso é racista, a coisa está afro-brasileira! Não vamos mais dizer que a “coisa está preta”, tanto quanto a noite é escura. O militante negro doente mental não percebe que o contraste entre o branco e negro é relacionado a luz clara e trevas escuras e não a cores raciais. O que os militantes fanáticos afro-lunáticos querem é proibir até de definirmos a sensações ópticas das cores da luz e das trevas, em nome de suas neuroses raciais.

O pior de tudo é que a cartilha mostra ser muito mais racista do que o próprio cidadão comum, ao proibir a palavra “negro” como sinônimo de identidade da população negra. Tampouco agora poderemos comparar os trejeitos efeminados de um homossexual com o bambi, o veado ou a sapatão. As figuras de linguagem que identificam algo que nos parece caricato, aos partidários petistas do Big Brother, é digno de censura. Querem reprimir até expressões regionais consagradas, como “baitola”. Querem ditar para nós o que devemos falar. Sô falta nos dizer que ser homossexual é lindo. Ou quem sabe é virtuoso ser filho da puta, por que as putas merecem respeito?!

Isso não é o bastante. Tais cartilhas não querem apenas castrar nossa linguagem, querem impor um tipo de anti-moral, em que reprimem o riso e o humor, numa espécie de carolice às avessas. Tem gente que vê maldade até no anedotário e nas piadas. A partir em diante, não poderemos dizer em nossas piadas, que os portugueses são burros, os judeus e árabes são gatunos e avarentos com nariz adunco. Não poderemos contar que os nordestinos têm cabeça chata, que os gaúchos são viados enrustidos, que os japoneses têm falo pequeno ou que os efeminados são cômicos e, tampouco, zombar dos negros, dizendo horrores deles. Ou quem sabe os gordos, os magros, as mulheres. Imaginem então os estereótipos vulgares e os palavrões do povo, que fazem a diversão da linguagem? Da mesma forma que querem elevar prostitutas e homossexuais ao nível de recato digno de uma donzela, querem proibir os nomes feios que damos a eles. O problema da esquerda e de todos os neuróticos afins, sejam gays, negros e feministas, é que eles não têm senso de humor. O mundo deles é de ódio e ressentimento. Mais cômico ainda é que, no fundo, eles são uma completa caricatura, são humorísticos por excelência. Os seus ódios, os seus sentimentos de inferioridade são puramente caricatos, no sentido que se dá a uma boa comedia. Eis o problema deles. Levam-se a sério demais, enquanto apenas inspiram o ridículo. No final são motivos de piadas, tanto quanto se contava piadas de padres e beatas. É uma espécie de humor involuntário.

Porém, eis a grosseria do governo “politicamente correto”: proibir a palavra “comunista”, por ser “pejorativa”. Diz o besteirol petista: “Contra eles foram inventadas calúnias e campanhas de perseguição que resultaram em assassinatos em massa, de caráter genocída, como durante o regime nazista na Alemanha”. Como é que vamos chamar o Partido Comunista do Brasil, já que faz parte do PT? Se isso não fosse uma falsificação grotesca do sentido das palavras, seria apenas uma falsificação da história, pois os comunistas foram os únicos, junto com os nazistas, que mataram e caluniaram em massa na história. Os comunistas foram, historicamente, os piores mentirosos e assassinos que a história já registrou. As execuções sumárias e a repressão política brutal bolchevista, ainda na Revolução Russa de 1917, os expurgos de Stalin, os campos de concentração gulags, o genocídio e outros elementos odiosos de crueldade são fatos reais e não calúnias de seus inimigos. Ser “comunista” é uma palavra que tem tudo pra ser pejorativo. Aliás, pode-se achar que os petistas fazem aí um ato falho: se eles acham os comunistas pejorativos, deve ser precisamente porque a consciência oculta deles revela o pensamento. No final, eles acabam por assumir a ruindade da palavra, na boca de quem os detrata.

Todavia, não era essa a intenção do governo. Incrível é proibir o direito do povo de ver a verdade, ou seja, de achar os comunistas pejorativos. No final, não vamos mais identificar os atos cruéis dos comunistas, os projetos odiosos dos comunistas e as ditaduras comunistas, conceituando-as de “COMUNISTAS”. Caindo nessa novilíngua de 1984, um escritor famoso disse que o projeto petista é “fascista”. Mas é isso que o PT quer: não quer que o povo veja seus censores, seus futuros escravizadores. O nome é certo e preciso: SÃO COMUNISTAS. Ver algo fascista dentro do comunista é uma perversidade lingüística, que só mesmo o esquerdismo mais doentio é capaz de fazer. A esquizofrenia comunista é capaz de ver até os seus inimigos nos seus próprios atos. Eles nunca assumem suas sujeiras. Ainda que o governo seja comunista, a violência seja comunista, o partido seja comunista, quando as sujeiras do Partido são vistas às claras, a culpa é dos fascistas inexistentes. O mesmo raciocínio que se aplica ao escritor estupefato, o PT quer que o povo pense assim.

Nelson Rodrigues, com razão, dizia que o comunismo é o pesadelo humorístico da história. Eles conseguem ser cômicos, sem riso, sem graça, sisudos, cônscios de sua seriedade no ridículo.No entanto, só conseguem ser realmente engraçados, quando nós, cidadãos comuns, estamos fora do controle e da loucura deles. No controle deles, querem reprimir o humor, o riso, a espontaneidade. O pior é que a histeria quer reprimir todo tipo de linguagem espontânea. Eles não se locupletam em censurar palavras e expressões do cotidiano: querem censurar livros, revistas, poesias, piadas, internet, tudo. É um despotismo em que os medíocres, invejosos, recalcados, cretinos, burros, querem ditar os costumes e padrões aos mais livres, autênticos e inteligentes.

Eu tenho é pena do palhaço. Ele é agora obrigado a ser levado a sério. De tão reprimido que ele é pela seriedade petista, ninguém vai mais rir dele. Se ele contar uma piada, debochar de alguém ou ridicularizar o governo, pode ser preso pela policia da gramática estatal, junto com uma legião de militantes organizados e fanáticos. Palhaço é pra se levar a sério, não é pra rir não! O governo leva tanto a sério o palhaço, que quer ser um. Pobre palhaço! Chora palhaço! Piange Pagliatti!

quarta-feira, julho 25, 2007

O espírito do boneco de formol na alma petista: as mentiras que os homens contam. . .


A comissariocracia petista na imprensa está soltando as pérolas mais grotescas, na sua fábrica de desinformátzia comunista. O chefe dessa chapa vermelha disfarçado de “mídia independente”, Mino Carta, junto com seus áulicos, como Paulo Henrique Amorim, Luis Fernando Veríssimo e tutti quantti, alardeiam a ameaça da “mídia golpista” que assola o país. Curioso é que Mino Carta, até então alguém que se rasgava de insultos a Lula, do tipo “ignorante” ou “estúpido”, é seu mais fiel vassalo. O que o vil metal não faz em certas consciências? Que dirá então das baixarias “cartesianas” (no sentido Carta Capital do termo) espalhadas contra Diogo Mainardi e seu filho deficiente? A perversão da linguagem e consciência petistas não tem limites. Lembra as épocas áureas do boneco de formol do Kremlin, Lênin, e seu fiel seguidor Stalin. . .


A revista Carta Capital, banhada como bezerro de ouro petista (extraído do contribuinte, claro), e uma turma de vendilhões travestidos de jornalistas, agora espalham as notícias mais hilárias do mercado. As estórias variam desde a ganância das empresas aéreas, até a de “terrorismo” contra o governo federal. Esse surto conspiratório envolve a classe média revoltada, passando pelos canais de comunicação “conservadores” e ainda os militares de serviço no tráfego aéreo. Aliás, a conspiração coloca, inclusive, os americanos, nossos eternos bodes expiatórios, no meio da peleja. Ou seja, dois aviões caem em menos de um ano, matando mais de 300 pessoas e é a mídia, a classe média e uma boa parte do povo pensante que são terroristas! Só faltam dizer que os mais de trezentos cadáveres fazem parte da conspiração para derrubar o governo. Falam ainda do “terror militar” e “midiático”, como se tudo não passasse de mera luta pelo poder! O gesto obsceno de Marco Aurélio Garcia, comemorando a suposta isenção do governo pela tragédia, mostra o nível de pessoas que estão aparelhados no Estado. Um gesto que revela mais do que mil palavras. . .

Eis um dos trechos que encontramos no linguajar pernóstico petista, que demonstra o alto grau de alienação e despreparo da classe política que hoje nos governa. Este fragmento foi tirado de um blog chamado “Amigos do Presidente Lula”. Pelo titulo, é o cúmulo do servilismo mais abjeto. E ainda com a adesão de velhos chavões da camarilha vermelha moscovita: “A imprensa monopolista elevou tremendamente o tom das críticas ao governo federal. Termos pesados tem sido utilizados para humilhar e desqualificar o presidente da República. Enquanto isso, largos setores da classe média parecem aderir ao discurso golpista. Basta conferir os fóruns dos principais jornais. O editorial de O Estado de S. Paulo desta terça-feira é uma clara incitação ao golpe”.

Que imprensa “monopolista” crítica é essa, já que ela tanto bajula o presidente Lula? Talvez os petistas queiram seguir a moralidade leninista clássica: acuse nos outros o aquilo que você é! Ademais, o texto lembra aqueles pareceres neuróticos de Lênin, falando dos inimigos reais e imaginários do poder soviético aos seus "comissários do povo". Na verdade, o perfeito idiota latino-americano adora imitar as expressões leninistas, os rodeios maniqueístas, panfletários e vulgares do boneco de formol do Kremlin elevado a deus. O horizonte mental dessa gente é de uma apavorante indigência intelectual e moral. E a politização do discurso e mesmo a ideologização do caos aéreo mostram o caráter totalitário da mentalidade da patuléia vermelha. Que dirá então da chamada “mídia golpista”? Esse termo, importado da Venezuela, é uma justificativa clara para, qualquer dia, o PT destruir a liberdade de imprensa no país. A admiração de Lula por Hugo Chavez é mais que óbvia. Ora, qualquer nação democrática tem o direito de criticar o governo. Porém, o petismo não respeita a democracia “burguesa”. Quer destruí-la, junto com as dissidências.

E o texto acima termina com essa bolchevização da paranóia:

De outro lado, os sabotadores fardados estão fornecendo todas as condições objetivas para instabilizar o governo. Disciplinados, estão destruindo o que é possível para inviabilizar o sistema aéreo no Brasil.
Já começaram os primeiros pronunciamentos de militares de extrema-direita em favor do golpe. Um ministro do STM acaba de sugerir aos jovens oficiais uma ação de ruptura institucional.
A mídia de direita (liderada pela infantaria de articulistas do terror, como Clovis Rossi, Eliane Cantanhede e Dora Kramer), jovens sabotadores, ex-torturadores, latifundiários, especuladores, privateiros e oportunistas de todos os tipos engrossam o caldo da revanche”.

O grau de mentiras deste texto é tão esquizofrênico, mas tão esquizofrênico, que se o país possuísse um senso moral saudável, as pessoas que publicariam tais farsas estariam na cadeia. Imputam aos militares uma fantasiosa teoria conspiratória, enquanto qualquer pessoa informada sabe que é o governo que insuflou a revolta. Divertido é pensar que esquerdistas como Clovis Rossi, Eliana Cantanhêde e Dora Kramer, agora tenham se tornado de “direita”. E a ladainha contra os latifundiários, especuladores, “privateiros” e oportunistas, além do que, claro, dos “sabotadores”, revela que Stalin não morreu nos corações esquerdistas. Só faltou citar os kulaks.
Stalin está mais vivo do que nunca, ainda que os comunistas o rejeitem publicamente. No fundo, o amam. Todavia, a mentalidade revolucionária é assim, confusa, mitomaníaca, ilusionista. 150 anos de história comunista, a partir de Marx (um dos maiores mentirosos que se há notícia no universo), sempre fora uma história de nonsenses. E de sociopatas lunáticos! Olavo de Carvalho tem certa razão em dizer que a moralidade revolucionária é dupla. No entanto, a duplicidade de caráter é um sintoma típico da psicopatia. O maníaco do parque, o Chico Picadinho, e outros criminosos atrozes eram uns primores de pessoas na vida social. É o que Trotsky chamava de a “moral” deles, das pessoas comuns, e a “nossa” moral, a do partido revolucionário, da máfia criminosa elevada à seita política iniciática.

E por falar em reflexos dessa moral, Luis Fernando Veríssimo deu uma de stalinista. Em artigo publicado em vários jornais “burgueses” de todo o país, o sujeitinho veio fazer similaridade entre o nazismo e as críticas contra Lula. Dizia que na época do nazismo, muitas pessoas que faziam coro contra Stalin eram admiradoras de Hitler. E que embora os “antifascistas” fossem muitos partidários de Stalin que lutavam contra o nazismo, isso os isentava moralmente da culpa, por causa do ideal que defendiam, ou seja, o socialismo. Transmutando a lógica para o momento atual, as pessoas que vaiaram Lula podem estar colaborando com os “nazistas” de hoje, os malvados reacionários inimigos da esquerda. Ele, o iluminado Veríssimo, deu a entender que não criticaria Lula, tudo em nome da causa que ele representa, ou seja, da “justiça social”, da “igualdade”, do “outro mundo é possível” e outras asneiras. A depravação do discurso de Veríssimo mostra o quanto uma ideologia pode levar a uma completa amortização da consciência moral. Para ele, vale mais mentir, matar e corromper-se com Stalin do que com Hitler. Não importa que Stalin mate mais do que o nazismo ou que um é apenas uma cópia mais grotesca do outro. Importante mesmo são os “elevados” ideais enclausurados na espiritualidade de porco de Veríssimo. Esses ideais, nas palavras do escritor, estão com Lula, ainda que ele roube mais, minta mais e corrompa mais do que a média nacional. Se o povo gaúcho tiver vergonha na cara, devia proscrevê-lo do convívio público e social. Um homem desse naipe não tem o menor respeito pelo país, que dirá então dos seus compatriotas gaúchos?! O que seriam apenas mais de trezentos cadáveres “burgueses”, se Stalin fazia coisa pior, tudo em nome de uma humanidade mais justa e fraterna? (acreditem, há petistas que pensam assim!). Nada mais sugestivo um dos títulos dos livros de Veríssimo: “as mentiras que os homens contam”. Poucas vezes se viu tamanha denúncia involuntária de um escritor sobre si mesmo. . .

Lula está escondido na Versalhes de concreto, Brasília. Como se escondeu durante três dias, enquanto a população estava em comoção com o acidente aéreo. Muita gente acredita piamente na idéia do seu carisma. Pobres palermas! Bastou umas vaias do Pan para abatê-lo. O presidente é apenas um covarde que se esconde através da chantagem e da bajulação dos seus servos. O mito Lula não sobrevive ao homem Lula, um inepto que tomou o poder, mediante uma fábrica de mentiras e uma trupe de psicopatas aduladores. Todavia, ele é perigoso, como toda sorte de tiranos. Os homens covardes e megalomaníacos são os piores tiranos. E seus lacaios são os velhos adoradores do boneco de formol leninista, que agora idolatram o outro bonequinho, só que de pano e palha. E tal como uma seita de fanáticos, defendem seu talismã, seu ganha-pão, enquanto o país se torna refém de uma farsa monstruosa e de uma quadrilha de bandidos.

Chamá-los de bandidos é elogio. Bandidos têm família, têm mãe, têm pai e, por incrível que pareça, alguns nutrem valores morais. Até as prostitutas são decentes perto desse povo. A mulher da vida que salvou a empregada doméstica do espancamento de delinqüentes da classe média do Rio de Janeiro, tem mais decência moral do que Marco Aurélio Garcia ou Lula. A moral criminosa do PT não é de um bandido comum, e sim de um grupo revolucionário. Não é por acaso que os bandos do crime organizado mais violentos do país têm um longo histórico de idéias revolucionárias. O PCC é um partido do crime, tal como o Comando Vermelho. Está no mesmo nível de quem hoje, governa este país. . .o espírito de porco do boneco de formol domina as almas delinqüentes desta república enferma!

segunda-feira, julho 23, 2007

Como faz falta uma classe de golpistas!

Houve uma época, neste país, em que a classe média derrubava governos. Foi em 1964, diante do caos institucional do João Goulart, cercado de sindicalistas, militantes e sargentos comunistas. A classe média, nas ruas, organizou a maior manifestação pública da história do Brasil: a Marcha com Deus pela Família e pela Liberdade. Meio milhão de pessoas foram às ruas para derrubar João Goulart e pedir a volta da ordem pública. A Igreja Católica, numa época em que era uma verdadeira Igreja Católica, sancionou o repúdio a um governo, que mais dia, menos dia, transformava o país numa ditadura sindical de partido único. As sementes do revolucionarismo bolchevista tomavam as rédeas do governo. E quando o presidente da república anistiou os sargentos subversivos infiltrados nas forças armadas, que haviam se amotinado contra seus oficiais, o exército, antes apreensivo, tomou o partido que todo mundo queria. Deu o contragolpe. Sim, o exército deu um contragolpe, no que era um ato de golpe presidencial. Quando João Goulart discursou para os sargentos da Marinha, anistiando-os e mesmo insuflando-os a protestar, ele, irresponsavelmente, quebrou a hierarquia das forças armadas. Queria golpear o oficialato. Caiu antes. Enquanto isso, a imprensa tinha gente inflamada, na figura do destruidor de tronos Carlos Lacerda e mesmo homens de quilate de Otto Maria Carpeaux. Era uma época em que tudo era preto no branco, direita e esquerda, com uma paixão furiosa. Não se fazem brasileiros como antigamente. . . não se fazem golpistas como antigamente. . .

A classe média atual é um grupo de pessoas agonizantes, acovardadas, acuadas. Ela morre de medo das invectivas dos usurpadores. Pede licença pra falar, educadinha, como moça amedrontada pelos estupradores ideológicos. Sente-se envergonhada de ser elite, de ter sucesso, e quando ganha rios de dinheiro, para agradar à esquerda, diz ser “socialmente responsável”. Aliás, a esquerda soube, como ninguém, domar os anseios da classe média, e, mesmo, das classes altas: usa da chantagem invejosa para ludibriá-las. Essa chantagem implica não somente a indução de uma culpa coletiva de classe, como mesmo o policiamento de idéias e de atos. Os cidadãos das classe médias e altas são marxistas sem o saberem. Eles acreditam piamente que exploram a mais-valia do trabalhador e que, para isso, devem ser agradáveis aos vermelhos que querem eliminá-los. Eles têm vergonha de ser empreendedores. O burguês tem vergonha de defender sua casa e seu comércio. O proprietário de terras tem vergonha de defender sua fazenda. Daí a entender, em parte, porque quase todo mundo que ser funcionário público. Por falar em vergonha, a classe média tem medo de se dizer “direita”. Tem medo, inclusive, de mostrar-se religiosa. O materialismo é chique, já que a maior parte dos idiotas pseudo-intelectuais universitários do país se diz ateu. Os partidos de direita não fogem à regra: até o PFL, então chamado de “liberal”, ficou envergonhado e agora se chama “democrata”. Virou um partido pasteurizado, confundindo-se com a esquerda norte-americana. A Igreja Católica, na ladainha dos padrecos de passeata, revogou a bíblia e o catecismo por Karl Marx e Che Guevara. Mesmo o exército brasileiro, essa força indômita de patriotas da república, agora bate continência para Hugo Chavez.

A imprensa brasileira é pura chapa branca. A maioria dos jornalistas tem uma reverência doentia pelo culto mitológico da esquerda. Se o ex-presidente Collor, por tão pouco, caiu, sem ninguém ser chamado de “golpista”, a mídia brasileira é constantemente cuspida na cara pelo governo, por causa de um suposto viés conspiratório. Quando criticam Lula, pedem, por favor! Enquanto isso, os asseclas do presidente sonham, um dia, com o confisco da Rede Globo pelo governo, tal como o seu acólito Hugo Chavez o fizera contra a RCTV na Venezuela.

Como foi doutrinada a se idiotizar e se humilhar até a demência em escolas e universidades, só restou à classe média bajular os seus inimigos, a promover os maiores imbecis deste país. Os inteligentes querem ser governados pelos medíocres. Os ricos querem ser administrados pelos pobres. Pois a pobreza promove qualquer patife notável com pose de coitado, contanto que chore em público, as culpas malvadas do capitalismo e das “zelites”. Lula é o sinônimo do mito da pobreza redentora. Ele pode ser presidente da república, pode ser um homem que enriqueceu ilicitamente com a política e, no entanto, continua eterno operário e sindicalista. Uma outra palhaça desse ramo é a petista Benedita da Silva. Como governadora, ela continua sendo eterna empregada doméstica. O problema é que ninguém a viu, até hoje, no governo do Rio de Janeiro, fazendo faxina. A vitimização da miséria é a redenção dos canalhas para fazerem tudo. Já dizia a Sagrada Escritura, "não afastes da justiça, o pobre". . .

A classe média brasileira é tão idiota, mas tão idiota, que idolatrava o vigarista do Lula como sendo o messias encarnado da justiça social. Havia algumas dondocas que o comparavam a Lincoln e mesmo a Machado de Assis. E na época da reeleição, outros idiotas reverberavam o crescimento econômico, ainda que com o mar de lama de seu governo corrupto. É como se a falta de escrúpulos morais pudesse se coadunar perfeitamente com a prosperidade. Será mera coincidência que o mito petista seja fruto de uma classe média bestializada? Sem contar outros asnáticos bem apessoados que votaram em Lula, porque Alckmin parecia “neoliberal”. Isso lembra a decadente nobreza francesa, nas vésperas da Revolução Francesa. A classe média e as elites puxam o saco de Lula e seus asseclas, tal como a nobreza francesa puxava o saco do paranóico Rousseau, do charlatão Diderot e de outros demais vigaristas, elevados a philosophes. Até a autocrática Catarina da Rússia puxava o saco dos iluministas. Puro sentimento de culpa. Um pouco antes de sua morte, a czarina se arrependeu, quando viu o produto acabado dos filosofastros: a democratização da guilhotina. O PT quer democratizar os fuzilamentos cubanos, de preferência, das classes ricas que as paparicam. Pelo menos, já encontrou um jeito de praticar expurgos: queimar a classe média em acidentes aéreos!

É uma tragédia para a nação. Como todo mundo se envergonha de ser elite, logo, ninguém se assume responsável pelos deveres inerentes ao status social e ao cargo. O bom governo, como a boa elite, se distingue precisamente por se diferenciar da massa, ao encarnar as virtudes e os deveres da liderança. O petismo é apenas o desserviço das elites. Eles querem ter os privilégios elitistas, sem os deveres para tal fim. E como se posam de eternamente pobres, eternamente vítimas, eternamente coitadinhos, eternamente incompetentes, encarnam isso como virtudes ao nível da ralé. Lula gosta de se parecer inculto e iletrado, precisamente porque acha que a elite deve encarnar o nível dos idiotas e dos inescrupulosos. A classe média, abobalhada, imita junto o zé povinho. E a ralé governa o país. A anormal tolerância para com este governo, seja no esquema aparelhado de corrupção, como no sofrimento de dez meses de caos aéreo, é o reflexo da estupidez total da classe média: atacada, massacrada, tributada e letárgica, mal consegue formar opinião e fazer valer seus interesses na política.

Bons tempos em que a TFP e a classe média se articulavam nas ruas, para derrubar governos. Quando os brasileiros acreditavam em tradição, família, propriedade, catolicismo, patriotismo, liberalismo conservador e ordem. Onde ser de direita era sinônimo de orgulho, e comunista sinônimo de ladroagem, vergonha e tirania. Bons tempos em que uma imprensa "golpista" tinha coragem de insultar governos, em que oradores eletrizavam um país inteiro, e a classe média exigia respeito consigo mesma. Naquela época, a classe média tinha um sentimento de responsabilidade para com o país. Hoje, é apenas um simulacro espiritual dela, uma caricatura da covardia. Se a classe média atual fosse séria, este governo jamais se reelegeria. Ou, na melhor das hipóteses, esse governo cairia. . .bons tempos em que tínhamos verdadeiros golpistas, autênticas classes médias. Só nos sobrou uma classe de golpistas, no sentido do artigo 171 do Código Penal. . .essa caterva de esquerdistas estelionatários patológicos que tomaram o poder!

A “ganância” das empresas aéreas e a lavagem de mãos do governo. . .

O novo mito explorado pelos áulicos do governo Lula, para tirar dividendos da tragédia, é o sentimento anticapitalista da população. Como se tornaram feias as cenas em que Marco Aurélio Garcia faz um gesto obsceno de vitória, ao presumir supostos defeitos técnicos da TAM, agora eles têm um velhíssimo álibi para a tragédia: a ganância dos empresários. Antes, o ministro da fazenda dizia que o colapso aéreo era culpa do crescimento econômico. Agora, as empresas são malvadas por crescerem mais do que o governo.

Não se está negando a responsabilidade da TAM pelo incidente. Pode haver certa dose de culpa na empresa aérea. No entanto, ela não é a única responsável e, talvez, nem seja a principal. Os fatos óbvios envolvem toda a omissão criminosa do governo brasileiro, que, desde a queda do avião da Gol, não fez absolutamente nada.Vários acidentes aéreos em menos de um ano não pode ser milagre das empresas aéreas. E como não devia deixar de ser, as companhias de aviação, antes responsáveis pela prova do “crescimento econômico”, agora são bodes expiatórios da tragédia. Logo, elas são “gananciosas” e só visam o lucro. Primoroso mesmo é o governo, que só fez debochar da situação. Um jornalista inglês da BBC soube descrever, como ninguém, a posição governamental: uma farsa!

Por falar em lucro, o único que lucrou durante dez meses, a revelia do povo e das empresas aéreas, foi o petismo. O PT se preocupou mais em preservar os postos de poder na Anac e na Infraero do que a segurança dos passageiros. Não é por acaso que, depois de mais de 300 cadáveres queimados, o governo condecorou os responsáveis morais pelo acidente aéreo, os dirigentes da Anac e da Infraero. Pergunta-se por que os atuais administradores do espaço aéreo nacional receberam alguma homenagem, a despeito de centenas de mortos nas costas, em apenas 10 meses? É claro, foram condecorados, apenas porque conseguiram manter a companheirada partidária nos órgãos do governo. O petismo tem dessas coisas: é uma condenação moral do mundo e uma bajulação psicótica de si mesmos. Recordemos; a moral petista "deles" não é a "nossa" moral. . .

E onde estará a maldade das empresas aéreas? Os lucros que elas ganham vêm precisamente dos preços baixos e dos serviços que o consumidor precisa. Ou seja, quem paga para que elas tenham lucros “gananciosos” são os passageiros, que, cada vez mais, buscam a comodidade da aviação. Porém, na lógica tresloucada do governo, as companhias aéreas devem reduzir o tráfego de aviões, pois a Anac é incapaz de controlar todo o espaço aéreo. Isso significaria não somente o suicídio econômico de certas empresas, como a redução do número de aviões, aumentando o preço das passagens. Se as empresas brasileiras merecem do público são elogios, já que conseguiram superar o governo em praticamente tudo. Só não superam em segurança, porque não depende somente delas, o zelo pelo espaço aéreo. Mas na psicopatologia do governo Lula, as empresas adoram perder aviões; as empresas adoram pagar processos milionários a vítimas de acidentes aéreos; adoram ser difamadas.

É claro que há abusos por parte das companhias, em particular, o uso de overbooking, ou vendas acima do número de passageiros. Como há displicência com um ou outro avião, no que diz respeito à segurança técnica das aeronaves. Os mecanismos legais e administrativos são necessários para punir com rigor tais omissões. Porém, quem é que garantirá a segurança dos passageiros, se o Estado é omisso? Os dez meses de caos, desserviços, motins e disparates de um governo incompetente, leviano, corrupto e mentiroso até a demência não são meras coincidências. As responsabilidades pelos acidentes são bastante óbvias. Menos para o PT, cujo rabo está mais exposto do que nunca e quer tirá-lo da reta, colocando, naturalmente, o rabo dos outros. Esperem para ver: os petistas ainda vão culpar as vítimas pelo caos dos aeroportos, por falta de paciência. Ao contrário da megalomania petista, Lula não é Cristo e sim Pôncio Pìlatos. E aí, um terceiro avião poderá cair. Só espero que não seja o meu vôo. Quando eu fizer minha viagem de avião, vou entregar tudo nas mãos de Deus. . .

sábado, julho 21, 2007

Uma moral de psicopatas criminosos. . .leia-se, o governo dos nojentos.

O governo Lula já passou dos limites da tolerância elementar ao juízo moral. A cena em que o assessor para assuntos externos, Marco Aurélio Garcia, e seu comparsa, comemoram, com gestos obscenos, um hipotético resultado que poderia isentar a cúpula petista das responsabilidades pela tragédia, mostra a indiferença patológica, senão doentia, deste governo. Se não bastasse isso, a propaganda de desinformação petista, na boca de seus militantes e jornalistas, tenta amenizar, senão ocultar a tragédia. Como o estrago foi feito, só resta fabricar um conjunto ilimitado de boatos, falsidades e sofismas grosseiros, espalhados pela imprensa chapa branca e pela militância, a fim de reverter o processo de desmoralização total do governo.

E as mentiras não têm fim. A militância petista espalha a idéia canhestra de que a imprensa “golpista” está se aproveitando do incidente, para tirar dividendos políticos. Ou seja, o sonho do PT é que nunca tivessem filmado o sofrimento dos familiares. Como dizia o jornalista Reinaldo Azevedo, o povo brasileiro deve ficar de luto e morrer em silêncio. Por outro lado, o governo está preparando suas armas, ao querer culpabilizar a “ganância” das companhias aéreas, enquanto lava a mão, tal como Pilatos. Como se a ganância das companhias aéreas não fosse de responsabilidade governamental, já que ele tem a obrigação de fiscalizar os serviços dos aeroportos. A patologia moral dessa gente é tanta, que ainda dizem que o gesto mau caráter de Marco Aurélio Garcia era algo de foro privado e que a imprensa devia respeitar. Respeitar? Como alguém pode ter respeito por um gesto que demonstra o grau de indecência pública que tomou conta deste país? Desde quando um assessor, uma autoridade pública, tem o direito à privacidade, quando sua manifestação deplorável foi encenada num recinto público? Mesmo que fosse encenada num recinto privado, ele é uma autoridade pública, e como tal, suas opiniões políticas dizem respeito ao público. Marco Aurélio Garcia ainda tentou tergiversar, afirmando-se indignado com as acusações contra o governo. Todavia, nenhuma autoridade pública merece privacidade, quando seu gesto é uma falta de decoro público. Ou melhor, uma cuspida na cara do povo brasileiro.

Outras declarações comuns dos petistas dizem respeito ao fato de que a imprensa só deu cobertura ao acidente, porque as vítimas eram da classe média. É a moral bolchevista sendo aplicada no sentido de explorar o ressentimento marxista entre as classes sociais. É como se a classe média não tivesse os mesmos direitos políticos que qualquer cidadão brasileiro neste país. Como se as 200 vítimas do desastre da TAM não fossem pessoas, mas categorias abstratas de classes inimigas, cujo acidente só fez sistematizar a velha teoria da luta de classes. Se o peso dos votos estão nos estômagos comprados pelo bolsa-família do norte e nordeste, por que se preocupar com a tal “classe média” reacionária que pega os aviões?

Essa é a moral do assessor psicopata: enquanto ele está indignado com a cobrança de responsabilidades que lhe imputam pelo cargo, é indiferente ao sofrimento das vítimas. Não importa se mais de 300 pessoas já morreram no espaço aéreo brasileiro em menos de um ano. O caso é que o poder pelo poder deve ser mantido a qualquer custo, junto com o mito Lula. Daí a falsa comoção dos petistas em afirmar que o sofrimento das vítimas estava sendo explorado pela imprensa. Daí a acusação contra uma “mídia golpista”, como se a mera existência da oposição fosse, em si mesma, um crime. Aliás, a idéia mesma de chamar qualquer oposição de “golpista” já demonstra o caráter totalitário deles.

Sim, o Brasil está governado por um sistema totalitário de pensamento. A sucessão doentia de mentiras compulsivas é um reflexo de uma classe política que nasceu dentro de uma ideologia mentirosa. Uma classe política, cujas diretrizes ideológicas se permitem mentir, enganar, e, se possível, mancomunar-se com o crime, a delinqüência e o terrorismo. Também pudera, quem está no poder foi terrorista, bandido, assaltante de banco e membro de uma quadrilha revolucionária. Quem está no poder é aliado de ditadores, guerrilheiros e terroristas narcotraficantes da América Latina. Qualquer semelhança não é mera coincidência.

Mesmo os atos de difusão da desinformação petista são ações dignas de uma polícia política soviética ou nazista. Milhares de petistas espalham boatos e informações inverídicas, para que elas se misturem com as informações verdadeiras. A quantidade de mentiras que contam são tão confusas, tão desencontradas, que no final das contas, a população fica impedida de saber a verdade dos fatos. É aquele velho método de Goebbels, ministro da propaganda de Hitler, de contar mil vezes uma, ou várias mentiras, até que elas se tornem uma verdade. Ou melhor, é o velho método de Stalin, de camuflar os crimes de um governo. Concomitante às mentiras, as fontes que espalham informações verdadeiras devem ser desmoralizadas. Os ataques contra a mídia “golpista” são apenas parte de uma estratégia maior da campanha de desinformação do governo. Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi e Olavo de Carvalho são as maiores vítimas deste processo de difamação sistemática do PT. Enquanto os três melhores cronistas do país são acusados de possuírem subsídios ocultos e imaginários da mídia “golpista”, a fábrica de desinformação petista usa de pesadas verbas públicas para silenciar suas opiniões. Olavo de Carvalho perdeu o emprego em grandes jornais de circulação e foi para o auto-exílio, nos Eua. Diogo Mainardi tem vários processos na justiça, um deles, do jornalista áulico da Rede Globo elevado a ministro, Franklin Martins. E Reinaldo Azevedo não conseguiu patrocínio privado nem para a extinta revista Primeira Leitura. Falar mal do governo sempre foi um perigo neste país. Nestes tempos sombrios então, a coisa piorou. E nunca foi tão bom alguém bajular o governo. Algumas revistas e jornalistas que venderam a alma estão banhados em ouro com dinheiro do contribuinte.

Quanto menos a população compreender o que está ocorrendo, melhor para os petistas. Ademais, muitas dessas fontes de desinformação na imprensa nem são identificáveis como petistas. Há revistas, jornais e jornalistas que fazem essa campanha de desinformação do governo, passando-se por fontes imparciais ou isentas. O exemplo clássico é o próprio Franklin Martins e, menos conhecido, a Carta Capital. Dinheiro público é que não falta para produzir uma unanimidade midiática. Que dirá então de cargos públicos? O totalitarismo das mentiras oficialmente espalhadas se mancomuna com o desejo de uniformizar as opiniões e a imprensa livre numa mera extensão laudatória do governo.

Essa campanha de desinformação foi demonstrada, também, nos eventos dos jogos Panamericanos. A platéia vaiou em peso o presidente Lula, impedindo-o que fizesse o discurso da inauguração do espetáculo esportivo. A caterva de puxa-sacos e áulicos governamentais e midiáticos não acreditaram no que viram e, para salvar a honra do presidente, inventaram a lorota conspiratória de um ato armado do prefeito César Maia, do DEM. Como se fosse possível organizar milhares de pessoas num estádio apenas para vaiarem o presidente. . .

É o delírio de um governo totalitário. O presidente Lula, acostumado a um grau de bajulação além das suas qualidades, não acreditou no que viu. E os petistas, desconcertados, inventaram mil e uma lorotas, entre os quais, a de que os freqüentadores dos Panamericanos eram tudo pessoas das elites. Faltou dizer que uma boa parte dos participantes era composta de pessoas comprometidas com o governo federal. Como a megalomania petista não pegou, restou salvar o presidente do vexame, usando o velho jargão “luta de classes”. O petismo adora explorar ressentimentos e invejas classistas para justificar seus desmandos. E a aviação se tornou o matadouro da classe média. Isso, quando se sabe que a elite política mais poderosa do país são eles. . .
Se não bastasse a indiferença moral do governo ante o bem estar do seu povo e mesmo com o incidente, a Aeronáutica fizera um desserviço ao público, quando condecorou os administradores da Anac e da Infraero. Na verdade, o governo condecora a própria tragédia dos brasileiros, elogia sua própria incompetência governamental e premia seus verdadeiros responsáveis. É a companheirada sendo elogiada, precisamente por manter o esquema aparelhado de banditismo e corrupção que se apossou do Estado Brasileiro e do sistema aéreo nacional. É mais outra cuspida na cara do Brasil. Se este país fosse sério, os administradores da Anac, da Infraero, e mesmo gente como Lula e sua caterva, estariam todos na cadeia.


O governo federal não é uma classe política séria, porém, uma quadrilha, um bando criminoso. A população ainda não compreendeu que a moralidade petista não é a nossa moralidade. Como diria Trotsky, a moralidade “deles”, dos “burgueses”, aqueles que acreditam em direitos individuais, em moralidade, humanidade, não é a “nossa”. A moralidade bolchevista do PT é a cumplicidade mafiosa de um partido leninista, a lealdade patológica a um procedimento revolucionário, cujos sacrifícios individuais concretos e toda uma sorte de atrocidades valem a sacralidade abstrata de uma ideologia e de um grupo desprezíveis. Enfim, é uma moral de psicopatas, o governo dos nojentos!

sexta-feira, julho 20, 2007

Conde e Fernando FL comentam sobre a tragédia da TAM. Não percam!

http://www.twango.com/media/foralulaorkut.podcast/foralulaorkut.10027

Fazia tempo que eu e meu amigo Fernando não gravávamos um podcast. Com o desastre da TAM, realmente não deu pra ficar calado! Escutem, apreciem, reflitam e divulguem. . .

quarta-feira, julho 18, 2007

Quando é que o povo brasileiro vai despertar?

Morte no avião.

Acordo para a morte.
Barbeio-me, visto-me, calço-me.
É meu último dia: um dia
cortado de nenhum pressentimento.
Tudo funciona como sempre.
Saio para a rua. Vou morrer.

Pela última vez miro a cidade.
Ainda posso desistir, adiar a morte,
não tomar este carro. Não seguir para.
Posso voltar, dizer: amigos,
esqueci um papel, não há viagem,
ir ao cassino, ler um livro.

A morte dispôs poltronas para o conforto
da espera. Aqui se encontram
os que vão morrer e não sabem.
Jornais, café, chiclets, algodão para o ouvido,
Pequenos serviços, cercam de delicadez
nossos corpos amarrados.
Vamos morrer, já não é apenas
meu fim particular e limitado,
somos vinte a ser destruídos,
morreremos vinte,
vinte nos espatifaremos, é agora.

Ó brancura, serenidade sob a violência
da morte sem aviso prévio,
cautelosa, não obstante irreprimível
aproximação de um perigo atmosférico,
golpe vibrado no ar, lâmina de vento
no pescoço, raio
choque estrondo fulguração
rolamos pulverizados
caio verticalmente e me transformo em notícia.

Trechos da poesia de Carlos Drummond de Andrade


Quando eu vejo a república brasileira sendo administrada por gente do naipe do presidente Lula, da ministra Marta Suplicy “Favre” e do ministro Guido “Manteiga”, estou perfeitamente convencido de que somos governados por uma mistura delinqüente de clubinho de DCE Acadêmico com o banditismo legalizado. Ademais, quem teve o desprazer de conhecer uma universidade pública, percebe um caráter criminoso do movimento estudantil, com suas idéias revolucionárias e de violência, e suas ações políticas. Em suma, estamos governados por sociopatas, por gente que se acha acima do bem e do mal, cujo senso de moralidade é escasso.

No entanto, o que me assusta não são necessariamente os atos dessa turma do PT. Desde que se elegeram em 2002, eu sabia das desgraças que este país cairia nas mãos deles. O que me assusta é a anormal tolerância do povo brasileiro para com essa gente. No primeiro mandato de governo, eles criaram o sistema de corrupção jamais visto na história brasileira. Um aparelhamento escandaloso do Estado, cujo modelo, importado de Cuba e da Venezuela, ainda ameaça os alicerces da democracia brasileira. Na verdade, o PT criou um gigantesco caixa-dois eleitoral e partidário em todas as estruturas do Estado brasileiro. Fundiu o Estado com o partido. Isso é o de menos. A ação petista não se limitou a se apropriar do Estado como bem privado: subornou uma boa parte do Congresso Nacional, e uma boa parte da imprensa, para criar uma extensiva forma de controle do legislativo, da mídia e mesmo da sociedade civil. Não é mera coincidência que o governo tenha inventado meios de controlar a imprensa, através de órgãos políticos dignos de sistemas totalitários. O PT é um partido inimigo da democracia e do decoro público.

Pelos indícios, esse aparelhamento e essa índole criminosa não são de hoje: o assassinato do prefeito petista Celso Daniel possui a marca da queima de arquivo, já que o financiamento das propinas para a prefeitura paulista de Santo André tinha como suspeitas, a ligação com a presidência da república. Pior são suas ligações com o movimento revolucionário na América Latina, que envolvem narcotráfico, terrorismo, guerrilha, crime organizado. Suas influências são sentidas na Colômbia e mesmo em São Paulo, através do PCC, sucursal da guerrilha colombiana no Brasil. Sem contar as ligações do PT com o governo Chavez, Morales, Fidel Castro e o Foro de São Paulo.

Qualquer pessoa bem informada a respeito, sabe que o PT é defensor das Farcs, o mesmo grupo de guerrilha que repassou ao PCC, as táticas terroristas que assolaram São Paulo, em 2006. Sabe que as ligações promíscuas do governo brasileiro com Morales, líder cocaleiro narcotraficante e presidente da Bolívia, custaram a perda da Petrobrás. E que é por intermédio do governo brasileiro, que Chavez está destruindo a democracia da Venezuela. Coleções de vandalismos não faltam, com a invasão de terras, a depredação da Aracruz, a quebradeira do Congresso, com a natural impunidade de uma democracia fragilizada. E, recentemente, os movimentos sociais ligados ao PT invadiram o maquinário da hidrelétrica de Tucurui, ameaçando tirar a luz de todo o norte e nordeste do Brasil.


A família do presidente Lula é quase toda feita de escroques. O enriquecimento ilícito de sua família é escandaloso. O filho ficou milionário sendo lobista da Telemar, recebendo milhões em polpudas propinas da empresa de telefonia. Tudo com um objetivo bem claro: o pleno direito da Telemar de monopolizar o mercado brasileiro de telefones. Os gastos da filha do presidente são bancados por um estranho amigo, um novo PC Farias petista. E o irmão do presidente é outro que participa de esquemas de bandidinhos vulgares, aproveitando o status presidencial. Por outro lado, a farsa do dossiê de 1,7 milhões de reais, envolvendo um motorista próximo ao presidente, esposo de sua secretária, em nada arranhou sua reputação. O povo, inebriado por uma ilusória estabilidade econômica, e a mídia, ora medrosa, ora corrompida com dinheiro público, decidiram ignorar as evidências óbvias. Reelegeram a classe política mais podre e corrupta que se há notícia em nossa história.

E agora a incompetência, que foi a regra deste governo, assola os aeroportos. O petismo, como não poderia deixar de ser, colocou a companheirada na Infraero e na Anac. E quando o avião da Gol caiu, matando 154 passageiros, a fábrica de desinformação petista na imprensa acusou os americanos do jato Legacy (claro, precisamos de bodes expiatórios), para omitir a responsabilidade governamental mais óbvia. E os sargentos sindicalistas infiltrados na Anac fizeram a rebelião contra um governo sem personalidade. O PT, ao tratar do problema aéreo, não como um caso de disciplina militar, mas, como uma querela sindical do ABC Paulista, quebrou a hierarquia das forças armadas, mandando um ministro sindicalista para apaziguar os ânimos dos sargentos.

A rebelião militar se tornou uma rebelião da CUT. Os passageiros, nos aeroportos, sofriam com os boicotes sistemáticos dos operadores de vôo, enquanto a segurança do espaço aéreo estava comprometida. O governo fingia ter autoridade, estimulando a falta dela. E o presidente e os ministros mentiam à vontade ao público, quando todo mundo fingia engolir. Diziam que estava tudo sob controle, com o descalabro dos sargentos do tráfego aéreo, que se recusavam a bater continência para os oficiais. Viraram soldados rasos da CUT.

Cinicamente, o governo, camuflando a total falta de controle da situação, tinha explicações mirabolantes para o apagão aéreo. Marta Suplicy, no auge do deslumbramento do ministério do turismo sexual, dizia para os passageiros relaxarem e gozarem. O ministro da fazenda, Guido Mantega, inventou uma explicação curiosa: o colapso do sistema aéreo é fruto do crescimento econômico. E todas as mentiras mais canhestras eram contadas à população, expostas ao aborrecimento ou mesmo à morte em mais um acidente aéreo. Também pudera, o presidente da república tem seu seguro boing particular, às custas do nosso dinheirinho! E este dia aconteceu: 17 de julho de 2007. Em menos de um ano, dois aviões caíram, matando mais de 300 pessoas. O governo sem autoridade sumiu. As famílias choram seus mortos. E a propaganda de desinformação petista tenta abafar a tragédia, dando a entender que culpablizar o governo é tirar dividendos políticos contra ele. É a tal coisa da “mídia golpista”, alardeada pelos jornais bajuladores do PT. A consciência irresponsável do governo está a pleno vapor. Como diria Reinaldo Azevedo, ninguém tem direito de chorar os seus mortos. Ninguém tem o direito de criticar a leviandade de um governo que despreza seu povo.

Aliás, o povo brasileiro só passa humilhação. É no aeroporto, é na vida cotidiana, é na violência das grandes cidades, é nas mentiras tacanhas e roubalheiras do governo. As pessoas que choravam suas vítimas sofriam os mesmos constrangimentos que outros passageiros sofrem durante quase dez meses! E agora? O senhor ministro da fazenda vai nos afirmar que o aumento do número de acidentes aéreos é culpa do crescimento econômico “nestepaiz”? Vamos relaxar e gozar com os cadáveres carbonizados da Tam? Os culpados por esse estado de coisas, menininhos de DCE acadêmico covardes que são, estão escondidos na fria Versalhes de concreto “Brasília”. Seus burocratas bravateiam providências que já deviam ser tomadas e não vão ocorrer e, na melhor das hipóteses, vão abafar tudo. Enquanto isso, os áulicos puxa-sacos vão espalhar mentiras e desinformação, só faltando culpar as famílias, o PSDB e a “mídia golpista” pelas causas da tragédia. Vão relativizá-la. E quando menos se esperar, vão tentar esquecê-la. Vão querer neutralizar a consciência moral do povo neste ínterim, tal como já fizeram com a corrupção e a violência nas cidades. E os acidentes podem se tornar rotina.

O brasileiro médio está de luto, mas perdeu a capacidade de se revoltar. Perdeu o senso elementar de moral, do que é certo. Quando é que o povo vai despertar para suas tragédias? Quando é que vai parar de ser pacífico, omisso, submisso, para desembainhar a espada da justiça contra um governo desprezível, mentiroso, corrupto e desmoralizado, que cospe na sua cara? Se fossemos um país sério, esse governo cairia, de tão podre que representa. Se tivéssemos um país que se desse respeito, este governo jamais se reelegeria. O Sr. Lula não estaria na Presidência, porém, na cadeia, junto com sua corja. Já se morrem pessoas demais nas ruas violentas, no crime organizado, nas filas de hospital, dentre outras demais tragédias. E agora, morre-se na aviação, com a total irresponsabilidade pela segurança dessas pessoas? Quantas pessoas mais precisarão morrer nos vôos do Brasil, para que o povo acorde de sua humilhação? O meu temor é que esse despertar nunca exista. . .

Fidel Castro e as cabeças de gado.

Anedota Búlgara.

Era uma vez um czar naturalista
que caçava homens.
Quando lhe disseram que também caçam
borboletas e andorinhas.
Ficou muito espantado
E achou isso uma barbaridade.

Carlos Drummond de Andrade.


Um evento particularmente curioso ocorreu nos jogos Panamericanos do Rio de Janeiro, capaz de horrorizar a inteligentsia esquerdista: um jovem jogador da seleção cubana de handebol saiu dos alojamentos do Pan, pegou o primeiro táxi e pediu asilo político de seu país. É mais um cidadão que foge de Cuba, depois da cinqüentenária ditadura de Fidel Castro. E é mais um número que engorda o exílio de 2 milhões de cidadãos cubanos, 10% da população do país. Ainda houve perfeitos idiotas latino-americanos, os capitães do mato espirituais do castrismo, que imputaram a pecha de “traidor” a um individuo que busca sua liberdade, longe da tirania. É como se o país, o governo, o “povo”, fossem donos do indivíduo. Na verdade, é como se o gado fugisse da fazenda, e o dono de terras ou mesmo os bois, sentissem falta de uma cabeça de seu rebanho. O Brasil, apesar das tentativas totalitárias do governo Lula de cercear a liberdade de expressão, ainda inspira essa liberdade. Liberdade até para cubanos.

Monstruoso é perceber como os atletas cubanos são tratados pelo regime comunista. A esquerda desmiolada adora exaltar a criação de talentos esportivos destes países, como se isso implicasse alguma promoção do projeto socialista. Ninguém explica como estes indivíduos são vistos: Fidel Castro os usa como bichos adestrados, tal como há dois mil anos, um dono de escravos trataria seus cativos. Ainda há de se recordar daquelas ginastas olímpicas russas da guerra fria, quase todas dopadas de anabolizantes, tratadas como animais domésticos pela ditadura soviética. Enfim, um regime onde a liberdade é assassinada, as pessoas são tratadas como meros joguetes do sistema político. Não são humanas, não possuem importância política alguma. Nelson Rodrigues dizia que o homem socialista, o “novo homem”, era uma antipessoa, um antihumano. A única importância política delas é promoverem o regime que odeiam e os oprimem. O espetáculo é de gladiadores, não de homens livres. E morrem, saudando César, como num picadeiro romano, no panem et circensis socialista. Nádia Comaneci, a mais brilhante olímpica que a Romênia já produziu, não aguentou os estupros periódicos que sofria do filho do ditador Ceausescu: pediu as contas e partiu para os Eua.

O alto grau de mentiras oculta a criminalidade intrínseca do regime socialista de Cuba. Frei Betto, recebido no conforto dos Mercebes-Benz cubanos de Miramar, exalta a pobreza virtuosa do cubano médio, quase famélico, contra o malvado capitalismo e imperialismo norte-americano. Comenta-se que nas agremiações do Pan, os cubanos eram um dos poucos indivíduos que se locupletavam de tanto comer nos refeitórios. Dizem que nunca tinham visto tanta comida em anos de suas vidas. Aliás, há a história de um cubano numa churrascaria, que comeu tanta carne, mas tanta carne, dizendo que comeu mais naquele dia do que toda sua vida em seu país. Para quem viaja a Cuba, Havana mais parece um país devastado pela guerra: casas em vias de desabar, carros dos anos 50 empurrados por carroças ou caindo aos pedaços, lojas e compartimentos com prateleiras vazias. A miséria ronda o povo, que pede esmolas aos turistas ou mesmo se prostitui.

O pior é pensar que o povo cubano é capaz de aceitar sua pobreza e servidão com resignação, precisamente por causa da repressão política e do controle estatal sufocante. Dos atos da vida cotidiana, até a educação e a liberdade de ir e vir, tudo é espionado pelo Leviatã castrista. A imprensa só mostra a versão do governo. A educação é um instrumento laudatório de autopromoção do regime. A delação é um empreendimento rotineiro. E as perseguições políticas são muitas: quase 20 mil fuzilados por crimes políticos, enquanto 1% da população está na cadeia. Proporcionalmente há mais prisioneiros em Cuba do que nos Eua ou no Brasil. O número de presos cubanos representa cerca de quase a metade da população carcerária brasileira. As denúncias de torturas são comuns. O número de suicídios é altíssimo. E as fugas para Miami são constantes.

Há uma outra perversão do sistema: todo mundo é proibido de crescer economicamente. Nada foge da esfera da onipotência do Partido Comunista. É a loucura particular do socialismo: o direito de buscar meios para a própria sobrevivência depende do consentimento do Estado. Comer, trabalhar, vestir uma roupa, abrir um negócio, tudo depende da vontade governamental. O reconhecido direito natural de buscar meios próprios para a sobrevivência não existe. Na mais absurda das hipóteses, buscar esses meios é um crime contra o Estado. Eis os efeitos maléficos da abolição da propriedade privada: a abolição legal da liberdade individual e da livre iniciativa. Se alguém não pode dispor de seus bens, de seu trabalho, não é livre. No caso de Cuba, como não se reconhece a propriedade privada, logo, não se reconhece também a propriedade do próprio trabalho. O cubano médio trabalha como um escravo do governo. Leis para isso são bem claras: como o regime consegue criar um estado tal de ineficiência, apatia, desilusão e letargia do povo, o trabalho é compulsório e a recusa de trabalhar para o único dono, o governo, dá cadeia. Ademais, nem o sentido da intimidade existe. Alguns brasileiros ficaram chocados, quando seus amigos cubanos foram proibidos de darem abrigo a eles. Como o Estado é dono da propriedade de todo cubano, proibiu o livre direito de um cidadão de receber quem ele quiser em sua casa. No direito "burguês", um inquilino tem direito de defender a posse da casa até do proprietário, quando invade sua privacidade. Em Cuba, as casas são verdaderos entulhos de pessoas sem privacidade alguma. . .


Fidel Castro está para Cuba, como um fazendeiro está para a ilha do Marajó. A diferença é que o fazendeiro cria búfalos. Daí pensar que o cidadão cubano ser uma espécie de gado. A diferença é que um gado bem alimentado de uma fazenda é melhor tratado do que o cubano. Ademais, a fome é tão comum no país, que as vacas leiteiras são protegidas pelo governo contra o risco de serem abatidas. A mesma proteção diz respeito aos bois, que são usados para o arado. A agricultura cubana é algo tão obsoleta e a produção tão baixa, que até o açúcar cubano é racionado. Por vezes, o governo chega a importar a mercadoria.

O atleta cubano é anátema para os cubanóides brasileiros que sonham com a miséria castrista em nosso país. Ele se tornou uma espécie de inimigo da causa socialista, no viés totalitário dessas cabeças de gado. É como se os tiranos fossem alguma espécie de suseranos que exigissem lealdade, ao sacrifício das próprias liberdades dos povos. Os vassalos de Fidel Castro choram no Brasil, regados a uísques, carguinhos e dinheiro público “petistas” (minto, o meu, o seu, o nosso dinheiro). Eles sonham em ser burocratas de Miramar, com suas mercedes, suas Land Rovers. . .ou quem sabe suas “jineteras”, patrocinadas por cafetinas da república de Ribeirão Preto?

Se o governo brasileiro cubanófilo recusar o asilo político ao esportista, ele irá pra cadeia em Cuba A Declaração Universal dos Direitos Humanos, que garante ao cidadão o direito de entrar e sair livremente de seu próprio país, no linguajar esquerdista, só existe para terroristas ou bandidos patrocinados pelo governo socialista. Direitos Humanos no Brasil é para defender narcotraficante das Farcs ou seqüestrador do Mir chileno. Esses aí têm direitos. Os cidadãos honestos do mundo não.


Pela mentira lingüística patológica da inteligentsia esquerdista, o jogador cubano escolheu as mazelas do sistema capitalista, em troca dos “avanços sociais” de Cuba. E que avanços! Ele trocou a condição de gado de um curral totalitário para o sentido ético da responsabilidade e da iniciativa individual, somente comuns a um mundo livre. Tornou-se um homem livre. O Brasil ainda pode se dizer privilegiado de não viver sob o totalitarismo, o sonho de dez entre dez perfeitos idiotas latino-americanos universitários de esquerda. Isso implica dizer que a liberdade neste mundo não é somente um direito, porém, um privilégio daqueles que lutam por ela. Adeus Lênin! E a “Cuba libre” fica em Miami. . . ou no Brasil!

domingo, julho 15, 2007

A dura rocha da Igreja Católica!

Recentemente, a Igreja Católica apresentou ao público um documento declarando-se a “única verdadeira de Cristo”. Reafirmava os fundamentos de sua doutrina, como unicamente válidos dentro da vida cristã. E dizia que as demais congregações cristãs não eram “igrejas”, e sim “comunidades”, fazendo a devida distinção entre o catolicismo e demais segmentos cristãos. Até aqui, nenhuma novidade. Desde que mundo é mundo e Igreja Católica é Igreja Católica, ela sempre se portou como a única igreja de Cristo. Sempre reiterou sua distinção entre as demais denominações, partindo de sua tradição e suas origens, que são peculiares, em comparação às demais outras igrejas.

Surpreendente foi a hipocrisia da mídia a respeito das declarações vaticanistas. Deram a entender que aquilo fosse alguma novidade, e que a Igreja agiu de forma intolerante, ao fazer valer seus conceitos milenares de crença, moral, teologia e tradição. A imprensa, os protestantes, e demais agremiações religiosas criticaram duramente o Vaticano. Diziam que isto não favorecia ao “ecumenismo”, ao entendimento entre as igrejas. Aliás, aproveitaram a oportunidade para criticarem a tradição papal, com velhos estereótipos infames contra Bento XVI, para insinuar-lhe uma fama de alemão autoritário e obtuso. Tudo seria um paraíso iluminista se não fosse a completa malícia da mídia e a total ignorância do público. Sem contar, claro, a demagogia protestante a respeito do ecumenismo.

Qualquer pessoa que estude com detalhes a doutrina, ou mesmo catecismo da Igreja, sabe que ela sempre se considerou a única depositária da fé cristã. Esse depósito está embasado em toda a Tradição que a Igreja herdou nos últimos dois mil anos e que foi repassado ao Magistério, como fiel escudeiro do zelo doutrinário da fé. O papa apenas notificou aquilo que muitos teólogos da filosofia patrística já reafirmavam com afinco, no que diz respeito à ortodoxia, desde a Idade Antiga: nulla sallus extra eclesiam (não há salvação fora da Igreja) e Roma Locuta, causa finita est (Roma fala, causa encerrada). A legitimidade do catolicismo começa, na medida em que o próprio Cristo repassa a Pedro as chaves da Igreja. E esta legitimidade é consagrada, na medida em que a Igreja foi a primeira a difundir o cristianismo pelo mundo, e sobre ela estar todo o embasamento filosófico do pensamento cristão. Por mais que haja dissidências quanto a isso, ou quanto às suas estruturas, o fato é que nada foge da influência da Igreja. Nem mesmo o protestantismo, com sua crítica feroz à legitimidade do credo romano, escapa do peso do catolicismo romano. Até a bíblia, que é fonte única e primária de fé no protestantismo, é um produto da Tradição Romana.

Ao contrário dos argumentos comuns de protestantes e ateus, a Igreja não é uma instituição arbitrária, um capricho do tempo ou mesmo de uma cúria eclesiástica. Por mais que um papa possa influenciar nas diretrizes doutrinárias da Igreja, nem mesmo ele pode mudar aquilo que já foi ditado como regra, porque todo seu poder está condicionado ao peso da Tradição.

O catolicismo não faz concessões em nome do tempo ou da moda. Nem mesmo concede pela mera vontade dos seus membros. Até porque a força da Igreja Católica está na sua intransigência, na sua autoconfiança e na idéia principal de possuir, em sua gênese, os pressupostos da Revelação Divina. Isso não implica dizer que a Igreja não faça concessões quando necessário. Ela faz, dentro dos princípios dela e isso lhe dá uma força moral muito maior do que qualquer instituição. É verdade que essa autoconfiança excessiva de si mesma, esse zelo doutrinário e essa postura austera e dogmática podem causar um prejuízo momentâneo à Igreja. Podem isolá-la e esclerosá-la. Todavia, a grandeza do catolicismo é saber fazer as reformas necessárias dentro de suas estruturas, sem abdicar do essencial de seus valores.


Daí a entender que esse baluarte da civilização ocidental tenha sobrevivido a muitas adversidades históricas. Ela angariou inimigos poderosos e seus membros cometeram muitos pecados, indo de encontro à sua filosofia. A Igreja teve rivais dentro e fora dela. Isso lembra a resposta dada de um eclesiástico a um líder político hostil à Igreja, ao afirmar que ninguém a destruiria, porque nem mesmo seu clero a conseguiu destruir. No entanto, a capacidade de renovação espiritual do catolicismo romano demonstrou ser um antídoto contra os seus excessos. O próprio cristianismo, na sua ordem de valores e sua capacidade inesgotável de adaptação; e a Igreja, na sua racionalidade filosófica clássica tradicional, são antídotos contra os atos opressivos daqueles que ousam usar indevidamente o nome de Cristo. Se a Igreja tem histórias de homens opressivos, intolerantes e até criminosos, ela possuiu uma história de homens virtuoso e santos, cujos atos fizeram o catolicismo ser mais amado pelas suas virtudes, do que pelos seus erros.

Todo o cerne da Tradição e do depósito da fé pesa sobre o catolicismo. A Igreja Católica jamais pode ser ecumênica, no sentido que querem dar, precisamente porque ela trairia seus princípios e sua própria história. O ecumenismo da Igreja está nos princípios basilares na doutrina com que ela apregoa e difunde. Ela é particular por si mesma. Por mais que haja diálogo entre as demais religiões, ela jamais negará a exclusividade e certeza de seu legado. A Igreja, como uma instituição de homens, pode errar nas ações de seus eclesiásticos. Basicamente, não erra nos princípios. Pois os princípios que herda não são invenções dos homens, e sim os elementos básicos da Revelação. Ela nasceu a partir desses valores e vai ser sempre assim.

Os protestantes foram insinceros quando criticaram o papa e a Igreja. Porque um dos pressupostos da verdade da Igreja é se afirmar a única, e a negação de um dos dogmas de sua fé é simplesmente negar o catolicismo como existência. Ela tem uma história distinta, que a impede de fazer isso, já que uma de suas razões de existir está nessa exclusividade. A gloriosa tradição da Igreja Católica não pode se nivelar no mesmo nível de qualquer igrejinha de garagem.

Aliás, toda Igreja protestante, seja de que denominação for, declara-se partidária de uma verdade que, por definição, exclui o resto. Os presbiterianos, crédulos na predestinação, excluem os arminianos, adeptos do livre arbítrio. O mesmo pressuposto se aplica aos batistas, congregacionistas, e demais outras facções, como adventistas, Testemunhas de Jeová, Mórmons, entre outros. Todas elas angariam doutrinas excludentes das origens teológicas de Igrejas rivais. Por mais que elas possam se entender numa ética histórica comum, porém, teologicamente falando, são seitas anárquicas, verdadeiras Torres de Babel.

Há um aspecto comum em todas elas: todas, quase sem exceção, guardam profundos ressentimentos pelo catolicismo romano. A idéia mesma de relativizar a autoridade da Igreja Católica é fruto de ódios historicamente consagrados pelo imaginário protestante. Essa aversão tem uma explicação coerente: os protestantes buscam uma identidade que fuja do legado cristão que os gerou. Entretanto, como o protestantismo prescinde de uma teologia em comum e, mesmo de uma institucionalidade única que faça valer sua solidez doutrinária, só restou mesmo uma “ética” comum de igrejas, cada uma buscando a salvação, dentro do livre exame dos evangelhos. O protestantismo dessacralizou a Tradição e a Igreja, para invocar o juízo individual do fiel como cristão.

Se o protestante aceita a livre interpretação das Escrituras e, mesmo o direito de cada fiel fundar igrejas, contraditoriamente, ele não reconhece esse mesmo direito à Igreja Católica. É interessante notar que um protestante tradicional pode ser bastante tolerante com segmentos dos mais exaltados e obscuros, em nome de um suposto convívio espiritual de igrejas. Essa regalia, contudo, não é o mesmo para os católicos. O catolicismo é visto por qualquer igreja protestante como uma corrupção do cristianismo original. Uma paganização do cristianismo verdadeiro.

Mas fica a pergunta? Qual verdadeiro cristianismo? Se não há entendimento universal entre as igrejas protestantes, com que parâmetros cada uma delas pode se dizer mais cristã do que outras? Muitos protestantes buscam um mito de um “cristianismo primitivo” dos apóstolos, apesar de que essa busca seja uma castração da história cristã. É como se o cristianismo parasse por aí e todo mal fosse vindo dos mais de mil anos restantes, dos papas aos eclesiásticos romanos, até o dia em que surgiram Calvino e Lutero, para “corrigir” a má doutrina.

É claro que isso é uma falácia histórica, e das mais assombrosas. Ademais, tal engodo cai numa ilusão gnóstica de supostos “erros” da Igreja e de uma pretensa “revelação divina” no pensamento nos luteranos e calvinistas. Essa crença chega ao ponto de algumas seitas protestantes crerem ser “eleitas” por Deus, mais do que os outras. Tal argumento ainda é usado para justificar a propaganda de nações protestantes bem sucedidas, contra nações católicas pobres e autoritárias. É certo que muitas nações protestantes são exemplares em uma ética, decoro e consenso político nas democracias liberais. Há muitas coisas a se admirar na tradição e história cultural do protestantismo. Mas os descaminhos e agruras das nações católicas não justificam e, tampouco, oficializam a superioridade moral do protestantismo. O protestantismo criou grandes nações. O catolicismo foi além: criou uma civilização, em que o protestantismo é filho pródigo.

Na prática, o protestantismo carece da universalidade teológica e espiritual que o catolicismo soube promover. Primeiro, porque o protestantismo é fruto de um fenômeno político, o nascente Estado nacional moderno, que submeteu a Igreja para a esfera dos reis europeus. A criação das igrejas nacionais obstou a velha tradição de uma igreja realmente cristã universal. E a ruptura do consenso católico medieval causou um trauma sem precedentes no mundo cristão, as guerras sangrentas de religião, que assolaram os séculos XVI e XVII.

A idéia de liberdade religiosa no protestantismo é menos fruto da vocação protestante para a tolerância do que a cisão política que o protestantismo gerou nas nações européias. Lutero e Calvino não concebiam a idéia de liberdade religiosa, que viam com desprezo. As doutrinas protestantes tradicionais eram essencialmente antilibertárias, já que preconizavam a predestinação, ou a negação total da ação humana para a sua salvação. E as nações protestantes, sob muitos aspectos, mostraram ser muito mais opressivas do que a Igreja Católica, criando e perseguindo dissidências religiosas entre si. Como o protestantismo ressuscitou o velho princípio do cujus regius, eius religio (cujo rei, eis a religião), Henrique VIII perseguiu e decapitou quem não o jurasse chefe da Igreja da Inglaterra; e muitos outros reis trocavam de religião, tal como trocavam de roupa, de acordo com suas conveniências subjetivas. Isso levou nações como a França e a Inglaterra a verdadeiras guerras civis e escaramuças por causa das divisões religiosas, ameaçando a estabilidade política desses países. E a Alemanha foi palco de uma dos mais selvagens conflitos da história européia, como a guerra dos Trinta anos.

A solução para a paz entre países protestantes foi a tentativa de conciliar uma moralidade cristã comum acima dos aspectos teológicos. Na Inglaterra, esse papel foi cumprido pela Igreja Anglicana, apesar da restrição inicial aos católicos. Em outros, a separação da Igreja e do Estado.


Quando o movimento renascentista vingou na Itália, a Igreja Católica, inicialmente, tolerava a liberdade de pensamento dentro de seus quadros eclesiásticos e intelectuais. Inclusive, permitiu a publicação de textos bíblicos no original, em grego ou latim. A manifestação liberal dos humanistas era uma resposta à deterioração moral dos eclesiásticos, corrompidos, desmoralizados, e da própria Igreja, reduzida a mero joguete das poderosas famílias italianas, ou mesmo de outros príncipes europeus inescrupulosos. No entanto, o clamor interno da reforma da Igreja jamais idealizava a ruptura da instituição. Com a rebelião luterana da Alemanha, a Igreja reagiu, aderindo a uma reforma disciplinar opressiva, que pouco a pouco, a isolou do cenário político internacional até o século XX. Contra a sublevação à sua autoridade e, até por sua sobrevivência, a Igreja do Trento se moralizou, enclausurada, contra os ataques maciços das monarquias nacionais e do credo protestante. Para pacificar os conflitos internos nos países onde era majoritário, a Igreja apelou à velha condição de religião compulsória e oficial das monarquias alinhadas com sua doutrina, reprimindo qualquer dissidência interna. Uma escolha que acabou tendo um preço alto para a imagem do catolicismo.

A Igreja Católica não é em essência, contrária a livre interpretação dos evangelhos, contanto que isto não divirja do seu ensino e Tradição. Ela não é refratária ao ato em si, e sim à finalidade que desvie de sua doutrina. Todo católico, para ser católico, precisa aceitar conscientemente a sua fé. É certo que, historicamente, a Igreja cometeu muitos abusos, ao não permitir o livre acesso aos evangelhos ou mesmo quando aderiu a métodos autoritários de conversão religiosa. O zelo excessivo pela teologia e a idéia mesma de ser portadora de uma verdade acabou por levar muitos eclesiásticos a praticarem excessos abomináveis. Por mais que isto possa ser explicado dentro de contextos históricos específicos, o catolicismo romano não se isenta de seus erros. A Igreja soube se reformar internamente e declarou seus equívocos nestas questões. Reconheceu que zelar pela verdade não pode se coadunar pela destruição da liberdade.

Bento XVI, ao contrário do que dizem, é um papa moderado. Ele é partidário de uma tendência mais constitucionalista na Igreja, validando muito mais os aspectos participativos e conciliares dos bispos e da cúria romana, do que a velha centralização autocrática e triunfalista na figura papal. É um homem que traduz uma notória sabedoria e erudição. Polêmico: mostra personalidade quando quer alfinetar o que está errado. Não poupa a sociedade leiga, os cientistas, os islâmicos, os abortistas, a teologia da libertação. E agora, não fez concessões nem mesmo da primazia sacra do catolicismo.

As divulgações tendenciosas da mídia e de alguns segmentos religiosos anticatólicos não demonstram a intolerância da Igreja Católica para com o mundo. Demonstram sim, a campanha difamadora e intolerante que todos estes grupos possuem contra os católicos e o seu direito de se definir como Igreja. A Igreja Católica, uma das instituições mais importantes do ocidente e a principal igreja cristã do mundo, é duramente atacada por todos os lados, em vista de seu cacife moral. Muitas coisas eticamente aceitáveis e de grande valia para a Cristandade são permanentes, por causa do jugo da Igreja. Daí os ataques, as calúnias, injúrias, no sentido de descaracterizá-la e destruí-la.

A declaração do Vaticano, invocando sua autoridade moral, lembra a frase de Jesus direcionada a Pedro, uma alegoria que combina perfeitamente com a Igreja: é a rocha dura do Corpo de Cristo, em que as portas do inferno jamais prevalecerão sobre ela!

sexta-feira, julho 13, 2007

Que os críticos me perdoem. . .porém, mais crônicas do professor néscio!

O meu texto a respeito do “filósofo de São Paulo” acarretou muitos elogios e, também, algumas críticas. A maior parte delas diz respeito da suposta conotação moralista e cristã do texto. Hoje em dia os papéis estão invertidos: se eu mostrasse a bunda em público e, ainda, expusesse minha mulher como rameira, tal como fez o “filósofo”, o povo iria aplaudir. Como fiz um elogio às mulheres discretas e respeitosas, e não às exibicionistas compulsivas, aí eu sou tachado de “conservador”(como se isso fosse algo ruim). Que dirá então do empreendimento de mostrar a bunda? Neste ponto, os escrúpulos não são apenas morais; são estéticos também. Citar a bíblia? Nem pensar! O movimento gay quer censurá-la como “homofóbica” e as feministas odientas têm chiliques só de pensar no “machismo” judeu e cristão. Mostrar a bunda pode, dar a bunda pode, falar mal dos machos pode; agora o inverso não é verdadeiro.

Uma amiga minha ficou horrorizada com a idéia da mulher “sisuda”. Pior, fui falar que o homem deve ter autoridade moral para a mulher. Quando eu me referi ao argumento da “autoridade”, isso está longe de ser a submissão feminina. Na verdade, para o homem se fazer respeitado, deve ter dignidade para isso. “Autoridade moral” é antes um dever e uma obrigação para com a mulher, do que um privilégio de mando. A grande maioria das mulheres odeia os homens indignos. E se o homem não mostra força, caráter e austeridade suficiente para defender a sua casa, sua esposa e seus filhos, logo, ele será visto como um estorvo. Não será estimado por ninguém.

O mesmo princípio se aplica à mulher sisuda. A mulher que tem serenidade suficiente para ser honesta, íntegra, confiável para o homem, essa é a mulher que merece todo nosso respeito. Ela vale mais do que o ouro, na visão bíblica. Parece-me que, em geral, as feministas estão com uma sensação de baixo-estima. Confundem compromissos amorosos e matrimoniais entre o casal como submissão, e se neurotizam num choramingo existencial de si mesmas. No feminismo, percebe-se um vazio existencial da mulher, uma atitude compensatória de um sentimento de inferioridade. O culto grupal da mulher isola-a do seu caráter de mulher. A demonização do homem não somente é estéril, como artificial. As mulheres só faltam odiar seus machos. Não querem mais procriar. Ser mãe, que era orgulho e uma benção divina no ventre dessas ingratas, tornou-se anátema. São abortistas. Defendem a mulher sem feminilidade e sem maternidade. Ou como diria Nelson Rodrigues, a feminista é a inimiga da mulher, a antimulher.

Aliás, feminismo é contradição lógica em termos. Quando uma mulher feminista diz ser contra o machismo, qual sua moral de criticar o grupismo dos homens, se justamente defende o grupismo das mulheres? É o clubinho da Luluzinha revoltada com o clubinho do Bolinha. Assumo meu conservadorismo sensato: sou antifeminista, da mesma forma que sou antimachista. Repudio a chatice feminista, tanto quanto o “machismo”, se assim for entendido como a submissão da mulher. Quem se vangloria por ter uma vagina ou um pênis, no mínimo, não tem cérebro. No entanto, a palavra “machismo” tem conotações diversas, que vão da idéia da submissão da mulher, até a “malvada” sociedade patriarcal.

Por mais que o patriarcalismo não me agrade, historicamente, ele é perfeitamente explicável, e, em outras épocas, poupou a mulher de muitos infortúnios. O patriarcalismo bíblico surgiu dentro de uma sociedade tribal guerreira, em que a mulher, com suas fraquezas, não teria vez. Na época da espada e do escudo, o homem é quem mandava. Nada mais justo, já que a posição patriarcal impunha direitos, mas também deveres, como defender a sua casa, sua mulher e filhos. Seria praticamente utópico pensar em direitos iguais, quando o homem defendia a casa com a força. Todavia, a sociedade patriarcal é cheia de regras compensatórias dessa desigualdade de condições; na tradição judaica bíblica, as viúvas, as irmãs e as órfãs tinham preferências de herança em relação aos homens. O dote é o exemplo clássico dos bens que são revertidos em benefício da mulher, ainda que administrado por homens. Cobrar dívidas de viúvas desamparadas e esposas pobres era escândalo.

A primazia da mulher na educação dos filhos é outra regalia da sociedade “machista”. Como era relativamente comum, pelo menos na tradição bíblica do Antigo Testamento, o casamento do irmão com a cunhada, esposa do primogênito morto. Se por um lado, havia a preservação do nome da família do falecido na esposa, por outro, para que a esposa não tivesse desamparo, casava-se com ela. O casamento, antes de ser um capricho amoroso, era um papel de solidariedade social determinante para a sobrevivência do indivíduo.

É claro que nem tudo são rosas na sociedade patriarcal; como também nem tudo são espinhos. A depreciação do passado patriarcal da mulher, partindo de concepções estereotipadas, carece de uma visão histórica mais apurada. É certo que as mulheres têm razão em criticar os elementos aparentemente odiosos da sociedade patriarcal, no quesito da repressão masculina. Todavia, destoando do contexto histórico, o feminismo peca pela ideologização da história, ao fazer da mulher uma espécie de vítima do homem maléfico, através dos tempos.

Mutatis Mutandis, o meu amigo libertário ficou um tanto invocado com o viés supostamente religioso do texto. Essa é a maldição de alguns liberais: sentem uma repugnância oculta e, por vezes, irracional, à religião. Ele achou que eu queria censurar a atitude do “filósofo” nos atos e não nas palavras. Os adoradores do bezerro de ouro laico se acham muito tolerantes quando excluem a religião das discussões públicas. É certo que há muitas idéias religiosas tresloucadas e indignas de atenção; no entanto, não menos tresloucadas são as idéias relativistas, crias desse “maravilhoso” mundo laico.

Ele caiu naquele perigoso e equivocado discurso de presumir que os problemas morais são apenas meros quesitos particulares, modificados no tempo e no espaço e cujo nexo lógico é irracional. Ou seja, pode ser moralmente revoltante para mim, e não para ele. Porém, como um liberal, exaltava como absoluto os valores da propriedade, da vida e da liberdade. Um sério paradoxo, como há de perceber, já que valores da vida, propriedade e liberdade, dentro desta linha de raciocínio, obecederiam a essas mesmíssimas questões culturais "irracionais". O problema deste tipo de pensamento é que coloca no mesmo plano qualquer tipo de conduta humana, desviando-se dos juízos de valor.

Estou longe de pedir a censura ao filosofastro, porque não há algo que mais me apaixone do que a liberdade. Contudo, quem se expõe ao ridículo, deve ser chamado publicamente de ridículo. É minha liberdade de expressão e meu direito. Principalmente quando certos idiotas presunçosos, faustosos de algum sucesso cultural neste país, querem publicidade para influenciar a sociedade com suas más opiniões e idéias. As más idéias devem ser combatidas com as boas idéias. Tenho plena consciência de que a melhor maneira de destruir idéias ruins é a liberdade para falar a verdade. A sabedoria sempre vence a malícia. A única desigualdade que existe na verdade é que a mentira é mais fácil de ser contada, enquanto provar uma verdade dá trabalho. Porém, a benção da verdade é o prêmio da liberdade, porque ninguém controla a opinião e cada um fala o que sente e o que pensa. É o sinal claro de transparência. E o bom senso consegue vencer.


Digamos que o meu amigo esteja certo: a moral é relativa no tempo e no espaço e tudo não passa de uma questão majoritária de votos e de gostos. Nem isso isentaria o “filósofo de São Paulo” peladão ao ridículo, precisamente porque ele se porta da forma que todo mundo considera pejorativo. Entre ele expor a mulher publicamente, tal como uma meretriz ou usar um capela de chifres na cabeça, sempre parecerá aos olhos do povo, uma figura de circo, menos um filósofo sério. Todavia, o “filósofo de São Paulo” não é um homem sério. Revela-se um sujeito exibicionista doentio, e só comento sobre ele, porque existem muitas réplicas de homens assim, passando-se por educadores. Se ele fosse apenas um insignificante pornográfico, dentre tantos no youtube ou na internet, eu nem daria a mínima. Cada um cuide de sua vida e de suas taras. Na prática, é um deseducador vigarista, indigno de uma sala de aula e indigno de ensinar qualquer coisa. Que dirá então dos livrinhos que esse sujeito escreve para crianças e adolescentes? Um mínimo de honestidade moral, pelo menos no plano da conduta, ele deve ter. Se o sujeito é insensato a este ponto, que dirá então das asneiras que escreveu contra o Olavo de Carvalho?

Por mais simpático que eu seja pelas liberdades e pelos direitos na democracia, eu jamais subestimo os idiotas. Esses tipos de criaturas têm um poder de persuasão no sistema democrático maior do que em qualquer era da história. Se o Sr. filosofastro vivesse na Grécia Antiga ou no mundo feudal, ele seria apenas um servo ou um bobo da corte. Seria chutado no rabo em Atenas e surrado de tomates podres em uma universidade medieval. Ou como diria Nelson Rodrigues, seria colocado de quatro, amarrado num pé de mesa, comendo numa cuia de queijo prato. Todavia, o idiota saiu da sua casta de idiota e, percebendo ser numericamente superior, quer ser a elite pensante do povo. Virou “filósofo”. Sejamos sinceros: a maioria do populacho é idiota o bastante para se identificar com sujeitos desse tipo. O idiota é um dos seres mais promovidos pela democracia e o maior inimigo dela. Foram os idiotas organizados que votaram em Hitler, como foram os idiotas, manipulados por filosofastros uspianos, nas universidades e escolas públicas, que votaram em peso no Lula. São eles, os idiotas, que promoveram Chavez, Morales, Kischner, Fidel Castro e todos os tipos psicóticos de lideres políticos da América Latina. Como não temer um idiota diplomado da USP, esse perigo para a sanidade pública mental do país?

Alguns fizeram comentários a respeito da desforra do Olavo de Carvalho contra o filósofo paulista insignificante. Deu-se importância demasiada a uma arraia-miúda. Baltasar Gracián, em “A Arte da Prudência”, afirmava que não deveríamos perder tempo com as pessoas ignorantes, até porque só temos a perder. Em parte, o grande jesuíta está certo. Podemos ignorar os idiotas; todavia, nunca subestimá-los. Baltasar não conheceu a democracia e tampouco a USP. Olavo de Carvalho devia ser considerado o maior psiquiatra de nossa atualidade brasileira: conseguiu uma proeza e tanto, que é desmoralizar os oligofrênicos e psicóticos mais notáveis deste país. Os idiotas tremem com ele. Olavo de Carvalho, junto com muita gente sensata na internet, conseguiu fazer o dondoqueiro uspiano ter vergonha de mostrar publicamente a bunda! Milagre! O rei idiota está nu! Até que enfim o filosofastro percebeu que é um orangotango aidético! É o doutor néscio ensinando aos porcos! Acreditem, por vezes, os porcos somos nós, aguentando como suínos, as palavras dos asnáticos!

É a ordem de Deus e da natureza das coisas que os idiotas tenham pavor dos inteligentes. No Brasil, esta ordem se inverteu. Os idiotas organizados conquistaram o país. Dominam as academias, as escolas, os centros culturais, tudo. A ridicularização do “professor” e “filósofo de São Paulo”, entre outras reputações postiças, é um sinal de sanidade neste país, num país de loucos. Os inteligentes agradecem e Deus, lá no céu, se sente vingado!