segunda-feira, março 30, 2009

Conde comenta sobre o FSM em Belém.


Este vídeo está com alguns meses de atraso. Todavia, achei interessante publicá-lo. Diz respeito às loucuras e incoerência do FSM, ocorrido na minha cidade, Belém do Pará. Imperdível!

quinta-feira, março 26, 2009

Católicos pedófilos e cristãos fascistas.

Em conversa muito produtiva que tive com um grande amigo, estávamos analisando a perspectiva da imprensa quando se fala de pedofilia na Igreja Católica. Em parte, o tema foi ressuscitado quando o arcebispo de Recife falou sobre a excomunhão automática dos médicos que praticaram o aborto em uma menina de nove anos de idade. Muita gente afirmou que o mero fato de não se excomungar o estuprador consagrava o envolvimento da Igreja com a pedofilia. O que pouca gente sabe é que a Igreja Católica sofreu uma violenta infiltração homossexual dentro de seus quadros, muitas vezes incentivada pelo movimento gay, para desmoralizar a hierarquia eclesiástica, inclusive, com a entrada de pedófilos. Isso é provado, particularmente nos EUA, quando organizações homossexuais recrutaram maciçamente seus militantes nos seminários para desvirtuar e mesmo destruir moralmente a reputação do clero. Os escândalos “pedófilos” de padres norte-americanos, por assim dizer, foram provocados pelo próprio movimento gay dentro da Igreja.

Há uma espécie de lugar comum em associar o sacerdócio ao abuso de menores. É como se a pedofilia existisse por conta da mera existência do clero, e não da tara de alguns seres malignos introduzidos na Igreja. Há formadores de opinião idiotas para tudo: dizem que a atração sexual de alguns padres por garotos tem causas no celibato, na falta de mulheres, etc. Se não bastasse essa falsificação deliberada, que já se tornou lugar-comum a todos aqueles que atacam o catolicismo, contraditoriamente, a homossexualidade desses padres jamais é debatida. Na verdade, associar homossexualidade a pedofilia é uma espécie de tabu, de crítica “politicamente incorreta”, até mesmo “reacionária”. Alguém que ouse fazer essa relação pode ser chamado de “fascista” ou coisa pior. Neste aspecto, se o papa não for o “nazi-fascista”, os evangélicos são as vítimas campeãs destes rótulos.


É, no mínimo, um paradoxo: a mídia que aponta o dedo para padres, bispos e arcebispos como indivíduos potencialmente perversos é a mesma que legitima a homossexualidade em todas as suas formas. De fato, os homossexuais chegam a ser figuras glamourizadas, intocáveis. Alguns de seus fiéis prosélitos exigem leis e mais leis para reprimir, punir ou mesmo proibir qualquer crítica a conduta homossexual, pelo prisma falacioso do “preconceito” de “opção sexual”. Há uma espécie de inquisição às avessas. Os padres, bispos e outras autoridades da Igreja podem ser criminalizados por questões de consciência, junto com o cristianismo, por força do Estado. E o movimento homossexual poderá ditar regras morais para a sociedade à vontade, sem restrições. Nesta lista de criminosos potenciais, entram também os evangélicos, os judeus e todos aqueles que seguem os valores judaico-cristãos. Há nesse paradigma uma terrível inversão de valores: o clero, que até então era respeitado e admirado por suas obras e pelo legado de uma tradição de dois mil anos, é caluniado, desrespeitado e desprezado pelo povo; e os homossexuais, cujas práticas são moralmente questionáveis, agora são inimputáveis.

Todavia, a verdade tem que ser dita: há ligações muito mais obscuras do movimento gay com a pedofilia do que a nossa vã filosofia pode presumir. Os movimentos pedófilos mais agressivos e violentos, do ponto de vista político, possuem forte e declarada conotação homossexual. Seja no Canadá, nos EUA, na Inglaterra e outros demais países democráticos, alguns sectários da militância gay exigem a redução da maioridade civil e penal no quesito sexual dos menores, para abusá-los impunemente. Ou mais, o reconhecimento legal da pedofilia como “orientação sexual” idônea. Na Holanda, o caso é mais extremo: criou-se um partido político, cuja meta principal é legalizar a relação sexual entre crianças e adultos, além de animais. E o movimento é, também, predominantemente homossexual.

Não pensemos que esta praga esteja fora de nossos lares. Um antropólogo, considerado líder do movimento gay da Bahia, conhecido pelo nome de Luiz Mott, escreveu uma cartinha, publicada na internet, que é sinal de pior imundície. Ele falava abertamente sobre seus desejos eróticos por garotos adolescentes, descrevendo suas fantasias sexuais com criaturas quase infantis. Eis os trechos da baixaria criminosa: “Se nossas leis permitissem, e se os santos e santas me ajudassem, adoraria encontrar um moleque maior de idade mas aparentando 15-16 anos, já com os pentelhos do saco aparecendo, a pica taludinha, não me importava a cor: adoraria se fosse negro como aquele moleque da boca carnuda da novela Terra Nostra; amaria se fosse moreninho miniatura do Xandi; gostaria também se fosse loirinho do tipo Leonardo di Caprio. Queria mesmo um moleque no frescor da juventude, malhadinho, com a voz esganiçada de adolescente em formação (...)Quero um moleque fogoso, que fique logo com a pica dura e latejando ao menor toque de minha mão. Que se contorça todo de prazer, de olho fechado, quando lambo seu caralho, devagarinho, da cabeça até o talo.”.Por outro lado, o mesmo sujeito foi visto, num vídeo, falando sobre suas perversões sexuais e amparando a mão na bunda de um boneco de gesso, que representava um garoto.

Entretanto, o Sr. Mott não está sozinho nesta cruzada pedófila gay. Gente considerada “douta” nas universidades brasileiras já prega abertamente a legitimidade do abuso sexual contra menores. Um notável cretino, professor de comunicação da Universidade de Brasília, chamado Denilson Lopes, escrevera em um site gay, sobre a “histeria” contra a pedofilia. Ele afirmou que “salvo engano, a pedofilia como pânico social é uma última estratégia da direita ultra-conservadora de barrar os avanços dos movimento de gays e lésbicas politicamente organizados ao confundirem homossexualidade e pedofilia, fazendo vista grossa a uma longa tradição de homens mais velhos que casavam e casam com jovens moças e meninas, notadamente em nossa cultura, sem que isto nunca tenha causado nenhum escândalo”. O Sr. Denilson, depois de dissertar sobre a ligação do “amor” entre adultos e crianças, ainda termina o artigo nestes termos: “Talvez num futuro, que espero próximo, haja um tempo em que falar de pedofilia seja apenas falar de uma expressão afetiva, tão impura e divina, violenta e intensa, terna e animal, como outra qualquer, apenas parte, do que na falta de uma palavra melhor, ainda chamamos, da condição humana”. Paulo Ghiraldelli, um farsante exibicionista metido a “filósofo de São Paulo” diplomado pela USP, afirma em seu artigo “Amor e sexo entre pequenos e grandes”, que condenar a pedofilia é um ato de “nazismo”. Ou seja, se os senhores Mott, Lopes e Ghiraldelli violentarem alguma criança indefesa, quem deve ser preso são os pais que a protegem, porque são “fascistas”. Claro, os pais estúpidos reprimem um "direito humano" da criança e dos pedófilos, ou seja, a "diversidade sexual".

Há de se entender que a paranóia pró-pedofilia tem boa dose de apoio no movimento da esquerda cultural. É na literatura da Escola de Frankfurt, particularmente nas idéias de Marcuse, que a sexualidade doentia ganha auras de instrumento de subversão revolucionária, de negação completa da moral. A pedofilia, tal como o homossexualismo, torna-se uma arma contra a moralidade vigente, uma arma “libertária” contra a “moralidade burguesa”. Michel Foucault, outro queridinho das esquerdas, notório pedófilo e homossexual (e que morreu de AIDS), foi outro que durante em vida pregou abertamente o fim das restrições sexuais entre adultos e crianças. No final dos anos 70, ele, junto com demais intelectuais franceses, assinou um documento pedindo simplesmente a revogação completa das restrições de relações sexuais entre adultos e menores. Todos eles, em maior ou menor grau, pregavam a idéia bizarra de que as crianças teriam desejos sexuais e que elas poderiam usufruí-los com adultos, ainda que isso não implicasse o consentimento, mas tão somente o “desejo” dos menores. A bestialidade de tais idéias é um lugar-comum dos movimentos da esquerda cultural de temática gay. Daí os ataques contra a estrutura familiar tradicional, contra a Igreja, contra o cristianismo, na tão alardeada “revolução sexual”. Das orgias ilimitadas de Woodstock à disseminação em massa das drogas, passando pela homossexualidade raivosa e totalitária e a pedofilia sacralizada (claro, isso vale apenas quando não se possui batina), o movimento esquerdista é o pai espiritual que está por trás dessa desordem moral. Poderosíssima na imprensa e nas universidades, a revolução cultural esquerdista imputa aos cristãos e aos homens decentes em geral, aquilo que ela mesma incentiva e prega como estratégia política.

No entanto, a mídia prefere esconder tudo isso. Pedofilia, por assim dizer, é coisa de padres ou pais de família. É coisa dos “homens de bem”, disfarçados por trás da batina ou da pose de bons moços. Por mais que a porcentagem de pedófilos entre os homossexuais seja proporcionalmente maior do que a média de pedófilos heteros, os formadores de opinião camuflam esse dado assustador. Escondem todo o engajamento do movimento gay e das militâncias de esquerda na legalização irrestrita da pedofilia e da criminalização da rejeição a essas práticas. No imaginário da imprensa, os padres ora são “homofóbicos”, ora são homossexuais pedófilos; e os cristãos são criaturas sexualmente reprimidas, fanáticas, obscurantistas. Devem ser presas porque supostamente matam gays, porque são "reacionárias". Ou, na pior das hipóteses, são milhões de indivíduos pedófilos disfarçados de moralistas. A contradição fraudulenta dessas perspectivas revela os perigos que a sociedade passa com uma imprensa mentirosa e o ambiente cultural intelectualmente nocivo e patológico nas universidades. Acreditem se quiser: para a esquerda e uma boa parte da opinião pública e da mídia atual, há um bilhão de católicos pedófilos e outras centenas de milhões de cristãos não-católicos fascistas! Vai entender!

domingo, março 15, 2009

O dogma da ciência ocultista.

O episódio envolvendo o arcebispo de Recife e os médicos que abortaram os nascituros gêmeos de uma menina de nove anos, estuprada pelo padrasto, revela uma faceta curiosa em nossas democracias e na opinião da imprensa brasileira. Um aspecto predominante da mídia foi a capacidade incrível de mentir e deturpar os fatos. Como ela é majoritariamente pró-aborto, o enredo serviu para atacar a Igreja como um todo, na figura de um solitário bispo. Distorceram suas declarações, dando a entender que ele “excomungou” os médicos, quando na verdade, apenas afirmou a natureza de excomunhão automática ditada pelo Direito Canônico, no caso daqueles que praticassem o aborto. Isso porque nem mesmo a menina foi excomungada, tal como se diz por aí. No entanto, a imprensa conseguiu fazer recuar o clero: num ato de covardia e falta de autoridade, os bispos da CNBB titubearam e ficaram em cima do muro. Não externaram apoio explícito ao arcebispo e as suas declarações se perderam em palavras genéricas de defesa à vida. Para certos tipinhos católicos, falta de coragem, mesclada com educação, agora virou forma de polidez e “contrição”. Ninguém quer ser polemista!

Isso mostra o quanto a Igreja Católica no Brasil está dividida e desarticulada. E ainda há pessoas achando que o hábito faz um monge! Mas é natural que a religiosidade católica brasileira esteja vazia de conteúdo e espiritualidade. Isso implica dizer que a formalidade da batina ou da autoridade eclesiástica vale mais do que o conteúdo moral da pessoa ordenada para tal vocação. E o que não faltam são vigaristas disfarçados de sacerdotes cantarolando a teologia da “libertação” marxista por aí! Um bispo de passeata da CNBB, em plena mídia, no típico discurso de esquerda, dizia sempre pensar na “inclusão”.

O interessante, contudo, é que o fato demonstra um abismo cada vez maior entre a Igreja Católica e a sociedade brasileira. Esse abismo não está na postura ousada do arcebispo, que apenas repetiu aquilo que a Igreja prega. Está mesmo na divisão interna e pusilanimidade dos bispos e nas opiniões visivelmente anti-católicas na imprensa e na opinião pública em geral. Entretanto, se a Igreja perde terreno na vida social, porque ela mesma, voluntariamente se alija deste convívio, por outro lado, esse vácuo é ocupado por clichês pseudocientíficos e ideológicos, pela idéia sacralizadora e mítica da ciência como panacéia pronta para as explicações dos problemas do mundo. É partindo dessa visão que muita gente defendeu o aborto dos nascituros, envolvida pela crença de que a ciência é fórmula infalível para prever tudo, inclusive o futuro.

Isso me lembra, e muito, o pensamento do Estado soviético, das burocracias planejadoras, dos cientistas iluminados, que gerenciavam a vida social, através de fórmulas “objetivas” prontas da ciência. Nas épocas áureas de Stálin, os burocratas acreditavam planejar previamente a economia e a vida de milhões de cidadãos soviéticos, através de planilhas e mais planilhas, durante longos prazos qüinqüenais, como se tudo fosse previsto numa bola de cristal. A ciência não é “objetiva”? Se as “leis científicas” da economia e da história podem ser descobertas, não se pode prever o futuro, já que esse futuro é mera repetição dos fenômenos científicos? É curioso que, a despeito do fracasso assombroso dessa perspectiva pseudo-científica, ela contamine com profundidade o imaginário da cultura nos países democráticos. O culto da imprensa por Darwin, “evolução das espécies”, “liberação das células-tronco embrionárias”, e mesmo pelo viés surrado do materialismo histórico marxista aplicado às chamadas “ciências sociais”, parte do pressuposto de que o pensamento científico é algo exato, cartesiano, matemático, perfeito, e que os esquemas metodológicos da ciência natural estão acima de qualquer juízo de valor moral ou outras formas de conhecimento.

Este raciocínio não se restringe somente à vida política democrática. Ele é encontrado até mesmo nas questões teóricas de economia dentro das sociedades de mercado. Na crise financeira internacional pela qual o mundo atualmente passa, é comum a ladainha de que o capitalismo é responsável pela crise, de que o mercado estava “desregulado” e que a salvação para os problemas da humanidade passa pela emergência de uma burocracia estatal toda poderosa e esclarecida, regulando os passos da economia e mesmo de nossas vidas privadas. O mercado, esse eterno vilão tolerado, deve ser controlado, em vista dos males que acarreta. As justificativas usadas pelos bem aventurados tecnocratas são a “segurança” e o “bem-estar”, partindo do pressuposto de que as forças do mercado são “irracionais” e de que os indivíduos em sociedade são meras engrenagens de um sistema, mero rebanho a ser monitorado por tão sapientíssimas cabeças. E a tecnocracia, tal como um mago detentor de um saber oculto, através dos instrumentos do Estado, da matemática e da macroeconomia, será a fiel vidente futurista dos passos econômicos, prevendo necessidades, preços, salários, juros e expectativas de milhões de pessoas. Essa ilusão de poder chega a ser quase divina.

Em parte, é dentro dessa lógica que a maioria da opinião pública toma partido em favor do aborto dos nascituros gêmeos. Ela presume que a opinião do médico é revestida de sacralidade, de rigor “científico”, que não está eivada de falhas. Como a ciência tem fundamento inquestionável, logo, pode determinar quem deve viver ou morrer. Já a Igreja Católica é vista como “retrógrada”, “obscurantista”, porque ela se recusa a sujeitar seus valores morais e éticos milenares ao rigor do que convém chamar “pensamento científico”. Os arquétipos mentais panfletários estão mais do que arraigados: a ciência é sempre “razão”, a religião é fé e “irracionalismo”, tal a impregnação da linguagem viciada difundida pela imprensa e por muitos formadores de opinião. Na prática, a “ciência”, por assim dizer, na consciência dessas pessoas, não passa de uma ilusão, uma superstição travestida de uma palavra embelezadora e vazia. Ou na pior das hipóteses, uma ideologia, uma visão ocultista da realidade.

O que está por trás da chamada “ciência”, tal como é divulgada, na instrumentalização de ataques à religião? A “ciência” aí implica moldar comportamentos, idéias, juízos de valor, através de símbolos retóricos. Neste aspecto, a chamada “ciência” camufla um amálgama de crenças políticas monstruosas, bestiais e totalitárias, em nome do “progresso”. O século XX teve exemplos de sobra neste sentido. A eugenia, na ideologia de matança de débeis mentais como política de Estado, não surgiu na Alemanha Nazista; surgiu nas universidades e, durante muito tempo, teve aura de “caso de saúde pública”, na mente de muitos médicos respeitáveis. A pregação abortista, ainda que de forma sutil, parte das mesmíssimas premissas eugênicas e “científicas”. Entretanto, essa visão pseudocientífica não se limita tão somente a questões biológicas: ela tem implicações políticas e a mais clara visão de engenharia social. Quando o governador do Rio de Janeiro afirmou que o aborto diminuiria a criminalidade, ele está dizendo, sem meias delongas, que o Estado deve legalizar a prática criminosa, no sentindo de controle da natalidade. Ou na pior das hipóteses, até mesmo incentivar a prática. É um paradoxo, para dizer o mínimo: como o governo é impotente para combater o crime, logo, ele deve matar os supostos criminosos por antecipação, para controlar o problema. É como se os pobres, potencialmente, fossem os culpados pela violência. Por definição, abole-se a presunção de inocência. Os inocentes são culpados, até que se prove o contrário. Isso porque nem mesmo os inocentes podem provar nada. Serão eliminados de pronto! Espantosa a reação da imprensa, com relação às declarações do governador. A mesmíssima imprensa que apóia o aborto irrestrito condenou as suas afirmações, por serem “preconceituosas”. É inegável que reduzir previamente o número de pobres é também, na consciência deformada de certas pessoas, um caso de "saúde pública".

Os “riscos” declarados pelos médicos sobre a gravidez da mocinha estuprada foram considerados dogmas científicos, inquestionáveis, ainda que isto implicasse apenas uma probabilidade, uma mera hipótese, e não uma evidência fática. Pouca gente pensou na probabilidade de salvar a vida dos gêmeos, ainda que houvesse indícios gravíssimos de que o aborto tenha sido feito à revelia da vontade da mãe da menor estuprada; ainda que o emprego de salvar a moça carregasse o preço de matar dois indivíduos. Havia outro agravante: como filhos de um estupro, muita gente acreditava que os nascituros não mereciam nascer.

O médico que fez o aborto na jovem foi aplaudido em um Seminário de Saúde da Mulher, em Brasília, assistido pelo Ministro da Saúde que é pró-abortista, o Sr. José Gomes Temporão. O político ainda declarou que a atitude do médico foi “brilhante”. Enquanto isso, a Igreja “obscurantista” foi duramente difamada, já que o arcebispo, isolado pelos seus pares do clero, questionava essa probabilidade duvidosa, essa visão de “ciência” demiúrgica e falaciosa. E o impasse interno em torno da opinião dos bispos acabou por colocar a Igreja numa situação de vulnerabilidade, de fraqueza. Os inimigos da Igreja Católica conseguiram uma pequena vitória publicitária, através de uma campanha de desinformação assustadora, sistemática, digna dos sistemas totalitários mais sombrios. Entretanto, não há por que se iludir: os ideais totalitários estão por trás dessa mídia de mentira compulsiva. A “ciência” preconizada por eles é puro ocultismo, pura magia negra, puro desejo inescrupuloso de poder. A Igreja Católica não luta contra uma ciência. Luta contra uma religião, ainda que falsa. Uma idolatria laica, materialista, pronta para destruir o cristianismo e implantar uma forma destrutiva de sistema político e poder. É, em suma, a luta da verdadeira religião contra o dogma ocultista de uma pseudociência e a ascensão de uma nova religião civil.

segunda-feira, março 09, 2009

David Carvalho e Conde Loppeux comentam a respeito do arcebispo de Recife e Olinda e suas posições anti-aborto em novo podcast.

Conde Loppeux de la Villanueva e David Carvalho comentam sobre as declarações do arcebispo Dom José Cardoso Sobrinho a respeito do aborto praticado contra uma jovem de nove anos, estuprada pelo padrasto, e falam sobre aborto. Clique aqui para escutar. Imperdível!

O arcebispo que foi “excomungado” pela imprensa.

Em um caso ocorrido em Recife, uma jovem de nove anos foi estuprada pelo padrasto e estava grávida de gêmeos, quando o Conselho Tutelar, sob pressão das feministas raivosas, propôs o "aborto legal” dos seus filhos. Os defensores desse ato alegaram dois fatores: a de que a gravidez colocaria em risco a vida da criança; e a de que os dois nascituros eram produtos de um estupro. E partindo desses pressupostos, abortaram os nascituros. Um arcebispo católico muito corajoso fez um manifesto público declarando que a tentativa de abortar os gêmeos daria excomunhão automática aos médicos e àqueles que colaborassem para tal fim. De fato, isso motivou uma chuva de ataques contra a Igreja Católica e a atitude do arcebispo, em particular. A maioria da imprensa foi implacável e desonesta: os noticiários diziam que o bispo havia excomungado os médicos, quando na verdade, ele apenas relatou o que é coerente com a doutrina da própria Igreja, ou seja, a excomunhão automática, prevista no Direito Canônico. O arcebispo não excomungou ninguém; tornou-a apenas pública. O que se vê é que Dom José Cardoso Sobrinho, arcebispo de Olinda e Recife, foi virtualmente “excomungado” pela mídia. Ele é um exemplo moral para os católicos!

No entanto, em meio à polêmica, aparece o católico de última hora, o oportunista com discurso pronto para cada platéia, nada mais do que o Presidente da república, o Sr. Luis Ignácio Lula da Silva. Em uma entrevista coletiva na capital do Espírito Santo, ele disse, no cúmulo da palpitaria: “Eu, como cristão e como católico, lamento profundamente, sabe, que um bispo da Igreja católica tenha um comportamento, eu diria, conservador como esse. Não é possível que uma menina estuprada por um padrasto tenha esse filho, até porque a menina corria risco de vida. Eu acho que neste aspecto, a ciência está mais correta do que a Igreja”. Pelo jeito, como “cristão e católico”, o Sr. Lula não entende nada da própria religião que professa. Primeiro, porque o seu governo tem como meta a legalização irrestrita do aborto, na figura de um Ministro da Saúde, que é o sinônimo cabal da morte, o Sr. José Gomes Temporão, e de seu partido político, repleto de abortistas. De fato, como “cristão e católico”, o Presidente Lula não serve à Igreja. Ele diz que embora seja contra o aborto, acha que o problema não uma questão entre sua consciência e sua fé e sim com o Partido dos Trabalhadores. Se alguém acha que o Partido é mais válido do que sua religião, mesmo que as diretrizes partidárias sigam algo gravíssimo e contrário aos princípios elementares que protegem a vida, como a legalização do aborto, o Sr. Lula é um católico de mentirinha, um farsante. Na verdade, como “cristão e como católico”, o Sr. Lula estava fazendo declarações aos abortistas que apóia, não aos católicos autênticos. Não é mistério pra ninguém que ele, na prática, aprove o movimento abortista. Os seus atos destoam de tudo aquilo que fala. Se o Presidente se diz “católico”, é pra enganar os inocentes úteis (como, aliás, ele tenta enganar quase sempre todo mundo).


Por outro lado, Lula acusa a posição do bispo de ser “conservadora”. Curiosa definição, pois na cabeça do presidente, a discussão em torno da vida não passa pela necessidade de preservar valores autênticos, eternos, atemporais da Igreja, mas sim a dicotomia “progresso” x “reacionarismo”. Se, qualquer dia, for permitido matar certos tipos de pessoas, pelo fato de não representarem o pseudo-progressismo ideológico dos petistas, é possível que massacres inteiros sejam oficializados.


Todavia, Lula não esconde isso, quando diz que “não é possível que uma menina estuprada pelo padrasto tenha esse filho”. E por que não é possível? Quando eu escutei essa frase, pensei qual seria a sensação das pessoas que nasceram de um estupro ouvindo essa frase? Elas deveriam morrer por serem frutos de uma violência? Deveriam ser publicamente rejeitadas? Os nascituros inocentes são criaturas abomináveis por existirem? Quer dizer que uma criança filha de um estupro é menos ser humano do que uma criança qualquer? Dentro das palavras do presidente e de muitas pessoas, elas são abomináveis sim. Crianças filhas de estupro devem ser mortas, porque nasceram de uma indignidade, ainda que não seja culpa delas. Que dirá então do incesto! Aliás, a lei brasileira também especifica isso: os nascituros são protegidos, sendo resguardados seus direitos. Porém, os filhos do estupro são cidadãos de segunda classe, que não merecem proteção legal.


Se há o raciocínio preconceituoso da “menina estuprada pelo padrasto” ter filhos, o presidente encontrou outras razões para o aborto, entre as quais, o risco de vida para a menor grávida. E ele ainda assevera: “Eu acho que neste aspecto, a ciência está mais correta do que a Igreja”. Vamos ver se dá pra entender essa frase. O presidente está dizendo que a ciência é tão milagrosa, a ponto de prever quem vai viver ou morrer? Ou mesmo decidir quem deve viver ou morrer? Por mais que os médicos tenham o poder da ciência, não conste que sejam videntes do futuro para prever esses diagnósticos. A ciência não abarca o conhecimento do futuro, mas tão somente a gravidade do problema presente, e muitas vezes ela erra. Mesmo assim, quem é o médico para decidir isso? Ele, acaso, é deus para determinar algo tão complexo como a vida? É neste ponto que a Igreja Católica questiona a chamada “escolha” pela vida da mãe ou do filho. Muitos poderão afirmar que supostamente a mãe seria salva, mesmo com a perda dos filhos, ao invés do risco de morrer os três. Contudo, é possível que se os médicos fossem mais perseverantes, as três vidas poderiam ser salvas. O problema, basicamente, é a suposta autoridade que cada um quer ditar sobre a vida dos outros. A ciência não dá essa autoridade, não dá essa “correção”. Pois a ela não faz juízos de valor. O “risco” da gravidez está no âmbito da subjetividade e ninguém pode determinar ao certo o que é isso. Na verdade, parece que o termo “risco” pra mãe veio escamotear uma questão provável: pesou muito mais o estupro para justificar o aborto dos gêmeos do que necessariamente as possibilidades da mãe morrer.


Se não bastasse a declaração demagógica do presidente da república, a maioria da imprensa revelou seu furioso anti-catolicismo, usando o arcebispo como saco de pancadas. Acusaram a Igreja Católica de inverter a escala de valores, já que para ela, o aborto é pior do que o estupro. Interessante, pois em qualquer código penal do mundo é assim. Será que alguém questionou a lei penal brasileira, quando as punições para homicídio são maiores do que o estupro em nosso ordenamento jurídico? Claro, a crítica só vale para a Igreja, não para o Código Penal. Se o aborto é homicídio, como a Igreja reitera, estuprar é pior do que matar uma pessoa? Na prática, quem inverte valores é a imprensa, que acha perfeitamente aceitável matar nascituros por serem social e moralmente indesejáveis. Todavia, na mentalidade de certos jornalistas, o aborto visa atenuar o sofrimento da menor grávida. E os nascituros, onde eles ficam nessa crise de humanitarismo?

Outros acusam a Igreja de permitir o aumento da Aids ou mesmo dos filhos indesejados, já que ela proíbe o uso de preservativos e de anticoncepcionais entre os católicos (como se a promiscuidade oficializada do “sexo seguro”, patrocinada pelo governo, não fosse a causadora de vários problemas neste sentido). Ninguém pega AIDS ou tem filhos indesejados porque necessariamente segue a religião católica. Até porque se a população seguisse seus preceitos de fidelidade no casamento ou mesmo da abstinência sexual, os riscos de doenças venéreas e filhos indesejados seriam baixíssimos. Entretanto, é normal que a sociedade jogue suas responsabilidades para a Igreja e se omita de seus atos, como um bode expiatório. Até porque muitas pessoas querem viver a sexualidade sem deveres, sem compromissos, sem responsabilidades, sem pensar nas conseqüências. Não conste que uma boa parte das pessoas pegue AIDS por seguir a fé católica. É precisamente o contrário. Muita gente promiscua é propicia a doenças venéreas e filhos “indesejados”, precisamente porque nunca seguiu a Igreja.

Outro argumento desonesto diz respeito ao suposto fato de que o arcebispo tenha se omitido de criticar o estuprador e não os médicos que abortaram os nascituros. Aí ressuscitam a velha cantilena da pedofilia, como se um bilhão de católicos fossem tarados enrustidos hipócritas condenando fanaticamente tudo aquilo que se desvie de sua doutrina. Dentro da mentalidade da imprensa, só existe pedofilia na Igreja. Os movimentos homossexuais declaradamente pedófilos e outros de liberação sexual irrestrita não estão nem um pouco envolvidos nisso. Claro, falar deles é ato preconceituoso. A discriminação é bem clara: a comunidade e o clero católico são difamados pela má conduta de meia dúzia de pessoas infiltradas. E os bons cristãos pagam o preço.

A exposição do arcebispo sobre a doutrina católica e a reação contrária da mídia foi um despertar sobre os perigos da campanha pró-aborto e da perseguição que a fé cristã sofre em quase toda a imprensa, com o apoio do governo federal. O arcebispo se tornou anátema: contrariou os novos dogmas do politicamente correto na mídia nacional. Na prática, o aborto “legal” feito sobre a menina camuflou uma tendência assustadora dos órgãos públicos e do governo em favor da sua legalização irrestrita. Na figura do arcebispo, a Igreja Católica foi literalmente “excomungada” da grande imprensa nacional, tornara-se objeto de ódio. No final das contas, apesar das pressões insanas do mundo, a Igreja permaneceu com a razão. . .

segunda-feira, março 02, 2009

Outros tipos fraudulentos de educadores.

As cenas de vídeo que assisti a respeito de um professor de história de uma escola privada do Ceará, que falava de uma “ditadura militar” italiana inexistente, me fizeram recordar de outro tipo parecido, só que no Rio de Janeiro. Coincidentemente, o professor também se chama “Gustavo”, tal como o da Fortaleza. Só que o sobrenome é “Moreira”. É professor de história. E pra variar, parte das mesmíssimas perspectivas históricas fraudulentas.

Cito-o apenas a título de exemplo. Tive o desprazer de encontrá-lo no Orkut, quando observava suas exposições “históricas”. O que mais me chamou atenção nele foi a incrível capacidade de distorcer os fatos históricos, para adaptá-los às suas conveniências ideológicas. Só que o professor Gustavo do Rio de Janeiro é um pouquinho mais sofisticado nas mentiras do que seu xará do Ceará. Digo “sofisticado” não tanto nas idéias, mas na capacidade de fingir algo que não possui, ou seja, cultura. Pois as idéias primitivas, histriônicas, vigaristas, são as mesmas. E o servilismo político e ideológico é até pior, já que o Sr. Gustavo do Rio de Janeiro é um fiel bajulador do Presidente Lula, beirando às raias do fanatismo religioso mais piegas.

Uma das pérolas que mais engraçadas deste pseudo-historiador foi a teoria doida de que Simon Bolívar, o libertador da América Latina, era esquerdista, porque pregava a “igualdade”. Ademais, ele ainda pintou um Simon Bolívar “antiamericano”, ao arrepio dos fatos. Também pudera, o Sr. Gustavo Moreira, um leal cão de guarda da “revolução bolivariana”,tinha que forjar um Simon Bolívar nos conformes da historiografia mentirosa de Hugo Chavez, mesmo que o libertador fosse um aristocrata liberal, defensor do voto censitário e de senados vitalícios. Isso porque Simon Bolívar admirava publicamente o modelo republicano norte-americano. Todavia, na cabecinha estreita do professor, só os socialistas pregavam igualdade. Ou então, que as categorias políticas “direita” e “esquerda” sempre foram atemporais, eternas no tempo e no espaço, tal como o bem e o mal na consciência maniqueísta. Os liberais, claro, estão próximos dos fascistas, sem contar os conservadores. Dentro do horizonte mental paranóico do professor, até a democracia parlamentar é “fascista”. Até porque no íntimo do coração de cada esquerdista boboca, toda democracia liberal é um disfarce da ditadura da burguesia. “Democracia autêntica”, por assim dizer, são as “democracias populares” do Leste Europeu e outras demais autênticas ditaduras totalitárias de partido único. Há outros engodos. O professor, na maior patetice, uma hora negava ser comunista e outra hora só defendia os comunistas. Chegou a ponto de afirmar que os sandinistas da Nicarágua não eram comunistas. E não teve pudor nem de esconder a choradeira de amores por Stálin, que comoveria pobres viúvas stalinistas dos anos do 40 do século XX. Ele repete aquele mantra imbecil de que o regime soviético, aliado de Hitler, derrotou o "fascismo". Sem contar outras questões curiosas, como a pretensa admiração do “socialismo real” chinês. Enfim.

Apesar de tudo, o professor é bastante sincero, numa certa comunidade de história que ele mesmo criou (chamada "Fogo na direita"). Ele diz: “Esta comunidade se destina a formar um grande banco de informações para desmistificar e desmoralizar aqueles que continuam a defender a permanência de organizações sociais baseadas nas discriminações, abertas ou veladas, de classe, gênero, etnia ou origem regional; os que insistem, utilizando a desgastada máscara da defesa do “Estado de Direito”, em promover desigualdades de fato cada vez maiores”.

Ou seja, para ele, as liberdades civis e políticas, a constituição federal, a democracia e o Estado de Direito são máscaras surradas para camuflar um sistema supostamente "tirano". Essas pessoas que defendem quaisquer modelos democráticos liberais devem ser "desmoralizadas", "desmistificadas". Nisto, ele é perfeitamente coerente com suas crenças totalitárias.No entanto, o resto é contraditório em praticamente tudo. Se por um lado, o professor diz combater as “discriminações abertas ou veladas, de classe, de gênero, etnia ou origem social”, por outro lado, ele defende o racismo negro, através das cotas raciais. Ele defende a luta de classes, que basicamente, levaria o país à guerra civil e ao extermínio de grupos sociais inteiros, considerados incompatíveis,“reacionários”, “inimigos do povo”, pelo vindouro regime socialista idealizado por ele. Esse professor sonha com milhões de cadáveres. E é curioso que ora ele diga defender os gays, ora ele ofenda as pessoas com o epíteto pejorativo da homossexualidade, entre os quais, os conservadores, acusados de serem gays enrustidos. Não me conste, historicamente, que as ditaduras de esquerda sejam um paraíso para os homossexuais. A discriminação de opção sexual é notória: eles são duramente perseguidos, presos ou mortos. Porém, essa contradição esquizofrênica está presente na mentalidade revolucionária, já que tudo pode ser adaptado e programado, de acordo com as conveniências ideológicas e do poder. O professor Gustavo do Ceará não disse que a Itália tinha ditadura militar? Por que o professor Gustavo do Rio não mentiria na mesma proporção ou pior?

Se não bastasse tudo isso, o professor nutre um ódio doentio por mim. Isso tem uma explicação: quando eu mostrei os erros, as distorções, a desinformação sistemática de suas análises, ele se sentiu tão humilhado que apagou a conta do profile do Orkut. No final das contas, quem acabou sendo desmoralizado, desmistificado, publicamente, foi ele. Passou um bom tempo de ressaca do orkut até voltar com nova conta. E depois disso, o professor fujão jamais me perdoou. Como as mentiras pró-comunistas e pró-socialistas se esgotaram, aí ele se dá ao trabalho de ler o meu blog inteiro, catando erros de digitação e português e divulgando no orkut. Recordemos, o professorzinho fanático votou no Lula e agora quer ser meu editor de textos de português? Há loucos para todos os níveis. Pelo menos, ele virou, involuntariamente, meu editor.

Outro aspecto que percebo no caráter esse professor: existe aquela tentativa de chantagear psicologicamente o aluno, ação típica das pessoas manipuladoras, que fazem da sala de aula uma fábrica de doutrinação ideológica. A aula é aquela ladainha marxista bem vulgar. Ele mesmo admite isso, já que, nas suas próprias palavras, não existe imparcialidade histórica. Não me espante que a histeria de criticar a “democracia burguesa” seja conciliada com a ocultação dos crimes comunistas revolucionários mais assombrosos. É a mesma histeria que condena Pinochet e a ditadura militar brasileira, cujo número de mortos é ínfimo, quando o cidadão defende Lênin, Stálin, Mao Tse Tung e o “socialismo real”, com seus milhões de cadáveres. Esse tipo de gente é o mesmo que choraminga de amores pelo ditador Fidel Castro e seus clones Evo Morales e Hugo Chavez, da mesma forma que colabora para a destruição das liberdades políticas em nossas democracias. O Sr. Gustavo Moreira, no seu íntimo, deseja, para uma boa parte da sociedade brasileira, os paredões de fuzilamento e os campos de concentração. Todavia, ele terá uma resposta na ponta da língua: os governos de Morales e Chávez foram eleitos. Essa falácia comunista típica dos países do Leste Europeu, cujas ditaduras eram chamadas de “democracias populares”, parte do pressuposto de que as eleições podem destruir as liberdades civis e políticas na democracia e, por conseguinte, a própria democracia. Porém, o século XX foi infestado de ditaduras com “eleições”: em Cuba, na União Soviética, no Iraque, na Alemanha Nazista, na Itália fascista e mesmo no grotesco regime mexicano do PRI. Mas é claro, se um grupo político reagir a um golpe de Estado feito por métodos democráticos, o comunista vai acusar a “democracia burguesa” de farsa. Para o esquerdista médio, “autêntico” mesmo é o povo cair na armadilha de eleger um ditador e arruinar a democracia por métodos eleitorais.

Paradoxal é o moralismo histriônico que está por trás dessas cabeças. O Sr. Gustavo, tal como seu homônimo no Ceará, tem uma particular simpatia por bandidos e terroristas. Claro, na cabeça desses indivíduos, o criminoso é uma espécie de “vítima da sociedade”, um justiceiro contra o injusto e desigual sistema capitalista. E qualquer ameaça a vida ou a propriedade de alguém comum torna o delinqüente um fiel aliado espiritual do socialismo. Na verdade, o único crime do bandido não é matar alguém ou violar a propriedade, e sim fazer tudo isso sem o discurso ideológico socialista. Se ele matar em nome da “revolução” ou da “justiça social”, uma boa parte da classe acadêmica baterá palmas de alegria. O grupo terrorista da Farc pode traficar drogas e entupir de cocaína o Rio de Janeiro inteiro; pode, inclusive, ensinar táticas de guerrilha aos traficantes que impõem toques de recolher aos cidadãos comuns das favelas; o Sr. Gustavo estará lá, apoiando alegremente o crime organizado e o terrorismo, com a única condição de atribuir essas mazelas ao capitalismo. Aliás, conheço muita gente no Rio de Janeiro que pensa assim. Daí a entender por que a antiga capital do Brasil está prostrada perante a criminalidade generalizada.

Os Gustavos da vida não são os únicos. Quanto maior a titularidade e o anel, mais burro é o bacharel. Em outra ocasião, vi a exposição de outro professor, este, graduado com mestrado e doutorado em história numa universidade do interior do Paraná, falando sobre o capitalismo. Quando eu expus minhas idéias, demonstrando as falhas gritantes do seu raciocínio, o sujeitinho ficou ofendido. Achou que eu estava ofendendo seus títulos, sua autoridade de professor. E tal como uma socialite parada pelo carro da polícia, respondeu com aquela típica frase odiosa da nossa cultura patrimonial: - Você sabe com que está falando? Eu sou mestre e doutor sabe-se lá das quantas. . .e eu me contive para não mandá-lo fazer com seu diploma, aquilo que se faz com papel higiênico. O culto sacrossanto dos diplomas é inversamente proporcional a inteligência desses professores. Um misterioso caso a ser estudado pela física, desde a aparição de Sir Isaac Newton. . .

Às vezes me pergunto aonde isto vai chegar. As crianças sofrem uma lavagem cerebral completa para desprezar a democracia e a liberdade e virar mão-de-obra de ditaduras totalitárias. São enganadas nos fatos históricos mais importantes, obrigadas a repetir a análise distorcida e mentirosa de seus professores. E, ainda, eles injetam palavras e chavões de ódio na cabeça dos alunos, para torná-los infantilóides, raivosos, dependentes de conchavos grupais, incapazes de formar juízos independentes de valor. A história ensinada pelos Gustavos da vida não é história, é clichê, é discurso político fabricado, é slogan partidário. Os alunos brasileiros estão ficando burros, porque estão se rebaixando ao nível cultural dos Gustavos da vida. O Brasil está ficando idiotizado, porque seus educadores conseguem ser mais estúpidos do que seus alunos. As legiões de Gustavos professores de história da vida são um perigo pra saúde intelectual e mental do país. Acreditem, há gente que paga pelas aulas desse povo. Aí é também um caso sério de propaganda enganosa, de violação aos direitos do consumidor. Chamem o Procon!

domingo, março 01, 2009

Fraudes escolares.

Há dias atrás, acompanhei um vídeo de uma escola privada do Ceará, que é um monumento a desinformação dos alunos. Acrescentemos, esse colégio, conhecido como Ari de Sá Cavalcante, é considerado de elite em Fortaleza. Era uma aula de “atualidades", ministrada por um cidadão chamado Gustavo Brígido, que é, sabe-se lá por alguma má sorte do destino, professor de história de segundo grau. Os assuntos eram variados: Faixa de Gaza, Hugo Chavez, Revolução Iraniana, crise americana e outros temas bastante controversos. Confesso que me senti profundamente incomodado com sua exposição, com certa sensação de perplexidade. O que assisti foi um amontoado de distorções incrivelmente desonestas, no intento de induzir ao erro os seus próprios alunos. Uma dessas falácias me chamou a atenção, em especial: o seu comentário a respeito da concessão de asilo político ao criminoso terrorista Cesare Batistti, pelo governo brasileiro. Na exposição do professor Gustavo, ele diz, ao arrepio dos fatos, que a Itália vivia sob uma ditadura militar nos anos 70 do século XX. Inclusive, ele faz uma analogia entre as “duas” ditaduras: a da Itália e do Brasil. Ou ao menos tenta dar a entender isso. Eu responderia com uma seguinte objeção: isso é uma fraude e da grossa. A Itália é um país democrático desde o fim da ditadura fascista de Benito Mussolini, em 1945, e sua Constituição, datada de 1948, foi orientada pelo glorioso estadista católico, membro da democracia cristã e ferrenho antifascista e anticomunista De Gasperi. Desde então, a Itália teve eleições livres, pluripartidarismo, tribunais independentes, inclusive, com a participação dos partidos e intelectuais de esquerda divulgando suas idéias livremente pelo país.

No âmago da minha perplexidade, os relatos do Sr. Brigido me levam a crer em duas coisas: ou ele nunca leu nada da história italiana ou então age de má fé, ao impor suas convicções ideológicas pessoais, distorcendo fatos e falsificando a história. Aliás, cabe um detalhe histórico que o Sr. Gustavo omitiu: Cesare Batistti faz parte de uma triste fase da história italiana, quando alguns grupelhos de esquerda, seguindo as idéias radicais e totalitárias das revoltas estudantis de 1968 e embebidos por Che Guevara, Mao Tse Tung, Lênin e outros tipos criminosos, causaram um banho de sangue e terror sobre o democrático país nos anos 70. Cesare Batistti assassinou quatro pessoas na Itália e foi condenado por um tribunal comum, onde poderia se defender dos crimes pelos quais foi acusado. Aliás, o Brasil já se tornou porto seguro para terroristas. Nesta mesma época, outro terrorista italiano (hoje exilado no Brasil e ideólogo do PSOL), Achille Lollo, assassinou dois jovens na Itália, carbonizados, depois que o celerado jogou gasolina na casa de um pobre gari que fazia parte de um partido conservador.

Parece que o Sr. Brígido desconhece as ações das Brigadas Vermelhas, que em 1978, seqüestraram e mataram o deputado da Democracia Cristã, Aldo Moro e abandonaram seu cadáver, crivado de balas, num porta-malas, no centro de Roma. Também pudera, um sujeito que usa Carta Capital, CMI, Isto É, e outras fontes ridículas, compradas a peso de ouro pelo governo federal, só pode dar nisso: desinformação, tolices e asneiras para confundir e manipular os alunos.


Aí me pergunto: que tipo de escola é essa que contrata gente que ensina a delinqüência, a mentira e a falsificação histórica para distorcer os fatos e mesmo manipular as almas dos jovens alunos? Que tipo de escola é essa que não monitora a qualificação do que é ensinado nas salas de aula? O professor Brígido, simplesmente, está defendendo um assassino julgado e condenado por um tribunal de um país democrático, por conta de suas duvidosas convicções políticas. Se não bastasse o esforço que certos pais devem pagar pelas mensalidades para ter uma educação decente, os garotos estão sendo direcionados a decorar as tolices do Sr. Brígido! Em suma, é de uma extrema irresponsabilidade que as escolas privadas aceitem bovinamente as determinações do MEC, sem questionarem seus programas, seus métodos, seus direcionamentos, que são puras doutrinações ideológicas disfarçadas de conhecimento. Neste caso, ao professor Brígido cabe este papel, não de educador, mas de um doutrinador, um destruidor de mentes.


No mesmo vídeo, é paradoxal que o professor faça clamor sobre as liberdades e garantias fundamentais da Constituição Federal, em nome da "soberania" brasileira, para defender um assassino frio e covarde. No entanto, o mesmíssimo governo corrupto que dá status político a criminosos comuns, deporta dois jovens atletas cubanos inocentes, cuja única culpa foi discordar da ditadura de Fidel Castro. Claro que o professor escondeu esse mero detalhe para seus alunos.


Por outro lado, quando o professor fala sobre a guerra da faixa de Gaza, ele, mais uma vez, falseia a história e induz o aluno ao erro. Por mais que houvesse um acordo entre Israel e o Hamas num cessar-fogo, a verdade é que o Hamas jamais respeitou o pacto em nenhum momento. Lembremos, o grupo palestino terrorista nunca negou o desejo de destruir o Estado judeu: aproveitou a trégua para se armar com a ajuda do Irã e continuou atacando o país vizinho. Israel foi o único lado da história que respeitou o cessar-fogo. E esperou que acabasse o prazo para revidar contra os palestinos. Ao contrário do que o professor afirma, a Faixa de Gaza não foi ocupada em 1948, como se supõe, porém, em 1967, na guerra dos seis dias, já que o Egito tinha soberania sobre aquele território ocupado. Acrescentemos: a Faixa de Gaza foi desocupada em 2005.


Em outros detalhes, que não procurarei comentar, o Sr. Gustavo Brígido parte de um antiamericanismo primário, um jogo retórico de slogans e chavões vazios, a respeito de questões que são bastante complexas, como as relações internacionais, em particular, da guerra fria. De fato, não parece que é a primeira vez que o professor tem esse tipo de problema. Ele deve ser aquele tipo de educador manipulador e autoritário, que explora a credulidade dos jovens, através de uma mistura de chantagem psicológica sobre alunos recalcitrantes e adulação aos alunos mais servis. O professor esquerdista militante, por regra, é assim na sala de aula.

Finalizando, tiro as seguintes conclusões “históricas” dos ensinamentos desse colégio, a partir das aulas do Sr. Brígido: os seus alunos são induzidos a idolatrarem um assassino comum foragido de um país democrático, ainda que embelezado por um discurso político fraudulento e endossado por um governo indigno de credibilidade como o nosso. Eles são induzidos a idolatrarem grupos terroristas islâmicos, cuja pregação nada mais é do que um novo holocausto ao sofrido povo judeu. São induzidos a odiarem os livres empreendedores, os empresários, os comerciantes, como capitalistas exploradores e perniciosos (entre os quais, os possíveis donos dessa escola, que com certeza, fazem parte da classe burguesa odiada pelo professor). Enfim, o Sr. Brígido é uma daquelas figurinhas tristes e patéticas de pseudo-historiadores, que ainda não saíram do ambiente de DCE acadêmico, com suas ideologias decadentes do Muro de Berlim. Esse tipo é o que encarna o universo intelectual que hoje domina, como uma coqueluche, o nosso sistema educacional brasileiro e a política latino-americana. De Gustavos, professores de história e charlatães, existem legiões, espalhados pelo país. Não caberia julgar as qualificações deste colégio, na sua totalidade. Todavia, o vídeo patrocinado pela escola é uma soberba farsa, uma pérola digna de doutrinação dos piores regimes totalitários. E alguém duvida por que a educação brasileira tem fama de deformar inteligências?
Nota: Depois de publicado esse artigo, descobri, recentemente, que o vídeo foi tirado do ar. De fato, escutei o depoimento de muitas pessoas que ficaram indignadas com as artimanhas do Sr. Gustavo Brígido e enviaram emails à escola, para exigir providências em relação ao teor de suas aulas. Parece que alguém da diretoria do citado colégio tomou vergonha na cara. Salvou a consciência dos alunos de um fiasco completo! Quem quiser conferir o link, é só clicar aqui.