sábado, fevereiro 27, 2010

Católicos, anticapitalistas e socialistas.


Uma questão que sempre me chama atenção, quando me deparo com os católicos nas discussões políticas, sejam eles “tradicionalistas” ou “progressistas”, é o profundo ranço antiliberal e anticapitalista no discurso deles. Essa aversão pode adquirir várias formas ideológicas estranhas ao catolicismo, ainda que sejam travestidas de “autoridade” papal (isto, vindo de leigos). De fato, há na Igreja da atualidade uma espécie de difusão de autoridade e interpretação, em que cada indivíduo parece falar em nome do catolicismo e de sua doutrina social, como se a autoridade eclesiástica fosse repassada para cada um desses pregadores. O Magistério da Igreja, por assim dizer, virou a palavra de cada carola presunçoso e pseudo-moralista, ditando regras papais, como se fosse mais católico do que os outros e do que o próprio papa. Por outro lado, "tradicionalistas" e “progressistas” possuem uma linhagem comum de pensamento quando o o objeto de ataque principal é o capitalismo e o liberalismo, sempre vistos com desconfiança e desdém.

Não se pode negar que houve uma inimizade histórica entre os liberais e a Igreja Católica, nas vertentes revolucionárias e anticlericais do iluminismo francês dos séculos XVIII e XIX. O viés anti-religioso, senão ateísta, de alguns “philosophes” franceses afastou diametralmente os liberais dos católicos e criou um clima insanável entre as duas perspectivas filosóficas. Todavia, não se pode confundir o liberalismo revolucionário, causador da revolução francesa e precursor do socialismo, com a visão clássica tradicional do liberalismo, que tem um profundo viés conservador.

Mas, voltando ao caso católico, nas hostes “tradicionalistas” e “progressistas” da Igreja há uma propensão revolucionária e moderna de achar o Estado como uma entidade imbuída de alguma autoridade moral em si mesma. É curioso que em nome da ética e dos bons costumes, prega-se um modelo estatal que é estranho à tradição da Igreja Católica e que muitas vezes é contrário a ela. Refiro-me aos modelos socialistas implícitos nos discursos moralizantes anticapitalistas. Parte-se do pressuposto de que a sociedade comercial é isenta de uma fundamentação moral própria e que é dever do Estado fazer valer esse princípio de moralidade. Ou na pior das hipóteses, o comércio é o “mal necessário” da nossa modernidade, que deve ser domesticado por burocratas elevados a virtuosos eclesiásticos. Nesta lógica há uma transferência da responsabilidade moral de indivíduos concretos para a estrutura abstrata do Estado. E uma desconfiança na própria sociedade civil em fundamentar seus critérios morais, repassando ao Estado uma autoridade moral superior.

É paradoxal que o clero brasileiro e muitos católicos preguem a supremacia do poder espiritual sobre o poder temporal e dêem ao Estado uma autoridade divinizatória. Fundamentar, em si mesmo, a moral no Estado, é um caráter psicológico típico das filosofias estatólatras e revolucionárias dos séculos XIX e XX. Na prática, os católicos, sejam "tradicionalistas" ou "progressistas", estão corrompendo a fé católica de forma assustadora. A lógica do Estado, na visão desses católicos, é tipicamente rousseana, um simulacro de uma religião civil estatal, ainda que a carapaça de catolicismo disfarce a sua essência ideológica leiga. Pois se o catolicismo se tornar apenas uma formalidade cívica e moral do Estado, não passará de uma fé utilitária e deixará de ser uma confissão cristã. Não é de se espantar que os católicos “tradicionalistas” inventem sofismas dos mais assustadores para transformar sua religião num antro de formalidades e máximas categóricas, autoritárias e vazias. E os “progressistas” de todos os matizes politizam de tal forma a religião, a ponto de agredirem seus aspectos filosóficos essenciais, em favor do credo marxista. Não é assustador pensar que o fascismo e o comunismo tenham seduzido tanto os “tradicionalistas”, de um lado, como os teólogos “progressistas”, de outro. Na verdade, os princípios mais autênticos das ideologias revolucionárias estatais estão impregnados no propósito político de seus espíritos.

E por que os setores católicos "tradicionalistas" e "progressistas" são antiliberais e anticapitalistas? Será mesmo por conta da doutrina social católica, que condena o liberalismo? Ou será por razões mais ocultas da engenharia social implícita que há por trás dos discursos moralizantes do Estado personificador das virtudes? É bem verdade que a doutrina católica critica o liberalismo nos aspectos relativistas desta filosofia. O subjetivismo moral e ético de alguns postulados liberais pode ser insustentável para a Igreja. Mas não só a ela. A experiência mostra que a democracia liberal só se preservou em alguns países, justamente pelo fato de existir uma moral cristã preexistente, que limitou os abusos desse subjetivismo moral e ético do pensamento liberal e deu coerência aos valores políticos e jurídicos instituídos. Por mais que haja um zelo ético de respeito às liberdades e escolhas individuas, a sociedade liberal-democrática não pode prescindir de uma moralidade objetiva existente, que organize a vida social e oriente as pessoas no sentido dessa liberdade, sob pena de ser destrutiva.

É neste sentido que o catolicismo critica o liberalismo, com certa razão. Quando o papa Pio XI disse que o liberalismo preparou o caminho para o comunismo, quis dizer, basicamente, que o relativismo moral e ético liberal preparou o espírito para o coletivismo. É pior: o materialismo implícito em algumas perspectivas liberais economicistas é incrivelmente semelhante ao propósito marxista. São os parâmetros éticos e morais genuínos que definem a esfera do Estado, da propriedade privada e da liberdade civil, muitos deles, criados ou consolidados pelo próprio cristianismo. Sem eles, a democracia liberal vai para o ralo.

Por outro lado, nem sempre a Igreja esteve totalmente simpática às liberdades, vide a encíclica papal de Gregório XVI, que considerava a liberdade de imprensa e de consciência um “erro”. Muitas vezes em nome da verdade, a Igreja acabou contradizendo seus próprios conceitos de livre arbítrio e sacrificando a liberdade. Há de se entender que muitas destas reações foram conseqüências do espírito de uma época determinada, de conflitos entre o clero e uma modernidade muitas vezes hostil à tradição. Na ânsia de se proteger dessas novas forças políticas, a Igreja acabou se fechando em si mesma ao tomar partido de escolhas nem sempre corretas. O posicionamento crítico e severo da Igreja com a modernidade, sem uma postura realista que pudesse contrapô-la, permitiu que muitos segmentos católicos "tradicionalistas" aderissem a ideologias radicais, inclusive, assimilando os métodos e formas de organização dos movimentos revolucionários, ainda que supostamente preservassem uma máscara conservadora. No final, essa reação acabou por isolar a Igreja da sociedade, prejudicando-a. Nenhum católico, atualmente, defende algum retrocesso político, neste sentido, salvo, é claro, em alguns círculos sectários e demagógicos de chamado “tradicionalismo” católico.

Nem todo liberalismo é isento de uma perspectiva moral. É um exagero achar que dentro da filosofia liberal se ignore a importância da moralidade na vida pública. O liberalismo pode cair no relativismo ético e moral, perigoso para as democracias, como pode ser um elemento orientador dos valores conservadores, como a proteção da família, da liberdade e da propriedade. As bases da democracia representativa moderna e do individualismo político liberal são genuinamente morais. E mesmo o casamento feliz do conservadorismo e do liberalismo é um reflexo dessa tendência.

Ademais, alguns aspectos do liberalismo, como a defesa da livre empresa, do mercado, do trabalho livre, e demais direitos individuais, não são contrários aos fundamentos da doutrina social católica. Em determinadas situações são até semelhantes. A concepção subsidiária do Estado apregoada pela Igreja Católica é muito parecida com a visão do “Estado mínimo” liberal. O Estado liberal é também subsidiário da sociedade. Não pretende substituir o que a sociedade deve fazer para si, de forma voluntária. Visa somente complementar a vida civil privada, sem substitui-la. Essa Intervenção é limitada pela esfera dos direitos naturais da propriedade privada e da liberdade civil e política. O Estado de Direito é princípio comum tanto nos Estados liberais, como na visão católica de política. E a idéia de que há direitos naturais preexistentes e acima do Estado são lugares-comuns tanto liberais, quanto católicos.

Outros aspectos aproximam católicos e liberais: a questão da escolha individual e do livre arbítrio. Na concepção católica, nem toda transgressão moral deve ser reprimida pelo Estado, salvo se for de tamanha relevância e ameaça a paz social, como a natureza do crime de assassinato, de roubo, etc. Isso não isenta as pessoas do pecado, porém, faz delas responsáveis pelos seus atos e cujo sofrimento elas assumem por eles. O mesmo princípio se aplica aos liberais. A única diferença, por assim dizer, é que alguns liberais erram ao assumirem um relativismo moral e negarem uma escala objetiva de valores, em nome da supremacia da vontade do indivíduo. O subjetivismo exacerbado de alguns pensadores liberais não sobrevive a uma análise séria.

Cada pessoa deve assumir os riscos e o preço de seus atos, sejam bons ou maus. E não se pode achar que o Estado ou qualquer outra entidade queira determinar as escolhas particulares dessas pessoas. Estas devem ser feitas conscientemente por qualquer indivíduo, de acordo com seu livre convencimento. Nem por isso pode-se nivelar socialmente esses valores, em favor de uma subjetividade ou escolha que nem sempre está certa. O livre arbítrio, como a liberdade, é princípio de ordem moral e ética. Princípio que exige, na consciência de cada pessoa, as noções de bem e mal, certo e errado, justo e injusto, e suas naturais conseqüências e assim por diante.

Os católicos “tradicionalistas” e “progressistas”, de maneira desonesta, ou movida por ignorância, apregoam que o capitalismo é um sistema que prega o lucro como o fim em si mesmo, que o liberalismo é materialista e desvia o foco da atenção à religião, em favor do dinheiro. Ou que o liberalismo é uma filosofia anarquista, que nega a autoridade e a existência do Estado, no princípio da não-intervenção estatal ou isenção governamental. Quando a CNBB anuncia a Campanha da Fraternidade condenando os “lucros desmedidos” e associando acumulação de capital com “exclusão social”, “miséria”, “desigualdades”, reproduzindo um discurso típico do Fórum Social Mundial, ou quando a minoria “tradicionalista” prega a chamada “democracia orgânica” corporativista, que na prática, é puro viés fascista, essas críticas ao capitalismo nada têm de católicas. São genuinamente socialistas. Todas essas análises, sem exceção, desconfiam da sociedade voluntária e idolatram o Estado como entidade moral absoluta.

Primeiramente, dentro de uma sociedade pluralista, é difícil crer que no sistema capitalista haja uma finalidade em si mesma. Usa-se o lucro, o dinheiro, o capital, para os mais complexos e variados fins. O “capital em si mesmo” é tão somente um discurso, mais do que uma realidade. Ninguém come capital. Ninguém se veste de capital. Usa-se o capital como meio, para chegar aos fins, inclusive, os fins da caridade. Como alguém pode afirmar um único fim para milhões de cabeças? A concepção também é tipicamente socialista: presume-se que a economia de mercado tenha planejamento central para ter um único “fim”.

É verdade que há um risco de um intenso materialismo na sociedade capitalista. O vício da falsa segurança do bem estar econômico pode ofuscar a importância de outros valores. A prosperidade econômica pode iludir muitas pessoas e acomodá-las, fazendo-as negligenciar outras aspirações. Entretanto, isso se deve muito menos à natureza das sociedades comerciais do que ao relativismo ético e moral ligado às ideologias revolucionárias. Riqueza não é sinônimo de falta de humildade e religião. E se algum católico crê que a prosperidade é um elemento condicionante para a licenciosidade, nem pensa como católico, e sim como um materialista histórico, um marxista!

Ademais, acusam-se os liberais de serem anarquistas. Espantosa ignorância, em parte, cultivada pelos chamados “libertários” ou anarco-capitalistas, que pregam uma sociedade utópica sem governo. Contudo, os católicos que fazem acusações como esta sabem que estão sendo intelectualmente desonestos.

Como um católico que se identifica com alguns postulados econômicos e políticos do liberalismo, já fui chamado de herege, inimigo da Igreja e “revolucionário”. Como um liberal que se identifica com os postulados morais conservadores do catolicismo, já fui chamado de “reacionário” por alguns católicos de tendências abertamente esquerdistas. Enfim, estou no centro da questão, entre os dois extremos. Lamentavelmente, uma grande parte dos católicos é abertamente revolucionária, abertamente idólatra das ideologias de engenharia social, seja no âmbito do Estado, como na questão ou civil. Se por um lado simula a adoração da autoridade coletiva, na idéia de um Estado que represente a vontade de Deus (ou o próprio Deus), por outro, colabora abertamente para a corrupção moral e intelectual da Igreja e a sua dissolução. "Tradicionalistas" e "progressistas" possuem um inimigo comum: a liberdade e a sociedade voluntária, que pode ser rotulada de “sociedade liberal”. Os primeiros, em nome de um passado romântico e mitológico que se supõe seja restaurado através da força; e os últimos, em favor de um futuro utópico, hipotético e milenarista da história, sujeitando a fé católica ao credo materialista marxista e visando uma sociedade totalitária. Todas esses caminhos, sem exceção, estão longe de salvar as almas. Na melhor das hipóteses, são caminhos mais próximos para levar ao inferno.


16 comentários:

Anônimo disse...

Tanta ideologia neste mundo, simplesmente nascidas nas cabeças de idiotas pensando serem profetas de algum mundo novo e perfeito, que fica difícil ser simplesmente um ser humano.

Anônimo disse...

Essa foto de integralistas foi excepcional. E o mais tragicômico é atualmente alguns adotando o integralismo e dizendo que nada têm a ver com fascismo, nazismo, antidemocracia, antiliberalismo e afins.

Unknown disse...

Pois e, meu caro Conde...
Mas como cobrar “coerência” e “Unidade” de um rebanho de milhões de católicos, quando seus “pastores” se dividem e criam, cada um, uma interpretação de si mesmos, em relação à mensagem do Cristo?
O que dizer de “padrecos” como Frei Beto e de “Teologias” que alienam o católico, contribuindo para uma lavagem cerebral, a favor de uma ideologia que, no mundo inteiro, só levou à destruição incluindo a própria Igreja?
Se os líderes da Igreja mantivessem um discurso coeso e não dessem guarida a idéias estranhas, esse comportamento não seria observado entre seus fiéis.
Se você observar, a mesma Igreja, que acompanhou a “marcha pela Família, por Deus e pela Liberdade”, pedindo que as Forças Armadas impedissem a desgraça do país, ante a ameaça comunista, essa mesma Igreja, através de muitos de seus representantes, pediu a cabeça daqueles que tentaram impedir o caos.
E, nos anos que se seguiram, deram guarida àqueles que continuavam querendo o mesmo caos.
Fica difícil pedir coerência de rumo ao rebanho, se seus pastores o dispersam.
José

O Ancião disse...

Belo texto. Tomei a liberdade de citá-lo em meu blog católico:

http://jornadasespirituais.blogspot.com/2010/03/o-magisterio-sou-eu.html

Anônimo disse...

Excelente texto,caro Conde!!!

Parabéns!!!



KIRK

Anônimo disse...

Texto muito confuso, por conta da salada de termos que o autor utiliza, principalmente, quando faz alusão ao rótulo "tradicionalista". Afinal, quando você diz "tradicionalista", a quem vc se refere? Existem dentre os fiéis e o clero católico inúmeros tipos de "tradicionalistas", desde aquele que propõem soluções políticas para a humanidade, até aqueles que professam a Doutrina Social da Igreja. Você sabe o que é Princípio de Subsidiariedade? A crítica descabida de Olavo de Carvalho à Carta Encíclica "Spe Salvi" de S.S. Papa Bento XVI, que tratou da temática social, mostra a sua total ignorância sobre os ensinamentos da Igreja de Cristo, e, pior, Olavo assume essa ignorância e faz questão de tê-la. Vcs liberais da estirpe do Olavo de Carvalho deveriam se abster de tratar de assuntos acerca da doutrina católica, por conta vossas ignrâncias sobre esta. O Princípio de Subsidiariedade é o princípio proclamado pela Doutrina Social da Igreja que rege a atuação do Estado frente toda a sociedade civil, mas pelo visto, Olavo prefere disparar sua metralhadora de maledicências municiada por uma ignorância que ele faz questão de manter. É essa ignorância que o faz misturar tradição católica com os "tradicionalistas" da Ação Francesa de Charles Maurras. É absurdo dizer que "A lógica do Estado, na visão desses católicos, é tipicamente rousseana". E os valores da livre empresa, do mercado, do trabalho livre não são suficientes para aproximar Estado Liberal do Estado Subsidiário, e a Revolução Francesa foi maior prova disso, porque aboliu os Corpos Sociais Intermediários, tão caros ao Princípio do Estado Subsidiário. Por fim, "A experiência mostra que a democracia liberal só se preservou em alguns países, justamente pelo fato de existir uma moral cristã preexistente, que limitou os abusos desse subjetivismo moral e ético do pensamento liberal e deu coerência aos valores políticos e jurídicos instituídos." Cuidado, meu caro, o protestantismo não é cristão, ele pode não ter afundado toda a sociedade no atual relativismo hodierno, mas a decadência moral começou, justamente quando Lutero questionou a autoridade da Igreja que o próprio Cristo fundou e lhe deu autoridade para ensinar uma Verdade Absoluta, algo avesso ao relativismo protestante, que contaminou a teologia e abriu as portas para o relativismo em todos os campos do conhecimento.

Conde Loppeux de la Villanueva disse...

Texto muito confuso, por conta da salada de termos que o autor utiliza, principalmente, quando faz alusão ao rótulo "tradicionalista". Afinal, quando você diz "tradicionalista", a quem vc se refere? Existem dentre os fiéis e o clero católico inúmeros tipos de "tradicionalistas", desde aquele que propõem soluções políticas para a humanidade, até aqueles que professam a Doutrina Social da Igreja.

Conde-O termo está bastante claro. Refiro-me, principalmente àqueles que rejeitam o Concílio Vaticano II ou outros que são adeptos de verdadeiros grupos sectários dentro da Igreja Católica. Isso pq são eles que se autonomeaim assim.


Você sabe o que é Princípio de Subsidiariedade?

Conde-Sim, sei. E onde tem a ver com o texto? Vc é tão prolixo assim, só pra fingir que tem cultura? Isso não me impressiona, acredite.

Conde Loppeux de la Villanueva disse...

A crítica descabida de Olavo de Carvalho à Carta Encíclica "Spe Salvi" de S.S. Papa Bento XVI, que tratou da temática social, mostra a sua total ignorância sobre os ensinamentos da Igreja de Cristo, e, pior, Olavo assume essa ignorância e faz questão de tê-la.

Conde-Vc não a crítica que o Olavo fez À Encíclica, que dentre outras esquisitices, reconhece a necessidade de um "governo mundial". Vc é a favor da burocracia mundial governada pela ONU? Que grande católico vc é, heim?

Vcs liberais da estirpe do Olavo de Carvalho deveriam se abster de tratar de assuntos acerca da doutrina católica, por conta vossas ignrâncias sobre esta.

Conde-Vc deveria calar um pouco mais seu bico, pq sua atitude não lembra nem um pouco a modéstia exigida por um católico.


O Princípio de Subsidiariedade é o princípio proclamado pela Doutrina Social da Igreja que rege a atuação do Estado frente toda a sociedade civil, mas pelo visto, Olavo prefere disparar sua metralhadora de maledicências municiada por uma ignorância que ele faz questão de manter.

Conde-Aqui vc está sendo desonesto e típicamente um papagaio de pirata. O princípio da subsidiariedade, proclamado pela Igreja, diz respeito às funções do Estado, dentro de critérios reconhecidos de legitimidade do governo pela comunidade, no sentido de auxiliá-la, sem substituir suas funções privadas. É bem diferente de uma autoridade mundial intervindo na políticas das nações, sabendo-se que a burocracia da ONU não tem legitimidade e, tampouco, nenhum propósito cristão. Vá estudar e pare de papaguear asneiras.


É essa ignorância que o faz misturar tradição católica com os "tradicionalistas" da Ação Francesa de Charles Maurras.

Conde-Primeiramente, aprenda a ler: tradicionalismo, por assim dizer, é uma ideologia. É diferente de ser "tradicional". O fato de alguns setores católicos auto-declarados "tradicionalistas" terem aderido a fórmulas totalitárias de projetos políticos é um fato histórico bem documentado. Como é documentado que a Teologia da Libertação é bem comunista!


É absurdo dizer que "A lógica do Estado, na visão desses católicos, é tipicamente rousseana".

Conde-Eu duvido que vc entenda Rousseau, mas vamos lá!


E os valores da livre empresa, do mercado, do trabalho livre não são suficientes para aproximar Estado Liberal do Estado Subsidiário, e a Revolução Francesa foi maior prova disso, porque aboliu os Corpos Sociais Intermediários, tão caros ao Princípio do Estado Subsidiário.

Conde-Primeiramente, a Revolução Francesa está muito longe de ser uma revolta liberal. Ela foi, justamentem um prenúncio do socialismo moderno. Por outro lado, vc não entendeu a minha associação a Rousseau e a certos católicos: pelo simples fato de se preocuparem com picuinhas formais, e pelo fato de associarem à religião cristã como instrumento do Estado, eles acabam sujeitando a fé católica aos fins do Estado, gerando uma nova religião civil.

Por fim, "A experiência mostra que a democracia liberal só se preservou em alguns países, justamente pelo fato de existir uma moral cristã preexistente, que limitou os abusos desse subjetivismo moral e ético do pensamento liberal e deu coerência aos valores políticos e jurídicos instituídos." Cuidado, meu caro, o protestantismo não é cristão,

Conde-O protestantismo é cristão sim. Só não é católico. Que haja erros doutrinários no protestantismo, isso é correto. Porém, não se nega que os protestantes sejam seguidores de Cristo. O próprio Papa que vc cita por mera conveniência chama os protestantes de "irmãos separados" da Igreja.

Conde Loppeux de la Villanueva disse...

ele pode não ter afundado toda a sociedade no atual relativismo hodierno, mas a decadência moral começou, justamente quando Lutero questionou a autoridade da Igreja que o próprio Cristo fundou e lhe deu autoridade para ensinar uma Verdade Absoluta, algo avesso ao relativismo protestante,

Conde-Primeiramente, por mais que o protestantismo tenha aberto portas ao relativismo na interpretação bíblica, todavia, ele mesmo gerou seus conceitos dogmáticos de fé e de liturgia. A questão em si não é tão arbitrária quanto parece.

que contaminou a teologia e abriu as portas para o relativismo em todos os campos do conhecimento.

Conde-O protestantismo não é sinônimo de relativismo. Essa relaçaõ é falsa.

Anônimo disse...

Conde disse: "O Magistério da Igreja, por assim dizer, virou a palavra de cada carola presunçoso e pseudo-moralista, ditando regras papais, como se fosse mais católico do que os outros e do que o próprio papa"

Você deve se achar, além de um grande erudito, uma pessoa totalmenta familizrizada com a vanguarda da igreja. É no máximo, "íntimo" de algum bispo alcoólatra. Ter boa memória ou saber garimpar textos não é sinônimo de inteligência, meu caro. Deixe um pouco a arrogância de lado e vai falar sobre o que vc entende, se é que entende de alguma coisa.

Conde Loppeux de la Villanueva disse...

Conde disse: "O Magistério da Igreja, por assim dizer, virou a palavra de cada carola presunçoso e pseudo-moralista, ditando regras papais, como se fosse mais católico do que os outros e do que o próprio papa"

Você deve se achar, além de um grande erudito, uma pessoa totalmenta familizrizada com a vanguarda da igreja. É no máximo, "íntimo" de algum bispo alcoólatra. Ter boa memória ou saber garimpar textos não é sinônimo de inteligência, meu caro. Deixe um pouco a arrogância de lado e vai falar sobre o que vc entende, se é que entende de alguma coisa.


Conde-Mais outro católico idiota e presunçoso, que se acha mais católico do que o papa?

Conde Loppeux de la Villanueva disse...

É no máximo, "íntimo" de algum bispo alcoólatra.

Conde-Vc está insinuando que os bispos que eu conheço são alcóolatras e homossexuais? Que católico mesquinho vc é! Se é que vc seja católico mesmo!


Ter boa memória ou saber garimpar textos não é sinônimo de inteligência, meu caro.

Conde-Fazer insinuações nojentinhas, dignas de carolinhas fofoqueiras, tb não é sinõnimo de inteligência. É sinônimo sim, de que tem espírito de porco!


Deixe um pouco a arrogância de lado e vai falar sobre o que vc entende, se é que entende de alguma coisa.


Conde-Quer maior arrogância do que um merdinha como vc ditando regras do Magistério da Igreja? Se é que vc seja eclesiástico mesmo? Esses leigos de merda!, ts, ts, ts, ts,

Anônimo disse...

Não foi difícil remover a sua máscara. Verniz fino de polidez, onde afinal foi parar o "erudito"? A provocação sobre a intimidade também revelou um pouco mais que o esperado. Suspeições confirmadas à parte, você é apenas um alpinista social que alinha o próprio pensamento ao da classe dominante provinciana. Aspirante a intelectual, não vai passar disso: um aspirante razo, insípido e presunçoso com um texto repleto de jargões. A postura estereotipada, típica daqueles que buscam notoriedade contestanto "notórios". Conheço pseudo-teóricos apenas pela vírgula.

"Quem sabe que é profundo busca a clareza. Quem deseja parecer profundo para a multidão procura ser obscuro porque a multidão toma por profundo aquilo cujo o fundo não vê, ela é medrosa... exita em entrar na água"

Conde Loppeux de la Villanueva disse...

Não foi difícil remover a sua máscara.

Conde-Claro, claro, claro, vc me conhece mais do que eu mesmo, não é mesmo, sr. clarividente?

Verniz fino de polidez, onde afinal foi parar o "erudito"?

Conde-Se é erudito com os eruditos. Não é o mesmo com os maliciosos e os porcos. . .

A provocação sobre a intimidade também revelou um pouco mais que o esperado.

Conde-Estou dando a devida resposta que vc merece.

Suspeições confirmadas à parte, você é apenas um alpinista social que alinha o próprio pensamento ao da classe dominante provinciana.

Conde-Claro, claro, vc sabe todo o pensamento da tal "classe dominante provinciana", que dirá dos meus interesses sociais?! Eta moleque presunçoso. Mal lê algumas cartilhas do Fedeli e da Associação São Pio X e já se acha o "católico", mais católico do que o Papa e o Magistério da Igreja.


Aspirante a intelectual, não vai passar disso:

Conde-O clarividente agora é futurólogo!

Conde Loppeux de la Villanueva disse...

um aspirante razo, insípido e presunçoso com um texto repleto de jargões.

Conde-Estou sinceramente comovido com sua modéstia, como dá pra perceber! Vc está no céu e eu estou no inferno! Pobre de mim!

A postura estereotipada, típica daqueles que buscam notoriedade contestanto "notórios".

Conde-Resta saber quais estereótipos eu me baseio. Quer coisa mais estereotipada, rancorosa e de baixo nível do que seus rótulos? E com o devido acatamento, vá tomar no seu rabinho, que eu sei que vc gosta de dar pros membros da seita.

Conheço pseudo-teóricos apenas pela vírgula.

Conde-Claro, vc é onipotente, onisciente e onipresente. A gnose em seu mais alto grau!


"Quem sabe que é profundo busca a clareza. Quem deseja parecer profundo para a multidão procura ser obscuro porque a multidão toma por profundo aquilo cujo o fundo não vê, ela é medrosa...

Conde-Eu é que me pergunto, pq até agora vc não foi nada claro. Presunçoso, obscurantista, tosco, falando pelos cotovelos, sabe-se lá pq. Que dirá esse ódio À humanidade travestido em conceitos como "tradição", "catolicismo", "modernismo" e outros "ismos", típicos das concepções totalitaristas comuns nas ideologias do século XX?


exita em entrar na água"

Conde-Bem, vc é a água da vala! Sem mais. Estou sendo até caridoso respondendo pra vc?

Visconde de La Villeneuve disse...

Ei, Conde, como você deixou escapar o "exita" de um homem que não "hesita" em escrever "exita"???

Acho que ele merece, em bom italiano, uma "uscita" para sua ignorância.