terça-feira, agosto 23, 2011

O defensor público idiota e a indigência intelectual dos causídicos

Há um mito quando se fala da inteligência dos estudantes de direito. Percebo com espanto a reverência popular que existe em relação àqueles técnicos jurídicos presunçosos e redondamente toscos, cuja única cultura, por assim dizer, é decorar leis ou petições. Na verdade, há uma perda da cultura elevada e intelectualizada, substituída pela cultura técnica. Basta decorar uma regrinha jurídica aqui, uma formulazinha pronta ali, que o rapazito limitado intelectualmente se achará o homem mais sábio da face da Terra, o super-homem nietzschiano, o Zaratustra em pessoa, admirado pelos idiotas que nada entendem de suas deficiências. Ainda me lembro daqueles meus colegas que citavam jurisprudências como se fosse uma espécie de determinação bíblica. De fato, muitos advogados, juízes, promotores e defensores públicos fazem do direito positivo um artigo de fé. Ou na pior das hipóteses, a única razão intelectual de sua existência. Deixa-me perplexo quando uma trupe de analfabetos engravatados faz rasgados elogios a doutrinaristas e juristas inócuos, como se estes personificassem a mais alta cultura do país. Dentro desse meio de tecnocratas, a técnica é um fim em si mesmo. O direito é tão somente uma expressão formal e pura de códigos e decisões judiciais, sem uma relação direta com o conjunto da realidade.

Não é por acaso que o funcionário público é visto como uma casta, um clero, um objeto de culto. Dentro desse meio, William Douglas, o juiz e professor de concursos, pode se passar como gente espirituosa e inteligente. Todavia, a aparência de conhecimento jurídico camufla um vazio espiritual. E atualmente ele é ocupado pelas cantilenas ideológicas politicamente corretas e outras asneirices do marxismo cultural. O conhecimento de história, filosofia, sociologia é pura doutrinação comunista travestida de ciência séria e serve de princípio superior na cabeça de muitos desses operadores do direito. O lugar-comum do causídico médio é o socialismo, seja ele econômico, político ou cultural. Neste ponto, os partidos de esquerda conseguiram o inimaginável: conquistar as cátedras de direito do país, formando milhares de acadêmicos de direito sem cérebro, cheios de chavões ocos de racionalidade. OAB, Ministério Público e até o STF, aos poucos, acabam virando verdadeiros escritórios de advocacia do PT e seus congêneres. O Estado, por assim dizer, virou uma espécie grupal e orgânica de ativismo partidário.

Um exemplo particular dessa indigência de pensamento ocorreu em Ribeirão Preto, São Paulo, quando a Defensoria Pública entrou com uma ação na justiça, obrigando a retirada de versículos bíblicos publicados em outdoors, por uma igreja evangélica, que condenavam o homossexualismo. Se não fosse espantoso o fato de a justiça, junto com a Defensoria, virar censor das idéias religiosas do país, estarreceu-me as declarações do defensor público causador da ação, o Sr. Aluísio Ruggeri, pelas suas justificativas, que são o mais completo cúmulo da imbecilidade jurídica que assola o país. Ou, quem sabe, o cúmulo da malícia disfarçada de imbecilidade.

O defensor público disse que o problema dos outdoors evangélicos expressam três dilemas constitucionais conflitantes: a liberdade sexual, a liberdade religiosa e de expressão. E finaliza, com uma pérola da incoerência lógica: “Desses valores, penso que deve prevalecer o da liberdade sexual e o combate à homofobia.” Preliminarmente, o Sr. Aluísio transgride os três direitos. Viola a liberdade religiosa, porque criminaliza a fé cristã, que tem um código de ética sexual distinto da patacoada do “combate a homofobia”. Segundo, destrói a liberdade de expressão, já que proíbe qualquer cidadão de fazer juízos de valor sobre qualquer tipo de comportamento ou questão. E o mais paradoxal, viola a liberdade sexual, porque a homossexualidade, sendo uma conduta, é passível tanto de ser aceita, como rejeitada. Ou mais, a conduta sexual cristã é discriminada e rejeitada como “homofóbica”. O Sr. Aluísio, na prática, destrói a liberdade sexual, ao transformar a homossexualidade em algo compulsório, forçado, imposto pelo Estado como uma regra inquestionável. A Defensoria Pública fez algo dignamente orwelliano, na mais distorcida novilíngua politicamente correta. Em nome de uma suposta contradição entre três direitos constitucionais, conseguiu, numa tacada só, destruir todos eles.

Porém, existe um caso ainda mais grave na argumentação do defensor relapso: a de que a liberdade sexual está da liberdade religiosa e de expressão. Mas o que significa “liberdade sexual”? Desde quando a liberdade sexual pode se dissociar da moral vigente, para que ela seja livre das críticas ou discriminações sobre sua prática? Se a sexualidade está acima das divergências, acima da liberdade de expressão e religiosa, ou mesmo da moral religiosa, o Sr. Aluísio conseguiu reduzir a humanidade ao status de animais andando de quatro. Criou uma hierarquia lógica, no mínimo, bizarra. Porque nenhuma liberdade sexual prescinde de uma conduta ética e moral superior que a eduque e direcione. Nenhuma liberdade sexual prescinde da crítica e mesmo da distinção. Ou será que o Sr. Aluísio vai aceitar também os pedófilos, os zoófilos, os estupradores e outros arautos de notórias liberdades sexuais criminosas acima das críticas ou dos valores morais e éticos amparados pelo direito? Pelo seu raciocínio, tudo leva a crer que sim!

Por outro lado, querer hierarquizar o sexo, e em particular, o homossexualismo, acima das críticas religiosas ou morais ou mesmo da liberdade de expressão de negá-las, recusá-las ou rejeitá-las, mostra a perversidade moral e psicológica que há por trás da opinião deste defensor. O Estado, na autoridade usurpadora da Defensoria Pública, quer invadir a esfera de privacidade que é o sexo, para controlar nossos desejos e aversões sexuais, determinando aquilo que devemos opinar, desejar ou rejeitar. Criaturinhas insignificantes como o Sr. Aluísio Ruggeri acham que algumas práticas sexuais estão acima de códigos de conduta civilizacionais que moldam o ocidente há pelo menos dois mil anos, em específico, o homossexualismo. Ao exaltar a liberdade sexual acima destes valores, ele a coloca acima do direito e acima das regras de conduta que a própria sociedade criou para o sexo. Aqui, caminha-se para a arbitrariedade mais completa, para um precedente que é, no mínimo, esquizofrênico.

O Sr. Ruggeri não tem o menor preparo intelectual para a função pela qual foi encarregado, que é o de defender os direitos da sociedade contra os abusos de poder do Estado. Pelo contrário, ele mesmo é a própria encarnação do abuso de poder estatal. Gente como ele deveria ser exonerada, pois representa uma ameaça à democracia, afronta a Constituição Brasileira e os direitos civis elementares de todos os brasileiros. Em outras palavras, o Sr. Roggeri é tão somente um delinquente proto-petista com o título de bacharel em direito, ávido por uma ditadura no país, corroborada por cães de guarda como ele.

Contudo, os católicos e evangélicos parecem ignorar que os Ruggeris da vida estão espalhados em legiões pelas defensorias e promotorias públicas da vida, querendo ditar regras morais, idéias, comportamentos, gostos e modismos biônicos para a sociedade. Na verdade, eles estão lá justamente para destruir todas as estruturas morais e éticas da sociedade e espalhar o caos. Essas criaturas vazias, sorumbáticas, ocas de espiritualidade e cultura, ocupam sua falta de raciocínio com as ideologias politicamente corretas da moda. Um aparato policial de burocratas medíocres e arrivistas renasce no país. Encharcados de esquemas mentais totalitários, são a caricatura mais grotesca da moral e da justiça. E não é por acaso que a ação judicial do Sr. Aluisio Ruggeri é a expressão característica dessa sociopatia intelectual. Ele é reflexo da nulidade vigente que ocupou as cátedras de direito da nossa sociedade, dominada por uma pseudo-elite estrondosamente inculta, presunçosa e amoral, que ameaça destruir as liberdades civis e constitucionais deste país. Ou mais, destruir as bases culturais e civilizacionais cristãs que ainda formam a consciência da nação brasileira.

12 comentários:

João Emiliano Martins Neto disse...

Pela minha própria experiência de vida, caro amigo Conde, sou levado a crer de que o nazi-fascismo homossexual é fruto da natureza, talvez, de fato, esquizofrênica e paranóica que gera tal perversão sexual chamada homossexualidade.

Ora, se não é doença a homossexualidade, então, por que cargas d'água a opinião da multidão amorfa e fragmentada é tão relevante para o homossexual? Por que não suportar críticas, ao menos as construtivas, porque fruto de conclusões sobretudo bíblicas e, também, éticas e, por fim, científicas? Não dá para entender...

Luciano disse...

Parabéns e que Deus te abençoe.

Bertolossi disse...

Ruggeri passou num concurso público. Leornado Bruno vive de escrever um blog de merda.

Anônimo disse...

O sujeito diz que defende a "liberdade sexual", mas, ao mesmo tempo, proibe as pessoas de fazerem escolhas individuais quanto às práticas sexuais que consideram válidas? De manifestar publicamente essas escolhas? Como é coerente essa ideologia! Qual será o próximo passo de seus sacerdotes? Formar um esquadrão para desvirginar freiras em conventos, ou mostrar aos heterossexuais, "na prática", a superioridade do homossexualismo? Tenham paciência! A "liberdade" dessa turma é tão opressiva quanto as ideologias mais repressoras que a humanidade já criou. Ora, na cabecinha deles, eu tenho de aceitar normalmente Santos travestidos de homossexuais, mas não tenho direito de dizer que não concordo com o homossexualismo? É esse o mundo que esses "progressistas" querem nos fazer viver?

Janaina disse...

Se a sociedade fosse do modo que os evangélicos desejam, só cristãos passariam em concursos públicos, macumbeiros e homossexuais seria mandados para prisões, etc.

Não vivemos em uma teocracia, e graças a Deus o Judiciário tem noção disso e combate esse fundamentalismo religioso.

Cuidem de suas vidas e deixem a dos outros em paz!

E ah, que você nunca precise de um advogado ou defensor público. Ou que sofra na mão de um.

Herberti disse...

Parabens pelo texto Conde. O sr.Ruggeri é o típico produto de décadas de doutrinação esquerdopata nas e pelas universidades do país.

Anônimo disse...

Este Bertolossi acima transmite sua imbecilidade, pois dá a entender que por ter passado em um concuso público o Sr. Ruggeri pode passar por cima da Carta Magna que é clara quanto a Liberdade de Crença e de Expressão.
Ou seja, perdeu uma excelente oportunidade de ficar quieto!!

Januário

Evanir Santos disse...

O que dizer de um homem, melhor seria dizer "símio", como o caso do Bertolossi, que acha que passar em concurso público por si só é uma valor? Idiotia no mais alto grau, a corroborar o dito por Leonardo Bruno.
Parabéns Leonardo! Confesso minha inveja diante de seu texto: claro, objetivo, maravilhoso.

Anônimo disse...

EXCELENTE - como sempre -,estimado Conde!!!


Como perguntar não ofende,pergunto ao "Bertolossi",às 10:38 AM,um típico aspone bananeiro:

DESDE QUANDO insultos ao blog do Leonardo Bruno,anfitrião deste blog,são argumentos?!Será,pergunto-me,que boas maneiras,noções elementares de civilidade,entre outras características indispensáveis a todo candidato a serviço público,fazem parte dos concursos públicos?!

Conde,felizmente para nós,seus admiradores,você não é mais um aspone bananeiro - com as felizes e honrosas exceções,claro -,do contrário,saiba,não teríamos a oportunidade de compartilharmos de suas idéias,da sua cultura e do seu bom humor no trato dos quadrúpedes,os quais,registre-se,não se cansam de,qual viciados,fazerem fila para,enquanto ruminam e expõem seus traseiros,receberem os seus caritativos pontapés,rs!

VIDA LONGA E PRÓSPERA,estimado Conde!!!


Almirante Kirk

Anônimo disse...

Não pude deixar de notar o infeliz comentário da "nossa amiga" Janaína. Ela diz que os religiosos são autoritários. Janaína diz que os religiosos são autoritários porque ela é autoritária. Se os religiosos fossem autoritários como Janaína, os homossexuais arderiam em fogueiras. A verdade e outra. O ódio do cristão dirige-se ao pecado, e não ao pecador. O verdadeiro cristão ama o próximo. Janaína odeia o próximo, se ele for cristão. Ela busca difamar os cristãos usando a expressão "teocracia", numa conotação que hoje só encontra materialidade em países muçulmanos radicais, onde justamente não existem cristãos. Janaína nos diz que temos de cuidar de nossas vidas e deixar a dos outros em paz. Paradoxalmente, diz isso porque quer cuidar de nossas vidas. Pois se não aceita que os religiosos manifestem sua opinião, é intolerante. E como não qualificar essa intolerância como sendo "cuidar da vida dos outros", se a partir dela buscam me impor até mesmo a forma de pensar? É, Janaína, o seu mundo de liberdade é tão livre quanto uma ditadura comunista. Nem direito de escolher em que acredito terei nele. Não, obrigado, prefiro ficar como estou.

Unknown disse...

Realmente é triste e risível a atitude difamatória e generalizadora que a Janaína postou acima, de uma maneira sub-ginasiana.. da pra ver que é uma comunistazinha que tem horror ao cristianismo.. afinal, o que ensina nas escolas é tudo propaganda comunista mesmo.. lamentável.

Anônimo disse...

Parabéns,caro "Anônimo",às 5:26 PM!!!

Ao comentário da "Janaína" caberia,como uma luva,aquela passagem bíblica que diz:a boca fala daquilo que está cheio o coração!

Infeliz,totalmente,o arrazoado da referida "Janaína"!


Almirante Kirk