
O presidente colombiano Álvaro Uribe foi muito feliz nesse quesito. Na reunião que participou na República Dominicana, para discutir a crise da fronteira equatoriana, ele demonstrou a farta documentação envolvendo os governos de Quito e de Caracas com a guerrilha colombiana. Aliás, denunciou cerca de 40 ataques contra cidadãos colombianos feitos a partir da fronteira do vizinho Equador. Documentos estes, que foram encontrados no laptop do criminoso Raul Reyes, o número dois das Farcs, assassinado nas operações do exército da Colômbia. Se por um lado, a fronteira do Equador foi invadida, não é uma violação da soberania atacar os cidadãos vizinhos, com apoio governamental equatoriano? Aqui há uma abordagem interessante: o governo do Equador trata da soberania como algo abstrato, uma quizília entre Estados, ainda que para isso use dessa prerrogativa para defender assassinos. Já a defesa da soberania da Colômbia é algo real, concreto: implica defender a vida de milhões de indivíduos contra as investidas criminosas desses grupos que aterrorizam o país. Implica, inclusive, a defesa dos concidadãos colombianos contra as investidas bandoleiras da Venezuela e Equador sobre a paz e soberania da Colômbia. De fato, é a Colômbia que tem autoridade pra falar de soberania. É ela que pode falar, com o peito inflado, de patriotismo contra as forças criminosas com apoio estrangeiro. O Equador não passa de uma expansão do governo venezuelano.
Vergonhosamente, o Brasil mostrou de que lado está. O presidente Lula não negou o seu apoio às farcs. Na verdade, o governo brasileiro se recusa a reconhecer os guerrilheiros como partidários de um grupo terrorista que conspira para derrubar um governo democrático eleito pelo povo da Colômbia. E, ao arrepio dos fatos, com o aval de Hugo Chavez, demonstrou completo apoio ao governo do Equador, condenando a ação de Álvaro Uribe. Também não é por acaso: os governos de Quito, Caracas e Brasília são aliados em um acordo comum e quase secreto de apoio à guerrilha das Farcs, com o Foro de São Paulo. Se há uma soberania maior, além das fronteiras do Equador, Colômbia, Venezuela e Brasil, é a da existência de uma associação de esquerdas latino-americanas, que faz de seus governos, meros reflexos de seus desmandos políticos. Não é mera coincidência que o assessor de Lula para assuntos externos, o top-top Marco Aurélio Garcia, tenha declarado abertamente, no periódico Le Figaro, que não haveria ganhos em "negociações” se as Farcs fossem consideradas terroristas. Ora, ganhos para quem? Quem perderia tempo negociando com o terrorismo, se ele está perdendo na Colômbia? O governo brasileiro está afirmando, categoricamente, que a Colômbia deve aceitar placidamente a indústria de seqüestros da guerrilha como se fosse expediente normal e transformar os seqüestradores numa espécie de grupo político respeitável. Negociar com terroristas é dar autoridade e palavra a eles. Tamanha é a delinqüência que se apossou do governo de Brasília.
No entanto, o Congresso Nacional virou uma feira de camelôs, uma farsa burlesca, que sob determinados aspectos, lembra os piores tempos de uma República de Weimar antes da ascensão do nazismo. Se não é a feira, é o balcão de negócios. Os parlamentares discutem coisas menores de orçamentos e impostos, quando a América Latina quase chega à guerra e as democracias ameaçam afundar. O Foro de São Paulo fora criado em 1990 pelo PT e por Fidel Castro e seu presidente de honra foi o próprio Lula. Durante 18 anos, a opinião pública brasileira simplesmente desconheceu quais forças governam a América Latina atual. Só a opinião isolada do jornalista Olavo de Carvalho denunciou esse monstruoso esquema de terrorismo, corrupção, narcotráfico e totalitarismo, esse Comintern moderno e adaptado às circunstâncias latino-americanas. Isso porque o mesmo jornalista fora tachado de louco, paranóico. Inclusive, foi demitido de alguns jornais.
Agora a imprensa, depois de um silêncio cúmplice, fala abertamente do Foro. Fala-o, não porque quer informar, e sim porque não pode esconder. Senadores e deputados reclamam sobre o Foro de São Paulo, pedindo explicações do governo. Todavia, tratam tal informação como se fosse algo menor, de somenos importância. Nenhum pedido de investigação, nenhum pedido de impeachment. Se a ligação política do governo brasileiro com as Farcs não é motivo para escândalo, é porque a corrupção moral das classes políticas é de tal envergadura, que é piada falar em oposição. O futuro nos promete muitas trevas dessa omissão. Hoje só se fala de Foro de São Paulo, precisamente pela ação da heróica Colômbia, que luta sem tréguas, contra o terrorismo. Atividade esta apoiada pelo grupo esquerdista latino-americano no qual o presidente Lula, Hugo Chavez a Correa fazem parte. E tudo será esquecido como dantes, já que a alienação do povo e a corrupção moral das classes políticas oposicionistas é assustadora. A autoridade moral dos delinqüentes de Brasília é simplesmente quase absoluta.
Razões de soberania? Quando uma associação internacionalista controla vários governos latino-americanos, financia narcotráfico e terrorismo e ameaça criar uma gigantesca burocracia totalitária em escala continental, as fronteiras são meras formalidades inócuas. Na prática, elas nem existem. A única soberania autêntica é a da Colômbia de Álvaro Uribe, o patriota, apoiado por mais de 80% de seus concidadãos. A soberania que o Brasil, Venezuela e Equador querem destruir. A soberania que Brasil, Venezuela e Equador recusam-se a ter.
O velho caquético e mumificado perto do túmulo, Fidel Castro, soltou uma afirmação que tem certo sentido: “- Já se escutam com força as trombetas da guerra”. Se é a opinião de um moribundo ou de um cínico, não há o que subestimar. O caso é que ela já existe, de certa forma, na Colômbia, porém, ainda não declarada. Só falta se espalhar pelo continente. Vontade é que não falta. A Venezuela está se preparando e armando pra isso. E nós?
9 comentários:
Conde
E nós? Pergunto eu, até qdo vamos permitir que grupos na marginalidade tomem conta do país, sem obediência às leis?
Colômbia tem seu herói, o Presidente Uribe, que luta arduamente para que o país continue como estado democrático de direito. E nós? Temos um presidente que está entregando nossos bens e nosso território para países vizinhos. Temos um presidente que apóia o terrorismo das Farc. Quando vamos reagir?
É vergonhoso também, como se não já bastasse o descrito neste comentário do Conde, que a impressa inglesa ( BBC e The Guardian) estão desinformando tão bem quanto a imprensa brasileira.
Apenas o The Observer deu matéria criticando Chávez.
Outra vergonha é o Partido Democrata boicotar, na House, onde é maioria, a aprovação do tratado de Livre Comércio dos Eua com Colômbia.
Desculpe, mas vou ter que comentar: o certo é as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), e não as Farcs (Forças Armadas Revolucionárias das Colômbias). São várias forças, mas uma só Colômbia.
Um abraço.
Parabéns,caro Conde!Parabéns,também,aos demais amigos acima,pelos comentários pertinentes!
KIRK
Uribe é tão patriota que entrega a ColÕmbia para os americanos, que já tem milhares de milicos aqui dentro.
Resposta à pústula chamada "marulanda jr":graças a Deus há a PRESENÇA dos americanos na Colômbia!!!Você e seus amiguinhos terroristas das FARC devem estar,JÁ,com as calças mijadas e cagadas!
Vai se limpar,seu relaxado!Vai tomar um banho,"marulanda jr."!!!O mau odor,fétido,repulsivo,próprio das carnes comunistas,DEVE ficar restrito às pocilgas esquerdistas,pois andrajosas em mente e espírito!
Vai para o inferno,já disse,anhoto verme comunista saído das profundezas do inferno...Cala a sua boca,seu analfabeto,burro,ignorante, defensor e simpatizante de genocidas covardes e cruéis contra vítimas inocentes e totalmente desarmadas!
Você não tem vergonha,mesmo,hein,"marulanda jr." de mierda???!!!
KIRK
Os politícos não tém o que fazer, a não ser política, enrolando a Nação com o fator tempo,certas questões de urgência a; há falta de corájem e vontade política...
não entendo porque em um estado dito laico, como o nosso, a opinião da igreja é levada em consideração.
Caro Conde,
Não sei se vc tem acompanhado mas essa série da globo "queridos amigos" é a mais nojenta e sórdida propaganda comunista e gayzista dos últimos tempos na tv aberta.Não acompanho todos os dias mas sempre que vejo me dá vontade de vomitar.Ontem por exemplo um personagem citou a Alemanha Oriental como exemplo de que pelo menos ninguém passava fome apesar de tudo.E outro emendou dizendo que a Stasi monitorava a vida de todos, obviamente querendo estabelecer uma semelhança com a ditadura militar do Brasil.Depois o herói disse : Esse não é o socialismo que queremos... Outro dos heróis da série é um... pasmem, travesti !! A cada dia vejo o apocalipse mais próximo...
Postar um comentário