
Acordo para a morte.
Barbeio-me, visto-me, calço-me.
É meu último dia: um dia
cortado de nenhum pressentimento.
Tudo funciona como sempre.
Saio para a rua. Vou morrer.
Pela última vez miro a cidade.
Ainda posso desistir, adiar a morte,
não tomar este carro. Não seguir para.
Posso voltar, dizer: amigos,
esqueci um papel, não há viagem,
ir ao cassino, ler um livro.
A morte dispôs poltronas para o conforto
da espera. Aqui se encontram
os que vão morrer e não sabem.
Jornais, café, chiclets, algodão para o ouvido,
Pequenos serviços, cercam de delicadez
nossos corpos amarrados.
Vamos morrer, já não é apenas
meu fim particular e limitado,
somos vinte a ser destruídos,
morreremos vinte,
vinte nos espatifaremos, é agora.
Ó brancura, serenidade sob a violência
da morte sem aviso prévio,
cautelosa, não obstante irreprimível
aproximação de um perigo atmosférico,
golpe vibrado no ar, lâmina de vento
no pescoço, raio
choque estrondo fulguração
rolamos pulverizados
caio verticalmente e me transformo em notícia.
Trechos da poesia de Carlos Drummond de Andrade
Quando eu vejo a república brasileira sendo administrada por gente do naipe do presidente Lula, da ministra Marta Suplicy “Favre” e do ministro Guido “Manteiga”, estou perfeitamente convencido de que somos governados por uma mistura delinqüente de clubinho de DCE Acadêmico com o banditismo legalizado. Ademais, quem teve o desprazer de conhecer uma universidade pública, percebe um caráter criminoso do movimento estudantil, com suas idéias revolucionárias e de violência, e suas ações políticas. Em suma, estamos governados por sociopatas, por gente que se acha acima do bem e do mal, cujo senso de moralidade é escasso.
No entanto, o que me assusta não são necessariamente os atos dessa turma do PT. Desde que se elegeram em 2002, eu sabia das desgraças que este país cairia nas mãos deles. O que me assusta é a anormal tolerância do povo brasileiro para com essa gente. No primeiro mandato de governo, eles criaram o sistema de corrupção jamais visto na história brasileira. Um aparelhamento escandaloso do Estado, cujo modelo, importado de Cuba e da Venezuela, ainda ameaça os alicerces da democracia brasileira. Na verdade, o PT criou um gigantesco caixa-dois eleitoral e partidário em todas as estruturas do Estado brasileiro. Fundiu o Estado com o partido. Isso é o de menos. A ação petista não se limitou a se apropriar do Estado como bem privado: subornou uma boa parte do Congresso Nacional, e uma boa parte da imprensa, para criar uma extensiva forma de controle do legislativo, da mídia e mesmo da sociedade civil. Não é mera coincidência que o governo tenha inventado meios de controlar a imprensa, através de órgãos políticos dignos de sistemas totalitários. O PT é um partido inimigo da democracia e do decoro público.
Pelos indícios, esse aparelhamento e essa índole criminosa não são de hoje: o assassinato do prefeito petista Celso Daniel possui a marca da queima de arquivo, já que o financiamento das propinas para a prefeitura paulista de Santo André tinha como suspeitas, a ligação com a presidência da república. Pior são suas ligações com o movimento revolucionário na América Latina, que envolvem narcotráfico, terrorismo, guerrilha, crime organizado. Suas influências são sentidas na Colômbia e mesmo em São Paulo, através do PCC, sucursal da guerrilha colombiana no Brasil. Sem contar as ligações do PT com o governo Chavez, Morales, Fidel Castro e o Foro de São Paulo.
Qualquer pessoa bem informada a respeito, sabe que o PT é defensor das Farcs, o mesmo grupo de guerrilha que repassou ao PCC, as táticas terroristas que assolaram São Paulo, em 2006. Sabe que as ligações promíscuas do governo brasileiro com Morales, líder cocaleiro narcotraficante e presidente da Bolívia, custaram a perda da Petrobrás. E que é por intermédio do governo brasileiro, que Chavez está destruindo a democracia da Venezuela. Coleções de vandalismos não faltam, com a invasão de terras, a depredação da Aracruz, a quebradeira do Congresso, com a natural impunidade de uma democracia fragilizada. E, recentemente, os movimentos sociais ligados ao PT invadiram o maquinário da hidrelétrica de Tucurui, ameaçando tirar a luz de todo o norte e nordeste do Brasil.
A família do presidente Lula é quase toda feita de escroques. O enriquecimento ilícito de sua família é escandaloso. O filho ficou milionário sendo lobista da Telemar, recebendo milhões em polpudas propinas da empresa de telefonia. Tudo com um objetivo bem claro: o pleno direito da Telemar de monopolizar o mercado brasileiro de telefones. Os gastos da filha do presidente são bancados por um estranho amigo, um novo PC Farias petista. E o irmão do presidente é outro que participa de esquemas de bandidinhos vulgares, aproveitando o status presidencial. Por outro lado, a farsa do dossiê de 1,7 milhões de reais, envolvendo um motorista próximo ao presidente, esposo de sua secretária, em nada arranhou sua reputação. O povo, inebriado por uma ilusória estabilidade econômica, e a mídia, ora medrosa, ora corrompida com dinheiro público, decidiram ignorar as evidências óbvias. Reelegeram a classe política mais podre e corrupta que se há notícia em nossa história.
E agora a incompetência, que foi a regra deste governo, assola os aeroportos. O petismo, como não poderia deixar de ser, colocou a companheirada na Infraero e na Anac. E quando o avião da Gol caiu, matando 154 passageiros, a fábrica de desinformação petista na imprensa acusou os americanos do jato Legacy (claro, precisamos de bodes expiatórios), para omitir a responsabilidade governamental mais óbvia. E os sargentos sindicalistas infiltrados na Anac fizeram a rebelião contra um governo sem personalidade. O PT, ao tratar do problema aéreo, não como um caso de disciplina militar, mas, como uma querela sindical do ABC Paulista, quebrou a hierarquia das forças armadas, mandando um ministro sindicalista para apaziguar os ânimos dos sargentos.
A rebelião militar se tornou uma rebelião da CUT. Os passageiros, nos aeroportos, sofriam com os boicotes sistemáticos dos operadores de vôo, enquanto a segurança do espaço aéreo estava comprometida. O governo fingia ter autoridade, estimulando a falta dela. E o presidente e os ministros mentiam à vontade ao público, quando todo mundo fingia engolir. Diziam que estava tudo sob controle, com o descalabro dos sargentos do tráfego aéreo, que se recusavam a bater continência para os oficiais. Viraram soldados rasos da CUT.
Cinicamente, o governo, camuflando a total falta de controle da situação, tinha explicações mirabolantes para o apagão aéreo. Marta Suplicy, no auge do deslumbramento do ministério do turismo sexual, dizia para os passageiros relaxarem e gozarem. O ministro da fazenda, Guido Mantega, inventou uma explicação curiosa: o colapso do sistema aéreo é fruto do crescimento econômico. E todas as mentiras mais canhestras eram contadas à população, expostas ao aborrecimento ou mesmo à morte em mais um acidente aéreo. Também pudera, o presidente da república tem seu seguro boing particular, às custas do nosso dinheirinho! E este dia aconteceu: 17 de julho de 2007. Em menos de um ano, dois aviões caíram, matando mais de 300 pessoas. O governo sem autoridade sumiu. As famílias choram seus mortos. E a propaganda de desinformação petista tenta abafar a tragédia, dando a entender que culpablizar o governo é tirar dividendos políticos contra ele. É a tal coisa da “mídia golpista”, alardeada pelos jornais bajuladores do PT. A consciência irresponsável do governo está a pleno vapor. Como diria Reinaldo Azevedo, ninguém tem direito de chorar os seus mortos. Ninguém tem o direito de criticar a leviandade de um governo que despreza seu povo.
Aliás, o povo brasileiro só passa humilhação. É no aeroporto, é na vida cotidiana, é na violência das grandes cidades, é nas mentiras tacanhas e roubalheiras do governo. As pessoas que choravam suas vítimas sofriam os mesmos constrangimentos que outros passageiros sofrem durante quase dez meses! E agora? O senhor ministro da fazenda vai nos afirmar que o aumento do número de acidentes aéreos é culpa do crescimento econômico “nestepaiz”? Vamos relaxar e gozar com os cadáveres carbonizados da Tam? Os culpados por esse estado de coisas, menininhos de DCE acadêmico covardes que são, estão escondidos na fria Versalhes de concreto “Brasília”. Seus burocratas bravateiam providências que já deviam ser tomadas e não vão ocorrer e, na melhor das hipóteses, vão abafar tudo. Enquanto isso, os áulicos puxa-sacos vão espalhar mentiras e desinformação, só faltando culpar as famílias, o PSDB e a “mídia golpista” pelas causas da tragédia. Vão relativizá-la. E quando menos se esperar, vão tentar esquecê-la. Vão querer neutralizar a consciência moral do povo neste ínterim, tal como já fizeram com a corrupção e a violência nas cidades. E os acidentes podem se tornar rotina.
O brasileiro médio está de luto, mas perdeu a capacidade de se revoltar. Perdeu o senso elementar de moral, do que é certo. Quando é que o povo vai despertar para suas tragédias? Quando é que vai parar de ser pacífico, omisso, submisso, para desembainhar a espada da justiça contra um governo desprezível, mentiroso, corrupto e desmoralizado, que cospe na sua cara? Se fossemos um país sério, esse governo cairia, de tão podre que representa. Se tivéssemos um país que se desse respeito, este governo jamais se reelegeria. O Sr. Lula não estaria na Presidência, porém, na cadeia, junto com sua corja. Já se morrem pessoas demais nas ruas violentas, no crime organizado, nas filas de hospital, dentre outras demais tragédias. E agora, morre-se na aviação, com a total irresponsabilidade pela segurança dessas pessoas? Quantas pessoas mais precisarão morrer nos vôos do Brasil, para que o povo acorde de sua humilhação? O meu temor é que esse despertar nunca exista. . .
Um comentário:
Conde.
Se a louca da Marta nos manda "relaxar e gozar" enquanto esperamos nos aéroportos, vamos ver um lado "positivo" da coisa: Se a sexóloga só anda de jatinho, faz tempo então que não sabe o que é isso! Para uma ninfomaníaca, isso deve ser uma tortura. Alguma punição seria ótimo!
Mulher sem classe!!
Postar um comentário