quarta-feira, julho 26, 2006

HOMICÍDIO EDUCACIONAL


O cacoete intelectual bombardeado às tontas em nosso imaginário acadêmico pedagógico, é o visível desprezo e preconceito insano pela educação e escolas privadas. A militância engajada, no culto do Estado paternalista e doutrinador, adora reverberar o clichê de que a educação não é mercadoria, cabendo ao Estado deter um monopólio total da educação. Não é por acaso que quase todos pensem assim. Nossos núcleos pedagógicos educacionais, antes de educarem para o conhecimento, viraram verdadeiras fábricas de politização ideológica totalitária. Eu bem me pergunto o que Marx e Gramsci contribuíram para a educação, já que ambos são ensinados largamente nas cátedras de pedagogia, sempre imbuídas na idéia mal fadada da “transformação da realidade” (leia-se, a restauração dos velhos regimes comunistas do Muro de Berlim).

Não é por acaso que um cidadão tão infame como Paulo Freire seja tiete dessas figuras carimbadas do marxismo intelectual provinciano, povoados em nosso país, ávidos por inventarem a roda. Um sujeito que prega como “pedagogia de libertação” a mais descarada lavagem cerebral de ideologização da educação, não passa de uma completa pedagogia do opressor, e pior, uma pedagogia da farsa mais monstruosa. Na prática, criando uma hegemonia, no sentido gramsciano do termo, a militância radical acaba por reproduzir in vitro nas universidades públicas, o que gostaria de reproduzir na sociedade como um todo, ou seja, nada mais nada menos do que um regime totalitário, um regime do rebanho de unanimidades amestradas. Não é por acaso que o desprezo à educação independente seja condicionada a uma subserviência deprimente e dependência total do poder político, como gerenciador absoluto da educação.

O pior de tudo isso é que este discurso camufla não somente uma grotesca obsessão pelo poder, como uma primorosa hipocrisia. Os mesmos professores e educadores militantes que criticam a “mercantilização” da educação são precisamente os mesmos que fazem greves e mais greves em nome de seus privilégios corporativos e dinheiro no bolso, às custas do contribuinte, que paga forçadamente por esses serviços. A palavra “privatização”, então é anátema. Em outras palavras educação só é “mercadoria” quando é privada. Quando a educação é uma mercadoria pública de chantagem e extorsão de professores e educadores públicos ruins, ela é apenas sintoma de “inclusão social”. Bem que eles gostariam de possuir o monopólio da “mercantilização” da educação sem educarem nada. A educação é “privatizada” sim, mas aos caprichos somente deles! Como se estes paladinos da justiça social trabalhassem de graça ou por virtude da caridade!

Unindo forças ao grotesco de um governo visivelmente demagógico e de uma intelectualidade pedagógica visivelmente burra e que nada educa, temos agora a pérola das cotas para escolas públicas. Um prêmio à incompetência do governo e de educadores públicos que são pagos e fingem que educam. O governo, em nome de uma pressuposta justiça social, agora quer recompensar a sua própria inépcia de educar, em detrimento das escolas privadas. Ou seja, o nosso governo esquizofrênico agora quer culpar a eficiência da educação privada pela ruindade das escolas públicas.


A argumentação é das mais pífias. O governo responsabiliza as desigualdades na educação, como culpa da capacidade dos alunos de escolas privadas de serem mais instruídos e passarem na frente dos alunos de escolas públicas, por regra, mais medíocres. E em nome disso, vai punir os melhores escolados, criando vagas privilegiadas para os menos instruídos. O que há de mais imoral nisso é que além de um governo criar castas de alunos privilegiados às custas do mérito pessoal e da eficiência de uma educação escolar melhor oferecida e constituída, vai discriminar quem teve uma boa formação escolar, em favor de pessoas totalmente despreparadas para esse fim. Ou seja, o governo educa mal e ainda premia sua própria incapacidade.

É pior. O governo se julga no direito de onerar os alunos de escolas privadas, que experimentarão riscos injustos e desiguais, já que serão sujeitos a uma avaliação desigual de concorrência, a despeito de seu melhor preparo. Nunca se viu tamanha recompensa à mediocridade e tamanho culto às regalias mais odiosas. O esforço pessoal sendo punido, o mérito sendo depreciado, a mediocridade sendo incentivada. Políticas como essas, se não fossem em si mesmas indecentes, elas são simplesmente fraudulentas. O governo finge que alfabetiza e forma alunos e depois finge que forma universitários.

Ora, se o governo é incapaz de dar boa formação de primeiro e segundo grau, como estes alunos terão preparos para uma universidade? Qual será o impacto de universitários semi-analfabetos e incapazes de serem avaliados dentro das faculdades? O que será da formação de um médico que mal sabe escrever um texto ou de um economista que não saiba a sabatina da tabuada?


Muitos falam das mal-fadadas oportunidades dos alunos das escolas públicas em relação às escolas privadas, e por essa razão, justificam essas hilariantes desigualdades estatais. Contudo, antes de alargar as oportunidades, o governo mais se omite em sua obrigação legal de oferecer educação decente para os alunos pobres. E o governo justifica essas idiossincrasias, na esparrela estruturalista de que as diferenças dos alunos são apenas reproduções desiguais da educação ou de formação, e ignoram os esforços pessoais dos alunos que de fato, aproveitaram as oportunidades possíveis, sejam públicas ou privadas pelo mérito de passar no vestibular. O mais ignominioso desse argumento é que retira o esforço pessoal do aluno de decidir os destinos de sua própria vida, e transfere ao governo a decisão arbitrária de decidir quem pode ou não ingressar numa faculdade. Ou seja, o esforço é punido e a indolência é alimentada, já que a educação não requer a busca do aprimoramento pessoal, mas sim a satisfação da mediocridade como pressupostos de escolha do governo. Já que tudo depende apenas dos pressupostos caprichosos de uma formação escolar desigual e não do esforço do aluno, logo, basta o governo por decreto, colocar semi-letrados em universidades públicas, e pronto, teremos grandes profissionais! É em suma, uma anti-ética, uma distorção moral deformante.

Nenhuma educação garante nada se não houver o esforço pessoal da cada um. Que todos devam ter acesso a uma educação mínima razoável, nem isso mesmo é determinante nos méritos pessoais. Ainda que alguém estude em escolas públicas ou privadas boas ou ruins, sem o esforço pessoal de educar-se, que é a busca consciente de conhecer, em nada adianta a formação do indivíduo. Ainda que a formação seja diferenciada para os alunos, nem mesmo numa sociedade pluralista e democrática a educação é igual. Da mesma forma que todas as escolas privadas experimentam diferentes níveis de formação ou qualidade, o mesmo princípio se coloca à escola pública. Ou seja, é simplesmente impossível de igualar os desiguais. É absurdo nivelar a educação, como também é visivelmente impossível nivelar os estudantes. Educação igualitária só existe em regimes despóticos, totalitários, cuja centralização absurda da educação visa destruir a pluralidade de idéias e a forma mesma criativa de educar, que por natureza é desigual.

A mesma esquerda que grita contra a “mercantilização” da educação, parece se esquecer que a educação mercantilizada e privada é a única que educa com seriedade neste país. Do resto, a educação pública, nascida no bom intuito de educar os pobres, acaba sendo um dos processos mais discriminatórios e injustos criados pelos governos, a fim de deixá-los na mais completa ignorância. Os pobres, como dependentes de um processo de serviços estatais quase sempre ruins, são os primeiros injustiçados pelos governos, seja pela má educação como pelo uso descarado do próprio Estado, na manipulação e doutrinação política. A educação pública é, por regra, um sistema notoriamente falido, e que só serve, na sua maior parte, para enganar os pobres e fazer a sanha de panelinhas sindicais de professores ruins e mal escolhidos. Isto quando não serve para politiqueiros de plantão, que fingem educar as crianças, torrando rios de dinheiro com escolas ineptas, que mais distorcem o sentido da educação do que educam. Quem de fato cria as piores desigualdades é o governo e a escola pública. E não é por acaso que uma boa parte da classe média e uma pequena parte dos pobres com algum recurso fogem dela. A escola privada apenas cumpre melhor seu papel de educar.

E num país onde a educação, seja ela pública ou privada em geral, possui um controle governamental obtuso, não é por acaso que agora sofremos um processo grosseiro de engenharia social, que distorce o que há demais profundo na educação, que é a busca do saber, falsificando critérios de avaliação. Não é por acaso que hoje em dia o governo não somente inculca uma distorção cultural e educacional do valor meritocrático do esforço, como também impõe ideologias raciais na educação. Quando vemos questões odiosas como falta de mérito ou mesmo exigências de cotas raciais como critérios de avaliação educacional, nota-se o quanto os governos podem ser corruptores do senso moral de uma população, controlando a educação. Isso quando alguns governos, num Estado laico democrático, impõem proibições arbitrárias à manifestação religiosa individual, em nome de uma pressuposta tolerância, condicionando padrões abusivos de comportamentos, que atentam contra a própria consciência de seus alunos.

Não é por acaso que a educação pública foi, por muito tempo, um dos mecanismos mais eficientes de controle dos regimes tirânicos do século XX. O Estado, impondo ideologias espúrias, depreciando a liberdade individual e o mérito e ignorando o que há de útil e elementar, como alfabetizar e educar, não é mera coincidência que cria uma legião de “politizados” analfabetos e presunçosos com a própria burrice. Cria-se uma trupe de pessoas irrefletidas, raivosas e depreciativas do saber, que desprezam tudo aquilo que desconhecem, como são verdadeiras vítimas da própria ignorância. É visivelmente impressionante que os movimentos estudantis sejam tão submissos quanto a este detalhe. Porém, lembremos que muitos dos movimentos estudantis foram outro parêntesis dos movimentos totalitários do século XX. Nada podemos esperar muito deles.


Para os que criticam, como monges medievais hipócritas, a suposta “mercantilização” da educação, em uma sociedade em geral com sérios problemas de má formação educacional, não é chegada a hora de questionar a educação pública? Ora, sairia mais barato para o governo pagar mensalidades em escolas privadas de qualidade para crianças pobres, do que o mesmo torrar dinheiro público jogado fora pra criar cidadãos semi-analfabetos e deformados culturalmente. Que escolas decentes são possíveis de gerar com professores ruins e histéricos, que fazem greves por esporte ideológico e escolas caindo aos pedaços? A política governamental, na criação de castas estudantis, sejam elas de cotas públicas ou raciais em universidades públicas, são um retrato da depreciação do ensino público neste país, o mais deplorável estelionato escolar. Estão, aos poucos, rebaixando ainda mais o nível da educação, enlouquecendo-a, embora a paranóia seja antiga. E como não poderia deixar de ser, ainda querem depreciar as escolas privadas que educam bem. Em outras palavras, a educação pública, no geral, não presta, e ao contrário da ladainha sectária da esquerda pseudo-pedagógica, mercantilizar a educação educa bem mais do que estatizá-la. Com uma educação pública tão burlesca e tão extravagante, que espíritos vamos criar nesta nação? O Tempora o mores!

9 comentários:

Anônimo disse...

Leio umas merdas de vez em quando, mas esta daqui foi uma das melhores do ano! Tirando a VEJA né...mas num dá pra exigir tanto de um amador.

Anônimo disse...

Mais um artigo pedante, verborrágico e maniqueísta do conde. O cara é uma piada mesmo.

Anônimo disse...

Ihhhhhhhhh, o cara nem mostra a cara. É covardão!

Anônimo disse...

U anônimo falando mal do outro por ser anônimo... ihhhhhhh que coerência

Anônimo disse...

Vc deve estar se rebatendo a si mesmo.

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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Anônimo disse...

proponho um desafio...
se mude para uma favela, procure emprego com 5º serie do ensino publico...e depois venha escrever neste blog

Anônimo disse...

hehehe!!! tanto a direita quanto a esquerda produzem fenômenos incríveis de idiotas neste país.

Parabéns por estar neste grupo memorável....de idiotas!!!