
A Coréia do Norte não é diferente. Um aspecto determinante na sua propaganda é o militarismo. A capital, Piongyang, sempre é retratada com tropas marchando e os soldados parecendo robôs. A estátua do Grande Irmão, Kim Il Sung no centro da cidade parece anular todo o povo ao redor. E o herdeiro do trono, o filho Kim Jong Il, é endeusado como um “guia genial”, um “brilhante militar”, um “grande humanista”, a despeito da estéril ideologia totalitária do regime e a comicidade física do sujeito: baixinho, gordo e cabelo espetado, cuja cara lembra um porco espinho. Em suma, é uma caricatura oriental de Stálin.
Que dirá então da Alemanha Oriental? É paradoxal que gente da juventude alemã do lado capitalista e democrático tenha aderido ao socialismo, mesmo vendo um muro de Berlim na paisagem. A Rote Armee Fraktion (Fração do Exército Vermelho), ou mais conhecido como Baader-Meinhof, o nome de seus inspiradores, odiava o sistema democrático e capitalista e defendia o lado sombrio da Alemanha totalitária comunista. Curioso, porque tempos depois o próprio grupo anticapitalista se tornou uma marca capitalista. De fato, a STASI, a polícia política alemã do lado oriental, estava por trás disso. Nem por isso deixa de ser espantosa a morbidez de tal escolha: no lado ocidental do muro,o colorido das pessoas despojadas, relaxadas, distraídas, despretensiosas. Do outro lado do muro, arames farpado, guardas de fronteira com seus cães latindo, uma imagem funesta de prédios uniformes, caindo aos pedaços, monótonos e uma realidade de eterno toque de recolher. É o mesmo frenesi de violência que mobilizou a esquerda revolucionária italiana, a despeito de um país democrático como a Itália. O caso de Cesare Batistti, terrorista foragido da justiça de seu país, condenado por quatro assassinatos, é uma representação cabal destes tempos estranhos. Isso porque o governo brasileiro o elevou como “asilado político”, a despeito de ter deportado dois atletas cubanos para a ditadura de Fidel Castro.
Às vezes imaginava, comicamente, um Fórum Social Mundial na Coréia do Norte. Aquele pessoal com roupas aberrantes, coloridas, maltrapilhas, num sistema fechado, sinistro, padronizado, cujas diferenças e idiossincrasias são vistas como anomalias do sistema, dignas de serem extirpadas. Com certeza, seria bem diferente daquilo que vi. Decerto, uma parte daquelas pessoas, senão a maior parte delas, seria eliminada pelo novo sistema. Alguns estariam em campos de concentração, definhando como párias da nova sociedade socialista; e outros levariam bala na nuca, como é trivial dentro dos métodos comunistas largamente conhecidos e documentados.
E, no entanto, esse mesmo pessoal, que teria tudo para temer a ascensão desse modelo de regime, levanta bandeiras de Cuba, da Palestina, usa camisas de Che Guevara e Mao Tse Tung. E entra em catarse quando vê Lula, Hugo Chávez, Evo Morales e toda sorte de demagogos e tiranetes idiotas, prontos para destruir o nosso sistema de liberdades civis e políticas.
Isso me faz recordar o quanto descobri que as inteligências são raras em uma boa parte das universidades públicas brasileiras. Há exatamente quase dez anos, em um encontro de estudantes de direito, vi, com ceticismo, aqueles estudantes que se rejubilavam com a chegada de Lula a Belém. Presenciei uma cena, que me pareceu curiosa: um estudante chorava copiosamente, quase beirando a histeria, quando se aproximou do iletrado messias de Garanhuns. Houve uma inversão de valores na universidade: o inculto, demagogo, manda no homem supostamente culto. Porém, a universidade atual não é mais a casa dos eruditos. É a formação do homem-massa, do ser hermético, pronto para seguir alguém sem questionar, e de preferência, seguir alguém estúpido. Uma boa parte desse pessoal, provavelmente, participa do FSM. É mão de obra barata para ONGs riquíssimas. Serve de base para o centro leninista.
Nada disso é espantoso quando se estuda história. Muitos movimentos extremistas nascem, justamente, numa contracultura supostamente rebelde. Na Alemanha dos anos 20, houve um movimento chamado “Wondervogel”, que era uma trupe de hippies desiludidos com a guerra e com a perda dos ideais nacionalistas germânicos. Uma boa parte desse povo jovem, supostamente crítico do sistema e levemente anti-semita (devemos entender que o judeu capitalista era o objeto de ódio de muitos alemães) participou massivamente nas fileiras no Partido Nazista, em particular, a SturmAibtelung, a SA, ou os camisas pardas. Hitler foi fartamente apoiado pelas classes universitárias alemãs sedentas de radicalismo. E uma boa parte dos sindicatos trabalhistas, hostil ao internacionalismo proletário, aderiu apaixonadamente ao nazismo.
O Fórum Social Mundial não deixa de ser um anacronismo, já que é filho das revoltas de 1968 e da Escola de Frankfurt. Neste aspecto, os comunistas foram tremendamente espertos. Por mais que aderissem à ditadura do proletariado e ao modelo leninista de Estado, eles souberam usar das frustrações mais extravagantes, das exigências mais infantis e toscas como instrumentos potencialmente revolucionários da conquista do poder. A satisfação de milhões de susceptibilidades neuróticas e vazias se torna uma exigência de agigantamento do Estado para atender a demanda de tolos receptivos. E a encarnação de líderes demagógicos de esquerda parece desenterrar o obscuro socialista Georges Sorel, com a teoria do mito mobilizador das massas. Lula, Chavez, Morales, Fidel Castro e Che Guevara são figuras míticas sorealianas. Não é por acaso que Sorel, o paladino do sindicalismo revolucionário radical, inspirou o outro socialista italiano, Mussolini. O socialismo se tornou nacionalista. O sorelianismo se tornou fascista.
No próximo Fórum Social Mundial, alguém poderia propor “outro sonho possível” no pesadelo da Coréia do Norte. Os hippies, os desajustados, os maconheiros, os índios, as feministas e os demais tipos enragés poderiam se hospedar no Yodok, o famoso arquipélago gulag norte-coreano. Assim, quem sabe, percebam as realidades deste paraíso que sonham para o mundo.
9 comentários:
Caro amigo, eles nunca perceberão realidade alguma, pelo simples fato de que não dão a mínima pra realidade.
Se tentarem o comunismo mil vezes e em mil vezes ele resultar no horror, essas tentativas sempre serão tidas por eles como "excecão".
Essa gente é simplesmente incorrigível.
O que me deixa assustada é a credulidade e a cegueira desse povo socialista.
Viajou na mayonese nesse texto ai!
A Revolução Violenta é uma Lei Universal da Revolução Proletária.
Toda a história do movimento operário nos diz que reconhecer ou não a revolução violenta como uma lei universal da revolução proletária, reconhecer ou não a necessidade de destruir o velho aparato estatal e reconhecer ou não a necessidade de substituir a ditadura da burguesia pela do proletariado, tem sido sempre a linha divisória entre o marxismo e o oportunismo e revisionismo de toda índole, entre os revolucionários proletários e todos os renegados do proletariado.
Em virtude das teorias fundamentais do marxismo-leninismo, o problema fundamental de toda revolução é o problema do Poder. E o problema fundamental da revolução proletária é a conquista do Poder e a destruição do aparato estatal burguês pela força, a instauração da ditadura do proletariado e a substituição do Estado burguês pelo Estado proletário. O marxismo sempre proclamou abertamente a inevitabilidade da revolução violenta. Destaca que a revolução violenta é a parteira da sociedade socialista, o caminho inevitável para a substituição da ditadura da burguesia pela do proletariado e uma lei universal da revolução proletária.
O marxismo nos ensina que o Estado, por si só, é uma força violenta. Os componentes principais do aparato estatal são o exército e a polícia. A história mostra que todas as classes governantes se valem da violência para manter seu domínio.
O proletariado, certamente, preferiria conquistar o Poder por meios pacíficos. Porém inumeráveis fatos da história demonstram que as classes reacionárias nunca cedem voluntariamente o Poder, e que são sempre as primeiras em usar a violência para reprimir o movimento revolucionário das massas e desencadear a guerra civil, pondo assim a luta armada na ordem do dia.
Bom texto.
"VIVA O PT(CÚ)"(3:57 PM),vc. é um louco,um demente!
Eu defendo a democracia,a liberdade,comida na mesa(capitalismo),valores morais(cristianismo),empregos(criados e mantidos pela burguesia etc.,jamais defenderia uma filosofia ou visão de mundo que matará,aprisionará,assassinará,perseguirá,torturará,matará via fome etc,qualquer um que estiver em lados opostos ou não aceitará sua filosofia genocida,anticristã,covarde,cruel etc.
Vai estudar os crimes da Esquerda,criatura obtusa,fanática,louca...
Vai se tratar,demenciado,imoral e fanático defensor de filosofias pródigas em levar o despero às pessoas;em levar ao derramamento de sangue de inonentes via revoluções (esquerdismo/ateísmo),cujo saldo é de DUZENTOS MILHÕES DE SERES HUMANOS MORTOS(sob "n" formas cruéis)pelos COMUNISTAS em suas lutas "POR UM MUNDO MELHOR,JUSTO,IGUALITÁRIO"...Em vez disso,só produziram genocídios,mortes,fome,misérias humanas em todos os sentidos...
Lugar de revolucionários e seus fanáticos apoiadores ou defensores é na cadeia e em hospícios,respectivamente!
E por falar na Coreia do Norte, atualmente é a primeira colocada no ranking dos países que mais perseguem o cristianismo no mundo, não permitindo a liberdade política ou religiosa. Apesar de a igreja na Coréia do Norte ter começado há mais ou menos 120 anos, é conhecida hoje pelo martírio infame de cristãos. Temos informações de que, só em 2005, mais de 20 cristãos foram mortos em fuzilamentos públicos ou por torturas nos campos de prisão norte-coreanos. Recentemente, alguns cristãos cruzaram o rio que divide a Coréia do Norte da China, para distribuir bíblias. 28 foram pegos, torturados e mortos enquanto alguns conseguiram fugir e cruzar o rio.
Essas são algumas das informações desse país, que não passam na televisão...
Viajou mesmo...
Acho que não são apenas os comunistas que são cruéis...
Ja fomos cruéis também...
Não existe país que sempre foi santinho não...
Olha a história de nossa ditadura...
A ditadura é cruéu...
Viajou mesmo...
Acho que não são apenas os comunistas que são cruéis...
Ja fomos cruéis também...
Conde-Nada parecido com o que os comunistas fizeram com os respectivos países onde dominaram. . .
Não existe país que sempre foi santinho não...
Conde-E quem está dizendo o contrário? Mas nunca houve ditadura genocida em nosso país.
Olha a história de nossa ditadura...
Conde-Vc acha que matar 300 terroristas esquerdistas tem a mesma proporção de crueldade do que matar 20 ou 30 milhões de pessoas? Com o devido acatamento, vc é um completo idiota.
A ditadura é cruéu...
Conde-A ditadura militar brasileira foi um mal necessário. E ela não chega nem perto das crueldades do Partido Comunista.
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