quarta-feira, abril 01, 2009

O “sacerdóço” da “dotôra” do Prouni.

A propaganda governamental do Prouni, ou o programa de liberação de verbas públicas para bolsas de estudo em universidades privadas, prioritário para pessoas carentes, é um retrato fiel do conceito de educação no governo Lula. Uma jovem supostamente pobre choraminga pela conquista da bolsa de estudos de medicina. E quando fala sobre a vocação, afirma-o nestes dizeres: é um “sacerdóço”! A idéia artificiosa que o vídeo passa é a de que para ser pobre, necessita demonstrar incultura, péssimo português. De fato, é assim que o presidente Lula reage, toda vez que faz suas coleções de gafes: ele finge ser “homem do povo”, parodiando aquilo que há de pior no povo. Na pior das hipóteses, para certas pessoas como a personagem da propaganda, o importante não é ter conhecimento, mas o titulo de “dotôr”. E ela diz: “- Ah, mas as pessoas me diziam que medicina era coisa de rico”. Ou seja, medicina não é saber, é status social de caipiras deslumbrados com algum título de nobreza.

Quando se analisa as discussões estéreis de ativistas revolucionários disfarçados de pedagogos, a respeito das cotas raciais ou cotas para escolas públicas, nota-se que a boa formação vem em último lugar. O importante não é avaliar o aluno, porém, aprová-lo a todo custo, ainda que isso implique uma formação intelectual sofrível, de baixíssimo nível. Por outro lado, o apego fetichista das séries, dos graus curriculares e de graduações é inversamente proporcional ao nível cultural do aluno médio. Quanto maior o anel, mais burro é o bacharel. O governo se prontifica a formar alunos desqualificados, incapazes de escrever uma carta ou ler um livro, e enche as estatísticas reverberando que investe em “educação”. As cotas raciais e de escola pública nas universidades são tão somente a ampliação da fraude que é ensino público básico atual. O governo não educa e impõe à força seus alunos, em detrimento dos mais preparados em escolas privadas. Agora é mania pedagógica nacional: a educação privada é culpabilizada porque educa melhor (ou ao menos, de forma menos piorada). O aluno de colégio particular é criminalizado porque, supostamente, pertence a uma condição social abastada. Logo, demonstrar conhecimento é coisa da “elite”, coisa de rico. O negócio mesmo é continuar ignorante, ainda que com título de “dotôr”.


Há outro viés na questão das cotas: é a luta de classes e a luta de raças nas salas de aula. Ao invés das universidades avaliarem aquilo que realmente interessa aos seus quadros, como o conteúdo intelectual propriamente dito, os alunos são avaliados por questões arbitrárias, como raça e condição social. A discriminação racial e social é notória: alunos supostamente “ricos”, porque estudam numa escola privada, serão prejudicados, justamente porque seus pais custeiam uma educação melhor para seus filhos. Os piores alunos terão privilégios, ora porque são negros, ora porque são pobres (como se a mera condição de pobreza e raça negra não exigisse destes alunos os mesmos critérios de conhecimento exigidos para todos). Isso isenta totalmente o Estado de oferecer um nível educacional digno aos seus alunos. Suprimindo a concorrência entre escolas, o governo imputa a si mesmo o privilégio de colocar seus próprios alunos sem a formação adequada. O resultado é bastante óbvio: a queda da qualidade de ensino nas faculdades. E para isso, ele criminaliza os alunos considerados “burgueses”, quando na verdade deprecia os mais talentosos e corrompe a educação, posando de paladino da “justiça social”. As “elites” são sempre as culpadas, os bodes expiatórios, porque são mais estudiosas, como se a qualidade de formação destas fosse responsável pela inépcia dos alunos de escola pública. Os pobres coitados precisam de regalias especiais, tais como os incapazes e loucos de todo o gênero, ainda que permaneçam ignorantes por toda a vida.


O Prouni é o retrato cabal da destruição da educação brasileira pelas esquerdas. Alguém desavisado ou mesmo mal intencionado dirá que isso faz parte da política “neoliberal”. Nada mais falso. O programa do governo é puro clientelismo, pura compra de consciência dos pobres, através de uma liberação desordenada de diplomas. Há de se recordar que cerca de quase 70% dos cursos de faculdades pagos pelo governo foram reprovados pelo MEC. Ou seja, o governo está financiando cursos de baixíssima qualidade às custas do contribuinte. Porém, o governo Lula não ficou satisfeito com isso: modificou radicalmente os critérios de avaliação das faculdades, adulterando o antigo “provão” aos acadêmicos recém-formados e criando provas mais fáceis, preservando os cursos ruins. A UNE, a associação dos estudantes que não estudam, aprovou essa medida. Às vezes me recordo quando os estudantes profissionais da minha universidade exigiam novos livros para as bibliotecas. Mas quem disse que eles gostam de livros? A maioria dos livros que exigiam, eu os encontrava mofados. Entretanto, o que se pode esperar de um rebanho do Partido Comunista, senão este ato de servilismo bovino, digno da ditadura do Kampuchea, no melhor estilo Pol Pot?!


No Brasil há uma revolta contra os estudos, uma revolução da ignorância educacional. Uma boa parte dos pedagogos, embebida nas asneiras da “pedagogia do oprimido” de Paulo Freire, preconiza como modelo o “aluno crítico”, ainda que ele não saiba o porquê e quais razões de criticar algo. Na verdade, “crítica” se torna expressão raivosa, canina, protesto mimado de jovens que mereciam umas boas palmadas. E acrescento, junto com seus professores, tão mimados e toscos quanto seus alunos. Um exemplo visível deste fenômeno: uns garotos de uma escola pública do Espírito Santo protestaram contra o aumento da carga horária, supostamente, por falta de infra-estrutura. Todavia, um detalhe na foto chamou a atenção: os erros assustadores de português. Assim os moleques diziam: “Porque a carga horária ‘almentar’, se na escola não tenho condições de ficar?” (sic). Além do uso incorreto do “porque”, “almentar” é simplesmente um desastre. E, no entanto, o governo federal quer criar cotas para esses alunos. Quer elevá-los a doutores, ainda que não ofereça a formação suficiente para alcançar a instrução apropriada. A garota-propaganda do Prouni é reveladora de nossos tempos. Eu é que não colocaria minha saúde nas mãos dela (e olha que costumo sempre desconfiar dos médicos!). A educação brasileira atual é o “sacerdóço” da estupidez!

11 comentários:

Anônimo disse...

Um detalhe: a palavra horária na foto, está sem acento no primeiro a.

Uma pergunta: Qual é a sua opinião sobre o homescholling?

Grato,

Fabio.

Anônimo disse...

esse deve ser o mesmo nível dos doutores de Cuba que tanto querem importar para a Banânia do Sul...

Anônimo disse...

Mas isso é um dos pilares do comunismo: ninguém tem o direito de se destacar por seus próprios méritos. Todos devem ser iguais, e as chances de indivíduos se destacarem, suprimidas pelo Deus-Estado, o que já ocorre quando um aluno promissor é preterido em favor de outro, inferior, mas que se adequa aos critérios de cotas. O Brasil deveria buscar ter os melhores expoentes do conhecimento, e não os melhores "negros" ou "pobres". Com o passar do tempo, obviamente, haverá um maior número de formados. Mas o diploma então terá se convertido em mero adorno, para decorar paredes, tão comum quanto ordinário o saber de seu titular.

Anônimo disse...

Muito bom! O tema Paulo Freire poderia ser discutido em mais textos, já que representa um dos principais motivos de nosso atraso.

Abraços.

Anônimo disse...

EXCELENTE,como sempre,caro Conde!!!


PARABÉNS!!!




KIRK

Jerônimo disse...

Uma das bandeiras dos defensores dos regimes socialistas e comunistas que existiram no mundo é a questão da alta escolaridade da população desses países. “Dizem eles: o povo é mais pobre que nos países capitalistas, mas tem mais cultura”.
A situação nos dias de hoje não mudou. Na Venezuela o ensino universitário está se expandindo formidavelmente, assim como no Brasil. Mas se trata de um ensino universitário de péssima qualidade, ou melhor, com qualidade compatível a de seus alunos.

Anônimo disse...

Agora temos semi-analfabetos estudando em meio turno. Se a carga horária for ampliada para turno integral teremos apenas semi-analfabetos em turno integral.

Anônimo disse...

Ótimo texto,caro Conde!

Os comentários dos conservadores deste blog estão ótimos!

Parabéns a todos!

Ritter

Anônimo disse...

Prezado Conde e demais Direitistas,Reacionários,Burgueses(leia-se:cristãos),Capitalistas,adeptos da moral judaico-cristã etc,enfim,pessoas dignas,que trabalham,produzem,estudam;pessoas de boa índole(não-revolucionárias);pessoas NORMAIS,que amam as suas famílias,os seus filhos,os seus amigos e o seu próximo,que não ficam fomentando revoluções cujos únicos resultados(já registrados pela história)só interessam a gente doente moral,espiritual,intelectual,emocional ementalmente,como psicopatas,sociopatas...MONSTROS VERMELHOS(marxistas/socialistas/comunistas/nazistas/humanistas/ateístas...)saídos das profundezas do Inferno,e cujo legado MACABRO à humanidade é de aproximadamente 200.000.000 (Duzentos Milhões de pessoas civis inocentes mortas sob os mais diversos métodos próprios dos referidos MONSTROS VERMELHOS(integrantes,adeptos,ativistas,colaboradores,militantes,simpatizantes etc do ATEÍSMO/ESQUERDISMO)saídos das profundezas do Inferno!

Para vcs terem uma idéia do perfil da pessoa com o POTENCIAL a servo,ou escravo,do Monstro Vermelho,reproduzo o excelente texto de Anatoli Oliynik:





"O ESQUERDISTA, QUEM É ELE?
* Anatoli Oliynik


“A ambição diabólica do esquerdista é querer mandar no mundo”



O esquerdista é um doente mental que precisa de ajuda e não sabe. Um sujeito miserável que necessita da piedade humana. Mas cuidado com ele. Por ser um ser desprezível, abjeto, infame, torpe, vil, mísero, malvado, perverso e cruel, todos sinônimos é verdade, mas insuficientes para definir seu verdadeiro perfil, ele é perigoso e letal.

É um sociopata camuflado, um psicótico social que imagina ser Deus e centro do mundo. Na sua imaginação acha que é capaz de solucionar todos os problemas da humanidade e do mundo manifestado, mas que na verdade quer solucionar os seus próprios, que projeta nos outros para iludir-se de ser altruísta.


É um invejoso. A inveja é a sua marca registrada. Sente ódio doentio e permanente pelas pessoas de sucesso, notadamente aquelas realizadas financeira e economicamente. O sucesso alheio corrói suas entranhas. É aquele sujeito que passa pelo bosque e só vê lenha para alimentar a fogueira de seu ódio pelo sucesso alheio.

É um fracassado em todos os sentidos. Para justificar o seu fracasso busca desesperadamente culpados para a sua incompetência pessoal, profissional e humana. No seu conceito, a culpa é sempre dos outros, nunca atribuída a ele mesmo. É um sujeito que funciona como uma refinaria projetada para transformar insatisfações pessoais e sociais em energia pura para promover a revolução proletária.

É um cínico. Não no conceito doutrinário de uma das escolas socráticas, mas no sentido de descaramento. Portanto, um sujeito sem escrúpulos, hipócrita, sarcástico e oportunista. Para justificar seu fracasso e sua incompetência pessoal, se coloca na condição de defensor do bem-estar da sociedade e da humanidade, quando na verdade busca atender aos seus interesses pessoais, inconfessos. Para isso, se coloca na postura de bom samaritano e entra na vida das pessoas simples e desprovidas da própria sorte, com seu discurso mefistofélico.

É um ateu. Devido a sua psicose, já comentada anteriormente, destitui Deus e se coloca no lugar d’Ele para distribuir justiça, felicidade e bem-estar social, solucionar todos os problemas do mundo e da humanidade, dentre outros que-jandos. É um indivíduo que tem a consciência moral deformada e deseja, acima de tudo, destruir todos os valores cristãos e construir um mundo novo, segundo suas concepções paranóicas.

É um narcisista. A sua única paixão é por si mesmo, embora use da artimanha para parecer um sujeito preocupado com os outros, no fundo não passa de um egoísta movido pelo instinto de autocon-servação.

É um niilista. Um sujeito que renega os valores metafísicos divinos e procura demolir todos os valores já estabelecidos e consagrados pela humanidade para substituí-los por novos, originários de sua própria demência. Assim, ele redireciona a sua força vital para a destruição da moral, dos valores cristãos, das leis etc. Sua vida interior é desprovida de qualquer sentido, ele reina no absurdo. É o “profeta da utopia” e o “filósofo do nada”.

É um genocida cultural. Na sua vasta ignorância da realidade do mundo manifestado, o esquerdista acha que o mundo é a expressão das idéias nascidas de sua mente deformada e assim se organiza em grupos para destruir a cultura de uma sociedade, construída a custa de muitos sacrifícios e longos anos de experiência da humanidade.

Agora que você conhece algumas características do esquerdista, fica um conselho: jamais discuta com um deles, porque a única coisa que ele consegue falar é chamá-lo de reacionário, nazista, capitalista e burguês. Ele repete isso o tempo todo e para todos que o contradizem, pois a única coisa que sua mente deformada consegue assimilar, são essas palavras. Com muito custo ele consegue pronunciar mais um ou dois verbetes na mesma linha aos já descritos, todos para desqualificá-lo e assim expressar a sua soberba.

Os conceitos atribuídos ao esquerdista se aplicam em gênero, número e grau aos socialistas, marxistas, leninistas, stalinistas, trotskistas, comunistas, maoístas, gramscistas, fidelistas, chevaristas, chavistas e especialmente aos membros da família dos moluscos cefalópodes.


Para finalizar, porém longe de esgotar o assunto, o esquerdista é aquele sujeito cuja figura externa é enormemente maior que a própria realidade. Sintetiza o cavaleiro solitário no deserto do absurdo, cuja ambição diabólica é querer mandar no mundo. (Curitiba/PR) 15/10




Administrador e
consultor de empresas"



Germânico

Anônimo disse...

Pelo andar da carruagem,daqui a pouco será criado a BOLSA-BABÃO(para não dizer o pior,como a BOLSA-CAGÃO,por exemplo,rsrs)

Anônimo disse...

Ganhei bolsa nessa merda aí. E apesar de usufruir do benefício, não discordo em nada do que está aí. Exceto na parte que pobres tem menos ensino. Tem cada playboy burro....

O verdadeiro estudante hoje é autodidata. Muitos pobres estudam por si e dão um coro em quem teve "condições melhores". Mesmo assim, isso não passa de doutrinação. Os professores não lêem livros, não terminam quando começam um, e quando terminam não entendem nada. É uma burrice, uma fuga da realidade....

Bom blog. Vou acompanhar