terça-feira, junho 28, 2011

Considerações sobre um retar(dado)

Um histérico sujeitinho que se diz membro da UJS (união da juventude socialista, mas, para mim, juventude sociopata),ficou raivosinho com o teor do meu artigo a respeito do stalinismo espiritual dos ex-militantes e opositores do regime militar de 1964.Vamos analisar as asneiras do rapazinho imaturo e analfabeto?

“Muito bosta esse seu texto
achei um lixo, muitas mentiras
são contadas diariamente e infelizmente, muitas pessoas acreditam nelas.”

Conde-Muito bosta o seu cérebro. Resta saber se o otário-mirim pode nos afirmar uma mentira em meu texto. . .


"Sou da Juventude Socialista e do Partido Comunista do Brasil",

Conde-Em suma, o rapazinho é membro do partido do genocídio.

"e espero deixar claro a você e a toda laia burguesa-desinformada fraca de ideias "

Conde-Mais outro asno retardado que me julga conforme minha conta bancária. Próximo!
de como contribuir na sociedade que a luta continuara sempre,

Conde- O rapazinho acha que contribui para a sociedade? Como? Defendendo o genocídio? Virando estudante profissional vagabundo e sustentado com dinheiro público?

porque pra criticar cegamente os idealistas e se sentar numa cadeirinha se dizendo conde, existe uma parcela da sociedade chamada corporativista,

Conde- Ainda estou tentando entender a lógica analfabeta do rapaz. Ele não consegue dizer coisa com coisa. Deve ser o uso de drogas comum na UJS e no Fórum Sociopata Mundial.


vocês elitistas se estudarem bastante um dia chegarão lá e terão algo de influente e moral pra falar algo do movimento de base,


Conde- Vamos ver se entendi o espírito de esterco: ele defende uma elite poderosíssima e que massacrou milhões de seres humanos num sistema totalitário monstruoso e o cara vem cagar moral no meu blog?

por hora aproveitem bastante do direito de expressão livre que a esquerda comunista conquistou na rua com luta contra os fardados.

Conde- Conquistou o caralho! Se os comunistas fizeram alguma coisa foi destruir quaisquer liberdades em toda a parte do mundo. A liberdade de expressão foi conquistada, justamente porque os fardados cuspiram e pisaram na cara de vocês comunistas. Porque sem os milicos, jamais seriamos uma democracia. Dado, o retardado, vá estudar, você só serve pra limpar a privada do PC do B! E da próxima vez, aprenda a articular idéias. A gramática pra analfabetos do Marcos Bagno não vai te ajudar em nada!

segunda-feira, junho 27, 2011

A parada da baixo-estima gay


Atualmente me encontro em São Paulo e vejo os cartazes e bandeiras arco-íris da chamada “parada do Orgulho Gay”, na Av. Paulista. Nos metrôs da cidade, o submundo homossexual, aos poucos, domina o cenário, com uma legião de homens efeminados e mulheres masculinizadas, estranhamente mal vestidos, alguns andando de mãos dadas, outros trocando beijos tímidos antes da farra. De fato, aproveitava os últimos momentos de paz nas ruas do centro, antes do evento, que parece aos olhos de muita gente, algo desagradável e trash. A cidade perderia o seu sossego. Os hotéis estavam lotados e os preços das diárias iam pras alturas. A prefeitura espalhava mictórios de plástico para receber os moçoilos e moçoilas esquisitos. E quando eu estava pegando o metrô, abraçado à namorada, eis que uma dessas criaturas estranhas me olhava, como se a minha heterossexualidade fosse algo anormal naquele ambiente. Minha mulher percebeu e também ficou incomodada. A “heteronormatividade” soava bizarra no ambiente. Porém, ela, zombeteira, apertou minha barriga e disse, sorrindo: - Ursinho!




Recordei-me da conversa rápida que tive com Júlio Severo, o combativo evangélico e jurado de morte pelo movimento homossexual, antes da viagem à capital paulista. E relembrei-me de alguns aspectos de sua denúncia contra essa campanha de apologia e “orgulho” da homossexualidade e suas implicações em nossa cultura e valores. A idéia de “orgulho” de uma conduta sexualmente imprópria já é distorcida. Não somente aos olhos dos heteros, mas pelo simples fato de que o movimento gay é declaradamente cheio de sentimentos de inferioridade e necessitado de tantas compensações. Ao menos, conheço homossexuais sérios que não precisam disso. Se a relação gay não completa existencialmente ninguém (e creio, que de fato, não completa), no entanto, muitos não fazem disso um mote ou um dom especial. Pelo contrário, como me dizia um amigo gay, a homossexualidade masculina é uma mera relação entre o ânus e o pênis. E ele me perguntava no que isso tem de tão superior, a ponto de os gays merecerem atenções tão distintas?! Que dirá então da homossexualidade feminina, que nem coito possui?






Toda a propaganda homossexual, patrocinada pelo governo, pelo Ministério da Educação (mais conhecido como “educação pornográfica”) e mesmo por uma boa parte da mídia, quer tornar a humanidade sexualmente infantil. Eu tenho uma filosofia a respeito disso: a prova cabal da maturidade do homem é enfrentar uma mulher, encarar os encargos do sexo oposto, vivenciá-lo profundamente. A recíproca não é diferente para a mulher. O sexo oposto é um outro universo incomensurável, complexo e difícil de entender. Deus nos prega a armadilha da originalidade amorosa: criou os dois sexos para serem uma só carne. Porque se o homem fosse um ser assexuado, seria um autista, uma criatura anti-social. É muitas vezes pela mulher que o homem desafia e rompe com a família. Sai do seu mundo encantado, protetor e castrador dos pais, para formar uma nova vida, um novo ambiente, que é simplesmente o mundo real. Ainda me lembro das novelas da cavalaria: o nobre guerreia para juntar a fama e os bens para casar com a donzela. Sai de seu feudo, pega em armas na justa ou no campo de batalha e depois do ritual de tantas pelejas, retorna maduro, pra construir sua própria casa, sua família, desposando a dama. Ouço as palavras do frei espanhol, meu confessor: é preciso se libertar do apego à família, para expandir o amor além da família!






Daí a perceber que o homossexualismo é algo que lembra certa imaturidade no medo do sexo oposto. Neurose até. Tanto para o efeminado como para a lésbica, há um sinal claro de impotência com o sexo oposto. Se a função do homem é procriar com a mulher e a da mulher é a de gerar filhos, a homossexualidade frustra essa potencialidade, esse vigor. O homem rejeita a vagina, tal como a mulher rejeita o pênis. No máximo, há o encanto pelo dildo, que é outra coisa, embora com o mesmo caráter fake. Mas em todas as relações homossexuais há o complexo da superficialidade, da fraqueza. É mais fácil um homem entender outro homem, como uma mulher entender outra mulher. Para certos homens, agradar as mulheres pode ser o começo de um suplício. Tarefa nada fácil.






A promiscuidade homossexual masculina explica muito dessa vida sem compromissos, irresponsável, sem laços afetivos fortes. Sodomia não gera filhos, não há esse risco. Porém, a relação sexual jamais se completa. A grande maioria dos “orgulhosos” da Parada Gay da Paulista raramente terá amores profundos nesse meio. Será a turma do sexo fortuito e casual num mictório da Avenida Paulista ou do Parque Trianon. Por isso é estranho que este grupo exija “direitos de família”. Não há nada na vida homossexual que contribua para esse fim. Nem mesmo a capacidade natural de gerar filhos. Não existe nem mesmo o elemento ético e moral necessário para formar uma prole.






Não seremos injustos com os homossexuais: a educação sexual nas escolas para os heteros também se incentiva o sexo fortuito. Salvo nas Igrejas, raramente se ensina na escola a necessidade de se formar família, ou mesmo a busca do velho amor. Tudo o que um homem tem é um pênis e uma mulher uma vagina e basta usarem uma borrachinha no meio para tudo ficar lindo e maravilhoso! É o “sexo seguro”! Contudo, o grosso das mulheres continua sendo as eternas frustradas sexuais de sempre, tal como as nossas avós. A liberdade sexual tão cobiçada não deu a satisfação necessária pra elas. Pelo contrário, tornou o homem cada vez mais leviano e irresponsável e incapaz de assumir compromissos sérios, desvalorizando a mulher. Nelson Rodrigues dizia que a feminista é a inimiga da mulher. Não sem razão. Ao tratarem os homens como eternos inimigos, as feministas criaram um novo autismo sexual. Não me espantaria que muitas delas se satisfaçam com o dildo. O sexo solitário é uma coisa triste. A homossexualidade implícita desse movimento está mais que óbvia.





Parece demonstrado que a liberdade sexual irrestrita e a apologia da homossexualidade, tanto da parte de engenheiros sociais, como do Estado, têm uma finalidade ambiciosa: destruir a família, perverter as relações sociais e tornar uma legião de pessoas eternas adolescentes, fragilizadas emocionalmente, incapazes de criar laços realmente autênticos de solidariedade e comunidade. Relações de solidariedade e comunidade implicam responsabilidade e senso de dever com o próximo. Daí a entender o porquê do “orgulho gay” e da “sexualidade livre”. Daí por que, na estreiteza mental do movimento gay, “amai-vos uns aos outros” só se limita a uns penetrando nos outros, sem o alcance espiritual que o Cristianismo nos dá com esse mandamento. Fez-me lembrar daquela piada jocosa de garotos da minha época, com a frase de São Francisco de Assis: “é dando que se recebe”. A turminha do movimento gay entende perfeitamente esse enunciado através da troça de moleques. São toscos demais.






Toda liberdade necessita de um sentido de ordem, de coerência, de princípios, sem o qual, o indivíduo se perde, se auto-destrói, e junto, a sociedade. Destruir os conceitos morais que direcionam o sentido autêntico da liberdade e da responsabilidade individual é também destruir a própria liberdade. Claro está que a sociedade está perdida, justamente porque carece de referenciais autênticos para a sua liberdade. Invertem-se os valores e os distorce.





Essa distorção é bem reconhecida quando se vê na sociedade secularizada a perda do senso da hierarquia dos valores e do sagrado. Minto, não há em si apenas uma “perda” do sagrado, mas a sua caricatura, a sua inversão e degeneração. Quando o STF diz que “direito de família” é produto de um “plus sexual” e quando a sacralização da homossexualidade vem junto com um projeto de lei “anti-homofóbico” que pode colocar na cadeia milhares de cristãos por rejeitar a glamourização do submundo gay, a existência da sacralidade apenas se modifica e se rebaixa. O laicismo tem sua parcela de culpa nessa destruição dos valores autênticos, justamente porque eles só existem por conta de um fator de transcendência. Se Deus e a maioria cristã são marginalizados na relação pública, sobrará tão somente o novo “clerc” da vida política, que são os intelectuais, políticos e juristas laicistas, marxistas e relativistas, ditando novas regras sobre a sociedade, contra essa sociedade, através de seus esquemas mentais materialistas. O Estado, por assim dizer, é a nova Igreja, com seu clero secular, feito de senhoritos satisfeitos e arrogantes, burocratas intelectualmente inexpressivos, mas, destrutivos. Ingênua é a declaração de alguns ateus em afirmar que o ateísmo é mera descrença na religião. O Novus Ordo Seculorum quer expurgar o cristianismo da sociedade e destruir os seus valores. E o que ficará no lugar? Esse novo mundo corrompido e deformado, de homens efeminados, mulheres masculinizadas e gente psicologicamente estéril. Os revolucionários não sabem construir. Sabem apenas destruir.
A “parada gay” existe porque há muita baixo-estima do público presente. Na incapacidade de reconhecer a realidade das coisas, as criancinhas birrentas exigem “direitos” inexistentes, para responsabilidades que não podem assumir. E acham que necessitam de privilégios ou mecanismos de auto-ajuda, para satisfazerem a sua mais completa nulidade. Quem precisa desse tipo de “orgulho” está psicologicamente pior do que se imagina. . .

segunda-feira, junho 20, 2011

O Supremo Tribunal de Exceção Petista

O senador Demostenes Torres, do DEM de Goiás, deu uma entrevista a Revista Veja, datada de 05 de junho de 2011, onde revela certa lucidez em alguns pontos de vista. Reconhece a carência da oposição, o viés autoritário do governo petista e a covardia dos partidos conservadores em se assumirem como tais, temerosos com a popularidade fabricada pelo governo Lula. No entanto, percebo nele uma deficiência de perspectiva visionária. Aliás, é o mal dos políticos, mesmo os cheios de boas intenções. Demostenes, como muitos políticos de oposição, carece de uma visão de conjunto da realidade política. Ainda que estivesse correto com relação às falhas da oposição e a tentativa de aparelhamento do Estado, ele ainda não percebe que as intenções do governo são muito mais ambiciosas do que mero aparelhamento do Estado, disputa de cargos públicos ou inchaço governamental.

Seria difícil convencer a um político experiente, acostumado aos bastidores do Congresso Nacional, de que há grupos políticos muito mais pretensiosos na modificação radical da sociedade civil e política. Muitas vezes os políticos, acostumados às visões práticas do cotidiano, não percebem que há projetos mirabolantes de poder que vão muito mais além de suas próprias ambições. Projetos que são elaborados bem além das assessorias ou sedes de partidos democráticos, através de grupos militantes de cunho radical e muitas vezes secreto. No silencioso laboratório dos engenheiros sociais e no lado oculto de grupos revolucionários e subversivos, formam-se as idéias de sujeição da sociedade civil e estabelecimento de um sistema político destruidor das liberdades.

Será que alguém, incluso o senador, se pergunta de onde surgem todas as agendas totalitárias e politicamente corretas que hoje idiotizam o país? Por onde saem os projetos esquerdistas de controle estatal cada vez maior da economia, da cultura, do pensamento e da sociedade política? É ingênuo achar que os petistas são arautos da velha corrupção que é lugar-comum do país. O PT, fundamentalmente, não quer apenas cargos públicos. Não quer apenas inchar uma burocracia. Não quer apenas dinheiro público. Fundamentalmente, o PT quer o poder absoluto e ilimitado. Quer, em suma, implantar o totalitarismo no país. É muito mais abrangente: o projeto totalitário tomará conta não só do Brasil, como de toda a América Latina.

Essa percepção só é válida se alguém vir o todo, o conjunto, a trajetória do PT na ideologia e nos esquemas de poder que construiu durante mais de 30 anos de vida política. E isso implica um estudo de campo, observando quais são as idéias, as alianças, os tipos humanos e os métodos de se fazer política desse partido. E ao que se revela, ninguém aprendeu muito com o que ocorre no país, atualmente. Com a exceção de algumas opiniões isoladas na internet, nos jornais e revistas, as políticas petistas passam incólumes para a opinião pública, demasiado tola ou cúmplice para entender por qual caminho o país está sendo levado. O príncipe Dom Bertrand de Orleáns e Bragança, em uma feliz reportagem, disse que o Brasil está sendo levado aonde não quer. Nisto ele tem razão. O problema é que o grosso do país ainda insiste em ignorar para onde está sendo levado. Não consegue ver. Ou se nega ver.

Neste interim, o senador Demóstenes, reconhecendo, ainda que fragmentariamente, essa expansão do Estado-partido na vida civil, toca no assunto em voga, que é a atuação do STF. Na entrevista à Revista Veja, ele diz que só nos resta confiar no Supremo do país, na carência de confiança no resto. E neste ponto, mais uma vez aqui ele se equivoca. As altas instâncias do STF já estão dominadas. Basta ver quem está na lista dos ministros indicados pelo governo, para perceber que um escritório de advocacia do PT e o STF é a mesma coisa. Resta saber quem poderemos confiar além do STF. Talvez só Deus no reste. No entanto, o STF brinca de Deus, tal como o governo federal.

A alegação do ilustre senador, muito antes de denotar confiabilidade, é a comprovação do mais espantoso fracasso da democracia brasileira. Se o povo não pode confiar no Congresso, no executivo e apela ao judiciário, é sinal de que as coisas vão de mal a pior. E mais, nem no judiciário há de confiar, conforme se revelam os fatos óbvios. O STF, junto com o governo federal, é uma das maiores ameaças à democracia atual.

Exemplos não faltam. A desastrosa decisão do STF sobre os destinos da região de Raposa Serra do Sol, arruinando a vida de milhares de agricultores de Roraima e expulsando-os para as favelas da capital, Boa Vista, além da entrega de uma parte da nossa soberania nacional às ongs indigenistas, já era motivo de sobra para defenestrar todo esse corpo de ministros despreparados. A decisão do STF foi literalmente criminosa, delinquente, porque foi realizada ao arrepio da segurança jurídica e embasada num relatório fraudulento de antropólogos vigaristas da FUNAI. Ninguém vai pagar o enorme preço em prejuízos dos agricultores jogados na mais extrema miséria, nem a ruína de uma parte significativa da economia de um estado da federação. Ao contrário, quem pagará é o cidadão brasileiro que perdeu suas terras e o direito de viver em qualquer parte do território nacional, como elemento principal de uma nação soberana. A Constituição foi rasgada no seu elemento basilar, que é o da legitimação do poder do Estado brasileiro e de seus cidadãos sobre seu chão que é por direito. Sob o beneplácito dos ministros do Supremo, o Conselho Indigenista Missionário e a Fundação Ford mandam e desmandam no território nacional. E a polícia federal serviu para expulsar os nacionais de suas terras, como se fossem bandoleiros e invasores de seu próprio território! Se o STF gerou um precedente jurídico, foi o da negação da soberania nacional e dos direitos elementares dos brasileiros sobre seu próprio país. A população foi expulsa e suas propriedades roubadas! E o Estado se tornou um inimigo de seus cidadãos!

Todavia, essa atitude ignominiosa não se limita a isso. A legitimação da união estável de homossexuais, mais uma vez, não poupou a Constituição Federal. O Supremo, ao agir como poder constituinte e invadindo a esfera legislativa do Congresso Nacional, modificou radicalmente um dispositivo constitucional, a revelia de toda uma legislação constituída, que afirmava justamente o contrário.

Neste aspecto, a canalhice não teve fim. Os militantes do movimento gay e seus sequazes juristas defendiam a reformulação do Supremo embasada na ideia de que o Congresso Nacional e o próprio povo responsáveis pela consecução das leis não seriam partes interessadas na mudança da legislação em favor das minorias. Como a maioria do povo é “ignorante”, “preconceituosa” e “cristã”, deve-se ignorá-la solenemente em nome de grupos e idéias “progressistas”.

Em outras palavras, basta que um grupo minoritariamente organizado, mas com milhões de dólares injetados por fundações estrangeiras e pelo próprio governo federal, além de possuir forte influência midiática e política, tenha o poder de pressionar o judiciário para que ele se torne o poder legislativo por excelência, acima dos valores e dos interesses das instituições democráticas legalmente competentes para tal fim. As ongs já estão dando o recado, junto com o STF: o legislativo e a opinião do povo não interessam. Não são competentes para legislar. Quem faz isso é uma minoria escusa, que despreza a vontade popular, junto com juízes presunçosos, que se acham acima de todos os poderes constituídos da república. Salvo, é claro, quando essa vontade popular se torna a vontade do partido-Estado petista. O ódio à democracia está mais explícito do que nunca. É espantoso que escutemos isso da boca de juristas, advogados e juízes, pretensos ativistas sociais “democráticos”, essa pecha de que são mais iluminados do que o povo. Naturalmente essa camarilha esquerdista tem um conceito muito particular de “democracia”.

O STF já se tornou lendário em colecionar outras pérolas. Foi por intermédio dessa corja suprema é que se permitiu a permanência do assassino foragido da justiça italiana Cesare Batistti. Se o STF destrói a soberania e rasga a Constituição para defender a agendinha gay, por outro lado, permite a criação de atritos diplomáticos com outros países, tal como a democracia da Itália. No geral, o STF colabora, junto com o PT, na transformação do Brasil num covil de terroristas e bandidos de outros países. É, no mínimo, paradoxal. O STF julga o caso e permite a extradição do delinquente. No entanto, criando um precedente incomum, recusa-se a direcionar o caso e passa o direito de decisão ao ex-Presidente Lula, criatura interessada no imbróglio, já que o próprio era um adulador desse tipinho terrorista de esquerda. Lembremos da ficha suja de Tarso Genro, o ex-ministro da justiça que usou da força arbitrária da Polícia Federal para expulsar atletas cubanos que fugiam da tirania de Fidel Castro ou para expulsar os arrozeiros de Raposa Serra do Sol, em Roraima. Pois bem: o ex-ministro e atual governador do Rio Grande do Sul deu status de asilo político ao bandido italiano, criando uma situação constrangedora para o STF. E renegando sua decisão anterior, o Supremo simplesmente voltou atrás, soltando Batistti e bancando uma espécie de lacaio dos petistas.

Estranha desproporção: o governo que dá asilo político a criminosos e expulsa homens de bem de suas terras é o mesmo que deporta inocentes, a pedido de uma ditadura assassina. Tudo sob a vista grossa dos ministros do STF, supostamente a “guardiã” da Constituição. E ainda tem gente que afirma que o Brasil agiu “soberanamente” ao defender um meliante de extrema-esquerda. O Brasil só consegue ser “soberano” pra defender picaretas e criminosos. Claro que isso não conta quando a relação é o cidadão comum. Estes podem ser humilhados por ongs, por republiquetas latino-americanas e até pelo próprio governo federal, cúmplice desses cretinos.

E a última trapalhada do Supremo: permitir a tal “Marcha da Maconha”. Apologia ao crime tem irrestrito apoio dos ministros. Tudo em nome da “liberdade de expressão”. A legislação penal, naturalmente, não vale. Pode-se fazer apologia das drogas à vontade, difundi-las, apregoar seu consumo desenfreado, para a destruição da juventude e da família brasileira. A recíproca não é verdadeira com os cristãos desta nação, que agora, através da legislação “anti-homofobia”, podem ir pra cadeia. Falar mal de homossexuais ou defender a religião também não vale. O que vale mesmo é pregar todo tipo de perversão, antinomia, inversão de valores, com a obrigação dos homens sérios de ficarem calados. Tal é o estado de suprema paranóia da magistratura!

Ayres Britto, dublê de poeta e juiz do STF, acha que é injusto “crucificar o Supremo”. O arauto do “plus sexual” não tem senso das proporções e do ridículo. Quem está sendo crucificada com essa turminha magistrada de suprema imbecilidade é a Constituição, a legislação, a segurança jurídica, a democracia e a dignidade do país!

Pobre desta nação. Se um senador conservador acha que podemos apelar ao Supremo, pela falta de confiabilidade do resto, nem o Supremo nos salva! É, talvez, o pior dos poderes a quem confiar, já que é uma instituição visivelmente aparelhada e que atualmente se coloca acima da Constituição. A não ser que o Sr. Demóstenes confie no escritório de advocacia do PT, transmutado em toga! Na verdade, o STF está próximo de um tribunal de exceção, de um comitê revolucionário, sendo governado sob as ordens de um partido comunista. Neste ponto, a Constituição é apenas um papel sem valor, dentro da ideologia do Partido-Estado e das agendinhas de ongs e “movimentos sociais” controlados pelo petismo. Só no resta mesmo Deus e a boa ação dos homens de boa vontade para confiar. E estes são cada vez mais escassos!



domingo, junho 05, 2011

A nostálgica choradeira da juventude stalinista

Carlos Molina é um personagem que aparece nos depoimentos da novela kitsch chamada “Amor e Revolução” do SBT, monumento de propaganda publicitária da rede de Silvio Santos, a respeito dos anos obscuros do regime militar. Este sujeito chega a choramingar por conta de sua juventude ter sido destruída numa época de suposta intolerância e maldade intrínseca das forças armadas. Nas palavras dele, a sua juventude não teve a liberdade das gerações passadas e futuras. Molina ainda esconde a realidade ao afirmar que lutava pela democracia: "Nós fomos espancados na rua, berrando pela democracia.” Dos stalinistas aos trotskistas, passando por variadas relações de socialismos e comunismos, todos estes santarrões falam de “democracia”. Mas a pergunta que não quer calar é: que modelo de democracia o Sr. Carlos Molina defendia? A democracia, na boca dos militantes de esquerda, é uma palavra etérea, vazia, escorregadia, oca de sentido específico. Que bonitinho, não? Os homens que pegaram em armas para implantar um regime totalitário nos moldes de Cuba, da China e da União Soviética agora podem disfarçar à vontade, rendendo loas à democracia pela qual jamais lutaram. Ou na melhor das hipóteses, esquerdistas aceitam a democracia por questões puramente táticas, para novas tentativas de tomada do poder. Convém dizer, o Sr. Molina é o espírito da juventude do Komsomol, a adolescência stalinista por excelência. É um komsomol que se esqueceu de envelhecer. . .só falta soprar a corneta!

Eu não me supreendo quando encontro em seu blog as mesmíssimas bandeiras totalitárias e terroristas comuns da época do regime militar, só que com nova face e novos tiranos: apoio à ditadura de Hugo Chavez e à guerrilha das Farc, o grupo narcoterrorista da Colômbia. Como também agora é moda da esquerda bajular os terroristas islâmicos, em nome da liberdade. Tal é o teor ideológico do stalinista chorão que "berrava por democracia" no SBT!

Apesar das lágrimas de crocodilo, Molina ficou raivosinho por conta de um artigo que escrevi, “Bando de hipócritas”, publicado no dia 05 de junho de 2011, onde eu falava que a esquerda não tinha o menor senso de autocrítica, quando a questão é o seu passado. Ou melhor, a palavra “autocrítica” tem um sentido perigoso na época de Stálin: os russos chamavam essa palavra de “tchistikas”, “purificação” ou mais, “expurgo”. O partido-Estado reunia toda a massa de comunistas e não-comunstas e obrigava a cada membro a fazer sua “autocrítica”, por fugir da pureza ideológica do regime. Claro que meu sentido de “autocrítica” é diferente. No entanto, da mesma forma que “democracia” é uma palavra artificial na boca de um comunista, o mesmo sentido se aplica a quaisquer outros termos. A esquerda fez “autocrítica” sim, mas porque perdeu a guerra. Sua “autocrítica” nada tem de moral: é puramente uma questão de análise política de como melhor vencer o inimigo.


Carlos Molina não se contentou em ficar zangado: escreveu um artigo, em resposta ao meu, intitulado “A Realidade é sempre pior do que retrata a novela”, publicado em seu blog, também no dia 05 de junho de 2011, onde solta um bando de disparates contra mim. Neste ponto, esquerdistas são mestres em adjetivações. Isso aprenderam com Lenin e Stálin. E embora tentem publicamente renegar suas origens, na prática, seguem os mesmíssimos cacoetes mentais de seus mestres. No fundo do coração, um marxista é um leninista-stalinista em potencial. O vício mental está explícito nas primeiras palavras de Molina: Lendo os pobres arrazoados sofistas escritos pelo Leonardo Bruno Fonseca de Oliveira, que em seu caricato “francesismo de salão” auto proclamou-se Conde Loppeux de la Villanueva, fiquei a pensar sobre o que leva um jovem vindo das camadas menos abastadas da população a ter posições tão conservadoras em relação a sociedade”. Na cabecinha tosca do meu detrator, ser conservador ou socialista é apenas uma questão de conta bancária. Ou de categorias classistas. Não passa nessa pobre alma perdida que quer salvar o mundo e moldá-lo à sua imagem e semelhança algo como “coerência intelectual”, “bom senso”, “honestidade”. Tudo se resume aos caprichos de categorias sociais abstratas ontologicamente boazinhas e malzinhas que disputam o poder no mundo. Claro que o Sr. Molina pertence aos “bons” e eu aos “maus”. E quem disse que sou pobre? Isso acaso interessa?

E Carlos Molina solta o verbo: Ele, em um discurso paranóico, talvez até não percebido pelo próprio, já que não mais se assume enquanto o mortal Bruno, e sim enquanto um conde imaginário, ao tentar se colocar como porta voz da indigesta extrema direita neoliberal clerigal, na realidade não passa de mais um clone, de uma vítima do Olavo de Carvalho, o que de fato “criou” está forma distorcida e delirante de formatar a análise do que é histórico e social”. Resta saber por que o Sr. Carlos leva tanto a sério um pseudônimo nobre, já que nunca me escondi por detrás dele. Deve ser os brios bolcheviques do rapaz. Mas eu não sou apenas nobre. Eu também sou “clerigal”. O que significa? Que sou clero e legal? E por que será que o pessoal sempre associa ao Olavo de Carvalho, quando a questão é conservadorismo? Será que se esqueceram da TFP, do movimento monárquico, dos integralistas e dos liberais-conservadores?

E Molina espuma de raiva, mais uma vez: “Na construção de seu pensamento maniqueísta, digno das masmorras da nada santa inquisição, em um artigo ele, em sua construção da argumentação de uma teoria conspiratória, foca como alvo de seu patológico ódio uma simples novela do SBT, cuja produção conta com parcos recursos e está é apresentada em um horário de baixa audiência, a Amor e Revolução”. Vamos ver se entendi a lógica: O meu detrator diz que sou uma espécie de “traidor da classe” por supostamente ser pobre e defender o conservadorismo. E só porque afirmo que a esquerda não tem arrependimento nenhum de seus crimes, o maniqueísta sou eu? Claro, claro, Molina é o melhor ser que existe na humanidade! Ele berra pela democracia e luta pelo socialismo! Isso porque criticar a postura de seus companheiros de terrorismo é como colocá-lo nas masmorras ou na fogueira da Santa Inquisição! E o maniqueísta sou eu!


Molina não se cansa de auto-vitimismo: “O que apavora mais o Bruno e os demais vestais da seita do Olavo de Carvalho, embora incomode, não é a novela em si e seus personagens, mas são os depoimentos das pessoas, das reais vítimas diretas da ação dos criminosos aparelhos estatais clandestinos de tortura. Estes carregados de emoção, o que não poderia ser diferente, pois o resgate da memória pessoal e coletiva trás a tona os sofrimentos, dado a gravidade dos atos praticados contra estes por covardes e doentios agentes do estado travestidos de Torquemadas, e ilegalmente protegidos pelo manto sinistro e desumano da ditadura, pelo MP e pela Justiça que não cumprem o seu papel de resgate da justiça, como pela desinformação coletiva até os dias de hoje.” Eu sou maniqueísta, mas o articulista não consegue fugir das categorias simplistas de militares malzinhos e esquerdistas bonzinhos. Eu não ignoro as perseguições do regime militar. Todavia, ao que parece, o Sr. Molina faz questão de ignorar o que a guerrilha terrorista fez e o que ela significava em ameaça para o país.

Por outro lado, é interessante notar o sentimento de vingança e revanche contra os militares, quando houve um acordo mútuo entre as duas partes na Lei de Anistia. Em outras palavras, através de ardis, de manobras ilegais e até inconstitucionais, os ex-terroristas e militantes de extrema-esquerda querem punir os militares, rasgando princípios essenciais da democracia, como a irretroatividade penal, a prescrição e mesmo a própria Lei de Anistia. A grosseria e a arbitrariedade são flagrantes. A lógica da punição só se aplica aos militares. Neste aspecto, a imparcialidade, o contraditório e a ampla defesa foram para o espaço, já que só um lado se acha na razão de julgar o outro. A anistia é para quem explodiu bombas, sequestrou, roubou e matou pessoas no âmbito da guerrilha. No entanto, gente como Carlos Molina deve se achar eivado de pura santidade para exigir uma punição unilateral de um lado, quando na verdade sempre se isenta, senão se orgulha, de pertencer ao outro. Em suma, uma palhaçada e vigarice sem par! E ainda esse povo diz que Torquemada somos nós!

Mas a histeria moliniana não tem fim: “Em seu artigo intitulado “Bando de hipócritas!” o Bruno, vulgo Conde, cobra das Forças Armadas o fato destas por “timidez” não se posicionarem contra a novela, pois quem até agora o fez foram apenas alguns sites de extrema direita e algumas associações que, como os sites, agrupam somente uma minoria de ex-militares, sendo que estes saudosos da ditadura hoje estão reformados e de pijama”. Eu não disse isso. Afirmei apenas que não há nenhuma proporção quando um fala e outro se cala. Isso está longe de ser honestidade no âmbito da memória histórica. Ademais, quem destoa do discursinho totalitário da esquerda, é proto-fascista, papagaio do Olavo de Carvalho, dentre outros. Ou quem sabe, colabora e participa dos instrumentos de repressão da CIA, do Departamento de Estado Norte-americano ou então da Operação Condor!

E Molina choraminga sobre a falta de liberdade do regime militar, nestes termos: “A minha geração, a dos “filhos da ditadura”, foi criada em um país onde todas as liberdades fundamentais a existência de um estado de direito tinham sido suprimidas e assim toda atividade que levasse a livre discussão das idéias, a manifestação coletiva ou individual e a organização da sociedade civil estavam proibidas ou sob censura. O ser humano é um ser social e sem as liberdades democráticas ele se torna o que?”.

Para finalizar, já que o texto é redundante e enfadonho, o Sr. Molina faz aquele discursinho comunista típico que encontramos na propaganda soviética dos anos 30: “Outro ponto abordado pelo Bruno, vulgo Conde, que não passa de mais um aprendiz de protofascista neoliberal, foi o da democracia, o que para ele representa apenas o direito de votarmos de dois em dois anos em eleições parlamentares contaminadas pelo abuso econômico (massificação de propaganda dos candidatos da elite, compra de votos, etc.). Para nós da esquerda a democracia não é uma mera palavra com cunho eleitoreiro e sim algo com maior profundidade e ela se dá nas relações que construímos todos os dias discutindo de forma organizada nas nossas entidades civis sobre tudo o que afeta as nossas vidas e assim encontrarmos na luta enquanto coletivo os caminhos em busca da construção de um mundo melhor.

É a mania louca e compulsiva do esquerdista misturar liberais e fascistas ao mesmo tempo, quando na verdade, o Estado de Direito tão consagrado em nossa sociedade, provém dos postulados da democracia liberal. No entanto, Molina fala algumas asneiras monumentais e revela a quem serve. Ele já definiu claramente o seu conceito de “democracia”. É pura forma de controle totalitário da sociedade, através de movimentos de massa do Estado-Partido, tal como havia nos países comunistas do Leste Europeu, da Rússia e de Cuba. Em outras palavras, as “entidades civis”, “movimentos sociais”, de forma organizada, controlam essa mesma sociedade civil através do Partido-Estado, seja em sua forma leninista ou sua forma da “revolução passiva” de Antonio Gramsci. É uma forma grotesca de totalitarismo disfarçada de participação política. Isso porque se percebe o quanto o Sr. Molina, dentro da lógica comunista e “proto-fascista” que acusa em mim, despreza a solenidade dos parlamentos ou da democracia representativa. “Democracia”, por assim dizer, é tirania da maioria, controlada e organizada por movimentos de massa do Partido-Estado. O modelo idealizado de “democracia” do Sr. Molina está muito mais próximo do bolchevismo ou do fascismo do que da tradicional concepção de democracia liberal parlamentar. Na prática, o seu posicionamento sectário, todo cheio de razão, não me espanta. É a forma como a esquerda se encara diante dos fatos. Nenhuma culpa, nenhum remorso, nenhuma capacidade de se olhar no espelho. Em resumo, o Sr. Carlos Molina é um embuste completo!

Bando de hipócritas!

Aguçou-me alguma curiosidade com os depoimentos dos militantes de esquerda que foram perseguidos pelo regime militar, na novela “Amor e Revolução”. A novela em si não me interessa. Ela não merece Ibope. O que merece comentário é o que está por trás dessa história nebulosa. Como é sabido, Sílvio Santos, o empresário do nacional-socialismo petista (se bem que o PT não é tão “nacional” assim), fez um folhetim de quinta, falando sobre as maldades do regime militar, aderindo ao estilo “realismo socialista” do governo. É o débito que ele tem por conta da Caixa Econômica Federal ter injetado dinheiro em seu bando falido, o Panamericano. O dono e apresentador do SBT trocou de senhores: antes bajulava os militares e agora joga tapete vermelho aos inimigos dos militares.

Ao menos, parecia ser essa a intenção inicial. Mas algumas outras pessoas chiaram com o que seria mais uma propaganda comunista publicitária de calúnia e difamação às forças armadas. Queriam imparcialidade. Para fingir isenção, os produtores da novela chamaram pessoas que pertenceram ao regime militar, como Jarbas Passarinho, Sebastião Curió e José W. de Melo, o último, o oficial do exército que ajudou a catar os pedaços do soldado Mário Kozel Filho, que foi despedaçado por uma bomba jogada no quartel de onde servia, em São Paulo, pelos terroristas de esquerda. Curiosamente, de todos os depoimentos, os militares parecem os mais sérios e condizentes com a realidade daqueles tempos sombrios.

Apesar da programação trash e dos conchavos políticos da TV de Sílvio Santos com o governo federal, que agora transformou o SBT em um mais novo “Pravda” ou “Gramna” da nossa reles imprensa brasileira, o que chama atenção é o depoimento daqueles homens que diziam combater uma “ditadura”. Não estou relativizando aqui os crimes, as perseguições políticas e as torturas praticadas pelos serviços de repressão política dos militares. Inclusive, conheço amigos que, de alguma forma, sofreram com o regime militar. Contudo, o posicionamento dos militares é quase sempre contrito.

A reação muitas vezes tímida e apática das forças armadas, quando são caluniadas a respeito dessa época, é fruto das culpas que os militares sentem quando a questão é a tortura e o emprego da violência contra os opositores comunistas. Mais do que a propaganda comunista, mais do que a versão mentirosa da militância de esquerda, esse sentimento de culpa foi um elemento que feriu uma boa parte das forças armadas. Para muitos militares, a ditadura foi um peso, um legado carregado demais a assumir, numa situação latente de conflito e desintegração social da nação. O remorso sentido pelos militares da atualidade é profundamente moral. E a posição atual dos militares é de um escrúpulo que chega a ser uma espécie de penitência, de masoquismo.

Raramente alguém neste meio justifica a tortura. No máximo, justifica o regime de exceção para evitar que a esquerda levasse o país à guerra civil ou ao totalitarismo. É inegável o senso de patriotismo e honra das forças armadas. O exército brasileiro coleciona várias gerações de homens honestos, com enorme espírito de dever. Mesmo entre os generais presidentes do regime militar, havia esse espírito austero de incorruptibilidade. A “guerra suja” contra a guerrilha comunista quebrou essa ética estóica dos quartéis, descambando para a degeneração e mesmo para a insubordinação contra a hierarquia militar. As paixões ideológicas do regime militar corromperam até as entranhas das forças armadas brasileiras. Contudo, a solução brasileira foi mais branda do que a de outros países da América Latina. Não foi o Chile de Pinochet, a Argentina de Videla ou a Espanha de Franco.

Se o posicionamento militar é envergonhado, o outro lado é raivoso, histérico, ressentido e presunçoso. Dentre vários depoimentos da novela, um certo Carlos Eugênio da Luz, chefe da ALN, da turma terrorista de Carlos Marighela, só falta babar nas barbas quando descreve como matou a sangue frio um empresário dinamarquês, acusado de colaborar com o regime. Outro senhor, Carlos Molina, chora quando diz que a sua juventude não teve a liberdade de outras gerações. Outros depoimentos falam de pessoas que foram torturadas, perseguidas ou mortas. E todas essas pessoas cândidas falam sempre em defesa da democracia!

Vi gente chorando e praguejando contra o regime militar. No entanto, quando o pessoal de esquerda prega que defendia a democracia, naturalmente está mentindo. Aliás, esse pessoal mente até hoje sobre seu passado e seu presente. Ou na pior das hipóteses, é uma dupla mentira, já que o significado que entendem de “democracia”, com certeza não é o da pessoa comum. Na prática, é a “democracia popular”, a linguagem viciada e travestida do comunista, que esconde seu amor pelo totalitarismo. A “democracia”, tal como nós, os mortais, entendemos, é apenas a caprichosa democracia liberal e, portanto, “burguesa”.

Não vejo da parte dessa gente perseguida, que militava em grupos comunistas e terroristas, nenhum ato de reflexão ou sentimento de culpa. Pelo contrário, eles se locupletam pela causa que defenderam. E justificam os sequestros, assaltos a bancos e assassinatos, em nome de uma lógica rasteira. Escuto de um indivíduo, em depoimento ao SBT, os seguintes termos: “- Sequestramos pra salvar vidas!” ou então “matamos por uma boa causa”. E mais: “-Assaltamos um banco, porque os banqueiros apoiavam a ditadura”. Na perspectiva deste indivíduo, apontar armas contra civis num banco ou explodir bombas para despedaçar civis ou soldados rasos de guaritas, que nada tinham a ver com a política de sua época, são apenas males necessários de uma causa maior. A terminologia genérica, abstrata das vítimas, no sentido de impessoalizá-las, escamoteia a frieza psicótica da guerrilha de esquerda de eliminar pessoas reais. Quando neste meio alguém fala em “erro”, nunca o é em termos morais, mas políticos, táticos. O “erro” da guerrilha não é matar ou explodir pessoas ou assaltar bancos, sequestrar e aterrorizar a população civil. O “erro” essencial da guerrilha, na cabeça de seus ex-militantes, é pelo fato de terem tão somente perdido a guerra. Não importava se milhares ou milhões de pessoas inocentes iriam morrer. Não importava se o Brasil caísse numa ditadura ao modo de Mao Tse Tung ou Stálin. A causa abstrata vale mais do que cidadãos de carne e osso. E os mesmos extremistas que hoje falam de tortura e defesa dos “direitos humanos”, na mídia, nos jornais ou nas câmeras de uma novela, negam a humanidade para aquelas pessoas que foram vítimas de seus crimes.

Imagina que escândalo seria se algum militar afirmasse que torturava guerrilheiros e terroristas para salvar milhões de brasileiros do comunismo? Por mais que a repressão política tenha sido um expediente terrível, mas necessário, para combater a guerrilha, nenhum militar se gaba das práticas de tortura. Nem mesmo aqueles que viveram no regime ou fizeram parte dele. A recíproca, no entanto, não é verdadeira. Os militantes esquerdistas que choram podem se envaidecer de seus crimes. Falsificam a memória histórica e contam uma versão unilateral dos fatos, para ludibriar as novas gerações. Eles até se indenizam por isso. E a grande maioria dos chorões que odeia o regime militar, defendia algo pior para o Brasil. A ditadura comunista, que em toda a história do século XX, matou centenas de milhões de pessoas em todo o mundo, não parece fresca demais na memória da população. Tal como nas ações terroristas de esquerda, sua história também é ocultada.

A esquerda não fazia protestos em favor da democracia, não pegara em armas pela liberdade. Pegara sim em armas para implantar um regime de terror pior do que a ditadura militar. Provavelmente o terrorismo contra o Estado se tornaria, no poder, o terrorismo de Estado. Como é possível respeitar as lágrimas destes indivíduos se foram apologetas do Arquipélago Gulag, dos massacres stalinistas, dos expurgos em Cuba, Coréia do Norte e China? A ditadura militar, sem dúvida, não foi um paraíso. Mas a ditadura comunista foi pior do que isso: foi o inferno na terra. A esquerda pode chorar à vontade, dizendo que sua "geração" foi destruída. Sua geração sobreviveu. Isso não se pode dizer dos jovens russos, chineses, norte-coreanos e cubanos, muitos dos quais foram eliminados e jamais foram lembrados pela história, para receber pagamento da “bolsa-ditadura” (veleidade da malvada "democracia burguesa," que os seus beneficiários sempre odiaram). A democracia brasileira, nas mãos do PSDB e do PT, inventou um estatuto jurídico curioso: a do terrorismo premiado!

Se esta juventude dos anos 60 e 70, precocemente envelhecida com a ideologia do Muro de Berlim, e embotada com o sonho totalitário de sujeitar o país aos ditames soviéticos, expusesse sua vontade não somente nas ruas, mas também no governo do país, o Brasil pagaria um preço altíssimo em vidas. É pior, pagaria com sua própria liberdade, caminhando para a destruição. O sonho deles seria o pesadelo de todos. Os velhos ex-terroristas de hoje não experimentaram o sofrimento de um Jan Palach tocando fogo no próprio corpo, no centro de Praga, por conta dos tanques soviéticos esmigalhando a liberdade de seu país; não viveram a sina de milhões de jovens sendo deportados para os campos de arrozais do Kampuchea; não sofreram as torturas e brutalidades causadas pela Revolução Cultural Chinesa, inclusive, com histórias aberrantes de espancamentos selvagens e canibalismo. Pelo contrário, esses jovens terroristas, hoje velhos, caquéticos, cheios de autocomiseração maníaca, estavam ao lado dos algozes de todos estes países e gentes. E hoje, essa mesma esquerda se apropria do Estado, transforma-o num antro de corrupção e lama e sonha em destruir a democracia, tal como em 1964. Em suma, a esquerda pode chorar rios de lágrimas pelo seu sofrimento. Porém, não merece uma lágrima sequer do povo brasileiro! Porque as vítimas do totalitarismo podem chorar rios de lágrimas, mas o comunismo só deu ao mundo rios de sangue!