domingo, julho 20, 2008

As falácias históricas do "genocídio indígena" nas Américas.



Um historiador espanhol mostra os mitos, mentiras e contradições alegadas pela historiografia a respeito do "genocídio" contra os índios pelos espanhóis. Muito pelo contrário, revela a benevolência dos colonizadores cristãos europeus, a preocupação dos reis espanhóis pela seguridade dos índios e a antiga cultura tribal sanguinária os maias, astecas e incas. Um vídeo interessantíssimo. O historiador entrevistado é o grande escritor espanhol César Vidal.

8 comentários:

Anônimo disse...

Fico tocado com o humanitarismo da colonização espanhola.

Um viajante italiano descreveu o que viu na costa da Venezuela em meados do século XVI:
'Os escravos [índios] são todos marcados na face e nos braços com um C (de Carlos V); depois os governadores e capitães fazem o que querem com eles; alguns são dados a soldados, para serem vendidos mais tarde, ou usados como aposta em jogos. Quando chegam navios da Espanha, eles trocam esses índios por vinho, farinha, biscoitos ou outras necessidades. E mesmo quando algumas dessas mulheres índias estão grávidas desses mesmos espanhóis, eles as vendem sem nenhuma consciência. Então os mercadores levam embora e vendem os índios outra vez. Alguns são enviados para a ilha de Spagnuola [Hispaniola], enchendo grandes embarcações construídas como caravelas. Eles são transportados sob o convés, e como quase todos foram capturados em terra, no interior, sofrem severamente os horrores do mar, presos como animais, com suas doenças e necessidades, nos porões sujos, de onde não têm licença para sair; e estando o mar muitas vezes calmo, faltam-lhes água e outras provisões, de modo que os pobres infelizes, oprimidos pelo calor, o mau cheiro, a sede e a aglomeração morrem miseravelmente lá embaixo'.

Girolamo Benzoni, viajante de Milão que esteve na América entre 1541 e 1556. (citado em GOTT, Richard. Cuba: uma nova história. Rio de Janeiro: Zahar, 2006, pp. 32/33)

Todo colonialismo é podre. E o blog do Conde Rachel, como "as doenças e necessidades", é um foco de "mau cheiro".

Anônimo disse...

Interessante! Costumava encarar o descobrimento da América como o maior genócidio da humanidae, mas o video faz sentido realmente. Logo de inicio lembrei de dois filmes. O primeiro, "A missão", lembrado ao final pelo escritor César Vidal. E o segundo, o recente filme de Mel Gibson, "Apocalypto".

Curiosamente, esse último trata dos confrontos e sacrificios humanos ocorridos entre os povos pré-Colombo. Mostra o sofrimento e a violência a que eram submetidas as tribos capturadas pelos Maias, e cria uma história em torno de uma personagem (o jovem Jaguar Paw (ou "Pata de Jaguar")) que deve fugir de ser sacrificado e ainda voltar para salvar a mulher grávida e o filho que ficaram na aldeia arrasada.

Como filme de ação é de deixar o público realmente tenso torcendo pelo determinado Jaguar Paw, mas a história toma rumo na profecia feita por uma menininha doente que surge no caminho dos Maias. A menina fala coisas como um eclipse solar, um homem que corre com uma pantera e por fim a destruição dos vilões do filme.

Até o último instante do filme você acredita que é Jaguar Paw quem acabará com todos os seus perseguidores, mas o filme reserva uma surpresa na cena final quanto a quem a menina estava se referindo. Não conto o final para não estragar a essencia do filme e a paranóia do Mel Gibson para quem ainda não viu, mas posso dizer que a danada da garotinha já era politicamente correta naquela época.

Tudo bem que o Mel Gibson dá uma forcinha.

Anônimo disse...

É curioso notarmos que os críticos das sociedades antigas em geral agem de forma absolutamente incorreta em termos científicos, julgando os costumes daquelas de acordo com a sua própria mentalidade. Hoje, obviamente, qualquer violência como a praticada naqueles tempos causa répúdio, posto que vivemos em uma sociedade democrática, existem os chamados "direitos humanos", há o princípio da eqüidade entre os crimes e suas penas, e tantas outras conquistas que beneficiaram a sociedade, das quais muitas delas encontram sua origem justamente no cristianismo, hoje tão repudiado pelos "intelectuais". Ora, pensemos como um arqueólogo. Qual o valor que tem um artefato de uma civilização antiga fora do sítio onde foi localizado? Com o deslocamento do mesmo, sem a realização do devido trabalho arqueológico, quase nenhum, e o achado transforma-se em mero troféu. O mesmo acontece com quem pinça um determinado fato de uma época passada, e o analisa à luz da mentalidade de sua própria época. É o mesmo que acontece, por exemplo, com a Inquisição: muito embora a mesma tenha resultado na morte de milhares de pessoas, dentro do contexto social onde ela agiu, não apresentava qualquer desconformidade, sendo inclusive defendida por vários intelectuais honestos de sua época, e, vale lembrar, inexistia liberdade religiosa e as penas seculares eram muito mais severas que as da própria Inquisição (você podia ir para a forca por roubar um pão - e acreditem, as famílias iam à praça pública assistir à execução, como se fosse uma partida de futebol). Então, creio que deveríamos analisar os fatos passados dentro de seu contexto histórico, sem o que, qualquer argumentação a respeito converte-se em mera polêmica ou dramatização, de cunho propagandístico, que não se presta a esclarecer nada. Já li pessoas criticando, por exemplo, o agir dos jesuítas com relação aos índios, a partir do que criticam a própria Igreja. Mas como agiu o secular Pombal, depois de expulsá-los? Quanto à Igreja, as pessoas que se intitulam "intelectuais", enxergam por trás de seus atos passados verdadeira teoria da conspiração, como se a mesma sempre planejasse, às ocultas, a "dominação mundial", assim entendido um plano de dominação política, o que sequer se coaduna com a mentalidade daquelas épocas, sendo que, muito embora abusos tenham sido cometidos, a intenção da Igreja era obter a conversão de todo o povo, para que aceitasse à verdadeira fé, tendo agido para esse fim da forma como era aceita pela época. Exemplificativamente, protestantes também queimaram bruxas, e ditadores comunistas e nazistas pretenderam exterminar minorias. Hoje pode parecer absurdo, por exemplo, que alguém venha a ser julgado pela fé que professe (exceto nos países islâmicos); contudo, naquele tempo, isto era regra, como demonstra a verdadeira História. Tudo, portanto, deve ser analisado dentro de um contexto histórico/social, aí se incluindo a colonização das Américas, sem o que qualquer argumento mostra-se falacioso.

Anônimo disse...

Excelente!!!

A internet é uma benção!!!

Groucho KCarão disse...

Peço licença pa escreveh di modo brasilêro. Caro "anônimo" - ri ri -, não vejo repudjo à violência nos dia di oje, apenas à violência qi nun interessa às classe dominante. Ninguém qeh viveh sem polícia, e a polícia, oje em dia, massacra a população pobe, seja explicitamente, seja com seus grupo di exterminho. E di onde os "direitos humanos" encôntru sua orige no cristianismo? Ssó si você concorda com a idéa di qi "o Cristianismo morre com Cristo". Quando a Ingreja precisô do uso da violência, sôbe seh bem beligerante ô sôbe apoiah os general certo, maz, no momento em qi detém o pudeh, prega pros seus fiel miserave: "suporte, sofra, acumule um tesouro no céu". Os inteleqitual onesto da época, por sêri inteleqitual onesto, tínhu o direito di justificah a morte di várias muieh e adépito di otras forma di cuto? A Inqisição era coerente no interioh da Ingreja, maz não pode seh considerada justa "na cutura da época", pois a Ingreja não era a cutura da época. Apenas tinha um pudeh imenso. Tanto os "seculah" quanto os "religioso" - duas classe di pessoa qi, diante da riqeza, costumávu não teh tanta diferença (sem qereh generalizah) - fôru danoso pros povo antigo. Enfim, o contexto da época deve seh analisado, com certeza, maz ele nun "salva a alma" di ninguém, não. A Ingreja podia nun pensah em "dominah o mundo", maz com certeza pensava em acumulah riqeza. E, durante as "conqista", no qi diz respeito aos direito umano, a Ingreja tá sempre um passo atráis. (Não só a Ingreja Católica, maz todas essas religião qi búscu freah a emancipação umana.) E, ainda assim, mermo apóis pedih discupa por "não impedih" o fascismo, a Ingreja, centralizada no Papa qeh seh considerada infalive, ditano pros seus fiel cuma dévi agih. Si a internet é ua bença, esse blog tá abençoano qem não precisa di bença - a Ingreja Católica -, pois já tem a do "Espírito Santo". Axé.

Anônimo disse...

Quando afirmei que existe repúdio à violência nos dias de hoje, não quis dizer repúdio por meio de ações, mas sim repúdio moral. É inegável que assitirmos à execução de um condenado nos dias de hoje nos causa engulho, o que não ocorria nos tempos idos que estamos analisando. Quanto ao cristianismo, não esqueçamos que seu maior mandamento é "ame a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo com a ti mesmo". Torno a afirmar que a Igreja agiu da forma como era aceita na época. Como bem destque no início de meu comentário, essa violência comum àqueles tempos hoje nos causa repúdio. Suas conclusões partem justamente do erro que coloquei em pauta: analisar os fatos passados de acordo com a mentalidade atual. Reitero que, naquelas épocas, não havia liberdade religiosa, religião se confundia com governo (sequer havia o Estado moderno) e as penas seculares eram severíssimas. Imaginarmos que alguém ou determinado grupo pensaria e agiria de forma diversa é simplesmente inconcebível. Jamais afirmei que os crimes e excessos cometidos no passado deveriam ser perdoados; apenas ponderei que deveriam ser entendidos dentro de seu contexto social, e não utilizados como propaganda, fora de sua época. Por exemplo, não é honesto encararmos de forma preconceituosa a Igreja, hoje, com base nesses fatos. A Igreja acumulou riqueza durante séculos, simplesmente porque, ao contrário das pessoas físicas, não transmitia por sucessão. A idéia de uma igreja ascética, sem quaisquer bens ou ainda hierarquia, comumente derivou para as mais absurdas heresias e radicalismos, que chegaram a colocar em risco a própria sociedade, como foi o caso do Catarismo. No que diz respeito à conquista das américas, posso citar como exemplo o Padre Antonio Vieira, que se notabilizou não só por sua notável cultura, mas também pela defesa dos direitos dos índios, como tantos outros religiosos que existiram naqueles tempos. O amigo pode citar alguém contemporâneo que fazia o mesmo? Quanto à infalibilidade do Papa, ou da Igreja, não esqueçamos que a mesma é constituída de homens, "povo santo e pecador", e portanto não está imune a erros. Mas compare com outras instituições daquele período. Por fim, importa notar a "fina ironia" do colega, ao redigir sua crítica (que, entretanto, contém argumentos), de forma totalmente burlesca, desrespeitando a língua que é justamente um dos símbolos de nossa Pátria, e deu à humanidade tantos talentos, como Machado de Assis, Eça de Queiroz, e tantos outros, brasileiros ou não, da qual não me envergonho conhecer ínfima parcela, ao contrário de tantos que hoje em dia preferem vangloriar-se de sua ignorância.

Anônimo disse...

Ótimo,prezado Conde!

O esquerdismo /ateísmo é responsável pelo genocídio de aproximadamente 200.000.000 de pessoas INOCENTES!

Quando é que essa putada,fruto de fêmeas defeituosas,cujos pais possuiam porra estragada,vão fazer um exame de consciência e buscar ajuda psiquiátrica?
Todo comunista é um aborto da natureza;um fracasso de vida que não vingou NORMALMENTE!He he he
Lugar de comunistas é na pqtp!

Marxistas não têm nada,são vazios-como suas melancólicas e perdidas almas para o demônio-;por isso gostam de visitar o seu blog,prezado Conde!Levando a sua cota diária de chutes no traseiro,um marxista se sente ao menos um miserável zigoto fadado ao fracasso;uma vã,inútil e desesperada tentativa do mal em pretender afrontar a Deus e sua obra:pessoas normais e com Deus no coração!!!

Comunista é um zumbi que acha que está vivo e delira que é um ser normal;quando,na verdade,é um desgraçado,um doente:doente da alma,doente do espírito...

Que Deus tenha misericórdia de tão infelizes e desgraçados seres que OPTARAM pelo caminho da desgraça,da miséria moral,espiritual,etc...

O esquerdismo é o caminho da morte...

A História está aí para provar a que ponto chega a loucura humana...

Anônimo disse...

A via marxista de se abordar a história revelou-se uma verdadeira praga reducionista, simplista, unilateral, preconceituosa e mentirosa, resultando tudo isso num amálgama imbecil e imbecilizante, como se depreende em inúmeros exemplos, dos quais destaca-se a conquista da América pelos ibéricos.
Em geral, o marxista divide o mundo em opressores e oprimidos, numa eterna luta de classes. Justiça se faça que o próprio Marx não endossaria algumas idiotices dos marxistas hodiernos, que enxergam conflitos de classes até em sociedades neolíticas. É esse tipo de estúpido que elege portugueses e espanhóis como opressores de nativos americanos, sempre vistos como os oprimidos, pobres coitados, todos representativos do bom selvagem de Rousseau.
Não são capazes esses indigentes intelectuais de vislumbrarem um mínimo do verdadeiro contexto da época pré-colombiana em que uns e outros se agrediam, matavam, cometiam atrocidades indizíveis e - importante frisar - destruiam-se. O ódio imperava nas terras americanas e convergia para qualquer povo então hegemônico. Assim se deu com os astecas, maias e incas. Todos eram exacerbadamente odiados por aqueles que buscavam exterminá-los, que eram por eles subjugados, caçados para escravização e sacrifícios rituais. Neste ponto, acho muito interessante: os estúpidos anticlericais que tanto usam a inquisição para atacar hipocritamente a Igreja na atualidade geralmente relativizam a mortandade ameríndia dedicada aos cultos de suas religiões. É uma "história" de dois pesos e duas medidas e um tribunal de mão única, penso e francamente cínico.
Considere-se o caso específico dos astecas - quem os derrotou, de fato? Foram os espanhóis, ou mais precisamente os tlazcaltecas, sem o concurso dos quais os ibéricos teriam sofrido um flagoroso massacre?
Os maias, quando do desembarque espanhol em Yucatan, há muito viviam dias de decadência, nem de longe lembrando a glória de Tikal e Palenque na Fase Clássica, finda no século X, ou mesmo de Chichén-Itzá, no século XIII, muito antes, portanto, da chegada dos europeus.
Os incas encontrados por Pizarro encontravam-se em sangrenta guerra civil, mutilados por constantes rebeliões dos povos também por eles sufocados, submetidos à sua crueldade.
No Brasil, as tabas tupis se deslocavam em busca da Terra Sem Males e no caminho atropelavam toda e qualquer aldeia, mesmo que também fosse tupi, pelo simples fato de estar próxima. Os não-tupis, por eles chamados de tapuias, sequer eram tidos como pessoas. Muito provalmente foram eles que destruiram povos mais avançados como as Culturas Santarém e Marajó. Foram alguns deles, os tupiniquins, que emprestaram todo o apoio aos portugueses, contra os ferozes e desumanos tupinambás, para depois as bestas quadradas marxistas vitimizarem estes últimos e por extenso os índios em geral, como tendo sido exterminados física e culturalmente pelos europeus.
Infelizmente, é a "história" - melhor, a ESTÓRIA - contada em livros didáticos, todos eles contaminados com essa via de abordagem, repletos de ideologia, de esquerdismo, de imbecilidade, estupidez e mentira, enfim.