
Netchiaev, o famoso anarquista russo, pai espiritual do terrorismo moderno, em seu Catecismo Revolucionário, dizia em sua cartilha:
“O revolucionário tem desprezo pela opinião pública e ódio pela moral social atual e suas diretivas. Para ele, o que é moral é o que é favorável ao triunfo da revolução, e o que é imoral e criminoso é o que a contraria.”
“É necessário que o militante, duro para com ele próprio, o seja também para os outros. Todos os sentimentos que nascem da família, da amizade, do amor ou do reconhecimento devem ser sufocados nele pela única e fria paixão da obra revolucionária. E prosseguindo com sangue-frio na realização do plano, deve estar pronto para morrer e também pronto para matar com as próprias mãos todos aqueles que se oponham à sua realização”.
Proféticas palavras de indiferença, frieza, perversidade e terror, é a moral do pensamento revolucionário moderno, de Lênin a Stalin, de Mao Tse Tung a Pol Pot, passando pelo atual terrorismo islâmico, que é apenas sua versão pseudo-religiosa. Dostoievski, quando escreveu sua obra,
“Os Demônios”, inspirado nesse famoso terrorista russo, previu praticamente a mentalidade que ensangüentaria o século. De fato, o anarquista russo se tornou famoso, quando um correligionário, cansado do movimento, foi assassinado a mando do líder. Em nome da lealdade à causa revolucionária, Netchiaev mandou que um de seus discípulos matasse um dissidente interno da organização, um evento que escandalizou e chocou a sociedade russa. Se este século XX foi para alguma coisa, em parte, foi o século de Netchiaev, o século do genocídio, do terrorismo em massa e do massacre de populações inteiras. Foi o século dos demônios, que vieram pra matar, roubar e destruir, tal como diria o apóstolo João. Tudo em nome da revolução. Trotsky, quando definiu a moral revolucionária, ao afirmar que a
“moral” nossa não é a
“moral” deles, nada fez do que reproduzir a visão de Netchiaev. E o fez com maestria, ajudando a criar um dos experimentos mais violentos de engenharia social e terror da história humana:
a União Soviética. A mãe Rússia soviética virou uma verdadeira fábrica de ogros filantrópicos. Espalhou ódio, crimes e violência, sem exceção, no mundo. E o Brasil não foi diferente.
Um desses terroristas, cujos odores de enxofre e maus ventos do demônio o transformaram em professor universitário da Unicamp, o Sr. João Quartim de Morais, ficou profundamente ofendido, quando o jornalista Olavo de Carvalho abriu a boca sobre sua má fama de comunista assassino. Seu crime? Quando participava do movimento de guerrilha, na época do regime militar, protagonizou uma cena digna de Netchiaev:
membro da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), formara um tribunal “revolucionário”, junto com mais outros comparsas, e premeditou a morte do capitão do exército norte-americano Charles Chandler, em São Paulo. Supostamente acusado de
“agente da CIA”, o capitão vivia junto com sua família e era aluno bolsista e estudante de ciências políticas, na USP. A guerrilha espionou o cotidiano do oficial e marcou a data da sua morte no dia 8 de outubro de 1968, dia da morte de Che Guevara. No entanto, a ação criminosa foi abortada, porque o militar não saiu de casa. Na manhã do dia 12 de outubro de 1968, os apaniguados ordenados pelo
“professor” Quartim de Morais e seu tribunal "
revolucionário", esperavam de tocaia a saída do capitão de sua residência, quando um deles descarregou o revolver no veículo da vítima, acertando-o. Um outro terrorista puxara da metralhadora e a descarregou no capitão, crivando-o de balas. O filho menor do oficial, de apenas quatro anos de idade, que estava na porta da casa, e a esposa, que via seu marido pela janela, presenciaram o crime brutal. Mais de dez tiros depois, o capitão do exército americano Charles Rodney Chandler estava morto, debruçado sobre a cadeira de seu carro Impala. Malgrado o assassinato do homem, os guerrilheiros ainda jogaram panfletos sobre o local do crime, com os dizeres:
"Justiça revolucionária executa o criminoso de guerra no Vietname, Chandler, e adverte a todos os seus seguidores que, mais dia menos dia, ajustarão suas contas com o Tribunal Revolucionário”.
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"O assassinato do Comandante Chê Guevara, na Bolívia, foi cometido por ordem e orientação de criminosos de guerra como este Chandler, agente imperialista notório, e responsável pela prática de inúmeros crimes de guerra contra o povo do Vietname."
"O único caminho para a revolução no Brasil é a luta armada.""A luta armada é o caminho de todo revolucionário no Brasil.""Criar um, dois, três, vários Vietnames."
É incrível que pessoas como João Quartim de Morais e seus demais comparsas prejulguem-se acima do bem e do mal, para declararem um tribunal de exceção só reconhecido por eles, no sentido de executar um inocente. A perversidade do raciocínio de seu bando está implícita nas palavras dos panfletos:
o mero fato do capitão Chandler servir ao seu país lutando na guerra do Vietnã, ou ser membro do exército americano, é motivo para executá-lo. Quais leis condenaram o capitão Chandler? As
“leis” da cabeça dos fanáticos revolucionários, que odeiam categorias abstratas, como a burguesia, o capitalismo, o exército americano, e ignoram a humanidade de um soldado inativo, que estava apenas estudando e vivendo sua vida em nosso país. Aliás, como é mania do movimento comunista, eles matam justificando acusações irreais, lunáticas e mesmo mentirosas. O mero fato do norte-americano ser norte-americano já é motivo para molestá-lo ou matá-lo. Não foi isso que levou os terroristas a seqüestrarem o embaixador americano Elbrick? Ele não seria a encarnação do próprio Estado norte-americano? E como não poderia deixar de ser, tal como Netchiaev, a prepotência moral de prejulgar a tudo e a todos se cumplicia numa total ausência de consciência moral. Não conste entre seus alunos e pares, que João Quartim de Morais tenha se arrependido do que fez. Pelo contrário, dizem até que se orgulha disso, de matar um pai de família, porque ele odiava gringos. Um exemplo disso foi um comentário, atribuído à sua fama, em admirar Osama Bin Laden e achar que o terrorismo de 11 de setembro de 2001 foi merecido, já que, na cabecinha do sujeito, os americanos fizeram mais maldades do que todo o resto do mundo. Inclusive ele, claro, pobre e perseguido justiceiro da revolução e matador de
“agentes da CIA”! O que seriam três mil reacionários mortos por
“libertadores árabes”, se o terrorista tupiniquim matou um gringo?
Se não bastasse a sua má fama, que ele se orgulha tanto, já que isso o promove em torno de todo meio universitário, o Sr. Quartim de Morais ficou escandalizado, quando Olavo de Carvalho o denunciou como assassino e terrorista. Há de se lembrar que Olavo tem razão:
Quartim de Morais foi preso e condenado como chefe do grupo que mandou assassinar o capitão Chandler, e só foi solto por causa da Anistia. É impossível que não soubesse de todos os procedimentos do seu grupo, sendo líder dele. O professor da Unicamp teve um processo, julgamento, contraditório e ampla defesa que recusou à sua própria vitima. E para título de demonstração de força, intimidação moral, o Sr. Quartim de Morais ainda patrocinou um tal
“manifesto" dos 200
“intelectuais progressistas” contra as provocações lúcidas de Olavo de Carvalho. De fato, em seu programa de internet, Olavo batizou, com justa razão, o
“manifesto dos duzentos filhos da puta”!
Dentro das idéias de Netchiaev, essa idéia de coesão grupal covarde, que disfarça uma solidariedade mafiosa, de cumplicidade com o crime, reflete o grau de criminalidade que domina a consciência intelectual brasileira. Daí o manifesto com a assinatura de mais de seiscentos professores e supostos doutores patéticos, apoiando as mentiras e enganações de um fanático, que ainda teima em embelezar os atos de seu hediondo crime. Para cada professor, mestre, doutor solidário ao Sr. Quartim de Morais, o inocente militar pai de família, assassinado na frente do filho e da esposa, tem uma culpa coletiva, que é ser membro da
“classe reacionária”. Emir Sader e Marilena Chauí, dois notórios picaretas travestidos de pensadores, participaram da pantomima. A tal
“solidariedade” ao professor, tão parecido com aqueles movimentos que Stalin patrocinava para promover a causa totalitária, saiu pela culatra:
serviu de motivo de deboche e gozação do público. Não é por acaso que o Partido Comunista do Brasil, através do seu site, o Pravda brasileiro chamado
“vermelho”, angariou essa asneiras monumental, com riso e escárnio do povo virtual. Todavia, Quartim de Morais precisa exagerar, junto com seus comparsas comunistas, no seu ódio abstrato:
tudo é conspiração da CIA, financiando o Olavo de Carvalho num quartel militar da Virginia ou do Pentágono; e os reaças gozadores eram membros de poderosos movimentos da extrema-direita mundial. Eram, inclusive, nazistas!
Por intermédio dessas categorizações abstratas, e chamados
“ódios de classes” que os comunistas patrocinaram as piores atrocidades que se há notícia no século XX. O tribunal
“revolucionário” de Quartim de Morais, absolutista, imoral, totalitário, desprezível, arbitrário, seria a miniatura do regime tão sonhado por seus pares, no Brasil daquela época e de nossa época atual. Ele ainda nos adverte:
todos os seus seguidores “reacionários”, mais dia menos dia, ajustarão suas contas com o Tribunal Revolucionário”. Como toda sociedade brasileira seria julgada dentro dos ditames do
“catecismo revolucionário” dele, a regra seria a revolução, a matança, a traição, para a causa comunista, ou a morte! O processo de absolutização de categorias odientas, leva à relativização ou à desumanização da dignidade da pessoa. Se os terroristas quisessem matar, não o capitão Chandler, mas a família toda dele, eles o fariam com agrado, não porque são pessoas, e sim membros da classe inimiga, que devem que ser liquidados em nome do processo revolucionário. E ainda os comunistas chamam seus rivais de nazistas! É piada? Acaso os nazistas não faziam isso com os judeus?
O apoio bovino de uma boa parte da classe universitária ao professor sociopata é uma amostra de como o marxismo intoxica, de tal maneira, a consciência deles. Os filhotes de Netchiaev doutrinam os alunos na ideologia do rancor, da inveja e do ódio e transformam esses sentimentos de negação total numa espécie de virtude, de elevação moral. A criminalidade se torna lei, e a violência se torna uma espécie de decência, ainda que mate milhões de inocentes. Na figura do Sr. Quartim de Morais e seus apoiadores, que não são poucos, os filhotes de Netchiaev querem o sangue dos brasileiros. Quartim de Morais e seus comparsas sonham com tribunais revolucionários, cuja mera legalidade é tão somente a vontade arbitrária e o ego deles. Na Rússia, tudo começou assim:
as universidades russas viraram antros de terroristas. No final, acabou dando em União Soviética. E o Brasil caminha, em passos largos, para o mesmo caminho. . .
Criar um, dois, três, vários Vietnames.