A esquerda está de luto. . .

A esquerda em geral, e Lula, em particular, ficaram de luto pela morte de um tirano: Saddam Hussein, ex-ditador do Iraque, executado no dia 26 de dezembro de 2006. É interessante observar que a esquerda festiva comemorou a morte do ditador chileno Augusto Pinochet, enquanto choraminga o assassino em massa de Bagdá, causador da morte de quase meio milhão de iraquianos. Perto de Saddam, Pinochet chega a ser santo. Isso, quando não se toca no nome de São Fidel Castro!

Hipocrisia é a declaração do Presidente Lula. Em nota, ele criticou a execução do tirano com as seguintes palavras: "Por princípio, o Brasil é contrário à pena de morte, vedada pela Constituição Federal. Em várias ocasiões, o governo brasileiro teve a oportunidade de demonstrar essa posição em votações nos órgãos de direitos humanos das Nações Unidas. Ademais, não crê que a execução da sentença venha a contribuir para a pacificação do Iraque". E receitou o besteirol, nos dizeres: "Os que estão ocupando o Iraque devem ter consciência de que este país só encontrará a paz quando permitirem que as divergências internas sejam resolvidas pelo povo". Em outras palavras, os americanos deveriam ir embora, para que outro tirano genocida, provavelmente subsidiado pelo Irã ou pela Síria, resolvesse as “divergências internas” do país, através de novas matanças. Há de se convir que o presidente Lula desconhece a constituição brasileira: o Brasil não é totalmente contrário a pena de morte, já que ela é permitida nos casos de guerra!

Todavia, o Sr. Lula, que se diz contrário à pena de morte, não moveu uma palha quando três cidadãos cubanos foram fuzilados pelo regime de Fidel Castro. Absteve covardemente de votar uma moção da ONU condenando a perseguição política e a violação dos direitos humanos no regime totalitário de Cuba. Recentemente, votou pela abstenção de investigações das Nações Unidas, a respeito dos assassinatos em massa que atualmente estão ocorrendo no Sudão. Enquanto o governo islâmico sudanês massacra cerca de duzentos mil cristãos sudaneses e expulsa outros dois milhões, o governo brasileiro se alinha a Cuba, Irã, e demais regimes ditatoriais, para apoiar o massacre dos sudaneses. Claro, pena de morte e crimes são seletivos, no âmbito da esquerda. Que a pena de morte nos pareça chocante, ainda que aplicado a um déspota cruel, porém, vindo dessa esquerda canalha, são tudo lágrimas de crocodilo. Saddam Hussein mereceu o destino que plantou. E como seria esperado, o nosso presidente tem a credibilidade de um Pinóquio, ao falar de direitos humanos!

Com uma diplomacia capaz de fazer inveja a qualquer stalinista de plantão, o Itamaraty mostrou sua cara barbudinha, no seu ódio patológico aos americanos e às democracias ocidentais: une-se a toda sorte de regimes inimigos da democracia, porque o próprio governo petista é ideologicamente contrário ao Estado de Direito. E a esquerda, no rol de admiração a ditaduras sanguinárias, quer inventar em Saddam, um mártir contrário ao “imperialismo norte-americano”. Não são esses mesmos patifes que se rejubilam das matanças terroristas no Iraque, no epíteto de “resistência iraquiana” (que de iraquiana não tem nada, são membros da Al Qaeda, do Irã e da Síria)? Podemos entender tamanha lamúria quanto à morte de Saddam Hussein. A esquerda não esconde a admiração patética pela ditadura iraniana, em seu pleno direito de possuir armas nucleares contra o ocidente. Ou então a sua pregação à destruição do Estado de Israel, e, em seu lugar, a instauração de outra ditadura árabe. São compreensíveis as patetices do Supremo Apedeuta Presidente do Brasil, ao afirmar que ditadores como Saddam Hussein possuem alguma soberania. Neste caso, “soberania” era ser dono do Iraque, tal qual Fidel Castro é dono de Cuba.

Dizem às más línguas, que em 2007, Fidel Castro não passará deste ano vivo, e a cova o espera, atendendo às rezas e “santerías” do povo. A morte, gloriosa, está esperando o velho caquético e bananeiro, depois de tiranizar por quase cinqüenta anos a vida dos cubanos. Ainda veremos as declarações lacrimosas, senão mentirosas, de uma esquerda cúmplice do totalitarismo, em torno de sua falsa reputação de justiceiro. Na verdade, isso não é de hoje: a esquerda vive na lamúria de seus fracassos e de seus crimes! Chorou abertamente a morte de Lênin, chorou a morte de Stalin, chorou a morte de Mão Tse Tung e agora chora, ainda que em segredo, a morte de Saddam Hussein. Como vai chorar, declaradamente, a morte de Fidel Castro. De fato, a esquerda parece emocionalmente enrustida; não revela o amor que ousa dizer o nome: GENOCÍDIO!

Leonardo Bruno
03 de janeiro de 2007