domingo, outubro 10, 2010

O eleitor de Lula não conhece história: e Lula também. . .

O Brasil, institucionalmente, é uma democracia de analfabetos e analfabetos funcionais. Tiririca, palhaço sem graça, ignorante e tosco, foi eleito deputado federal pelo estado mais rico e, pretensamente, mais sofisticado da federação. Junto, é claro, com Netinho de Paula, o pagodeiro pregador da racialidade politicamente correta negra, que virou comunista e evangélico ao mesmo tempo, ainda que dentro de sua ficha, por assim dizer, “policial”, seja famoso também por espancar a esposa. Embora, Netinho não tenha virado senador, o número de votos trai a seriedade dos paulistas. Uma conhecida minha, desiludida com a grande capital, sempre me alertava: “A cidade de São Paulo é um antro de tapados!”. E depois finalizava, com aquele sotaque peculiar típico: “E tudo será uma gigantesca Coréia do Norte. . .”

Se não bastasse um eleitorado analfabeto (e quando falo de analfabetismo, reitero também esse problema entre as classes ditas “letradas” e universitárias), o Presidente Lula subestima quem vota nele. De fato, lembremos que o mito Lula é uma criação da USP, de gente que se considera muito superior à média de inteligência nacional, ainda que tenha criado um sistema de educação e cultura dos mais indigentes do mundo. No entanto, Lula não pertence mais ao mito dos analfabetos diplomados. Agora ele também faz parte dos gostos e aptidões dos analfabetos sem diploma. E convém dizer, estudo, pra que? Essa é a mensagem que o Presidente megalomaníaco, deslumbrado com o poder, com a riqueza e os ternos Armani, representa moralmente para o povo brasileiro. O Príncipe Dom Bertrand de Orleáns e Bragança, com a lucidez que é regra em suas observações, diz que quando Lula fala que “nunca neste país” se criou tal coisa, é porque antes dele, o Brasil do passado sempre foi ruim e nada foi criado de bom. Na verdade, é o que a esquerda revolucionária pensa em qualquer lugar do mundo. Ela se propõe a criar um ano zero, como se a humanidade fosse uma tabula rasa a ser rabiscada e sua memória apagada da história. Esse apagão histórico, por assim dizer, é que faz das mentiras de Lula serem aceitas bovinamente como verdades da Revelação Divina. E quem criou esse apagão histórico? Os intelectuais, naturalmente. . .

No discurso à “companheirada” petista da Petrobrás, publicado nas páginas de Veja, de 07/10/2010, Lula repetiu várias vezes a frase da paranóia deslumbrada de um macaco de circo: “Nunca neste país”. . .e, ainda, foi mais longe: "Eu, um peão metalúrgico, tive o orgulho de participar da maior capitalização da história do capitalismo." Nesta frase, revelam-se questões muito graves. Primeiro, a idéia de que ser um peão metalúrgico iletrado implique algum status social, alguma predisposição superior a qualquer manifestação de inteligência. Traduzindo, em outras palavras, Lula está dizendo assim: “eu, um ignorante, sem cultura, sem educação, cuja formação intelectual ou social é mínima, consegui fazer a tal “revolução capitalista” que outros mais instruídos que eu não conseguiram fazer”. Em outras palavras, para ser Presidente da República, não seja estudioso, culto, letrado e bom conhecedor da história da nação. Seja peão e tudo será resolvido. Teremos o maior crescimento da história “deste país”. . .

Se não bastasse a bravata repetitiva, o que ele conta é uma mentira e das grossas. Se entendermos essa frase obscura como desenvolvimento nacional, o Brasil não experimenta o maior crescimento de sua história. Pelo contrário, comparado a outras fases da história do país, a nossa é de quase uma completa estagnação. Aliás, a fase mais explosiva de crescimento econômico que o Brasil já teve foi na época do regime militar. Em 1964, o país era majoritariamente agrário e tinha 69% de pessoas abaixo do nível da miséria. E, em 1984, quando os militares deixaram o poder, o país tinha apenas 34% de pessoas abaixo do nível da miséria e era a oitava maior economia do mundo, além de ser um país quase que totalmente urbano e industrializado. Enquanto Lula se locupleta com dígitos de crescimento econômico bem medíocres, o Brasil dos anos 70 do “milagre” chegava a dois dígitos. Mas é pecado falar do regime militar. Porque nesta década, alguns pretensos “intelectuais” da USP, elevados a terroristas de grupelhos comunistas fanáticos, estavam no pau de arara ou principalmente no exílio (não em Cuba ou União Soviética, claro), mas em Paris, Estocolmo, Berlim e até nos Estados Unidos, malvada nação imperialista. Quando essas criaturas vieram retomar as universidades brasileiras, também construídas e expandidas pelos militares, não eram mais bolcheviques de fábricas ou sindicatos: eram os “intelectuais orgânicos” de Gramsci ou os cheiradores de pó e os promíscuos sexuais da linha de Marcuse, Foucault et caterva. . .daí o lixo intelectual esquerdista ter contaminado toda uma estrutura educacional e imbecilizado toda uma geração.

Todavia, em seu discurso, Lula não falou da maior “capitalização” da história do Brasil, mas da maior “capitalização” da história do capitalismo (estranha redundância, não muita, para quem não usa apropriadamente a linguagem). Sabe-se lá o que é isso? Será o Lula o paladino da Revolução Industrial Inglesa? O precursor do capitalismo americano? O mentor do crescimento sul-coreano, taiwanês ou de Hong Kong? E as frases mentirosas, sem sentido real, continuavam: "Penso que nós estamos dizendo ao mundo que o Brasil não quer mais ser um país de terceira categoria. Nós queremos ser um país altamente desenvolvido e queremos participar do bloco dos países mais ricos do mundo e, se deus quiser, isso acontecerá, segundo o Banco Mundial, até 2016, se a gente continuar nesse ritmo." Eu me pergunto se a nação não enlouqueceu completamente ao dar tanta popularidade a uma pessoa que não está no seu perfeito juízo. Um país onde tem hospitais caindo aos pedaços e matando pacientes em filas de hospital, onde a escola e a universidade públicas mais aniquilam cérebros do que educam e onde os índices de violência nas ruas são gritantes, realmente o Brasil será um pouco mais desenvolvido, sim. Desenvolvido dentro das linhas africanas de miséria. Porém, o Brasil da fantasia petista é lindo e maravilhoso. A candidata do PT a presidência da república, Dilma Rousseff, quando vai se tratar de câncer, procura hospital privado de primeira em São Paulo, embora ela não use o SUS, que nas palavras da própria, é o melhor sistema de saúde público do mundo.

Quando sugestionado a respeito da demissão do presidente da Agência Nacional do Petróleo, e os efeitos que isto causaria no mercado, o Presidente da demência deslumbrada ironizou: "Eu me perguntei: Esse tal mercado tem título de eleitor? Esse tal mercado vota?". Lula usa e abusa da burrice do próprio eleitorado. Mercado não somente vota, como é responsável pela sua popularidade e pelo crescimento, ainda que parco, do país. Lembremos que um Estado gigantesco e uma sociedade atolada em impostos, na ordem de 40% do PIB, sem dúvida, não vai crescer mais do que pode. Entretanto, o embusteiro e mentiroso compulsivo de Guaranhuns vende a idéia de que o Estado é que gera prosperidade. Ou de que a sua patota corrupta, mitomaníaca e psicótica de Brasília é que foi responsável pelo nosso desenvolvimento. Não é Lula o maior causador da maior “capitalização da história do capitalismo”? O eleitor médio de Lula não conhece história. E lula também não. O Brasil já se tornou uma democracia de analfabetos funcionais, cultores de um verdadeiro peão intelectual!

2 comentários:

Anônimo disse...

SENSACIONAL texto,caro Conde!!!
PARABÉNS!!!


Almirante Kirk

Anônimo disse...

ES-PE-TÁ-CU-LAR!

Marcelo (Comunidade Arnaldo Jabor)