sexta-feira, dezembro 25, 2009

In Hoc Signo Vinces!

Numa época de campanha anticristã para todos os lados do ocidente, já que o Leviatã estatal ameaça engolir a tudo e a todos, uma vez que deseja ser auto-idolatrado acima dos homens e, sobretudo, acima de Deus, o Natal nos exorta à reflexão de como a gloriosa fé cristã resiste bravamente contra aqueles que almejam destruir a transcendência na alma do povo e da civilização. A campanha ateísta não poupa os símbolos cristãos tradicionais: cruzes são vilipendiadas e arrancadas das repartições públicas, presépios são hostilizados e toda essa magia de beleza milenar da simbologia cristã é marginalizada da vida social, até o ponto em que os símbolos do Estado, tal como uma nova ordem totalitária, prevaleçam sobre tudo. Isso me recorda de uma cena na Alemanha Nazista: um jovem, membro da Juventude Hitlerista, que arranca um crucifixo de uma escola e o joga pela janela, dizendo, “fora judeu!”.


E, no entanto, em qualquer casa, em qualquer comércio, em qualquer entidade privada, como em qualquer cruzamento de rua, as cruzes, os presépios, as cenas do menino Jesus e os versículos do Evangelho são espalhados por todo lugar. Teatros são encenados, filmes são divulgados, e a despeito do Estado tomar uma política cada vez mais hostil às crenças religiosas do povo, a vitória da cruz é espantosamente massacrante, senão gloriosa.
Porém, essa resistência só é possível por conta dos laços privados que preservam a comunidade na tradição, na família e na propriedade. É a tradição que nos orienta para a fé verdadeira na religião cristã e nos conduz à moral virtuosa; é a família a nossa proteção maior nos laços de sangue, no amor e na amizade; a propriedade é a defesa daquilo que nos pertence e à nossa família, contra a usurpação do Estado ou de qualquer intruso particular. Sem a propriedade privada, jamais se teria a liberdade de preservar a fé cristã e exteriorizá-la, posto que tudo seria estatal, tudo seria laico. Se o Estado, dentro dos seus limites públicos, bane qualquer sentido de religiosidade, um Estado totalitário tentaria destruir a fé na esfera íntima, privada do povo, arruinando, com isso, a liberdade religiosa. Não teríamos ceias de Natal, presépios, nem símbolos religiosos, porque o “público” expulsaria e aniquilaria tudo.

Agora, neste momento, quando comemoramos o Natal, há pessoas que conspiram para esse fim. Conspiram para destruir a democracia, para destruir a Cristandade, cheios de ressentimentos no coração. Conspiram para bestializar o povo, transformá-lo num rebanho da religião civil que é o culto do Estado utópico e auto-divinizado. E onde imperam esses ideais monstruosos, os cristãos estão nas catacumbas, clandestinos, temerosos de sua vida, perseguidos por suas crenças. Na China e na Coréia do Norte, milhares, senão milhões, estão presos, encarcerados em gélidos campos de concentração ou são simplesmente torturados e mortos. Em Cuba não é diferente: desde a época da ascensão de Fidel Castro, o Natal simplesmente fora abolido, para depois ser apenas tolerado. Em algumas partes do mundo ocidental ainda se pode comemorar o Natal livremente, sem empecilhos. Mas apenas por enquanto. . .
Até no seio de nossas democracias há uma campanha de hostilidade maciça contra as festividades de Nosso Senhor. Na Europa, os laicistas, esquerdistas, comunistas, ateus e materialistas lutam massivamente para banir símbolos cristãos das repartições públicas e conseguem uma vitória arrasadora. A Europa decadente e covarde renega às suas origens, recusando-se a fazer qualquer menção ao cristianismo até na Constituição da UE. É o ódio irracional contra a sua própria gênese cultural. Em contrapartida, de forma vergonhosa,o velho continente rebaixa-se bovinamente ao Islã. Jamais a Europa cristã medieval, devota, piedosa e guerreira, defensora de sua fé e tradição, sonharia tanto com uma sociedade futura de homens frouxos e mulheres estéreis. Se é que isso tem futuro!
A expansão do Estado moderno é uma tragédia de dimensões assustadoras. Ela é uma ameaça à vida, à liberdade, à propriedade e à religião, uma vez que seu projeto almeja destruir todas essas esferas para imperar a tirania absoluta e total do governo. A grande maioria das pessoas parece não notar o perigo dessa expansão. O governo brasileiro, atualmente, trabalha para esse objetivo. Curiosamente, a Cristandade é o sinônimo cabal da resistência, da voluntariedade, da espontaneidade, da liberdade. Em cada Mãe de Deus espelhada com a figura do menino Jesus nas ruas, em cada Presépio retratando o nascimento do Deus-menino, em cada crucifixo que resiste imponente em uma repartição pública ou privada ou cada comunhão dos fiéis em suas Igrejas, a mensagem de Cristo permanece! O Natal, mais do que nunca, deve ser comemorado com todo o fervor das famílias, dos amigos e de todas as ligações afetivas que nos fazem pessoas dignas. Porque a luz do nascimento de Nosso Senhor está em nossos espíritos! E porque o signo da cruz nos céus vencerá os males terrenos!

Feliz Natal a todos!

2 comentários:

Anônimo disse...

Aqui no bairro afastado do centro em que estou morando, vc confundiria o dia de Natal com o de Ano Novo, de tantos fogos que soltaram.

A alegria do Natal continua mais viva do que nunca, principalmente nos bairros da periferia, jamais havia visto algo igual, o povo humilde e batalhador mantém mais que tudo viva a alegria de reunir a família e celebrar essa data com fervor.

Anônimo disse...

Caro Conde,Feliz Natal e Próspero Ano Novo a você e sua família,extensivo a todos os VERDADEIROS amigos do Conde,leitores/comentaristas deste excelente blog conservador,católico(cristão),reacionário,direitista etc!!!

E PARABÉNS pelo seu excelente texto,como sempre!!!

PS:Caro Conde,estou sentindo falta daqueles bate-papos entre você e o Davi!!!Aproveito o ensejo para desejar ao caro Davi e sua família um Feliz Natal e Próspero Ano Novo!!!


KIRK