domingo, agosto 21, 2011

Quando o Ministério Público censura a autoridade de Deus

Alguém já me chamou de fascista, homofóbico, tradicionalista, conservador, reacionário, defensor das oligarquias e outras asnices típicas da verborragia esquerdista. Há no imaginário dos ditos “progressistas” a perspectiva de que os conservadores são cegamente obedientes à autoridade. A esquerda, naturalmente, vende a idéia de que é “avançada”, “rebelde”, questionadora da ordem vigente. No entanto, confesso, tenho uma profunda desconfiança da autoridade constituída. Desconfio dos políticos, dos professores, dos acadêmicos, dos jornalistas, dos cientistas, dos formadores de opinião, dos intelectuais e, também, da autoridade eclesiástica, vide padres e pastores. Até do papa desconfio, apesar de crer na fé católica.

No entanto, a esquerda pode desprezar a autoridade legítima, mas é cão de guarda da autoridade mais tirânica, imoral e infame. “Progressistas” adoram fazer parte de rebanhos grupais. Idolatram a autoridade estatal como um fim em si mesmo. Divinizam a burocracia como um sacerdócio laico. São fanáticos idólatras das mais cretinas ideologias e dos mais violentos e arbitrários poderes humanos. Essa esquerda dita “rebelde”, “avançada”, “questionadora da ordem vigente” é a mesma que um dia apoiou Hitler, Stálin, Mao Tse Tung e os mais monstrosos ditadores. Ademais, essa mesma esquerda dita “progressista” é que tenta destruir a autoridade legítima na democracia, para implantar um sistema político que faz do ser humano um gado, um anti-humano, exigindo cada vez mais controles e censuras. Ser esquerdista é, acima de tudo, ser o mais submisso dos submissos, o mais caricatural dos escravos, o pior rebelde contra a liberdade em favor de uma tirania consentida.

Mas a minha desconfiança não é completamente anárquica. Ela é, na prática, reflexo de um profundo sentido de ordem. A autoridade deve ser respeitada quando ela encarna princípios autênticos, senso de moralidade, ou, como diziam os medievais, auctoritas, ou seja, confiabilidade. Essa confiabilidade só existe se a autoridade cumpre o papel de fazer valer esses valores autênticos, transcendentes. A única autoridade absoluta é Deus. Ele é o fundamento primaz da lei moral, natural e civil. O sentido absoluto de ordem na natureza e nas relações humanas. E a autoridade pública só se faz respeitável se souber respeitar esses elementos que estão incluídos numa lei moral e natural. Tudo aquilo que fere o que é inerente à natureza do homem é contrário à lei natural e contrário ao sentido da realidade mesma em que as relações humanas e o homem se comportam. É neste sentido a autoridade tem razão de ser.

Porém, ao que parece, as autoridades públicas querem bancar uma espécie de Deus. Querem remodelar a sociedade contra a sua própria natureza, criando relações de poder e instituições biônicas e artificiais, sem o menor vínculo orgânico com a sociedade, além de francamente destrutivas. Neste aspecto, o Ministério Público e a Defensoria Pública estão cumprindo seu papel de substituir Deus na terra. O promotor público já não é mais o pai dos órfãos e o esposo das viúvas. Nem o defensor público é um protetor dos direitos civis dos cidadãos. Eles personificam sim, uma espécie de deusinho de barro presunçoso, querendo moldar comportamentos, idéias, costumes e instituições à sua imagem e semelhança. Em suma, Ministério Público e Defensoria Pública se tornaram, com a colaboração de um judiciário ativista, um instrumento de engenharia social.

Dois exemplos são claros nessa flagrante violação dos direitos constitucionais. Uma delas diz respeito a Julio Severo, o evangélico exilado em uma sociedade que ainda diz ser “democrática”. Qual foi seu crime, a ponto de ser processado pelo Ministério Público Federal? O particular crime de pregar o Evangelho. Os procuradores ainda inventaram uma tipificação penal que nem existe: o crime de homofobia. Se o Evangelho é “homofóbico”, logo, deve-se censurar quem prega a Palavra de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. E o que se deve colocar no seu devido lugar? A agendinha homossexual na esfera da justiça e dos valores morais.

Todavia, a pretensão arrogante de um ativismo judicial cada vez mais corrompido por agendinhas totalitárias não se limita a ameaçar de prisão um religioso. Em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, a defensoria pública entrou com uma ação na justiça para exigir a retirada de alguns versículos bíblicos em outdoors, que condenava o homossexualismo. Ou seja, o Ministério Público e a Defensoria Pública, em nome do combate aos preconceitos, estão rasgando a Constituição Brasileira e destruindo a liberdade religiosa. Inclusive, a ordem judicial aplicou multa diária de 10 mil reais se a igreja evangélica que divulgou os cartazes não os retirasse.

Mais do que rasgar a Constituição Brasileira, a Defensoria Pública quer destruir uma tradição de mais de dois mil anos, censurando as idéias e valores que constituíram a civilização ocidental. A prepotência, arrogância, mesclada com uma ignorância histórica abissal dessa tradição religiosa faz com que meros técnicos, senhoritos arrogantes, arautos de um funcionalismo público senil e de uma universidade cada vez mais marxista, queiram ditar o que nós, cidadãos, devemos pensar, crer ou defender. A perseguição religiosa no Brasil está crescendo a olhos vistos, com a colaboração do governo e das instituições públicas ditas “democráticas”.

De fato, o alerta de militante evangélico Julio Severo foi ignorado até pelos seus pares. Mais do que censurar a fé cristã publicamente, os áulicos da justiça querem censurar a autoridade de Deus. Os ateus e gays militantes não dizem que Deus é homofóbico? Cadeia pra Ele e para seus seguidores. Entretanto, eles não estão sós. A mídia, a universidade e a imprensa estão do lado dos algozes do cristianismo. Eles já expulsam um evangélico através de perseguições judiciais visivelmente ilegais e criminosas, sem parâmetro algum na Constituição e mesmo na lei ordinária. Eles protegem e estimulam os ataques à fé cristã, quando o governo libera milhões de reais de contribuintes cristãos, para praticarem “beijaços” homossexuais na frente das igrejas e catedrais. E agora querem censurar a bíblia. Não irá longe quando a Polícia Federal, transformada numa Gestapo ou KGB soviétic,a confiscar milhões de bíblias de livrarias cristãs, em nome de combater a tal “homofobia”, palavrinha inventada pelos fanáticos anticristãos. Tenho a absoluta certeza de que se os católicos e evangélicos se acovardarem, ao ficarem negociando com seus algozes, é isto que vai ocorrer. Esse é o posicionamento ridículo dos bispos da CNBB, dos calvinistas da Universidade Mackenzie e mesmo de uma Revista evangélica politicamente correta e ridícula como a Revista Genizah.

Iniciei esse texto falando da minha total desconfiança e sentimento profundo de desprezo pela autoridade. Já é hora de os cristãos apelarem à desobediência civil. Essa gentinha ralé, vigarista, desonesta e canalha do Ministério Público e da Defensoria Pública, que faz do Estado um instrumento partidário e ideológico de sua causa, acima e contra a lei, não deve ser respeitada. Deve ser denunciada, combatida, exposta à execração pública e desmoralizada. Só pessoas muito ingênuas ou muito relapsas ainda não percebem que a intenção maior de alguns membros do Ministério Público e da Defensoria é simplesmente atacar e destruir o cristianismo. Esses celerados jurídicos devem ser tolhidos, em nome da defesa da democracia, da liberdade civil e religiosa, que hoje é ameaçada pelo totalitarismo esquerdista politicamente correto que assola às nossas leis e à nossa justiça. A autoridade que não provém de Deus e dos valores eternos da Revelação é do Direito natural é perversa. Daí o judiciário agora querer calar a boca de Deus. Quer revogar a lei de Deus na terra.

9 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com vc. Veja o meu exemplo, quero espalhar outdoors por todas as ruas e cidades pedindo explicando para o povo que devemos criminalizar o judaismo e o cristianismo, mas nao me deixam. Um absurdo. O que posso fazer?

Hermes disse...

Júlio Severo e Leonardo Brtuno são duas fanchonas enrustidas.

Anônimo disse...

O blog do Defensor Público paulista: http://victorhugoalbernazjr.blogspot.com/

Anônimo disse...

Olha, isso tudo me lembra o caso dos países islâmicos. Então não se pode ser contra a sharia e tal? Como que é?

João Emiliano Martins Neto disse...

Os "calvinistas" da Mackenzie, na pessoa do Sr.Dr. Chanceler da mesma, comporta-se como aquele chanceler da Alemanha, querendo censurar pessoas - ainda que gente bastante atrapalhada de tão pecadoras (falo de pessoas como eu mesmo) - como se deu na última vez que a referida, acima, figura sombria esteve aqui na capital do Pará, em conferência na minha denominação calvinista.


Parabéns por denunciar, amigo Conde, ainda que de passagem, a pusilanimidade e eu acrescentaria espécie de paranóia, truculência, preguiça e totalitarismo desses fariseus falsos cristãos que não entram no Céu e também não deixam que os que estão entrando lá no Céu adentrem.


Deus o abençoe, caro Conde e ABRAÇOS.

Anônimo disse...

http://www.jornalfloripa.com.br/brasil/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=12834

Trecho de uma matéria do Jornal de Floripa sobre o caso:

{ A Defensoria estuda se o caso enseja ação judicial. O defensor público Aluísio Ruggeri Ré disse que não viu o outdoor, mas que, em sua opinião, ele expressa três direitos constitucionais: a liberdade sexual, a religiosa e a de expressão.
"Mas, desses valores, penso que deve prevalecer o da liberdade sexual e o combate à homofobia", disse. }


Então agora é assim, o "defensor" escolhe qual é o direito constitucional mais importante baseado na preferência dele ? Em vez de ter que respeitar os três basta escolher o que mais agrada ao agente estatal, este preferiu mandar a liberdade de expressão e a liberdade religiosa para o espaço e proteger o que ele chama de "liberdade sexual", como se uma citação bíblica fosse impedir o homossexual de praticar o homossexualismo, se fosse assim bastava espalhar alguns mandamentos em outdoors e magicamente as pessoas parariam de roubar, matar, etc. No que o sujeitinho está vendo um atentado contra a liberdade sexual ?

Maycon R. Campos disse...

Simplesmente fantástico. Deus te abençoe.

Anônimo disse...

Conde,

tem um site que contesta os tais "crimes homofóbicos" de ongs gays, inclusive com dados até destas ongs. Da uma olhada:

http://homofobianaoexiste.wordpress.com/

mostra que muitos crimes são lgbt que mata lgbt.

Rodrigo de Almeida Araujo disse...

Perfeito, ou quase perfeito já que perfeição não existe, esse texto. Assim é o homem, mas será que Deus errou? Com certeza não, o erro estão nas autoridades que na ganância de votos, abrem mão de seus pricípios para agradar a vontade de uma grande numero de pessoas correspondendo seus desejos e vontades e não direitos, pois o ser humano tem o direito de respeitar e assim ser respeitado.
Os gays são desrespeitados quando os agrido, mas estão querendo mais do que isso, querem nos obrigar a concordar com suas vontades. Então vão ter que prender varias mães de gays, que não concordam com a homosexualidade na vida dos filhos, os amam,mas não concordam.