
Contudo, com o fim do trafico negreiro, muita coisa haveria de mudar nas searas do país. Em particular, um homem observou neste evento político, não só o começo do fim da escravidão, como o de uma nova realidade econômica: O Visconde de Mauá. Mauá era um pobre caixeiro gaúcho, de família de longas plagas dos Pampas, e conseguiu, numa sociedade visivelmente corporativista, estatizante, autoritária e escravocrata, enriquecer como um capitalista moderno. De fato, visionário como um capitalista inglês, percebeu no fim do tráfico negreiro, a oportunidade de criar o primeiro banco privado de grande porte do país: o Banco do Brasil.
Com a ociosidade do capital advindo do fim do comércio de escravos, o Visconde observou uma brilhante forma de capitalizar recursos a titulo de empréstimo e facilitar, de maneira revolucionária, o crédito no Brasil. Em outras palavras, o velho crédito colonial, fonte de especulação desenfreada dos agiotas do mercado e dos fornecedores de insumos para agricultura, que cobravam preços exorbitantes aos fazendeiros rurais através do velho fiado, estava com os dias contados. O Banco do Brasil iria criar uma liquidez tal, que baratearia, de maneira jamais imaginada, os juros de empréstimos no país. Não confundamos com o velho Banco do Brasil criado por Dom João VI, fonte de falcatruas e gastos públicos arbitrários, onde os créditos podres eram impagáveis e os rombos escandalosos. O novo Banco do Brasil tinha uma originalidade tipicamente britânica nestes trópicos. Seriedade, versatilidade, confiabilidade eram suas práticas. O crédito, avis rara em nosso país, tornou-se democratizado com as façanhas do visconde banqueiro. Pela primeira vez surgiu um banco moderno, primado pela eficiência, sem os caprichos patrimoniais dos politiqueiros de plantão e áulicos do rei, fartos na época do Brasil império.
Todavia, parece que a sociedade patrimonial, invejosa e rancorosa do sucesso alheio, não via com bons olhos uma prática econômica que pudesse de alguma forma suplantá-la. O Visconde de Mauá tinha muitos inimigos no parlamento e não cativava as simpatias imperiais de Dom Pedro II, que o via como um exótico industrial num país agrário. Em uma sociedade escravocrata, onde a ética do trabalho era desprezada pela crença de que as elites deviam ser sempre bem servidas, um empresário do império que apregoava uma moral quase calvinista de ganhos comerciais e do trabalho seria visto como um leproso. Essa exaltação do trabalho foi a gota d´água, quando o visconde, inaugurando a primeira ferrovia do Brasil, exortou ao imperador a pegar a pá e o carrinho de mão, iniciando o primeiro ato de construção. Isso ofendeu a alta sociedade, acostumada a mandar e hostil ao trabalho.
Decerto a brincadeira custou caro ao Visconde. Um de seus inimigos, o outro Visconde, o de Itaboraí, fez um discurso bombástico no parlamento, criminalizando os bancos privados do país, afirmando que não eram confiáveis, e que por isso, deviam ser estatizados. Estatizar os bancos, nas palavras do Visconde de Itaboraí, seria dar “segurança” aos correntistas. Claro, tudo em nome do “bem comum”. A noticia se espalhou por todo o Rio de Janeiro, e os correntistas, desesperados, correram ao Banco do Brasil, para tirar suas contas. No final da história, o governo provocou uma situação de falência do Banco do Brasil para simplesmente confiscá-lo e estatizá-lo. E o Sr. Mauá ficou de mãos vazias, culpado por todas as desgraças que o próprio governo havia criado. O visconde “argentário”, o empresário “ganancioso”, o arrivista “caixeiro-viajante” foi severamente punido. E, claro, como não devia deixar de ser, o que antes era a lógica de uma empresa eficiente, o Banco do Brasil acabou se tornando um antro de politiqueiros, cabides de empregos e falcatruas de correntistas e acionistas estatais. Isto porque durante um bom tempo, a população do Brasil imperial pagou juros cada vez mais altos por causa do monopólio estatal do crédito do bancário.
Será que essa mentalidade ainda mudou? Na atualidade, o nosso país compactua com as crenças econômicas famigeradas do Visconde de Itaboraí, com as crenças do Partido Conservador do império: o governo é paladino do bem comum, o mercado é destrutivo, o governo sempre tem razão. Qualquer empresário é visto com desdém, como explorador e argentário. O sonho de cada filho da classe média é ser funcionário publico ou ser bancado de alguma forma pelo governo. Isto porque parece que a democracia simplesmente “democratizou” o sonho patrimonial de cada um: todo mundo quer ter privilégios do governo. Todo mundo quer mamatas estatais. E cada um exalta o Estado, como se fosse propriedade particular de cada um. Quem paga a conta?
Claro, ninguém pergunta por isso. Perguntar gera frustrações, já que alguém vai ter que pagar a conta. Quando se pergunta quem paga a conta neste país, você pode ser recebido com gritos histéricos, do tipo, “você é egoísta”, “neoliberal individualista” e “argentário que só pensa em dinheiro”. É claro que qualquer governo democrático que promete tudo e não dá nada, vai gerar descontentamentos e pode gerar revoluções. A América Latina é um caos precisamente por isso: pelo culto ao poder do Estado de fazer tudo. E o Estado democrático, que é uma praga para prometer mundos sem fundos, acaba por gerar um caos muito maior ainda, pois ele promete privilégios, achando que dá direitos. E quando previsivelmente ele não faz, o caos se dissemina. A mentalidade patrimonial gera privilégios, não direitos, mesmo numa democracia.
A pior estreiteza de nossa sociedade patrimonial é criar os problemas para acusá-los nos outros. É raro alguém não acreditar que a culpa de todos os nossos males é do capitalismo. Nossa aversão patrimonial ao comércio agora tem conotações “progressistas”. O governo cria o caos econômico, gera burocracias inúteis, miséria, corrupção, e a culpa é de quem paga a conta, claro, o comércio, a iniciativa privada. Enquanto o governo é responsável pela maior parte de nossos males econômicos, uma boa parte do povo e até as elites, exigem mais Estado para sufocar a economia privada. É uma loucura, uma demência cultural e intelectual. E quando mais fracassados são os esforços do governo, a culpa é mais ainda do mercado que foi roubado, extorquido, diminuído e destruído. É o prenúncio de culpar a vitima pelo crime, a mulher estuprada pelo estupro.
Tanto a esquerda quanto a direita estão unidas pelo “bem comum” tão exaltado pelo Visconde de Itaboraí: nada contra o Estado, tudo a favor do Estado. Uma velha direita patrimonial e uma nova esquerda corporativista se unem a favor do Estado onipotente. A diferença é só de método e de disputas pelo poder. Não é por acaso que atualmente as idéias estatizantes têm tamanho sucesso neste país. Acostumado a ter um poder paternal, o cidadão brasileiro médio se sente órfão de seu padrasto governamental. O socialismo cairia como luva no discurso do Visconde de Itaboraí. Talvez se o Visconde fosse um parlamentar do governo Lula, teria mais popularidade do que Mauá. Até porque o petismo maluco e todos os seus congêneres radicais defendem as idéias do Visconde de Itaboraí. Mesmo o renegado deputado Babá, do PSOL, seria um profundo admirador do escravocrata Itaboraí.
O falecido esquerdista Celso Furtado, diziam, admirava o Visconde de Mauá, pelo fato de tentar criar uma indústria nacional. É uma estupenda bobagem, já que Mauá foi dono de multinacionais brasileiras no século XIX, com empresas espalhadas no Uruguai, Paraguai, Argentina e até na Inglaterra. Mas a admiração de Celso furtado é falsa, pois enquanto o economista dizia defender Mauá, sempre nutriu as idéias do Visconde de Itaboraí. Os Furtados da vida, junto com toda uma classe intelectual, defendem a extorsão da iniciativa privada para sustentar as SUDENE´s e estatais da vida, para sustentar as burocracias corruptas do bem comum. O “nacionalismo” econômico “cepalino” do Sr. Furtado é bem diferente das concepções de Mauá. Se Mauá fosse contemporâneo de Celso Furtado, seria acusado pelo mesmo de capitalista liberal avarento, tanto quanto foi acusado pelo outro visconde, o de Itaboraí.
O curioso é que quando o indevidamente exaltado economista morreu, recebeu todas as loas de seu fracasso intelectual, como se fosse grande coisa. Um articulista da revista Veja afirmou que as idéias de Celso Furtado perderam para o bom senso de Roberto Campos. Não é verdade. Celso Furtado ganhou. Itaboraí saiu vitorioso. O seu modelo estatizante existe até hoje e ameaça ser maior ainda. Roberto Campos só venceu nas previsões desastrosas desse modelo. Venceu pelo bom senso do solitário, porém, não convenceu os idiotas. O liberalismo é uma miragem no deserto. As reformas privatizantes do governo FHC foram apenas uma concessão para salvar o gigantesco Leviatã estatizante. Do resto, o Estado continua o mesmo gigantismo de sempre, sufocando o desenvolvimento do país. O Visconde de Itaboraí que está dentro de cada político brasileiro se rejuvenesce. Pior é o povo, que guarda os mesmos preconceitos de séculos atrás.
A única diferença notória do patrimonialismo atual, é que ele virou corporativista. Ele está evoluindo. Hoje ele é mais organizado. O patrimonialismo familiar clientelista da direita decadente agora dá espaço ao patrimonialismo burocrático e partidário “moderno” da esquerda. O projeto liberal e competitivo de Mauá perdeu no século XIX. Itaboraí e o patrimonialismo do Império venceram. E muitos Mauás, sufocados pelos impostos e pela burocracia estatal brasileira estão perdendo de novo. Na luta entre dois viscondes, o de Itaboraí mais uma vez predominou no século XX, na nova república patrimonial. E está a vencer de novo no inicio século XXI. A diferença é entre os “imperadores” e os tipos de “viscondes”. Pelo menos Dom Pedro II era culto, falava várias línguas e sabia latim, grego, hebraico e sâncristo. O nosso presidente Lula é um analfabeto que não fala nem sequer a própria língua direito. Não temos mais Itaboraí, mas temos os arremedos petistas e alhures e os deputados Babás da vida. O espectro de Itaboraí não nos deixa em paz. E Mauá nem se revira do túmulo.
15 comentários:
Adoro os artigos de mitologia da Rachel. Vejamos como se sai o herói proto-burguês do desempregado crônico:
1-Mauá mamava na tetas da viúva, e muito!
“(...) No entanto, poucas foram as manufaturas beneficiadas com as subvenções e em 1857 existiam apenas sete estabelecimentos fluminenses subvencionados pelo Estado Imperial, cinco através da concessão de prêmios dos produtos de loterias e dois através de proteção direta, sendo um deles o estabelecimento da Ponta da Areia, em Niterói, cujo proprietário era Irineu Evangelista de Sousa, o então Barão de Mauá”.
(SOARES, Luís Carlos. A indústria na sociedade escravista: as origens do crescimento manufatureiro na região fluminense em meados do século XIX (1840-1860). In: História econômica da Independência e do Império. São Paulo: Hucitec, Edusp, 2002, p. 299).
2- Também era chegado a negociar monopólios com o Estado. Quando encarava a realidade do liberalismo econômico, pfuiii ...
“Irineu conseguiu também privilégios para explorar, por trinta anos, a navegação do rio Amazonas. Fundou a Cia. de Navegação a Vapor do Rio Amazonas, composta por navios fabricados em Ponta da Areia. A empresa transportava borracha, cacau e outros produtos para o mercado externo. Pela primeira vez, foi criada uma linha regular entre os diversos pontos longínquos da Amazônia. Com a abertura da área à livre navegação, em 1866, a companhia de Mauá perdeu o monopólio e acabou sendo incorporada à Amazon Steam navigation”.
(NEVES, Lúcia Maria Bastos Pereira das & MACHADO, Humberto Fernandes. O Império do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999, p. 308).
3- Só para a Rachel se conformar, o laissez-faire arrasou o Irineu. O chato é que a Viúva não quis mais socorrer.
“Em 1860, o governo adotou a tarifa Silva Ferraz, diminuindo as alíquotas de importação para máquinas, ferragens e armas, prejudicando enormemente o complexo da Ponta da Areia, conforme depoimento posterior de Mauá. Os produtos estrangeiros, mais baratos, passaram a fazer concorrência aos fabricados nos estabelecimentos industriais brasileiros. Paralelamente à política de abertura de mercado aos produtos estrangeiros, houve o estabelecimento de medidas deflacionárias com restrições ao crédito. A mudança foi um verdadeiro golpe fatal em qualquer novo empreendimento. Mauá começou a perder suas empresas para capitalistas estrangeiros. O conglomerado de Ponta da Areia foi transformado em oficina de conserto de navios, fechando suas portas em 1877, dando grande prejuízo a Mauá. A falta de apoio governamental e uma série de negócios arriscados levaram à sua falência em 1875”.
(O Império do Brasil, p. 312).
4- Mauá fazia serviço sujo para o Estado, defendendo contrabandistas e imperialistas de quinta.
“Os gaúchos tinham interesses econômicos no Uruguai, e viam com maus olhos medidas de repressão ao contrabando na fronteira. O Brasil colocou-se ao lado dos colorados, cuja linha política se aproximava de seus interesses. O governo imperial chegou mesmo a um acordo secreto com os colorados, adversários de Rosas, pelo qual se comprometeu a lhes fornecer uma contribuição mensal em dinheiro. O Barão de Mauá, que era gaúcho e tinha um banco no Uruguai, foi intermediário do acerto”.
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998, p. 211).
Adoro os artigos de mitologia da Rachel. Vejamos como se sai o herói proto-burguês do desempregado crônico:
1-Mauá mamava na tetas da viúva, e muito!
“(...) No entanto, poucas foram as manufaturas beneficiadas com as subvenções e em 1857 existiam apenas sete estabelecimentos fluminenses subvencionados pelo Estado Imperial, cinco através da concessão de prêmios dos produtos de loterias e dois através de proteção direta, sendo um deles o estabelecimento da Ponta da Areia, em Niterói, cujo proprietário era Irineu Evangelista de Sousa, o então Barão de Mauá”.
(SOARES, Luís Carlos. A indústria na sociedade escravista: as origens do crescimento manufatureiro na região fluminense em meados do século XIX (1840-1860). In: História econômica da Independência e do Império. São Paulo: Hucitec, Edusp, 2002, p. 299).
Conde-Em relação a outras bobagens, nem publiquei, até pq é perda de tempo. Quanto à história, vamos explicar ao farsante: a tal "subvenção" de 1857 que o prof. PCC fala é justamente os empréstimos estatais caríssimos do Banco do Brasil, tirado do próprio Mauá. Tadinho dele, como tem raiva da grande obra de Jorge Caldeira, só restou cuspir merda no meu blog. Vamos à próxima!
2- Também era chegado a negociar monopólios com o Estado. Quando encarava a realidade do liberalismo econômico, pfuiii ...
“Irineu conseguiu também privilégios para explorar, por trinta anos, a navegação do rio Amazonas. Fundou a Cia. de Navegação a Vapor do Rio Amazonas, composta por navios fabricados em Ponta da Areia. A empresa transportava borracha, cacau e outros produtos para o mercado externo. Pela primeira vez, foi criada uma linha regular entre os diversos pontos longínquos da Amazônia. Com a abertura da área à livre navegação, em 1866, a companhia de Mauá perdeu o monopólio e acabou sendo incorporada à Amazon Steam navigation”.
(NEVES, Lúcia Maria Bastos Pereira das & MACHADO, Humberto Fernandes. O Império do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999, p. 308).
Conde-Vamos derrubar mais mitos. Na verdade, o tal “monopólio” do Rio Amazonas foi uma jogada diplomática brasileira para preservar a soberania da Amazônia, contra as exigências norte-americanas de internacionalização do rio. O Visconde de Uruguai, prevendo na manifestação exaltada dos americanos, um perigo para a soberania do norte do Brasil, pediu a Mauá que criasse, às suas expensas entrepostos comerciais até a fronteira do Rio Negro, assim, incentivando a interligação entre o Rio Amazonas e a cidade de Belém, além da capital do Império. A Cia. de Navegação a Vapor do Amazonas foi um empreendimento que deu muito prejuízo a Mauá, e embora o monopólio temporário do uso do mar pudesse compensar, em curto prazo, o investimento comercial, na prática, porém, foi mais uma troca de favores, do que interesse comercial explícito.
3- Só para a Rachel se conformar, o laissez-faire arrasou o Irineu. O chato é que a Viúva não quis mais socorrer.
“Em 1860, o governo adotou a tarifa Silva Ferraz, diminuindo as alíquotas de importação para máquinas, ferragens e armas, prejudicando enormemente o complexo da Ponta da Areia, conforme depoimento posterior de Mauá. Os produtos estrangeiros, mais baratos, passaram a fazer concorrência aos fabricados nos estabelecimentos industriais brasileiros. Paralelamente à política de abertura de mercado aos produtos estrangeiros, houve o estabelecimento de medidas deflacionárias com restrições ao crédito. A mudança foi um verdadeiro golpe fatal em qualquer novo empreendimento. Mauá começou a perder suas empresas para capitalistas estrangeiros. O conglomerado de Ponta da Areia foi transformado em oficina de conserto de navios, fechando suas portas em 1877, dando grande prejuízo a Mauá. A falta de apoio governamental e uma série de negócios arriscados levaram à sua falência em 1875”.
(O Império do Brasil, p. 312).
Conde-Explicando ao asnático: de fato, Mauá foi beneficiado pelas medidas protecionistas criadas a partir de 1840, com o surgimento da siderúrgica de Ponta Negra. Aliás, essa medida protecionista, criada por um deputado liberal, era apenas temporária, para que Mauá pudesse viabilizar sua industria, dentro dos moldes internacionais. O problema da indústria de Mauá tinha vários aspectos: uma, a legislação brasileira era quase colonial, fator com que ele não conseguiu viabilizar uma empresa de sociedade anônima, prejudicando demasiadamente a capitalização de recursos para sua firma. Segundo ponto, uma sociedade escravocrata, cujo trabalho assalariado ainda engatinhava. Terceiro, o crédito bancário, que encareceu brutalmente com a estatização do Banco do Brasil. Tanto quanto a concorrência dos produtos estrangeiros, a restrição ao crédito prejudicou muito mais a economia e, em particular, Mauá, que deveria pagar juros mais altos. Essa é a subvenção estatal que Mauá tinha com o império brasileiro, já que ele mesmo tinha perdido um banco.
4- Mauá fazia serviço sujo para o Estado, defendendo contrabandistas e imperialistas de quinta.
“Os gaúchos tinham interesses econômicos no Uruguai, e viam com maus olhos medidas de repressão ao contrabando na fronteira. O Brasil colocou-se ao lado dos colorados, cuja linha política se aproximava de seus interesses. O governo imperial chegou mesmo a um acordo secreto com os colorados, adversários de Rosas, pelo qual se comprometeu a lhes fornecer uma contribuição mensal em dinheiro. O Barão de Mauá, que era gaúcho e tinha um banco no Uruguai, foi intermediário do acerto”.
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998, p. 211).
Conde-Se “trabalho sujo” é defender os interesses geopolíticos do Brasil contra os argentinos ou uruguaios, tanto melhor do que Hugo Chavez ditar as cartas na América Latina ou Lula elogiar o confisco da Petrobrás. . .até pq a Argentina ou Paraguai, ditando as cartas no Uruguai, poderia ser uma ameaça política para o Brasil. Ademais, o texto está mal escrito. Era justamente o contrário: os uruguaios é que começaram a atacar as estâncias brasileiras na fronteira. Aliás, o Banco Mauá modernizou o Uruguai, emprestando grandes somas de dinheiro ao governo de Montevidéu e levou um senhor calote desses “imperialistas” de quinta. . .aliás, que imperialistas, professor cocozão? O Brasil ou o Uruguai?
Fazendo apenas um acréscimo: na verdade, o roubo de gado era comum tanto a uruguaios, como a gaúchos da fronteira. A questão é que o governo uruguaio começou a hostilizar nossas fronteiras e incentivar o banditismo no lado do nosso país. Aí claro, com a sabedoria peculiar do império, apoiamos a quem defendia nossos interesses. Não é o caso de hj, naturalmente, quando Morales diz que somos ladrões e nos rouba e chavez ameaça a estabilidade da América LAtina, criando o maior exército do continente.
Fazendo apenas um acréscimo: na verdade, o roubo de gado era comum tanto a uruguaios, como a gaúchos da fronteira. A questão é que o governo uruguaio começou a hostilizar nossas fronteiras e incentivar o banditismo no lado do nosso país. Aí claro, com a sabedoria peculiar do império, apoiamos a quem defendia nossos interesses. Não é o caso de hj, naturalmente, quando Morales diz que somos ladrões e nos rouba e chavez ameaça a estabilidade da América LAtina, criando o maior exército do continente.
O banditismo realmente acontecia dos dois lados; mas se toda quadrilha que atravessa uma fronteira para roubar, contrabandear ou traficar virasse razão para guerra, a América do Sul seria uma eterna Bósnia.
"Mais duas questões vieram à baila em 1849, ainda quando Olinda se achava no ministério. (...) A outra questão nasceu das incursões do Barão de Jacuí em território oriental, em represália à proibição de passarem gados das propriedades de brasileiros, localizadas no Uruguai, para o Rio Grande do Sul.
(SOUZA, J. A. Soares. O Brasil e o Rio da Prata, de 1828 à queda de Rosas. In: História Geral da Civilização Brasileira, t.2, v.3. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002, p. 127)
Se o Barão já era esse bandido, imaginem se fosse Conde.
O imperialismo de quinta era assim: invasão do Uruguai para empurrar a cerca três quilômetros mais para o sul (abaixo).
""Já no encerrar da luta se opõem os blancos, que subiram ao poder em consequência da morte de Garzón, ao tratado de 12 de outubro, que não querem ratificar. Honório, então, na qualidade de plenipotenciário, se vê obrigado a entrar numa nova luta em defesa dos tratados. Silva Pontes e José Maria da Silva Paranhos (Visconde do Rio Branco) , secretário da Missão Especial, ajudam-no a evitar um rompimento com o governo blanco, presidido por Juan Francisco Giró. Depois de um sem-número de conferências, de conversações e de enredos desfeitos, conseguiu Honório assinar com o ministro D. Florentino Castellanos o tratado de 15 de maio de 1852, sob a garantia da Confederação Argentina, oferecida pelo ministro Peña, em nome do General Urquiza, agora o Libertador. Por este tratado se retificava a linha de limites, de acordo com o uti possidetis, TENDO O BRASIL DESISTIDO DA CESSÃO QUE LHE FIZERA O URUGUAI, PELO TRATADO DE 12 DE OUTUBRO, DAS DUAS MEIAS LÉGUAS DE TERRENO NAS MARGENS DO CEBOLÁTI E DO TAQUARI".
(O Brasil e o Rio da Prata, p. 132).
A hipocrisia de Mauá era impagável:
"A meu ver, só a ocupação brasileira e os novos auxílios do Brasil durante alguns anos, salvaram essa nacionalidade de uma dissolução completa. O Brasil estendeu mão protetora à República, em vez de deixá-la cair em dissolução; entretanto, essa política foi, até mui recente data, mal compreendida, atribuindo-se ao governo imperial idéias de absorção, que aconselhariam visivelmente outra política".
(MAUÁ, Visconde de. Autobiografia (Exposição aos credores) seguida de "O meio circulante no Brasil. Rio de Janeiro: Topbooks, 1998, p. 227)
Invadir outro país para salvá-lo. Até lembra, com a diferença de um século, a intervenção americana na Guatemala para socorrer a United Fruit, com o pretexto de salvar os guatemaltecos do comunismo.
Mauá por si mesmo:
[sobre a Navegação a Vapor do Rio Amazonas] "Na época em que ninguém acreditava em empresas, foi anunciado pelo governo achar-se autorizado a contratar esta navegação, mediante subvenção e privilégio exclusivo. Ninguém se apresentou, não obstante as folhas diárias repetirem o anúncio durante alguns meses. Amigo pessoal e dedicado de um dos ministros deste período de descrença, fui instado para encarregar-me da missão civilizadora que esse fato levava em suas entranhas, e aceitei um contrato pelo qual modestos favores me foram concedidos, avultando, porém, entre eles o privilégio exclusivo da navegação do Amazonas e seus afluentes por trinta anos, ao passo que o serviço obrigatório que o contrato impunha era mínimo e assim era preciso, desde que o capital que se empregava ia arrostar o desconhecido.
(Autobiografia, p. 130)
Irineu "aceitou" um monopólio concedido pelo Estado graças a suas relações com um ministro [Monte Alegre]. Que sacrifício e quanta filosofia liberal!
Sempre nas tetas da Viúva e com "boas relações":
(...) Com essa base comprei a miniatura do que já então se chamava Ponta da Areia, dei-lhe logo grande desenvolvimento, a ponto de, já no fim do primeiro ano, representar o estabelecimento quatro vezes o capital empregado primitivamente, o que, desequilibrando minhas finanças, porque a liquidação de antigos empregos era vagarosa e obrigou-me a pedir ÀS CÂMARAS o primeiro empréstimo de 300 contos para o estabelecimento, que me foi prontamente concedido ...
(Autobiografia, pp. 101/102).
Cada vez mais voraz:
(...) ouvindo falar do caminho de ferro do Rigi, na Suíça, pedi ao Sr. Dr. Passos de o ver e examinar, tendo em vista vencer a grande dificuldade da Serra, diminuindo, assim, as horas de viagens [sic] e portanto tornando mais fácil a comunicação entre a Corte e Petrópolis. De volta da Europa, convencido daquela possibilidade, PEDI E OBTIVE DA ASSEMBLÉIA PROVINCIAL GARANTIA DE JUROS POR 600 CONTOS, JULGADOS NECESSÁRIOS ANTES DE FEITOS OS ESTUDOS; REALIZADOS ESTES, PORÉM, PELO PRÓPRIO DR. PASSOS, RECONHECEU-SE QUE O DISPÊNDIO DE 1.200 CONTOS ERA NECESSÁRIO para construir-se um caminho de ferro na Serra, nas condições de solidez e duração indispensáveis; DISPUNHA A ARROSTAR MAIS ESTA CONTRARIEDADE, E NOVA PETIÇÃO FOI ENDEREÇADA À ASSEMBLÉIA PROVINCIAL ...
(Autobiografia, p. 128)
Sempre "abnegado", gerindo a empresa da Viúva só para salvá-la. Parecido com as gestões terceirizadas de FHC:
"De empresa particular [Companhia Luz Esteárica] passou a ser uma companhia pública sob MEUS AUSPÍCIOS, com capital mais do que suficiente, cabendo-me maior quinhão na subscrição das ações. Infelizmente não pôde resistir à ação de administradores pouco escrupulosos, e tive de absorvê-la em estado de decadência".
(Autobiografia, p. 148)
O campeão do laissez-faire tem prejuízos por altruísmo. Muito instrutivo!
Quanta "incompreensão":
"O auxílio de TRÊS MIL CONTOS, SOLICITADOS DO BANCO DO BRASIL, sob a garantia de 6.000:000$000 em ações da Companhia Pastoril, nessa ocasião, era exclusivamente destinado a remeter a Londres, para pagar o saldo dos saques da casa [Mauá] e suas filiais (...) O rigor dos estatutos do Banco do Brasil não permitiu o auxílio solicitado, e tive de pedir a moratória, que ficou assegurada pelos peritos, quanto à solvência da casa ..."
Mauá pediu emprestados três mil contos, o suficiente para comprar umas cinquenta fazendas, à Viúva, só para variar um pouco. Como garantia, ofereceu bois! Só mesmo o chifrudo (sem-mulher) do Leonardo para aceitar.
Resigne-se e recolha-se à sua insignificância, Rachel! O seu empresário moderno era apenas o homem mais ganancioso da velha classe senhorial. Vá ler mitologia grega, e se entusiasme com Héracles, sozinho, separando a Europa da África.
O banditismo realmente acontecia dos dois lados; mas se toda quadrilha que atravessa uma fronteira para roubar, contrabandear ou traficar virasse razão para guerra, a América do Sul seria uma eterna Bósnia.
Conde-Virou razão, pq o banditismo tinha a influência geopolítica do Paraguai e da Argentina, que ameaça tomar conta de nossas fronteiras, se o Brasil imperial não tomasse providências. Coitado do professor PCC: ele vem com esse discursinho jeca de comunistinha colegial, enquanto defende imperialismos bem piores, como o caso da influência descarada da Venezuela na Bolivia, Peru, Equador, Colombia e mesmo Brasil. Chavez subvencionou um narcotraficante na Bolivia, dá apoio logistico às farcs, ressuscitou o Sendero Luminoso no Peru e ainda colocou um ditador no Equador, que está em vias de fechar o congresso. Sem contar que tem seu capacho, o sr. Lula, naturalmente.
"Mais duas questões vieram à baila em 1849, ainda quando Olinda se achava no ministério. (...) A outra questão nasceu das incursões do Barão de Jacuí em território oriental, em represália à proibição de passarem gados das propriedades de brasileiros, localizadas no Uruguai, para o Rio Grande do Sul.
(SOUZA, J. A. Soares. O Brasil e o Rio da Prata, de 1828 à queda de Rosas. In: História Geral da Civilização Brasileira, t.2, v.3. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002, p. 127)
Conde-E aí? Os brasileiros não podem repassar seu próprio gado?
Se o Barão já era esse bandido, imaginem se fosse Conde.
Conde-Quer dizer que ele é bandido, só pq não acatou as restrições injustas da camarilha dos paraguaios e argentinos? Vc, além de corno, é vendido. Nunca vi alguém tão moralmente desonesto, covarde e corrupto como vc. Gente como vc, se vivesse na França, seria naturalmente apoiador do governo de Vichy.
O imperialismo de quinta era assim: invasão do Uruguai para empurrar a cerca três quilômetros mais para o sul (abaixo).
Conde-Quanta bobagem politicamente correta. O Brasil tinha todo o direito de preservar suas fronteiras dos uruguaios, paraguaios e argentinos. Se não fosse o Brasil, seria a ameaça de governos pró-argentina ou pró-Paraguai. Daí que posteriormente fomos invadidos por Solano Lopez. Mas para um corno safado e sem vergonha como vc, vc é capaz de dar o cu pra qualquer estrangeiro que coma sua mulher. .
""Já no encerrar da luta se opõem os blancos, que subiram ao poder em consequência da morte de Garzón, ao tratado de 12 de outubro, que não querem ratificar. Honório, então, na qualidade de plenipotenciário, se vê obrigado a entrar numa nova luta em defesa dos tratados. Silva Pontes e José Maria da Silva Paranhos (Visconde do Rio Branco) , secretário da Missão Especial, ajudam-no a evitar um rompimento com o governo blanco, presidido por Juan Francisco Giró. Depois de um sem-número de conferências, de conversações e de enredos desfeitos, conseguiu Honório assinar com o ministro D. Florentino Castellanos o tratado de 15 de maio de 1852, sob a garantia da Confederação Argentina, oferecida pelo ministro Peña, em nome do General Urquiza, agora o Libertador. Por este tratado se retificava a linha de limites, de acordo com o uti possidetis, TENDO O BRASIL DESISTIDO DA CESSÃO QUE LHE FIZERA O URUGUAI, PELO TRATADO DE 12 DE OUTUBRO, DAS DUAS MEIAS LÉGUAS DE TERRENO NAS MARGENS DO CEBOLÁTI E DO TAQUARI".
(O Brasil e o Rio da Prata, p. 132).
Conde-Onde está o imperialismo brasileiro, se o Brasil desistiu da cessão do território? Esse Prof. Bostavo escreve com tanta raiva, que mal percebe a incoerência do seu discurso. Vamos a próxima merda!
A hipocrisia de Mauá era impagável:
"A meu ver, só a ocupação brasileira e os novos auxílios do Brasil durante alguns anos, salvaram essa nacionalidade de uma dissolução completa. O Brasil estendeu mão protetora à República, em vez de deixá-la cair em dissolução; entretanto, essa política foi, até mui recente data, mal compreendida, atribuindo-se ao governo imperial idéias de absorção, que aconselhariam visivelmente outra política".
(MAUÁ, Visconde de. Autobiografia (Exposição aos credores) seguida de "O meio circulante no Brasil. Rio de Janeiro: Topbooks, 1998, p. 227)
Invadir outro país para salvá-lo.
Conde-Vamos desmoralizar o professor cuzóide: será que ele não sabia das rivalidades existentes entre o Porto de Montevidéu e a república argentina e que o país vizinho ameaçava destruir o país, inclusive, anexando o Uruguai à república argentina? O Brasil não somente soube defender bem seus interesses, como salvou o Uruguai de governos bem piores, que poderiam ter solapado sua soberania para os argentinos ou paraguaios. Que professorzinho merda, bostinha, cheio de clichezinhos na cabecita oca!
Até lembra, com a diferença de um século, a intervenção americana na Guatemala para socorrer a United Fruit, com o pretexto de salvar os guatemaltecos do comunismo.
Conde-Quem o Brasil queria socorrer? Os estancieiros? O Império tinha pretensões melhores do que isso: queria preservar a soberania sobre o Rio Grande do Sul, constantemente ameaçado pelos argentinos e, principalmente, paraguaios. Daí pq o governo brasileiro apoiava partidários que lhes eram favoráveis, contra os argentinos e paraguaios. Só uma besta mula como vc, que é incapaz de conhecer relações internacionais, acha que o Brasil se negaria a defender o que é conveniente para ele. Mas como vc levanta bandeirinha para um governo que leva chute da China, da Venezuela e até de um país de bosta como a Bolivia, dá pra entender que tipo de corno fracassado e imbecil vc é. Mauá hipócrita? O homem é mais patriota e sábio do que vc, que é uma anta vinda da favela.
"O auxílio de TRÊS MIL CONTOS, SOLICITADOS DO BANCO DO BRASIL, sob a garantia de 6.000:000$000 em ações da Companhia Pastoril, nessa ocasião, era exclusivamente destinado a remeter a Londres, para pagar o saldo dos saques da casa [Mauá] e suas filiais (...) O rigor dos estatutos do Banco do Brasil não permitiu o auxílio solicitado, e tive de pedir a moratória, que ficou assegurada pelos peritos, quanto à solvência da casa ..."
Conde-O professor macaquinho se esqueceu que o governo brasileiro simplesmente detinha o MONOPÓLIO 'DE TODO O EMPRÉSTIMO BANCÁRIO DO PAÍS. Se o governo controla o crédito interno, onde ele iria pedir dinheiro emprestado, a longo prazo? Esse Professor PCC é corno e não se manca mesmo! Sempre leva surra aqui e apenas mostra ser um professor de história inepto, incapaz de concluir de abstrair o que lê ou escreve. Vc acha que o governo, monopolizando o crédito, e emprestando a juros altissimos, está fazendo uma caridade? Só mesmo um burro pra pensar assim.
Mauá pediu emprestados três mil contos, o suficiente para comprar umas cinquenta fazendas, à Viúva, só para variar um pouco. Como garantia, ofereceu bois! Só mesmo o chifrudo (sem-mulher) do Leonardo para aceitar.
Conde-Cabeças de gado não são bens penhoráveis, sua mulinha? Aliás, quando Mauá faliu, ele pagou todos os seus credores, integralmente. Não podemos acusá-lo de desonesto. Desonesto é o nosso professor, que defende o calote, com a dignidade típica dos senhores de fazenda, que se achavam ofendidos pela cobrança, pq eram "homens de bem". Foi esse o argumento juridico com que o Visconde foi caloteado pela Condessa de Vilanova. O seu argumento, professor patife, desonesto, caloteiro e charlatão.
Resigne-se e recolha-se à sua insignificância, Rachel! O seu empresário moderno era apenas o homem mais ganancioso da velha classe senhorial.
Conde-Vcs entenderam o vexame do professor? Ele é incapaz de entender história do Brasil imperial, as questões geopolíticas inseridas nas fronteiras do país e nos conflitos do Prata e ainda canta vitória para tanta merda que defecou? Pobre coitado!
Vá ler mitologia grega, e se entusiasme com Héracles, sozinho, separando a Europa da África.
Conde-Professor, suas aulas não são mitologia, nem fantasia, são pura fraude mesmo! Um cara que chega a falsificar a história desse jeito é uma pessoa doente, problemática.
Mauá por si mesmo:
[sobre a Navegação a Vapor do Rio Amazonas] "Na época em que ninguém acreditava em empresas, foi anunciado pelo governo achar-se autorizado a contratar esta navegação, mediante subvenção e privilégio exclusivo. Ninguém se apresentou, não obstante as folhas diárias repetirem o anúncio durante alguns meses. Amigo pessoal e dedicado de um dos ministros deste período de descrença, fui instado para encarregar-me da missão civilizadora que esse fato levava em suas entranhas, e aceitei um contrato pelo qual modestos favores me foram concedidos, avultando, porém, entre eles o privilégio exclusivo da navegação do Amazonas e seus afluentes por trinta anos, ao passo que o serviço obrigatório que o contrato impunha era mínimo e assim era preciso, desde que o capital que se empregava ia arrostar o desconhecido.
(Autobiografia, p. 130)
Irineu "aceitou" um monopólio concedido pelo Estado graças a suas relações com um ministro [Monte Alegre]. Que sacrifício e quanta filosofia liberal!
Sempre nas tetas da Viúva e com "boas relações":
(...) Com essa base comprei a miniatura do que já então se chamava Ponta da Areia, dei-lhe logo grande desenvolvimento, a ponto de, já no fim do primeiro ano, representar o estabelecimento quatro vezes o capital empregado primitivamente, o que, desequilibrando minhas finanças, porque a liquidação de antigos empregos era vagarosa e obrigou-me a pedir ÀS CÂMARAS o primeiro empréstimo de 300 contos para o estabelecimento, que me foi prontamente concedido ...
(Autobiografia, pp. 101/102).
Cada vez mais voraz:
(...) ouvindo falar do caminho de ferro do Rigi, na Suíça, pedi ao Sr. Dr. Passos de o ver e examinar, tendo em vista vencer a grande dificuldade da Serra, diminuindo, assim, as horas de viagens [sic] e portanto tornando mais fácil a comunicação entre a Corte e Petrópolis. De volta da Europa, convencido daquela possibilidade, PEDI E OBTIVE DA ASSEMBLÉIA PROVINCIAL GARANTIA DE JUROS POR 600 CONTOS, JULGADOS NECESSÁRIOS ANTES DE FEITOS OS ESTUDOS; REALIZADOS ESTES, PORÉM, PELO PRÓPRIO DR. PASSOS, RECONHECEU-SE QUE O DISPÊNDIO DE 1.200 CONTOS ERA NECESSÁRIO para construir-se um caminho de ferro na Serra, nas condições de solidez e duração indispensáveis; DISPUNHA A ARROSTAR MAIS ESTA CONTRARIEDADE, E NOVA PETIÇÃO FOI ENDEREÇADA À ASSEMBLÉIA PROVINCIAL ...
(Autobiografia, p. 128)
Sempre "abnegado", gerindo a empresa da Viúva só para salvá-la.
Conde-Coitado do professor PCC. Apenas confirmou o que eu disse: O brasil precisava de um serviço comercial que desse incremento ao povoamento e a interligação do norte da Amazônia até as capitais do Império, entre os quais, Belém, sob pena de perdermos ao dominio estrangeiro. A medida de Mauá simplesmente salvou a soberania do país contra as influências norte-americanas, que exigiam abertura internacional dos portos amazônicos. Aliás, o próprio professor entra em contradição: se Mauá arriscava seu dinheiro para financiar a geopolítica do império, isso revela que, além de ele ser grande investidor e empresário, era um patriota. Com certeza não seria esse professor, notório corno safado, que defende o roubo da Petrobrás para Morales ou a sujeição total do Brasil à geopolitica de Hugo Chavez.
De empresa particular [Companhia Luz Esteárica] passou a ser uma companhia pública sob MEUS AUSPÍCIOS, com capital mais do que suficiente, cabendo-me maior quinhão na subscrição das ações. Infelizmente não pôde resistir à ação de administradores pouco escrupulosos, e tive de absorvê-la em estado de decadência".
(Autobiografia, p. 148)
O campeão do laissez-faire tem prejuízos por altruísmo. Muito instrutivo!
Conde-Vamos derrubar o professor macaquito: será que ele não sabe o que são "monopólios naturais" em economia? Onde a prestação privada de serviços públicos é algo contrário ao laissez-faire? Discutir com um professor analfabeto, que nem ao menos sabe ler o grande livro de Mauá, realmente é uma perda de tempo. Nem vou mais republicar o palavrório vazio do professor. Ele não diz coisa com coisa.
Mauá pediu emprestados três mil contos, o suficiente para comprar umas cinquenta fazendas, à Viúva, só para variar um pouco. Como garantia, ofereceu bois! Só mesmo o chifrudo (sem-mulher) do Leonardo para aceitar.
Conde-O corno idiota confunde ações de uma empresa com cabeças de gado da Companhia Pastoril. Que professorzinho cuzito, cornozito, tudo "ito", no sentido do "señorito arrogante", como dizia Ortega y Gasset.
Antes de dormir (nem todos são como a Rachel que não precisa trabalhar), a última pérola do Burrico doente:
Eu citei as comunicações entre o Rio e Petrópolis:
(...) ouvindo falar do caminho de ferro do Rigi, na Suíça, pedi ao Sr. Dr. Passos de o ver e examinar, tendo em vista vencer a grande dificuldade da Serra, diminuindo, assim, as horas de viagens [sic] e portanto tornando mais fácil a comunicação entre a Corte e Petrópolis.
O (a) doido (a) varrido (a) responde:
Conde-Coitado do professor PCC. Apenas confirmou o que eu disse: O brasil precisava de um serviço comercial que desse incremento ao povoamento e a interligação do norte da Amazônia até as capitais do Império, entre os quais, Belém, sob pena de perdermos ao dominio estrangeiro.
Haja Haldol. Só chuta e delira.
Com essa base comprei a miniatura do que já então se chamava Ponta da Areia, dei-lhe logo grande desenvolvimento, a ponto de, já no fim do primeiro ano, representar o estabelecimento quatro vezes o capital empregado primitivamente, o que, desequilibrando minhas finanças, porque a liquidação de antigos empregos era vagarosa e obrigou-me a pedir ÀS CÂMARAS o primeiro empréstimo de 300 contos para o estabelecimento, que me foi prontamente concedido ...
(Autobiografia, pp. 101/102).
Conde-Pediu-se empréstimos às câmaras, precisamente pq o crédito era controlado pelo Estado. Ora, se o crédito era controlado de forma estatal, já que o império, estupidamente, acabou com o crédito privado, a quem Mauá iria pedir emprestado dinheiro?
Cada vez mais voraz:
(...) ouvindo falar do caminho de ferro do Rigi, na Suíça, pedi ao Sr. Dr. Passos de o ver e examinar, tendo em vista vencer a grande dificuldade da Serra, diminuindo, assim, as horas de viagens [sic] e portanto tornando mais fácil a comunicação entre a Corte e Petrópolis. De volta da Europa, convencido daquela possibilidade, PEDI E OBTIVE DA ASSEMBLÉIA PROVINCIAL GARANTIA DE JUROS POR 600 CONTOS, JULGADOS NECESSÁRIOS ANTES DE FEITOS OS ESTUDOS; REALIZADOS ESTES, PORÉM, PELO PRÓPRIO DR. PASSOS, RECONHECEU-SE QUE O DISPÊNDIO DE 1.200 CONTOS ERA NECESSÁRIO para construir-se um caminho de ferro na Serra, nas condições de solidez e duração indispensáveis; DISPUNHA A ARROSTAR MAIS ESTA CONTRARIEDADE, E NOVA PETIÇÃO FOI ENDEREÇADA À ASSEMBLÉIA PROVINCIAL ...
Conde-Como o governo controlava o crédito e o serviço era algo que beneficiaria o público, logo, Mauá pediu emprestado dinheiro ao Estado, sob a condição de posteriormente ressarci-lo. Onde está a voracidade de Mauá, se o Estado controlava quase tudo? O Professor PCC não sabe ler textos. Ele tem um sério problema de interpretar textos à luz dos fatos, e faz de suas projeções naquilo que não foi escrito, e nem existiu. Um cara assim é muito doente da cabeça. .
Antes de dormir (nem todos são como a Rachel que não precisa trabalhar), a última pérola do Burrico doente:
Conde-No entanto, ele perde um longo tempo de trabalho comigo. Será algum tipo de distúrbio psicológico? Será que ele trabalha mesmo, apesar das fraudes que postou?
Eu citei as comunicações entre o Rio e Petrópolis:
(...) ouvindo falar do caminho de ferro do Rigi, na Suíça, pedi ao Sr. Dr. Passos de o ver e examinar, tendo em vista vencer a grande dificuldade da Serra, diminuindo, assim, as horas de viagens [sic] e portanto tornando mais fácil a comunicação entre a Corte e Petrópolis.
O (a) doido (a) varrido (a) responde:
Conde-Coitado do professor PCC. Apenas confirmou o que eu disse: O brasil precisava de um serviço comercial que desse incremento ao povoamento e a interligação do norte da Amazônia até as capitais do Império, entre os quais, Belém, sob pena de perdermos ao dominio estrangeiro.
Haja Haldol. Só chuta e delira.
Conde-Tadinho dele. Ele teve o expediente de cortar meu texto, para falsificar, mais uma vez, as minhas contestações. Um sujeito professor, que pretensamente diz ter diploma de mestrado, com esse tipo de apelação discursiva, é de uma baixaria tal, que realmente nem vale a pena responder pra ele. E depois ele fica todo nervosinho só pq o chamo de corno safado e sem vergonha. Mas é mesmo!
Postar um comentário