O mesmo fenômeno, em escala muito mais colossal, ocorreu a partir do surgimento da União Soviética. Não houve grupo mais mentiroso da história da humanidade do que os comunistas. Em 1918, início da guerra civil e da matança generalizada de grupos sociais inteiros patrocinada por Lênin, o Partido Comunista já fiscalizava tudo o que era publicado da Rússia para o ocidente, ao passar pelo crivo da Tcheka, a polícia política revolucionária. Nenhum texto, nenhum intelectual escapava da vigilância partidária. Pior foi a colaboração dos intelectuais pela mentira. Fascinados pelo empreendimento utópico que concretizava seus particulares ideais marxistas, muitos esconderam a brutalidade e a imoralidade do regime bolchevista, virando, eles próprios, censores de si mesmos e fiéis colaboradores. Uma obra famosíssima, idolatrada pela hagiografia da propaganda comunista, é “Os Dez Dias que abalaram o mundo”, do jornalista americano John Reed. Publicado como relato “autêntico” dos primeiros dias de poder dos bolcheviques, a história não passa de propaganda de desinformação. Também pudera, o Sr. Reed, além de ter sido um militante comunista desonesto, nem por isso foi poupado do crivo da Tcheka.
Quando Lênin morreu, surgiu Stálin. A elite intelectual e a opinião pública renderam loas ao novo tirano bolchevista. O “homolodor”, o massacre sistemático pela fome de seis milhões de soviéticos, entre os quais, quatro milhões de ucranianos, em 1932, não teve o efeito esperado no ocidente porque a opinião pública, em geral, mentiu e omitiu sobre o assunto. “Opinião pública”, leia-se, intelectualidade comunista nos jornais e universidades. A tragédia foi escondida dentro de um universo de falsificação em massa tal, que o mundo inteiro ignorou a história. Ou mais, acreditou-se nas versões falsas do Partido Comunista, enquanto as dissidências anticomunistas foram suprimidas, quando não, caluniadas. Dentro da novilíngua da intelectualidade esquerdista, qualquer indivíduo que denunciasse os crimes bolchevistas, era considerado um “fascista”. Com isso, Stálin matou a verdade, em silêncio sepulcral. E o "fascismo" se tornou o espantalho dos comunistas para desmoralizar seus detratores.
Foi pior. Se o caso ucraniano era omitido pela inteligentsia e por uma boa parte da imprensa, os governos dos países democráticos, infiltrados de simpatizantes stalinistas, preconizavam justamente o coletivismo soviético como modelo substituto do capitalismo, depois da crise de 1929. Curiosa simpatia, fruto de um humor negro: a solução para a quebra da Bolsa de Nova York seria justamente a deportação forçada de camponeses às fazendas coletivas e o planejamento estatal totalitário nas indústrias. Planejamento este que reduziu uma parte da população soviética ao canibalismo e a outra parte a condição análoga de escravidão.
A intelectualidade e a mídia acabaram por se corromper moralmente, ao defender uma monstruosa tirania e ao falsificar a sua realidade dentro dos países democráticos. Na época do Grande Terror, em 1936, milhares de intelectuais simpáticos a União Soviética deram verossimilhança à farsa dos julgamentos e expurgos do Partido Comunista em Moscou. Gente do quilate do dramaturgo Bertold Brecht e pessoas influentes na política inglesa, como o casal de socialistas fabianos Sidney e Beatrice Webb, demonstravam credibilidade a uma das maiores encenações do regime soviético. O escritor francês Louis Aragon sonhava com a ação da GPU, uma das abreviações da policia política soviética, atuando na França. Mesmo o romancista Lion Feuchtwanger declarava que os tribunais soviéticos tinham a perfeita intenção de se buscar a verdade dos fatos. Que dirá das afirmações do teatrólogo Bernard Shaw, que dizia que o prisioneiro soviético adorava o conforto e a humanidade das cadeias soviéticas?
Jean Paul Sartre, outrora fiel bajulador dos ocupantes nazistas, na época em que vivia nos cafés de Paris, tornou-se comunista e declarava que a existência dos arquipélagos gulag era invencionice. E quando a Coréia do Norte invadiu a Coréia do Sul, em 1950, ele condenou justamente a reação militar americana, como agressora. O mesmo caso se aplica ao historiador marxista inglês Eric Hobsbawn. Em 1940, ele escreveu um infame artigo defendendo o ataque soviético contra a Finlândia, em nome do antinazismo. Paradoxal indagação, já que a União Soviética invadiu o país com o aval da Alemanha Nazista, que era sua aliada.
Nos anos 60, época da contra-cultura (leia-se, revolução cultural comunista na educação e nos valores morais), a campanha de desinformação em massa e infiltração de grupelhos comunistas nos meios midiáticos e intelectuais foram sentidas na imprensa americana. E mais uma vez, os intelectuais e jornalistas contribuíram como fiéis servos das tiranias utópicas. A guerra do Vietnã é um dos maiores exemplos desse fenômeno. Até hoje, a grande maioria das pessoas crê que o exército americano perdeu a guerra. Todavia, os fatos dizem outra coisa: o exército americano jamais perdeu uma batalha naquele país. A ofensiva do Tet, em 1968, quando o exército comunista invadiu em massa o Vietnã do Sul, foi uma das mais destruidoras vitórias militares norte-americanas, inviabilizando, por muitos anos, as tropas norte-vietnamitas. Entretanto, o que foi uma vitória militar se transformou numa derrota moral. Muitos jornalistas americanos, simpáticos aos comunistas vietnamitas, criaram uma verdadeira propaganda assimétrica de informação, demonizando os seus compatriotas norte-americanos, ao mesmo tempo em que divinizava a ação comunista na guerra (ou escondia seus crimes). Como não poderia deixar de ser, as próprias universidades americanas foram uma fábrica de anti-patriotismo e antiamericanismo. Os covardes militantes pacifistas, usuários de drogas, vagabundos, selvagens, cretinos, em nome da “paz”, simplesmente apoiavam a entrega da Indochina a um regime criminoso e violento. A farsa contaminou a Europa. O filósofo velhaco Bertrand Russel, demonstrando sinais claros de senilidade e incoerência, junto com o vigarista incorrigível Jean Paul Sartre, participava de um fraudulento “tribunal de crimes de guerra” dos americanos no Vietnã. Quando os comunistas tomaram Saigon, em 1975, a Indochina foi submetida a um governo brutal. A matança da ditadura comunista do Vietnã custou cerca de mais de um milhão de vidas e a destruição completa das liberdades do país. Algo bem mais monstruoso ocorreu com a ditadura do Camboja: na ausência do exército americano pela região, patrocinou um dos experimentos mais sanguinários da história, matando 25% de sua população e transformando o país num verdadeiro campo de concentração em massa.
O exemplo do Vietnã se aplica perfeitamente à guerra do Iraque. A propaganda antiamericana aí é exemplo da paixão atávica e tradicional por setores da opinião pública e da inteligentsia no ódio às democracias. Por mais que um país democrático tenha banido uma monstruosa tirania; por mais que uma democracia se preste a instalar seu sistema de liberdades naquele país; por mais que os americanos tenham enviado bilhões de dólares pela sua recuperação econômica e política, a esquerda festiva sente uma saudade patológica pelo sanguinário Saddam Hussein. Os esquerdistas, ateus e feministas raivosos viraram até “islâmicos”.
E agora, uma curiosidade: a candidatura de Barack Hussein Obama à Presidência dos Eua. Se há algo mais assustador em nossos tempos, é permitir que alguém que oculta seu passado governe o país mais importante do globo terrestre. Os problemas são as mentiras e a imoralidade que estão por trás de sua candidatura oculta. Os americanos vão eleger um homem que nos bastidores odeia seu próprio país; vão eleger um homem que tem a fé ideológica e religiosa dos inimigos de seu país; vão eleger, em suma, alguém que é aliado dos inimigos dos Eua e de todo o sistema democrático que ele representa. Não será estranho que a mídia “liberal” norte-americana e toda a esquerda festiva torçam pela candidatura dele? Claro, também pudera: Obama já deu a entender que será displicente com os inimigos dos americanos. Fidel Castro, Hugo Chavez, Armadinejah e o próprio presidente Lula estão nessa teia de simpatizantes e agradecem pela caridade.
Nem se pode dizer, ao certo, que ele odeie “seu” país. Por mais que ele se diga norte-americano, nem mesmo o americano médio tem certeza de sua nacionalidade. Os seus aliados espirituais são simpatizantes do islamismo terrorista e esquerdistas que odeiam os Estados Unidos e querem ver o país prostrado diante das nações totalitárias de todo o mundo. Querem, inclusive, destruir os sistemas democráticos de todo o mundo.
Não menos espantosa é a cumplicidade da imprensa, da mídia e dos meios culturais pela criatura farsesca. Ao invés de esclarecer, a opinião pública oculta o que está por trás de Barack Hussein Obama. Os jornais, universidades e a grande mídia viraram uma extensão da cultura política totalitária, prontas para criar, em torno de vários mitos, o culto à personalidade de um líder tirano. Se há algo notório na campanha do candidato democrata à Presidência dos Eua é o populismo vulgar típico das republiquetas latino-americanas ou dos despotismos mais assombrosos.
A opinião pública dos países democráticos não cansou de mentir, em favor dos totalitarismos de todos os matizes e gostos. Ou mais, tornou-se homogênea, estéril, panfletária, tal como o são a imprensa e os meios culturais totalitários. Neste ínterim, as democracias desejam se autodestruir, cometer suicídio. Se a imprensa, a grande mídia e os meios culturais, no conforto de suas liberdades, conspiram para destroçá-las, o que se pode esperar da sobrevivência da democracia? Na melhor das hipóteses, a opinião pública está prostituindo a democracia. Barack Obama pode ser um sinal de grandes atribulações para os defensores da liberdade. O mundo pode estar em perigo quando a maior força democrática do mundo se permite liderar por um notório charlatão e um completo traidor de seu país. Os cidadãos dos países democráticos ainda não perceberam que a “opinião pública” e os círculos intelectuais do poder se tornaram suas fiéis embusteiras. São, enfim, a extensão da “opinião publicada” de seus inimigos.
7 comentários:
Pois é. Mais agora é tarde. Acabou-se a última esperança. Acabou-se o último país capaz de fazer frente ao monstrengo da Revolução.
Meus caros, na concepção de Marx, todos que estão na lista fazem parte da classe proletária, pois eles são os que não possuem os meios de produção. Proletários é uma expressão para identificar uma determinada classe social nos tempos de Marx. A questão é: Com as mudanças (econômicas, sociais e culturais, sim culturais!) sofridas pelo processo histórico do período de Marx até os dias atuais (não digo globalização, pois na minha opinião desde o início da história humana sempre houve globalização, essa expressão é coisa de intelectual babaca que não consegue dar uma boa transada) podemos, hoje, determinar a quantidade de classes sociais, bem como suas características, suas funções e a hierarquia delas? O último verdadeiro marxista a dirigir a URSS foi Stálin, cujo período de poder é dividido em fases, tendo sido a última uma ditadura operária com forte distorção burocrática. É sempre necessário lembrar que os erros de Stálin, quase todos, foram erros dos marxistas da época em todo o mundo. Outra coisa que é necessário lembrar é que Stálin não passava de porta voz da presidência do Comitê Central. Aliás, se existe engano é imaginar que Lênin fora mais democrático que Stálin. Enquanto este último cedia de suas próprias idéias para defender as posições da maioria de seus companheiros de CC, Lênin não cedia em hipótese nenhuma, pois tinha convicção absoluta de estar certo, e lutava por suas idéias até vencer ou morrer. Qual das duas atitudes é melhor? Creio que têm funções diferentes. Dizer que Stálin não era marxista só é mesmo possível para quem não leu nada que ele escreveu, caso da maioria dos trotskistas.
É Conde, a vitória de Obama nas eleições americanas pode ser o impulso que faltava para a civilização ocidental rumar ao seu fim como civilização cristã.
Não posso negar, com a eleição de Obama, vem a minha mente que nada é por acaso na história, que existe sim uma conspiração contra toda a cultura e religião ocidental.
Ninguém faz um esforço tão grande (como fez a mídia americana ao ocultar os fatos inerentes a Obama, parecia até a mídia brasileira em relação ao Mula)por simples simpatia.Fizeram por que há interesses escusos em jogo.
Há algo muito ruim reservado para os EUA e por consequência para todo o mundo.
Que a Virgem Santíssima nos ajude!
Um abraço.
Meu caro Conde,
Como sempre você está de parabéns pelo seu escrito. Muito bom, bem concatenado e esclarecedor.
Realmente, creio que nunca se viu uma operação de propaganda da dimensão desta em favor de Barack Hussein Obama. A mídia favoreceu um mito pouco claro (a "mudança") e escondeu a realidade das crenças e convicções do candidato. O que, tudo, é contrário à essência da mídia: esclarecer.
Em todo o seu artigo, há muitas semelhanças com os dias que correm. Por exemplo, a saída para a crise de 29. Hoje também os saudosistas do colectivismo bradam por um retorno à estatização, diante da crise financeira.
Enfim, creio que muitos daqueles que foram ludibriados pela propaganda enganosa, ainda se arrependerão do voto em Barack Hussein Obama.
Excelente!!!
Parabéns,caro Conde!!!
KIRK
a burrice destemperada faz seu trottoir...
Obama faz parte do SHOW chamado NOVA ORDEM MUNDIAL, liderado pelas sociedades secretas e seguidos pelos bovinos, caprinos e outros animais quadrúpedes
As utopias sempre levam a mortandades
Mas o consolo é - OS TEMPOS PASSARÃO MAS MINHAS PALAVRAS NÃO!!!
Todos proclamaram o fim da religião mas ela sobreviveu
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