A ministra do racismo institucional saiu tarde. . .

A Ministra da (des)Igualdade Racial, dona Matilde Ribeiro, é um daqueles tipinhos que entraram e saíram pela porta dos fundos. As declarações dela, desde o começo, foram infelizes no quesito racial. Dona Matilde acha que negro discriminar branco não é racismo. Também pudera, esse povo adora se fazer de vitima para ter privilégios maiores do que a normalidade aceitável. Lembremos, eles são privilegiados porque são coitadinhos. Raramente vemos algo, que é no mínimo, curioso: certas pessoas podem discriminar, excluir, usurpar e mesmo roubar, e, como são “excluídas”, “exploradas”, “coitadinhas”, tal condição dá pleno direito de fazer o mesmo com o resto, impunemente. Dona Matilde é a coitadinha, “vitima” da sociedade branca malvada, que explora você, contribuinte! Mas ela não está só. Os petistas se acham no pleno direito de roubar o povo, pela particularidade de se julgarem pobres vítimas da sociedade capitalista. Deve ser a tal “dívida histórica”. . .

De fato, não é que o povo está assimilando essa asneira? Em um belo dia vi um mendigo pedindo uma esmola. Ele dizia: “Ah doutor, eu peço, porque você sabe, eu poderia estar roubando, ao invés de fazer isso!”. A idéia do sujeito é estranha: ele pede esmola pra você, pelo simples fato de que não roubá-lo é realizar um grande favor. Aí não me contive: “Você não está fazendo um favor a ninguém. É sua obrigação moral não roubar!”. Algum esquerdista ficaria indignado com essa resposta. Ele acha perfeitamente natural que os pobres saqueiem os ricos. Quem tem é malvado e explora quem não tem. E, em nome disso, os que não tem podem roubar os que têm à vontade, já que implica uma exigência moral de justiça. Pelo menos é o que pensa essa gentalha. Dona Matilde, Lula e muitos outros, partem desse pressuposto de isenção moral, para saquearem o poder público à vontade. Quando alguém critica a corrupção no governo federal, os áulicos do Supremo Apedeuta reverberam: “Ahhh, isso é invenção da mídia golpista, que não aceita um metalúrgico no poder!”.

A farra dos cartões corporativos, em que mais de trinta ministérios fazem a festa com o dinheiro público, foi justificada dentro desse discurso. Não me exasperaria se algum idiota petista afirmasse que a ministra caiu porque ela era negra. Tudo é possível quando a ministra torra mais de cem mil reais em despesas alheias ao cargo dela, quando o cidadão comum é acusado de “golpista” e da “elite dominante”, pelo simples fato de exigir que as contas públicas sejam usadas em seu beneficio, não ao beneficio dela. Pior é quando o presidente da república está envolvido na farra. O Brasil já perdeu completamente o discernimento moral para se indignar. Nem mesmo o Congresso Nacional tem moral para tanto. Pelo contrário, o líder da oposição Arthur Virgilio, o tucano caboclo do interior do Amazonas, ainda acha que Lula é um grande líder de massas. Se um homem com formação de diplomacia como ele chega a esse ponto de se deslumbrar com um sindicalista vulgar, realmente as coisas estão muito feias. Arthur Virgilio acha que a política nacional é alguma extensão do Amazonas ou do Pará. Aqui no norte, todo mundo acusa todo mundo de ladrão e fica por isso mesmo. Até porque, no geral, quase todos são ladrões e depois da eleição, os bandidos fazem pacto de silêncio. O Brasil está fazendo pacto de silêncio com a roubalheira nacional.

Voltando ao revés da ministra, o Presidente Lula criou cada ministério, cujos nomes lembrariam perfeitamente o romance "1984", de George Orwell. Dona Matilde prega e institui discriminação nazistóide negra à vontade e dissemina, com apoio oficial, as ideologias racistas importadas da realidade norte-americana. Essa é a “igualdade racial” dela: instituir diferenças legais de raça inexistentes na mestiça população brasileira. Isso não é muita novidade. Desde que a esquerda light, junto com a esquerda rançosa, tomou o poder neste país, tanto o PSDB como o PT neurotizam a população com ideologias racistas, ainda que de forma inversa. Quem inaugurou a besta racial foram os tucanos, em particular, o dublê de intelectual Fernando Henrique Cardoso. Os petistas apenas radicalizaram o processo de estupidez cultural. O viés politicamente correto é filho de uma trepada promíscua sem camisinha entre PSDB e PT.

Por outro lado, o PT inventou até um Ministério do Futuro, para agradar ao Mefistófeles do governo: Mangabeira Unger é “ministro do longo prazo”. Se alguém acha que isso significa alguma coisa substancial no nome, realmente é tão substancial quanto a flatulência. Unger não tem vocação de astrólogo. Porém, a substância não está no nome, mas na mera existência do cargo, ou seja, encher o Estado de burocratas cretinos mamando nas tetas do governo. Até porque o cargo do “Longo prazo” foi para comprar uma alma de curto prazo. Mangabeira Unger, até então alguém que dizia aos quatro ventos que o governo Lula era o mais corrupto da história, por tão curto prazo de tempo mudou de idéia. Virou ministro. Ademais, não há nenhuma idéia de Unger que dure em longo prazo. É um tipo intelectual que escreve pilhas de bobagens e não diz nada. O ministério é um vazio de utilidade, dentro de um pensador vazio de idéias. O Brasil está cheio de gente assim. . .

Dona Matilde, “vítima” da exploração capitalista, neoliberal, racista da elite branca dominante, caiu fora. Ela ainda reiterou a preocupação com os destinos do movimento negro no governo Lula. Com todo respeito, eu quero mais que o movimento negro vá para o inferno! Estou com saco cheio dessa gente pobre e coitadinha no governo! Parafraseando Justo Veríssimo, o personagem de Chico Anísio, eu quero mais que eles se explodam! Sorry periferia, dona ministra já vai tarde! Agora só falta o metalúrgico cair fora!