quinta-feira, agosto 25, 2011

William Douglas, o evangélico da “tolerância”

Ao acompanhar os artigos da Revista evangélica Genizah, eis que me deparo com mais artigos do juiz federal e professor de concursos William Douglas, em particular, sobre o movimento homossexual. Assustou-me as falácias implicadas no seu raciocínio, demonstrando uma ignorância abissal do que está por trás de toda a polêmica da virulenta militância gay. Ao que parece, o Sr. Douglas ou não percebeu ou finge perceber de que o país está numa verdadeira guerra cultural, onde o cristianismo está sendo atacado por todos os lados. Entretanto, o magistrado quer agradar a gregos e troianos fazendo pose de moderado, de sensato, quando na verdade, a polidez acaba virando pretexto para a falta de firmeza nas idéias.

Em seu artigo, intitulado “Dois surdos: os religiosos e o movimento gay”, publicado na Revista Genizah, em 13 de maio de 2011, o Sr. Douglas coloca na mesma proporção as alegações dos religiosos e do movimento homossexual. O texto é abertamente confuso e cheio de auto-enganos. Seu esquema mental não é uma defesa de princípios. Ou mais, é uma defesa de princípios não pautada no cristianismo, mas tão somente nas opiniões oscilantes do sistema democrático. Ora, para o juiz, o problema das reivindicações espúrias do movimento gay não passa pela legitimidade no plano de valores autênticos, mas sim dentro das estruturas duvidosas do conceito da “maioria” ou “minoria” ou o que é estabelecido pelo Congresso Nacional. Sua expressão é clara nesta frase: “O erro da intolerância, o movimento gay também comete ao tentar impor um novo conceito de casamento ao invés da aceitação da união civil estável homoafetiva, e mais ainda, ao defender um projeto de lei contra homofobia que desrespeita a liberdade de opinião e religiosa (PLC 122). Isso para não falar do"kit gay", uma apologia ofensiva e inaceitável para grande parcela da população. Não há santos aqui, só pecadores. Em ambos os lados”. E ainda reitera: “Negar o direito dos gays é tirania dos religiosos. De modo idêntico, impor sua opinião aos religiosos, ou calá-los, ou segregá-los nas igrejas como se fossem guetos é tirania do movimento gay". Ou seja, tanto faz um cristão pregar a bíblia ou os valores do casamento tradicional ou o movimento homossexual ideologizar a educação com kit-gay nas escolas e criminalizar a religião. Eles estão no mesmo nível de intolerância, nas palavras de William Douglas.

Por outro lado, Douglas tem uma visão distorcida da palavra “direito”. Desde que o Estado previdenciário e babá surge nas democracias, o “direito” implica uma exigência neurótica de regalias e equiparações sociais, com o total desprezo pelos deveres e pelas diferenciações. Ele diz: "Nesse diálogo de surdos, o STF foi forçado a decidir em face da incompetência do Congresso, dos religiosos e do movimento gay, pela incapacidade de se respeitar o direito alheio”. A questão que se impõe é: desde quando o “casamento homossexual” constitui um “direito”? Qual o precedente histórico, jurídico ou moral que implique afirmar que o homossexualismo é um “direito”, já que não se enquadra nas relações naturais da família e da heterossexualidade? Direito é dar a quem é devido e fazer a correlação daquilo que de fato existe conforme à lei natural e à realidade. Se afirmarmos que o homossexualismo cria “direitos de família”, logo, estaremos também afirmando que o reconhecimento exclusivo da família heterossexual é uma espécie de “discriminação”. Todavia, o absurdo dessa tese é que não há parâmetros existenciais para uma “família gay”, justamente porque o comportamento gay não comporta dentro dos papéis da família, e a sexualidade gay não se consuma, é incompatível. É falso afirmar os “direitos” dos gays no plano matrimonial. Justamente, porque o casamento, pela sua natureza, é restritivo a um tipo de relação e comportamento, que exclui todo o resto.

Outra falsidade existente, e que encontramos nos artigos de William Douglas, é a da “igualdade de direitos”. O não-reconhecimento do “casamento gay” não viola a igualdade de direitos, justamente porque o casamento heterossexual é válido, tanto para gays, como para heteros. O que a lei ainda não reconhece é a nivelação entre homossexualismo e heterossexualidade. Exigir essa nivelação nada tem de “direito”. É tão somente uma deturpação conceitual, que na prática, rebaixa a dignidade do direito de família e relativiza sua estrutura orgânica.


O mais grotesco é o Sr. Douglas chamar a dupla homossexual de “casal”. O termo só se aplica a relações heterossexuais e não compete elevar o homossexualismo no mesmo plano das relações heterossexuais, justamente porque dentro de uma hierarquia de valores, as implicações das relações entre homem e mulher são totalmente distintas. Do homem e da mulher se gera uma família, porque do vínculo, se cria relações de parentesco e consangüinidade, através da geração de filhos. O mero fato de constatar que o homossexualismo generalizado levaria a extinção da espécie humana já revela a desigualdade elementar dos comportamentos sexuais. Homossexualismo é apenas capricho do desejo; a heterossexualidade é um dado essencial da sexualidade humana, sem a qual, o ser humano some da face da Terra. Um casal que gera filhos é bem diferente de uma sexualidade incompatível, que jamais se consuma. Penso até que seria ofensivo a dois homens ou mulheres gays serem chamados de “casal”, uma vez que tal palavra já rotula que um é o macho e outro é a fêmea da relação. Na prática, a elevação das relações homossexuais ao nível da família e do casamento tradicional soa tão grosseiro e caricatural, que a intenção implícita do movimento gay é tão somente de desmoralizar a estrutura familiar.

Alguém objetaria esse argumento, ao falar do casal estéril. Só que um casal estéril, quando adota filhos, apenas reproduz o que é conforme ao costume ou a natureza, qual seja, os papéis do homem e da mulher, do pai e da mãe. A esterilidade, neste caso, não é produto da incompatibilidade sexual, mas tão somente de uma falha na capacidade reprodutiva. Sexualmente, o casal estéril é compatível e sua relação e referências estão de acordo com as estruturas naturais da família.

Em outro artigo de Douglas, intitulado “Apedrejando os outros: algumas observações sobre a PL -122”, publicado na Revista Genizah, em 28 de maio de 2011, o juiz, em nome de “combater a homofobia”, mais uma vez nivela as ações de cristãos e do movimento gay, como se os valores e práticas políticas fossem os mesmos. Não conheço nenhum cristão que pregue a prisão de homossexuais. Tampouco ouvi falar de alguém que saiu de uma missa ou de um culto evangélico para matar gays, por conta da pregação de padres e pastores. Todavia, o movimento gay faz “beijaços” na frente de catedrais católicas e igrejas protestantes, hostiliza símbolos religiosos cristãos na Parada Gay, censura a publicação de versículos da bíblia em outdoors e, ainda, quer criar uma lei para destruir a liberdade religiosa, transformando padres, pastores e milhões de cristãos em figuras potencialmente criminosas. Apesar de toda a ação violenta, radical e totalitária do movimento gay, William Douglas quer que os católicos e evangélicos sejam educados, contritos, delicados, na pregação daquilo que são os princípios de fé e moral da Cristandade. Tenham zelo e medo de pregar o cristianismo, por ser contra a tal “homofobia”.

Mas o que significa “combater a homofobia”? Um conceito obscuro, elástico, sem definição clara, que é perfeitamente manipulado pelo movimento gay para rotular qualquer dissidente ou imputar os piores rótulos. A palavra “homofobia” pode ser qualquer interpretada como qualquer coisa: rejeitar a homossexualidade, criticar a homossexualidade, odiar o homossexual, matar o homossexual. Ou, na melhor das hipóteses, rejeitar o programa gay, intocável no palavreado viciado de estigmas da linguagem politicamente correta. Partindo dessa extensão subjetiva da palavra, o mero fato de alguém criticar os homossexuais ou o homossexualismo faz dele um assassino em potencial. A senadora Marinor Britto já não acusou o deputado Jair Bolsonaro de ser “homofóbico” e “criminoso”? Os arautos do movimento gay dizem querer criminalizar o ódio anti-homossexual. Desde quando a lei pode criminalizar sentimentos? Ou aversões? A lei deve criminalizar tão somente atos concretos, dentro da proporção de seus métodos e efeitos. Tentar punir sentimentos é um dos aspectos mais monstruosos dos sistemas totalitários, que almejam o controle das consciências e dos sentimentos humanos.

Mas o patrulhamento do ódio, neste aspecto, é bastante seletivo. O Ministério Público não vai perseguir quem declara profundo desdém aos cristãos. O deputado Jean Wyllys é cheio de palavras de incitação ao ódio contra os católicos e evangélicos e nunca foi punido por isso. Ademais, o movimento gay não se limita a incitar o ódio: ele o pratica, quando quer censurar a bíblia ou mandar pra cadeia os cristãos por crimes de consciência. Ou seja, o movimento gay não alimenta o ódio, pratica o ódio. Ministério Público Federal só vai atrás de pessoas que não fazem mal a uma mosca, como o evangélico Julio Severo, que, inclusive, lembremos, teve que sair do país, temeroso da chuva de processo que certamente sofreria por suas declarações corajosas e polêmicas.

Será que ninguém viu palavras de ódio, quando pessoas do nível de Luiz Mott e do movimento gay da Bahia queimaram os retratos de Bento XVI, na frente de uma catedral, por conta da visita do Santo Padre ao Brasil? Ou quando um defensor público iletrado e esquizofrênico move ação para retirar versículos bíblicos, já que simpatiza com a causa homossexual? Entretanto, William Douglas acha que pode afagar a boca do jacaré e do leão fazendo mimos aos raivosos, bancando a pose de criatura evangélica tolerante. A pergunta que fica no ar é: os cristãos devem tolerar esses tipos de provocações? Nem mesmo Cristo, tolerou as atitudes mesquinhas dos vendilhões do Templo. Por que o senhor magistrado quer que toleremos algo que está além do limite do tolerável?

O Sr. William Douglas pode bancar o arauto da tolerância como achar bonitinho e agradável ao monstrengo chamado “opinião pública”. Por acaso ele, como autoridade pública, já fez alguma coisa em favor de Julio Severo e demais evangélicos que sofrem intensa hostilidade dos apologetas da agenda gay e mesmo do Ministério Público Federal, agora transformado em censor das idéias cristãs? Não! Douglas apenas conforta sua consciência sobre as promessas do César estatal e o clamor de turba dos eleitores de Barrabás. Não se pode servir a dois senhores, como não se pode servir a César e a Cristo ao mesmo tempo, quando César conspira contra os céus.


8 comentários:

Anônimo disse...

euri

Roger Aun disse...

Parabéns Leonardo, com maestria o Sr. aclara a diferença entre casamento e união homossexual.

Parabéns

Anônimo disse...

tanto os gays e evangélicos vão se unir. Ambas são virulentos, maquiavélicos e desajustados. É um loucura ter uma bancada de tarados pela bíblia (um livro diabólico e satânico) e umas bibas que se dizem representantes de alguma coisa imbeciloide como a moral evangélica cristão ou algo abstrato como direito gay. Brasil infame que abriga uns tarados sexais por um ser imbeciloide chamado jesus e outros tarados por picas

Anônimo disse...

Como perguntar não ofende,pergunto ao "Felippe",às 9:24 PM,autor da pérola "VALE LEMBRAR que são pessoas da MAIORIA cristã que praticam Homocidios, agressão verbal, fisica, bullying, assedio moral contra homossexuais":

ORA,ORA...A maioria das pessoas citadas por você não pertencem a regiões cuja maioria se declara cristão?!

Pergunto-lhe,bucéfalo:não é natural que a maioria das pessoas de uma região ou país,independente de qual seja a sua religião,seu time esportivo etc,seja também maioria tanto nas boas ações como nas más ações?!


É preocupante,estimado Conde...Pare-me que a indigência intelectual,cultural,moral e espiritual que assola esta nação,atingiu em cheio alguns brasileiros!Ver,a propósito,o teor de arrazoados estultos,além de generalizantes,como é o caso do tal de "Felippe",o qual motivou este meu comentário!!!


Almirante Kirk

Augusto Robusto disse...

O Conde tem cara de que entra no "canal" do Júlio Severo.

Unknown disse...

Po.. o cara dar credibilidade à ideia de Carmita Abdo é foda!
Ela cita dados, sem ao menos apresentar fontes, que é uma vergonha, pra quem tem um diploma de pseudo-psicologa.

Se fosse assim, não existiria casos de ex-gays, como aquele caso na inglaterra do cara que fez cirurgia de mudança de sexo, e depois de alguns anos, ele se arrependeu.

As ONGs politicamente corretas apenas determinaram homossexualismo não ser algo psicológico, mas não utilizaram nenhum argumento ou base científica.
Além do mais, nunca foi encontrado sequer gene gay em nenhuma espécie, inclusive a espécie humana.

Homofobia é apenas algo criado pelo movimento gay, pois antes disso, não existiam essas frescuras.

O que Carmita Abdo quer, é tirar o direito dos gays de ter um auxílio para deixar de ser homossexual, pois se um heterossexual pedir a um psicólogo para ajudar ele a se tornar gay, aí até dão apoio. Fora que o maior indice de AIDS afetam mais os homens homossexuais, que heterossexuais, como foi comprovado numa pesquisa nos EUA.

Anônimo disse...

Resposta ao "anônimo",às 10:13 PM!


A boca fala daquilo que está cheio o coração!Sintomático o TEOR destes seus comentários desairosos,preconceituosos e com acusações generalizantes...Já podemos ter,agora,até uma idéia de quais são as suas taras,rs!

Espero não ter sido muito sutil...


Almirante Kirk ( Católico e militar da reserva )

Felippe disse...

Ex-gay é tao veridico quanto Ex-anão, Ex-branco, Ex-portador da sindrome de down etc e tcl...

PL 122 para os homofobicos!