sábado, dezembro 16, 2006

O espectro do General Pinochet. . .


Quando o cadáver do ditador Pinochet foi exposto à visitação da população chilena, o espectro do general causou um mal estar profundo nas esquerdas raivosas, que passaram anos injuriando-o. Mostrou um povo profundamente devoto ante a sua aura, a despeito de 17 anos de ditadura no país. Tal fantasma mexeu com a presidente do Chile, a socialista Michele Bachellet, que tremeu ao se deparar com um morto tão odiado e tão temido. A recusa da presidente em reconhecer as honras de chefe de Estado ao general causou certa indignação em uma boa parte dos chilenos. O caso é que uma boa parte do povo reconhece, com as devidas proporções, que embora não sinta saudades da ditadura, Pinochet salvou o país do caos e estabilizou a economia. O mais perfeito legado de Pinochet foi entregar uma nação em completa estabilidade política e econômica. Uma completa estabilidade, que nem os socialistas ousam mexer, de tão benéfica que foi ao Chile.

Todavia, alguns jornais e cronistas, rancorosos com o passado, escreveram homéricas asneiras sobre a economia chilena. Uma delas, diz respeito a eficiência das aplicações da Escola de Chicago na economia. Muitos deram a entender que o crescimento do país só foi sentido quando os socialistas e democratas cristãos tomaram o poder. E que supostamente a lorota da “justiça social” caridosa dos socialistas é que tem causado a redução das desigualdades sociais e pobreza no Chile. Sem contar as ações econômicas do governo chileno, no que diz respeito a recessão econômica de 1982. Muitos idólatras do estatismo e do keynesianismo quiseram dar a entender que a economia chilena só se desenvolveu por causa da intervenção estatal naquela situação peculiar. Nada mais falso.

Há outras mentirinhas bem mais sofisticadas. Uma delas, a mais incrível, diz respeito à pobreza no Chile. Fala-se que a política de Pinochet aumentou a pobreza e desemprego no país. E para demonstrar isso, fazem um ato deliberado de falsificação histórica: maquiam os dados para “provar” que o Chile possuía uma porcentagem de pobres, na ordem de 20%, em 1970, para que em 1990, chegasse na ordem de 38%! O grande problema dessas falsificações oculta um caso peculiar no Chile: quando Pinochet herdou a economia chilena, ela foi simplesmente arruinada. O país estava literalmente devastado e à beira de uma guerra civil: a inflação estava nas alturas, a produção agrícola virtualmente desaparecera e as indústrias quebraram, em parte, por uma sucessão de vandalismos, invasões, saques e fuga de capitais. Inclusive, o povo estava vivendo a base de racionamento de bens de consumo e mercado negro, por causa das medidas desastrosas do governo Allende. O correto seria comparar os índices de 1973 a 1990 e não os índices anteriores do Chile. É claro que os socialistas nunca vão fazer essas comparações. Porque o mito da maldade de Pinochet e da bondade sacrossanta de Allende nunca podem ser tocados.

É interessante notar que a política chilena foi uma aula de pragmatismo. Quando tomou o poder, Pinochet repassou a economia nas mãos de uma junta militar. Como os militares entendem mais de casernas do que de economia, o projeto fracassou, porque, dentre tantas falhas, eles ainda aplicavam a lógica estatizante, aumentando a divida pública e a inflação. O jeito foi dar o poder para os economistas Chicago Boys, que aplicaram medidas ortodoxas de privatizações na economia e redução dos gastos públicos. Toda uma política de enxugamento da máquina estatal causou inicialmente uma depressão econômica, já que o Estado tivera que demitir funcionários públicos e liberalizar empresas estatais deficitárias, para que elas se adaptassem ao mercado. Porém, a inflação e a divida pública diminuíram e o Chile experimentou um leve crescimento econômico. Todavia, a economia chilena ainda era fragilizada e sentiu o peso da recessão, com a crise de 1982. Muitos socialistas e keynesianos justificam essa fase, como um “suposto” fracasso dos liberais, no que diz respeito a ortodoxia dos Chicago Boys, já que Pinochet retrocedeu sua política de liberalizações. Como sempre, os lunáticos do estatismo inventam um paralelismo da realidade, pra adaptarem-na à ideologia.

Na verdade, o caso é que a economia chilena ainda sentia o peso de sua fragilidade bancária, e uma ortodoxia economia liberal numa economia pequena e ainda insegura, precisava de uma graduação e estruturas legais e políticas para que ela tivesse eficiência. A economia do Chile foi pega de surpresa por uma recessão imprevista, que acabou por inverter seu balanço de pagamentos e aumentar a dívida externa, além de ameaçar falir seus bancos. Sem contar o cambio fixo, que acabou por cristalizar e inviabilizar uma melhor flexibilidade na moeda. Na verdade, faltou às reformas chilenas, uma reestruturação bancária eficiente e segura, que pudesse sobreviver às recessões e que não quebrasse o mercado. A solução foi intervir nos bancos para que não houvesse bancarrota no sistema bancário e mesmo em algumas empresas privatizadas, ora monitorando indiretamente seus serviços, ora reestatizando-os. Alguns bancos foram liquidados pelo governo. Tais empresas, em particular, estavam ligadas a serviços públicos essenciais e era perfeitamente compreensível que o Estado interviesse no seu esquema, para salvar a economia. O processo de intervenção nos bancos chilenos lembra, e muito, o Proer, quando os bancos brasileiros ameaçavam falir.

Curiosamente, por desconhecimento de causa, muita gente crê que a intervenção bancária seria algo contrário ao liberalismo de Friedman e dos Chicago boys. Nada mais equivocado. Os liberais admitiram perfeitamente a necessidade da intervenção governamental, a fim de salvar os bancos, sob pena de não o fazendo, o país iria ao abismo como um todo. Há um erro grotesco de analisar o pensamento liberal em economia: presumem os seus críticos, que é uma visão ideológica da realidade, tal como as ideologias de engenharia socialista. A visão econômica liberal é realista: por princípio e por eficiência notória, o livre mercado é o melhor mecanismo de crescimento econômico. Contudo, isso não exclui a intervenção estatal, quando ela se faz necessária, a curto prazo. E foi assim que o Chile fez. Tal concessão não os seduziria para a volta de um projeto keynesiano, o que seria um retrocesso, porque causaria um endividamento público futuro. A frieza do governo chileno nos assuntos econômicos era de arrancar os cabelos de qualquer idealista. No entanto, criada as estruturas seguras para um sistema bancário mais sólido, a economia chilena novamente começou a se liberalizar, e o segundo processo liberal foi novamente aplicado, gerando o boom da economia que está até hoje enriquecendo o Chile. As empresas de serviço público e os bancos foram novamente reprivatizados, enquanto foram criados mecanismos, dentro do banco central, no sentido de assegurar melhor estabilidade cambial da moeda. Feito isto, o Chile foi entregue à democracia, através do voto plebiscitário e hoje o país é mais politicamente estável da América Latina. Mais ousada ainda foi a privatização do sistema previdenciário. Virtualmente, o país resolveu praticamente todos os problemas relacionados ao déficit da previdência, que ameaça arruinar países da Europa e mesmo o Brasil.

Há ainda idiotas que asseguram o sucesso chileno ao aumento do preço do cobre e do salitre. Outra mania de destituírem os méritos do ditador. Na época da Unidad Nacional de Allende, o cobre chileno estava com o preço nas alturas. Todavia, a incompetência do governo acabou por reduzir drasticamente a venda do cobre, gerando um colapso total na mineração chilena. Pinochet sobreviveu muito bem à recessão de 1982, quando o cobre caiu de preço no mercado e os capitais externos ameaçavam fugir do país. Hoje, o cobre continua sendo um produto importante na economia chilena: no entanto, a economia chilena, por causa dos seus tratados de livre comércio e aberturas comerciais, é cada vez menos dependente dele.


Os socialistas chilenos aderem àquilo que até então condenavam, enquanto a figura de Allende, servida como totem, do resto, todos evitam lembrar o fiasco econômico e político de seu governo. Ainda querem roubar os frutos do trabalho alheio. Comentaristas deram a entender que a economia chilena só experimentou crescimentos maiores, por causa dos governos democráticos. Isso, de fato, é correto. Porém, as democracias não pegaram o trabalho sujo de criar as estruturas necessárias a uma economia de mercado eficiente. Pinochet herdou uma economia falida, enfrentou problemas inimagináveis de recessão econômica e conseguiu entregar a economia do país com as contas seguras. Ele enfrentou um ocaso de vários desastres econômicos, as limitações de uma nação com poucos recursos e soube pluralizar as oportunidades do país, abrindo-a ao livre comércio. Enquanto o Brasil, Bolívia e Venezuela afundam suas economias nas paixões demagógicas e populistas dos socialistas e keynesianos de plantão, o Chile experimenta a prosperidade liberal e capitalista, sem paixões, sem alardes, distante da velha burrice latina.

Em três anos de governo, os socialistas chilenos arruinaram umas das economias mais prósperas e uma das democracias mais estáveis da América Latina, para que o Chile passasse 17 anos numa ditadura, sujeita a políticas ortodoxas, que recuperaram o estrago de tão pouco tempo. Essa glória pertence ao ditador Pinochet. Muitos podem acusar a sua ditadura de brutal e violenta, como de fato foi. Há elementos profundamente odiosos na reputação de Pinochet, e, portanto, indefensáveis. Podem até insinuar casos de corrupção em seu governo, envolvendo seu nome, o que ainda parece duvidoso, embora possível. No entanto, por muito tempo, Pinochet será lembrado em seu país como o homem que salvou o Chile do caos, e cujas políticas, por mais contraditórias que fossem, pacificaram e democratizaram o país. E os socialistas chilenos, por muito tempo, haverão de engolir seco essa herança dúbia, nem totalmente maldita, nem totalmente bendita, e que no final, foi benéfica à estabilidade da nação chilena. A união partidária da “Concertación” chilena, em particular, os socialistas, ficou totalmente desconcertada. . .

Leonardo Bruno

Belém Pará em 16 de dezembro de 2006

7 comentários:

Anônimo disse...

No hay negado que la epoca Pinochet fue muy dificil para Chile. Pero, la situación causada por la Unidad Nacional se quedó por dejar las puertas abiertas al golpe y la reación de la derecha. O era Pinochet o era Fidel Castro. Cual Prefieres?

Lo conozco la história de General Prats. Fue terrible e indefensable.

Anônimo disse...

enfia esse blog no seu cu, seu retardado de merda, filho da puta, câncer, escória, lixo humano. Você não passa de um puxa-sacos de marginais, delinquentes, torturados e ditadores dementes como você.

Anônimo disse...

hihihihihihihihihiihihihiihi

Anônimo disse...

Vamos aos fatos: Libertarismo chileno
O bom momento da economia chilena pinochentista coincidiu com a "Época de Ouro" da Economia mundial. Nesta época, o PIB do Brasil teve alta de quase 50%, num cenário de extremo controle das instituições por parte do governo. Uma economia completamente estatizada, com pouco contato com o cenário externo teve um aumento do Produto Interno Bruto semelhante ao chileno. Quando o cenário mundial é bom, até a economia zambiense vai bem.

Anônimo disse...

A fase ruim coincidiu com o fim da "Época de ouro" da economia mundial. A crise do petróleo mundial acabou incindindo na economia autoregulatória chilena, que teve um aumento instantâneo do desemprego e uma diminuição avassaladora do PIB. As tarifas de importação aumentaram (revertendo os avanços da liberalização) e a corrida bancária tomou lugar, o que culminou com a estagnação econômica. Nesta época, quase 40% da população se encontrava em situação precária.
Até os anos 90, foram adotadas medidas de caráter de reversibilidade econômica. As instituições liberais foram consecutivamente dando lugar aos modelos estáveis de governo. O controle governamental sobre a taxa de juros e o aumento dos impostos foram implementados.
Essa trajetória se sucedeu durante 10 anos, até o começo do século XXI, quando finalizou com a imposição de um modelo superavitário (se não sabe o que é isto, vai ler Keynes), próprio de economia de controle estatal. Os avanços liberais sobre a previdência social foram revertidos.

Conde Loppeux de la Villanueva disse...

O bom momento da economia chilena pinochentista coincidiu com a "Época de Ouro" da Economia mundial.

Conde-Pare de falar merda. O bom momento da economia foi até 1973, ano em que a economia chilena estava em colapso por causa do governo Allende. Quando Pinochet tomou o poder, ele fez as medidas keynesianas que no final aumentaram o desemprego e a recessão, pq o aumento dos gastos públicos acarretava uma inflação, que já estava nas alturas.

Nesta época, o PIB do Brasil teve alta de quase 50%, num cenário de extremo controle das instituições por parte do governo.


Conde-Falando bosta novamente. O governo brasileiro experimentou um grande crescimento econômico, não por causa do agigantamento do Estado e sim por causa do corte de gastos, disciplina fiscal e mesmo arrocho salarial do governo Castelo Branco, que gerou posteriormente o milagre econômico. Todavia, o milagre sentiu um abalo com o aumento do petróleo e, posteriormente, o governo brasileiro, ávido em gastar, criou estatais e endividou o Estado, deixando-nos o rombo dos anos 80. Entendi, vc nunca viveu em época de hiperinflaçao. Eu vivi.

Uma economia completamente estatizada, com pouco contato com o cenário externo teve um aumento do Produto Interno Bruto semelhante ao chileno.

Conde-Um crescimento fictício, gerado pelo endividamento público, e que no final, gerou a hiperinflação e a estagnaçao economica. O moleque é tão burro que só falta citar a Coréia do Norte como exemplo.

Quando o cenário mundial é bom, até a economia zambiense vai bem.

Conde-Isso não é verdade. O cenário mundial é ótimo e o Brasil vai muito mal, se comparado ao resto. Que dirá da Coréia do Norte, que segue um modelo similar ao seu? Vai estudar, moleque burro!

Conde Loppeux de la Villanueva disse...

A fase ruim coincidiu com o fim da "Época de ouro" da economia mundial. A crise do petróleo mundial acabou incindindo na economia autoregulatória chilena, que teve um aumento instantâneo do desemprego e uma diminuição avassaladora do PIB.

Conde-A crise chilena de 1982 nada teve a ver com a abertura economica e sim com a fragilidade da economia chilena, que muito dependente do cobre, ainda era inexperiente para criar um mercado bancário seguro. O governo chileno fez reformas internas e gradualmente a economia voltou a tona.

As tarifas de importação aumentaram (revertendo os avanços da liberalização) e a corrida bancária tomou lugar, o que culminou com a estagnação econômica. Nesta época, quase 40% da população se encontrava em situação precária.

Conde-Vamos reverter essa mentirinha besta. o problema do mercado chileno não era por falta de livre mercado, mas justamente pq o mercado chileno era muito dependente do cobre e ainda havia poucos fluxos de investimentos no país até 1982. Aliás, a precariedade da economia chilena foi herdada pelo governo Allende, que em três anos, arruinou uma das economias mais estáveis do continente.


Até os anos 90, foram adotadas medidas de caráter de reversibilidade econômica. As instituições liberais foram consecutivamente dando lugar aos modelos estáveis de governo.

Conde-Claro, os socialistas tomam o poder e adotam medidas corporativistas para defender estatais deficitárias e empresários imcompetentes. COntudo, o que vemos foi uma adoção de livre comércio em todas as formas: a inserção do Chile no mercado comum asiático e, posteriormente, a ligação chilena com o mercado norte-americano, através da Alca. Vai estudar, moleque burro!

O controle governamental sobre a taxa de juros e o aumento dos impostos foram implementados.

Conde-Não é por acaso que o Chile cresceu mais com a abertura economica do que com o controle de juros e aumento de impostos. Ei burro, explica pra mim uma coisa: quer dizer que é melhor que seu dinheiro fique na mão do governo do que de vc mesmo?


Essa trajetória se sucedeu durante 10 anos, até o começo do século XXI, quando finalizou com a imposição de um modelo superavitário

Conde-Lembremos, um modelo superavitário, causado pela abertura economica, não pelo fechamento da economia.


(se não sabe o que é isto, vai ler Keynes), próprio de economia de controle estatal.

Conde-Vamos cuspir na sua cara de analfabeto keynesiano: primeiramente, o superávit chileno não foi causado pelo controle de juros e tampouco pelo aumento de impostos e sim pelo corte de gastos públicos e saneamento das contas públicas. Vai estudar, moleque burro!

Os avanços liberais sobre a previdência social foram revertidos.

Conde-Como, seu idiota, se o modelo previdenciário é totalmente privatizado? O regime de capitalizaçào existe até hj. Vai estudar, mentiroso analfabeto! Vc é um ignorante patológico e burro!