A livre concorrência mercantil como fator de progresso social é muito criticada por uma boa parte da inteligentsia militante, já que ela é teoricamente culpada de reproduzir as desigualdades sociais em nossa sociedade. Para muitos intelectuais radicais, a competitividade do livre mercado seria a apologia de um aparente individualismo “egoísta”, uma vez que exclui a solidariedade ao próximo, em favor de interesses particulares ilegítimos. Ou que a concorrência levaria uns a insegurança ou a exclusão de recompensa, a quem não dispõe de méritos pessoais para uma finalidade de eficiência. Em contrapartida ao dilema da concorrência “injusta”, que levaria ao egoísmo e a “exclusão social”, para alguns, a solução seria abolir ou redimir a competição em nome de uma seguridade social. Neste modelo, pouco ou nada se avaliaria quanto aos méritos subjetivos de cada um, e sim um propósito de solidariedade coletiva, através de uma coesão forçada de valores, pensamentos e aptidões. .
O grande mito por trás de intenções como “segurança social” e “solidariedade coletiva”, é que tal unidade de princípios, aptidões e idéias que nivelam os indivíduos, só seria possível através da coerção mais sombria, com um preço terrível em desfavor da liberdade. Pior, invoca-se uma contradição de termos, uma vez que, se a livre concorrência permite uma pluralidade de padrões a serem avaliados, numa sociedade uniformemente padronizada, poucas opções teriam àqueles que fugissem de padrões preestabelecidos. É comum que tal principio seja encontrado nas esquerdas moderadas e radicais, além de outros totalitários, inclusive os de extrema direita, que presumem no culto da coletividade e na negação do individuo, a panacéia pronta dos problemas sociais.
Contudo, há um profundo sofisma lógico em tais avaliações “críticas” dos critérios da concorrência em nossa sociedade pluralista. Caberia fazer uma colocação desafiadora, porém, real: a concorrência de mercado é um dos fatores mais significativos da liberdade individual e da democracia.
No mais, a concorrência, em vários âmbitos da vida, é um dado inerente e natural da conduta humana. A competitividade, muito antes de “roubar” e frustrar as iniciativas daqueles que não foram escolhidos, talvez seja um dos mais eficientes critérios de avaliação que possa existir entre as pessoas, já que seus efeitos não são previstos e tudo depende do esforço pessoal de cada um. A concorrência não enraíza a felicidade ou infelicidade de cada um, mas sim a recompensa pelo esforço de quem batalhou melhor.
Nivelar por baixo qualquer grau de merecimento, não somente é algo imoral, como injusto, pois pune o esforçado e o batalhador em favor do menos esforçado. Premia-se o demérito e recompensa a incompetência. Aliás, tal raciocínio de que a felicidade de uns é causa da infelicidade de outros, muito antes de nos dar uma lição moral, não passa de uma cultura de invejosos, incapazes de sofrerem os reveses da vida, sem iniciativa própria para buscarem o melhor de si.
A concorrência em si mesma não exclui os menos capacitados. Por uma seguinte razão; a competitividade e seus critérios de avaliação são pluralistas, pois nenhum padrão definitivo pode ser totalmente imposto ao esforço que cada um compete ao melhor de si. Na melhor das hipóteses, os critérios de qualidade na competição se tornam mais complexos e podem ser aproveitados com riqueza e criatividade. Não é por acaso que na sociedade de consumo, como no mercado de trabalho, a competitividade tende a levar a sociedade num aperfeiçoamento qualitativo permanente de bens e serviços. Na prática, as comparações inerentes ao regime de concorrência engendram a prosperidade social.
A competição não exclui, como relata os seus críticos, o ideal de solidariedade e de compartilhamento social. Até porque a concorrência é apenas um critério de avaliação de méritos e serviços, e um juízo de valor e recompensa em função destes méritos. É claro que a concorrência deve ser embasada em valores de respeito e honestidade nos tratos com as pessoas e seguindo regras justas de competição, sem o qual, a desunião pode imperar. O que causa desagregação, essencialmente, não é a concorrência em si, mas a concorrência desonesta e desleal, cuja finalidade desmerece todo o sentido positivo da verdadeira e justa concorrência. Do resto, concorrência e solidariedade não se excluem. Na melhor das hipóteses, a livre concorrência cria um verdadeiro código de conduta social, em que o exemplo de mérito e do esforço pessoal é visto como algo positivo.
A concorrência, antes de causar desigualdades e injustiças sociais, é uma das mais transparentes e igualitárias práticas em uma sociedade democrática. Por uma questão muito simples: a concorrência é essencialmente inimiga dos privilégios. Os intelectuais que desejam abolir a concorrência em nome de um poder político autocrático e justiceiro, mal percebem o quanto impõem a mais grotesca injustiça, quando distorcem os critérios da competição.
Porque as escolhas deste poder não dependerão do esforço pessoal de cada pessoa, e sim das escolhas arbitrárias que tal poder pretensamente “justo” quer impor como ideal. Não é por acaso que os socialistas e comunistas, desejando criar a sociedade “justa” através de um igualitarismo distributivista e nivelador das diferenças, no aval de um Estado onipotente, acabou por criar os mais detestáveis privilégios. Não é por acaso que em nome de “diminuir” as desigualdades, muitos movimentos socialistas promovem as mais gritantes mamatas, desfazendo o mérito e a eficiência pessoal, em favor de escolhas autoritárias e escandalosamente iníquas. Essas distorções são visíveis nas criações de “direitos sociais” a grupos minoritários e específicos, em detrimento da grande maioria da sociedade. Ou de concessões embasadas em parâmetros de ideologia política. No final das contas, como os critérios de avaliação são políticos, vale muito mais a lealdade submissa ao poder do que necessariamente a competência e independência pessoal.
Ou pior, impondo padrões monolíticos de avaliação e mérito, e impedindo a mobilização e autonomia de um sistema plural de padrões, a sociedade tende a declinar em todos os sentidos da vida social, pois ela é impedida de se desenvolver. Uma sociedade que não se aperfeiçoa econômica e socialmente através de um sistema que busque o melhor de si, tende a cair em decadência. No mais, como os critérios são politicamente autoritários e depende da escolha voluntarista de um poder centralizado, qualquer critério de avaliação que fuga de tais padrões impostos, será marginalizado e excluído.
Não é mera coincidência que os regimes de inspiração comunista ou socialista acabaram por arruinar vários países em todos os sentidos. O que poderia ser a livre concorrência, na democratização do mérito, calcada na soma de esforços conjuntos de cada cidadão em suas escolhas pessoais, acabou sendo monopólio de escolha de uns poucos eleitos do poder estatal e político. Tal comparação apenas prova que no regime de concorrência, a avaliação do mérito não é monopólio de ninguém. Idéias contrárias ao significado do mérito e da eficiência, muito antes de serem injustas, são até adversas ao espírito democrático, calcado no direito e na igualdade.
Ë igualmente contraditório a asserção crítica contra o sistema de mercado, no que diz respeito a idéia marxista de concorrência. Para muitos setores ditos “progressistas”, a competição de mercado levaria a ruína do próprio mecanismo, na criação natural de setores monopólicos privados. O mais contraditório deste argumento, contudo, é a solução encontrada nos pensadores anticapitalistas, ou seja, a substituição do regime de concorrência livre por simplesmente outro regime de monopólio absoluto do Estado sobre a liberdade econômica.
A concorrência, antes de levar-nos ao monopólio privado, é o único mecanismo eficaz de evitar que os monopólios prosperem, uma vez que a tendência constante a competição livre impede que as empresas imponham regras abusivas no mercado. Aliás, a crença de que o mercado gera naturalmente monopólio provou-se historicamente falsa, visto que o mito nasceu do mecanismo dialético marxista e uma análise econômica mais séria derruba tais argumentos.
O termo tirado do marxismo, "de cada um segundo a sua capacidade, a cada um segundo a sua necessidade", tem um significado contraditório na boca dos socialistas inimigos da liberdade de concorrência, em particular no mercado. Como medir a capacidade ou a necessidade de alguém, senão pela avaliação de custos, benefícios e méritos de cada um? Se as necessidades e capacidades de alguns e de outros são desiguais, como seria possível nivelar isso?
O principio pelo qual “se todo mundo busca o melhor de si através de seus esforços, busca o progresso social” (termo tão vilipendiado entre os socialistas mais aguerridos), possui sentido concreto, na medida que, se cada um se esforça em melhorar, logo, o conjunto também tende a aperfeiçoar. Nada mais claro, visto que cada um conhece melhor do que ninguém as suas reais necessidades, possibilidades, escolhas e limitações. E a concorrência, como algo inerente aos esforços pessoais de cada um, é reflexo desta busca de bem estar individual.
O grande mito por trás de intenções como “segurança social” e “solidariedade coletiva”, é que tal unidade de princípios, aptidões e idéias que nivelam os indivíduos, só seria possível através da coerção mais sombria, com um preço terrível em desfavor da liberdade. Pior, invoca-se uma contradição de termos, uma vez que, se a livre concorrência permite uma pluralidade de padrões a serem avaliados, numa sociedade uniformemente padronizada, poucas opções teriam àqueles que fugissem de padrões preestabelecidos. É comum que tal principio seja encontrado nas esquerdas moderadas e radicais, além de outros totalitários, inclusive os de extrema direita, que presumem no culto da coletividade e na negação do individuo, a panacéia pronta dos problemas sociais.
Contudo, há um profundo sofisma lógico em tais avaliações “críticas” dos critérios da concorrência em nossa sociedade pluralista. Caberia fazer uma colocação desafiadora, porém, real: a concorrência de mercado é um dos fatores mais significativos da liberdade individual e da democracia.
No mais, a concorrência, em vários âmbitos da vida, é um dado inerente e natural da conduta humana. A competitividade, muito antes de “roubar” e frustrar as iniciativas daqueles que não foram escolhidos, talvez seja um dos mais eficientes critérios de avaliação que possa existir entre as pessoas, já que seus efeitos não são previstos e tudo depende do esforço pessoal de cada um. A concorrência não enraíza a felicidade ou infelicidade de cada um, mas sim a recompensa pelo esforço de quem batalhou melhor.
Nivelar por baixo qualquer grau de merecimento, não somente é algo imoral, como injusto, pois pune o esforçado e o batalhador em favor do menos esforçado. Premia-se o demérito e recompensa a incompetência. Aliás, tal raciocínio de que a felicidade de uns é causa da infelicidade de outros, muito antes de nos dar uma lição moral, não passa de uma cultura de invejosos, incapazes de sofrerem os reveses da vida, sem iniciativa própria para buscarem o melhor de si.
A concorrência em si mesma não exclui os menos capacitados. Por uma seguinte razão; a competitividade e seus critérios de avaliação são pluralistas, pois nenhum padrão definitivo pode ser totalmente imposto ao esforço que cada um compete ao melhor de si. Na melhor das hipóteses, os critérios de qualidade na competição se tornam mais complexos e podem ser aproveitados com riqueza e criatividade. Não é por acaso que na sociedade de consumo, como no mercado de trabalho, a competitividade tende a levar a sociedade num aperfeiçoamento qualitativo permanente de bens e serviços. Na prática, as comparações inerentes ao regime de concorrência engendram a prosperidade social.
A competição não exclui, como relata os seus críticos, o ideal de solidariedade e de compartilhamento social. Até porque a concorrência é apenas um critério de avaliação de méritos e serviços, e um juízo de valor e recompensa em função destes méritos. É claro que a concorrência deve ser embasada em valores de respeito e honestidade nos tratos com as pessoas e seguindo regras justas de competição, sem o qual, a desunião pode imperar. O que causa desagregação, essencialmente, não é a concorrência em si, mas a concorrência desonesta e desleal, cuja finalidade desmerece todo o sentido positivo da verdadeira e justa concorrência. Do resto, concorrência e solidariedade não se excluem. Na melhor das hipóteses, a livre concorrência cria um verdadeiro código de conduta social, em que o exemplo de mérito e do esforço pessoal é visto como algo positivo.
A concorrência, antes de causar desigualdades e injustiças sociais, é uma das mais transparentes e igualitárias práticas em uma sociedade democrática. Por uma questão muito simples: a concorrência é essencialmente inimiga dos privilégios. Os intelectuais que desejam abolir a concorrência em nome de um poder político autocrático e justiceiro, mal percebem o quanto impõem a mais grotesca injustiça, quando distorcem os critérios da competição.
Porque as escolhas deste poder não dependerão do esforço pessoal de cada pessoa, e sim das escolhas arbitrárias que tal poder pretensamente “justo” quer impor como ideal. Não é por acaso que os socialistas e comunistas, desejando criar a sociedade “justa” através de um igualitarismo distributivista e nivelador das diferenças, no aval de um Estado onipotente, acabou por criar os mais detestáveis privilégios. Não é por acaso que em nome de “diminuir” as desigualdades, muitos movimentos socialistas promovem as mais gritantes mamatas, desfazendo o mérito e a eficiência pessoal, em favor de escolhas autoritárias e escandalosamente iníquas. Essas distorções são visíveis nas criações de “direitos sociais” a grupos minoritários e específicos, em detrimento da grande maioria da sociedade. Ou de concessões embasadas em parâmetros de ideologia política. No final das contas, como os critérios de avaliação são políticos, vale muito mais a lealdade submissa ao poder do que necessariamente a competência e independência pessoal.
Ou pior, impondo padrões monolíticos de avaliação e mérito, e impedindo a mobilização e autonomia de um sistema plural de padrões, a sociedade tende a declinar em todos os sentidos da vida social, pois ela é impedida de se desenvolver. Uma sociedade que não se aperfeiçoa econômica e socialmente através de um sistema que busque o melhor de si, tende a cair em decadência. No mais, como os critérios são politicamente autoritários e depende da escolha voluntarista de um poder centralizado, qualquer critério de avaliação que fuga de tais padrões impostos, será marginalizado e excluído.
Não é mera coincidência que os regimes de inspiração comunista ou socialista acabaram por arruinar vários países em todos os sentidos. O que poderia ser a livre concorrência, na democratização do mérito, calcada na soma de esforços conjuntos de cada cidadão em suas escolhas pessoais, acabou sendo monopólio de escolha de uns poucos eleitos do poder estatal e político. Tal comparação apenas prova que no regime de concorrência, a avaliação do mérito não é monopólio de ninguém. Idéias contrárias ao significado do mérito e da eficiência, muito antes de serem injustas, são até adversas ao espírito democrático, calcado no direito e na igualdade.
Ë igualmente contraditório a asserção crítica contra o sistema de mercado, no que diz respeito a idéia marxista de concorrência. Para muitos setores ditos “progressistas”, a competição de mercado levaria a ruína do próprio mecanismo, na criação natural de setores monopólicos privados. O mais contraditório deste argumento, contudo, é a solução encontrada nos pensadores anticapitalistas, ou seja, a substituição do regime de concorrência livre por simplesmente outro regime de monopólio absoluto do Estado sobre a liberdade econômica.
A concorrência, antes de levar-nos ao monopólio privado, é o único mecanismo eficaz de evitar que os monopólios prosperem, uma vez que a tendência constante a competição livre impede que as empresas imponham regras abusivas no mercado. Aliás, a crença de que o mercado gera naturalmente monopólio provou-se historicamente falsa, visto que o mito nasceu do mecanismo dialético marxista e uma análise econômica mais séria derruba tais argumentos.
O termo tirado do marxismo, "de cada um segundo a sua capacidade, a cada um segundo a sua necessidade", tem um significado contraditório na boca dos socialistas inimigos da liberdade de concorrência, em particular no mercado. Como medir a capacidade ou a necessidade de alguém, senão pela avaliação de custos, benefícios e méritos de cada um? Se as necessidades e capacidades de alguns e de outros são desiguais, como seria possível nivelar isso?
O principio pelo qual “se todo mundo busca o melhor de si através de seus esforços, busca o progresso social” (termo tão vilipendiado entre os socialistas mais aguerridos), possui sentido concreto, na medida que, se cada um se esforça em melhorar, logo, o conjunto também tende a aperfeiçoar. Nada mais claro, visto que cada um conhece melhor do que ninguém as suas reais necessidades, possibilidades, escolhas e limitações. E a concorrência, como algo inerente aos esforços pessoais de cada um, é reflexo desta busca de bem estar individual.

2 comentários:
Demonstrar quase que empiricamente que comunismo significa mediocridade é o maior mérito desse texto claro e inovador.
Um abraço.
Caro Conde,o comunismo é a ideologia mais GENOCIDA,MISERÁVEL,ASSASSINA,CRUEL,COVARDE e ANTICRISTÃ já surgida no Planeta!Parabéns pelo seu texto exclarecedor,claro,inteligente!Vc. conhece o site do corajoso Pe.Paulo Ricardo,conservador,de direita,inteligente e um VERDADEIRO SACERDOTE CRISTÃO?Há uma palestra proferida pelo Pe. Paulo Ricardo acerca dos perigos do "Marxismo Cultural" para a moral judaico-cristã e o mundo ocidental!Gostaria de saber a sua opinião arespeito,pois o pensamento e o conhecimento do referido Pe. vai de encontro ao seu pensamento e entendimento quanto a esses assuntos por vc. tratados nesse seu maravilhoso blog!O site é:WWW.PADREPAULORICARDO.ORG,clicar em FILOSOFIA e,após,em "Marxismo Cultural"!É uma palestra muito exclarecedora,prezado Conde!Deixo essa sugestão ao amigo e aos demais amigos desse,repito,maravilhoso blog!Um abraço a todos!
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