domingo, junho 15, 2008

A obamamania


Um amigo meu de Santos, Sérgio Pereira, enviou-me o texto de Josué Ribeiro, estudante de psicologia, residente em Belo Horizonte, sobre a histeria em torno de Barack Hussein Obama, o candidato democrata à Presidência dos Eua. O artigo é deveras engenhoso e provocativo. O seu site é : http://www.josuedealmeida.blogspot.com/ .
E o site do meu amigo Sérgio é: http://www.sp13.blogspot.com/ . Divirtam-se.


Hoje em dia, em se tratando de política e das eleições americanas que acontecerão esse ano (e que sem dúvida afetarão o mundo inteiro), existe um fenômeno bizarro de adoração, veneração e tietagem completa quanto à figura de um homem, um candidato à presidência americana. O leitor já sabe de quem estou falando: Barack Hussein Obama.


Obama é, para suas incansáveis e dedicadas tietes, o que eu vou chamar aqui de "obametes", o cara do bem, negro, gente do povo, aquele que vai trazer o bem e a justiça para esse mundo. Não é nenhum exagero dizer isso, considerando inclusive que há relatos de muitas pessoas nos EUA que desmaiaram de emoção durante seus discursos. Ou tiveram crises incontroláveis de choro e outras reações de grande alteração emocional e psíquica, diante da simples presença dessa criatura tão sublime e sobre-humana.



Nos EUA, toda a grande mídia é tiete de Obama. Aqui, na nossa Terra Brasilis, a grande mídia inteira é formada por obametes convictas. Isso para não falar também da grande mídia européia, que certamente também surfa nessa onda. Enfim, o cara é uma unanimidade, e se você não gosta dele, você só pode ser um racista, preconceituoso, um desequilibrado mental, ou mesmo um ser mau e perigoso para a sociedade.



Como já dizia o velho e sábio Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra, e eu ouso dizer aqui, com todas as letras, que eu não gosto desse Barack Hussein Obama. E o motivo disso não tem nada a ver com a cor da sua pele, apesar de que, obviamente, ele jamais teria chegado a tal nível de adoração se não fosse por esse mero detalhe antropométrico.



E daí?” - perguntará o leitor. “Afinal, a sua opinião e o latido de um cachorro têm o mesmo impacto no mundo. Por que você se dá ao trabalho de escrever sobre isso?” Realmente, a minha oposição a ele não tem o menor peso político, até porque eu não votarei nas eleições americanas. Porém, se eu fizer uma única pessoa que ler essas linhas refletir um pouco sobre esse assunto, já terá sido uma grande coisa em termos práticos. No entanto, mais importante do que isso, minha oposição a Obama é existencial. Isto é, ela se dá pelo simples fato de eu existir e repudiar esse fenômeno grotesco, essa veneração a esse homem cujo único feito político, até hoje, é ter genes "afro".



“Por que você não gosta de Obama, então?” Ok, vamos logo pôr os pingos nos "is". O primeiro motivo eu já apontei: tanta veneração dirigida a ele não é por algo de bom que ele tenha feito, mas apenas e tão-somente por ele ser mulato, filho de um imigrante africano com uma americana branca. Eu até admito que alguém seja venerado, mas não por motivos pelos quais ele não tem o menor mérito. Além de ser mulato, o que mais esse homem fez, ou representa, para ser alvo de tanta comoção?



Ele é considerado o mais liberal, ou, para usar um termo em português, o mais esquerdista dos senadores americanos. Não é por acaso que ele tem tanto apoio da grande mídia americana, que é anti-americana até a medula, ou da nossa grande mídia, que é uma mera filial dela.



Hoje em dia, a principal bandeira da esquerda mundial é o anti-americanismo. Isso quer dizer que apesar de toda a fala moderada e simulação de patriotismo que Obama emprega em seus discursos e aparições públicas, ele é, a bem da verdade, um lobo em pele de cordeiro. Todos os seus eleitores mais à esquerda sabem perfeitamente disso. E sabem também que a sua suposta moderação é apenas uma encenação para ganhar os eleitores mais centristas, dos quais ele precisa para poder ser eleito presidente.



Se havia dúvidas quanto ao anti-americanismo de Obama, elas deveriam ter sido completamente dissipadas quando veio a público a polêmica envolvendo o seu pastor, o Reverendo Jeremiah Wright.



Obama foi, durante nada menos que 20 anos, discípulo da igreja de Wright, que era, segundo o próprio Obama, seu "conselheiro e mentor", e Obama só renegou esse rótulo depois que essa polêmica já estava ameaçando sua campanha.




Tendo sido esses dois senhores tão íntimos, não há a menor possibilidade de que Obama não soubesse das polêmicas opiniões de seu pastor. Para Wright, o vírus da AIDS foi criado pelos brancos para dizimar os negros. Ele também afirmou que os EUA mereceram os atentados de 11 de setembro. E que o lema americano deveria ser God Damn America (Deus Amaldiçoe a América), em vez de God Bless America (Deus Abençoe a América), por causa dos supostos crimes da nação americana contra outros povos, mais particularmente devido ao suposto racismo dos brancos americanos contra os negros americanos.



As declarações do pastor são completamente estapafúrdias. A idéia de que os EUA são um país racista não é completamente falsa. Entretanto, seu sistema democrático estabeleceu as bases para os direitos civis aos negros e mesmo suas melhorias de condições de vida, (superiores, por exemplo, às condições de vida dos negros na grande maioria dos países europeus). Essas declarações só "colam" se o seu ouvinte também for um anti-americano convicto, e é óbvio que esse é o caso de Obama. Isto porque o próprio Obama, como negro e com seu suposto histórico de vida bem sucedido, é um fiel beneficiário desse sistema de liberdades.



Além de ser seu "mentor e conselheiro", Wright foi o homem que celebrou o seu casamento e o batismo de suas duas filhas. Se Obama compactuou com esse homem, que pregava o ódio aos brancos e à nação americana por tanto tempo e só o deixou de fazer isso para não "pegar mal", é óbvio que Obama compactua com as opiniões dele.



Quando esse caso veio à tona, Obama logo tratou de proferir um discurso dando explicações, e que as obametes da grande mídia rapidamente saudaram como um evento grandioso, grandiloqüente, chegando a compará-lo ao histórico discurso de posse de Abraham Lincoln. Na verdade, foram apenas explicações fajutas que Obama só proferiu porque foi desmascarado ao dizer que não sabia das bandeiras de Wright.



Essa não foi a única mentira de Obama. Anteriormente, ele já havia mentido sobre seu passado, dizendo que nunca havia sido muçulmano, sendo depois contestado por seus colegas daquela época, que afirmaram categoricamente que ele era não apenas muçulmano, mas devotíssimo.



“Todos os políticos mentem. E daí?” - eis uma pergunta que fazem freqüentemente quando falamos esses podres sobre o Sr. Barack Hussein Obama. Eu respondo: sim, todos mentem, mas não como esse senhor. Ele mente sobre sua própria vida, sobre sua própria história. Esse candidato é um verdadeiro fake ambulante. O fato de ele ter sido alçado à condição de maior celebridade mundial não muda isso em nada.



O slogan das obametes americanas é: Change, we can believe in (Mudança, nós podemos acreditar) e Yes we can, e a versão para os latinos: Sí se puede (Sim, nós podemos). Apesar de Obama prometer uma ruptura radical com a "velha maneira de fazer política" e uma nova era, a possível eleição de Obama traria resultados mais do que previsíveis, e que não são nenhuma novidade. Na política interna, o velho populismo das políticas econômicas socialistas; afagos às minorias, inclusive aos imigrantes ilegais; apoio às chamadas "ações afirmativas"; esforço no sentido de legalizar o aborto e outras medidas tão caras ao establishment globalista; alçar à Suprema Corte juízes "liberais" (no sentido americano do termo); esforços para tornar a educação americana ainda mais esquerdista e politicamente correta, acabar com o homeschooling etc. No plano externo, sonegar ajuda aos aliados estratégicos, tais como Israel, Colômbia e o governo do Iraque; buscar diálogo com inimigos declarados, tais como ditaduras islâmicas e comunistas; fazer concessões humilhantes em nome da "paz mundial", como se isso pudesse aplacar a fúria dos inimigos dos EUA; sucatear as forças armadas; fazer tudo o que for possível para entregar decisões importantes para a ONU, o CFR e outros organismos globalistas etc. Enfim, para resumir tudo isso em uma palavra: entreguismo. Quanto mais o governo Obama ajudar a destruir a nação americana, melhor, segundo o critério da esquerda. Provavelmente, eu devo ter dito muitas coisas que causarão muita estranheza a alguém que não esteja por dentro desses assuntos, ou seja, quase todo mundo nesse país. Um bom exemplo é o fato de a grande mídia americana ser profundamente anti-americana. Se eu tiver despertado curiosidade e interesse em algum leitor, fale comigo, por favor. Infelizmente, a quase totalidade dos brasileiros não tem a menor idéia do que acontece no mundo ou mesmo no próprio Brasil. E eu tenho a feliz (ou infeliz) condição de saber um pouquinho mais. Obviamente, não aprendi nada disso na universidade, muito menos lendo jornais ou revistas.

3 comentários:

Anônimo disse...

"Se eu tiver despertado curiosidade e interesse em algum leitor, fale comigo, por favor."..."Obviamente, não aprendi nada disso na universidade, muito menos lendo jornais ou revistas."

Por gentileza, como aprendeu, Sr. Conde?

Atenciosamente,

Um seu recente leitor.

Conde Loppeux de la Villanueva disse...

"Se eu tiver despertado curiosidade e interesse em algum leitor, fale comigo, por favor."..."Obviamente, não aprendi nada disso na universidade, muito menos lendo jornais ou revistas."

Por gentileza, como aprendeu, Sr. Conde?

Conde-Vc devia ter lido com mais atenção: o texto não é meu. Creio que, provavelmente, o nosso amigo leu algumas informações em livros ou sites.

Abraços!

Anônimo disse...

Barack Obama nada mais é do que um duplo do nosso Lulinha "paz e amor". Venerado por suas origens, e não por seus atos ou saber, prometendo mudanças com um bordão que é seu próprio fundamento, o povo norte-americano nada pode esperar, caso o mesmo venha a ser eleito, além daquilo que nossa versão brasileira do messias - com minúscula mesmo, nesse caso - nos deu até agora: um discurso diferente para cada platéia, muito engodo, e medidas que afrontam totalmente o Estado brasileiro, como a assinatura do tratado que pode servir de base para que as nossas "nações indígenas" tornem-se países independentes dentro do Brasil, com liberdade até mesmo para celebrar acordos internacionais, superiores hierarquicamente às nossas Leis Ordinárias. Pobre EUA.