
A solidariedade popular, neste caso, não consiste numa expressão de cooperação voluntária entre indivíduos, mas numa tentativa de uniformização total de princípios que são seguidos à risca. É como uma pseudo-religião, que promove fanaticamente uma pressuposta característica artificializada de “união”, na crença fantasmagórica da pretensa superioridade da “maioria” contra a “minoria”, numa panacéia contra as injustiças sociais e as malvadas elites individualistas.
Se o culto das “massas” é a ordem suprema das verdades e das políticas e idéias preestabelecidas, qualquer indivíduo que não se enquadre na regra, na ótica destes militantes, representa uma ameaça a “unidade”, a coerência massificada do povo. Ou seja, ainda que os propósitos sejam da “liberdade”, “solidariedade” e toda a sorte de adjetivos, o indivíduo nada vale. Sua liberdade individual não conta, senão aquela que está nos ditames do grupo, na massificação servil de idéias e valores, nas cartilhas oficiais impostas em nome da coletividade.
Os jovens estudantes de passeatas e os militantes que gritam ensandecidos nos holofotes contra as mazelas do governo, quando exaltam aos chamados movimentos de massa e ao mesmo tempo criticam as arbitrariedades das “elites”, na prática, seu discurso se contradiz com os ideais que julgam seguir. “Massa”, não é, como os militantes dizem, um “povo” que questiona os desmandos da política (até porque a palavra “povo” é mera nomenclatura abstrata e sociológica). “Massa” é antes um conjunto coeso de seguidores, que incapazes de valorarem por opiniões subjetivas vindas da consciência individual, são reflexos induzidos por uma minoria que os governa. Ora, massas não pensam, indivíduos é que pensam. E “massas”, antes de serem detentoras do poder, são feitas exclusivamente para serem dominadas, mandadas, posto que de fato, as massas têm elites poderosas e mandonas.
A mitificação da “maioria” e do “movimento de massas” concede muito mais poder às novas elites que o apregoam do que qualquer outro movimento elitista declarado. Porque os ditos movimentos de massas padronizam as opiniões dos indivíduos numa nova espécie de controle de pensamento, como se no seio da sociedade todas as pessoas fossem meros robozinhos a seguirem um discurso sem um questionamento severo. As organizações de massa são formas mais aperfeiçoadas de dominarem os indivíduos, presos na armadilha dos critérios absolutos de uma opinião majoritariamente produzida. As novas elites que se sustentam neste discurso, ganham muito mais poderes, visto que na nivelação, no igualitarismo uniformizador de idéias e princípios, qualquer questionamento independente será suprimido pela aura fictícia da “maioria”. O pior é a verdade e a moral serem suprimidas pela mera idéia artificial do consenso. A razão elementar não implica aí a persuação racional independente e sim a imposição ideológica de uma mentira aceita pela maioria. Como a maioria sempre tem razão, mesmo mentindo, qualquer perversão social pode ser justificado em nome dela, até mesmo uma ditadura. Aliás, a perversão intrínseca dessa lógica é absolutizar o conformismo social. A liberdade é sempre a manifestação de uma minoria independente e questionadora. Destruindo os valores que protegem as minorias opositoras, só resta a qualquer indivíduo obedecer cegamente ao poder governante , já que o conformismo é a regra absoluta da condição política. Pode-se entender perfeitamente o porquê da força do despotismo totalitário. Como o conformismo social dita tudo, a mera manifestação isolada é considerada criminosa. A população se torna é cúmplice do próprio crime: o coletivismo os impele para a mais completa servidão! E o cidadão realmente livre é esmagado sob o peso da solidão insuportável em meio a multidões obedientes.
Curiosamente, o domínio moderno das novas elites já não é mais pela desigualdade, e sim pela radicalização da igualdade. As reivindicações das “massas” são migalhas de um paternalismo autocrático, que em nome de certos direitos, as pessoas (ou as massas) abdicam da liberdade. A “solidariedade popular” na igualdade forçada é um resumo da imbecilização massificada, da perda de identidade do individuo, na impessoalização dos atos, cada vez mais aprisionado e menos independente para agir.
A liberdade individual é o único clamor que impede o domínio total das elites. É na esfera da consciência, da privacidade, que as elites se vêem limitadas no seu domínio, na resistência contra os desmandos do poder único, do pensamento único. Não é nas massas aglomeradas que as liberdades respiram mais aliviadas. É sim, na liberdade individual de cada sujeito que a liberdade mesma é sua expressão mais genuína. Um movimento social só é autêntico, se o clamor da liberdade individual existir e um movimento social só se justifica, porque sua razão está na liberdade de manifestação independente. Qualquer discurso que visa a mobilização de massas e ao mesmo tempo a supressão da liberdade individual, não passa de uma nova artimanha de tirania, na autopromoção de novas elites mais poderosas, que se aproveitam da cartilha igualitária, para nivelar e aniquilar a livre expressão de indivíduos que contestam o seu poder.
O apelo a favor das massas é o apelo da servidão voluntária das massas e a promoção de elites pensantes por ela. O desprezo que os militantes nutrem pela liberdade individual é porque tal fundamento ameaça o poder destes aspirantes a novas elites. O discurso do movimento de massas acresce de poderes quase totais às instituições políticas que estão por trás das organizações de massas. Na prática, as novas elites são autoritárias em nome da totalidade que supostamente os legitima. Neste caso, as representações "democráticas" das massas são meros artifícios circenses conduzidos pelo poder governante: a livre escolha não existe no modo de agir político. Eleições, manifestações públicas do partido, manifestações "espontâneas" do povo, são apenas o teatro de um consenso fabricado pela violência e pela supressão política do indivíduo. É o Estado policial, o Partido Único, o Líder onipotente, as suas representações hierárquicas e absolutistas, na condução do sistema! São, em suma, as ditaduras socialistas do século XX e XXI!
De fato, os movimentos populares, ignorando os princípios da liberdade sobre a coletividade, são as redundâncias do fenômeno totalitário, que nas vozes dos estudantes, falsificam a solidariedade com opiniões uniformizadoras. Vêem o povo, não como um conjunto de pessoas, que apesar de atributos comuns da comunidade, são indivíduos com personalidade e expressões próprias, porém, como um cabresto a ser conduzido às raias da fanatização de elites cada vez mais sectárias, pelo falatório lisonjeiro e bajulador da população. E o apelo democrático e "cidadão" dos militantes políticos é apenas uma roupagem retórica, no falseamento do sentido consciente dos princípios da democracia e da liberdade. Invocam-na como seus porta-vozes e são os primeiros a abdicarem destes valores, a fim de invertê-los em favor de seu domínio e na institucionalização perversa de um novo poder.
De fato, os movimentos populares, ignorando os princípios da liberdade sobre a coletividade, são as redundâncias do fenômeno totalitário, que nas vozes dos estudantes, falsificam a solidariedade com opiniões uniformizadoras. Vêem o povo, não como um conjunto de pessoas, que apesar de atributos comuns da comunidade, são indivíduos com personalidade e expressões próprias, porém, como um cabresto a ser conduzido às raias da fanatização de elites cada vez mais sectárias, pelo falatório lisonjeiro e bajulador da população. E o apelo democrático e "cidadão" dos militantes políticos é apenas uma roupagem retórica, no falseamento do sentido consciente dos princípios da democracia e da liberdade. Invocam-na como seus porta-vozes e são os primeiros a abdicarem destes valores, a fim de invertê-los em favor de seu domínio e na institucionalização perversa de um novo poder.
8 comentários:
Que blog cu! Se o João não babar o ovo ou o Gustavo não sacanear, ninguem comenta essa porra. Será que o bundão do Conde posta pelos dois/
Interessante: são cheios de anônimos covardes que blefam, mentem e falam pelos cotovelos. Quer coisa mais cu do que vc esconder sua identidade? Isso prova o quanto o seu nível e uma caganeira são a mesma coisa! Só falta ele dizer que eu posto por três: claro, contabilizando o próprio cuzão de ralas idéias!
ahahahah, esse leonardo é um débil, precisa ser internado as pressas..ahahahahah
Ele é tão débil que vai refutar até o post acima.
Mais débil é quem escreve posts anônimos imbecis cheios de merda na cabeça!
Prezado amigo Leo,
Parabéns por esse seu post. Eu só achei um pouco rebuscado o seu estiló para explicar o funcionamento do maquinário revolucinário, mas deve ser complicado de explicar mesmo.
O que é importante é que um futuro movimento conservador, amigo Leo, investigue qual e onde foi o início de todos esses movimentos subversivos que hoje aí vemos: gays, prostituição, feminismo, nova era para melhor poder combatê-los ao denunciar suas fontes, mas aí vai uma pista dada pelo nosso Olavo de Carvalho que essa revolta toda foi sucitada não por uma fatalidade histórica ou vontade divina, mas por universidades estrangeiras e depois que a idéia estava pronta foi financiada pelas fundações bilionárias.
obs.: Eu não "babo o ovo" de ninguém, o meu amado irmão Conde é bom mesmo, por isso eu elogio,se ele não fosse competente eu diria, pois em uma amizade a transparência é tudo.
Abraços!!
O João é uma outra besta. Antes dos movimentos subversivos, então, não existiam gays nem prostituição! Com a burrice dessa nova direita, a esquerda vai começar a ganhar todas.
E se o Conde é bom, ou você é baba-0vo mesmo ou mongolóide.
O João é uma outra besta. Antes dos movimentos subversivos, então, não existiam gays nem prostituição!
Leonardo-Existiam sim: vc é gay e sua mãe é uma rameira!
Com a burrice dessa nova direita, a esquerda vai começar a ganhar todas.
Leonardo-Vc se acha mesmo inteligente votando no Mula? A vitória de Mula nas eleições não é fruto de uma direita burra,mas de uma esquerda burra!
E se o Conde é bom, ou você é baba-0vo mesmo ou mongolóide.
Leonardo-Será que a criaturinha burrinha não foge dos argumentos ad homines? Idéias que são boas, nada. O cara é tão burro, que nem sabe criticar. Só resta ele projetar as inclinações sexuais que ele aprendeu do puteiro da mãe dele.
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